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Provisões e passivos contingentes como componentes de controle para avaliação da responsabilidade social corporativa de uma companhia

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA, GESTÃO DE NEGÓCIOS E MEIO AMBIENTE MESTRADO PROFISSIONAL EM SISTEMAS DE GESTÃO

VANESSA CLARO LOPES

PROVISÕES E PASSIVOS CONTINGENTES COMO COMPONENTES DE CONTROLE PARA AVALIAÇÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL

CORPORATIVA DE UMA COMPANHIA

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Gestão da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre em Sistemas de Gestão. Área de Concentração:

Sistema de Gestão pela Qualidade Total.

Orientador:

Prof. Carlos Francisco Simões Gomes, D. Sc.

Niterói

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VANESSA CLARO LOPES

PROVISÕES E PASSIVOS CONTINGENTES COMO COMPONENTES DE CONTROLE PARA AVALIAÇÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL

CORPORATIVA DE UMA COMPANHIA

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Gestão da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre em Sistemas de Gestão. Área de Concentração: Organizações e Estratégia. Linha de Pesquisa: Sistema de Gestão

pela Qualidade Total.

Aprovado em 24 de junho de 2017.

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________________________ Prof. Carlos Francisco Simões Gomes, D.Sc. – Orientador

Universidade Federal Fluminense

__________________________________________________________________ Prof. Osvaldo Luiz Gonçalves Quelhas, D.Sc.

Universidade Federal Fluminense

__________________________________________________________________ Prof. Fernando Dal-Ri Murcia, D.Sc.

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DEDICATÓRIA

Aos meus pais, Bernardes e Marli, pelo exemplo de vida e direcionamento. Ao meu filho Leon, fonte de toda minha inspiração. Ao meu marido Ian, meu Amor, pela parceria, carinho, paciência e conhecimento técnico sempre dedicados aos meus projetos, não importa quais sejam.

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AGRADECIMENTOS

Aos meus amados pais, Marli e Bernardes, que além de toda a dedicação a nossa família ao longo da vida, agora se dedicam a me ajudar na criação do meu filho. Sem a ajuda deles para olhar meu “pequeno” Leon enquanto eu estudava não teria sido possível concluir este trabalho de pesquisa.

Ao meu carinhoso e zeloso marido, Ian, pelo amor, amizade e apoio em todas as decisões e escolhas. Pelo incentivo nas horas difíceis, pela paciência, companheirismo e carinho de todos os dias e pelas contribuições técnicas para este trabalho.

Ao meu amado filho Leon, hoje com 4 anos, que sempre me incentivou a estudar bastante para minha “escolinha”, e que se comportou como um anjo durante meus momentos de pesquisa e estudo, tornando viável a realização deste trabalho. Pelos sorrisos e os desejos de “bom estudo mamãe”, que me encheram de força, energia e alento para voltar à prancheta e concluir toda a pesquisa.

Ao meu querido amigo Flávio Riberi, com quem compartilhei a maior parte das discussões técnicas e que esteve presente em todas as etapas desta pesquisa.

A toda equipe do LATEC pela dedicação e prontidão, em especial a Bianca Feitosa, por seu sorriso acolhedor, sua paciência para os pedidos e lamentações dos estudantes e seus conselhos sempre motivadores.

Ao Prof. Osvaldo Quelhas, cujos ensinamentos ministrados contribuíram fortemente para a escolha do tema e direcionamento da pesquisa.

Ao Prof. Fernando Dal-Ri Murcia, pelo apoio pessoal ao longo do trabalho e por ter acreditado na pesquisa, colocando-se sempre à disposição para discussões e dúvidas.

Ao meu orientador, Prof. Carlos Francisco Simões Gomes, pela competência técnica, paciência, persistência e compreensão, sempre disposto a me ajudar em horários não muito tradicionais, em especial finais de semana, não medindo esforços para a conclusão deste trabalho.

A todos os professores da Universidade Federal Fluminense e a esta banca, que contribuíram significativamente com meu aprendizado, confiando em minha palavra, me tratando não apenas como aluna, mas principalmente como ser humano.

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“As palavras de amizade e conforto podem ser curtas e sucintas, mas o seu eco é infindável. ”

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RESUMO

As demonstrações financeiras de uma companhia são elaboradas seguindo princípios contábeis regulamentados e, quando aplicável, padronizados com base em normas internacionais (IFRS - International Financial Reporting Standards), mediante aos quais é possível avaliar a situação financeira atual e prevista da empresa, além de suas responsabilidades com seus agentes sociais (stakeholders). O estudo visa analisar a viabilidade de se utilizar as provisões e passivos contingentes, declarados mediante as demonstrações financeiras das companhias, como um dos componentes para avaliação da responsabilidade social corporativa (RSC). Respeitar a "regra do jogo" deve ser o mínimo para se atender aos padrões legais e éticos de uma organização, defende Friedman (1970). Neste caso, aos agentes sociais são necessários recursos e ferramentas para o acompanhamento das possíveis irregularidades sociais cometidas pela companhia. Apesar das diferenças entre culturas e visões, um ponto comum em todo planeta, apontado por Carroll (2015) é que a RSC hoje é um conceito global que vem progredindo da teoria para a prática. Em sua opinião, o cumprimento das atribuições econômicas e legais de uma empresa foi “requerido” pela sociedade, o cumprimento das atribuições éticas foi “esperado” e, o cumprimento das atribuições filantrópicas foi “desejado” pela sociedade. Em linha, as contingências judiciais publicadas nos balanços demonstram de forma padronizada o desconforto legal que a sociedade já formalizou contra uma companhia, evidenciando as prováveis e possíveis negligências das empresas às leis e regulamentos em vigor. Sendo assim, foram analisadas as contingências judiciais dos últimos 4 exercícios fiscais (2013, 2014, 2015 e 2016) das 94 maiores empresas em valor de mercado do índice “IBrX 100”, publicado em fevereiro de 2017 pela bolsa de valores de São Paulo (B3 – antiga BM&FBOVESPA), de forma a avaliar mediante métricas quantitativas a correlação dos passivos judiciais com outras informações financeiras das empresas. Outro ponto relevante da pesquisa foi verificar a razoabilidade de utilizar as contingências judiciais como variável de avaliação da RSC de uma companhia em relação a outra. Os resultados apurados evidenciaram que as provisões judiciais e passivos contingentes apresentam forte correlação com o volume de receita líquida das companhias, sendo sim possível sua utilização para avaliação comparativa da RSC entre as empresas, desde que para tal a receita da companhia também faça parte integrante desta análise. A revisão teórica obtida com este estudo e os resultados quantitativos alcançados demonstraram que as provisões judiciais e passivos contingentes apresentam uma fonte relevante, imparcial, efetiva e padronizada de dados para avaliação do cumprimento, ao longo dos anos, da responsabilidade legal de cada companhia como parte de sua RSC, inclusive em relação a outras empresas nacionais ou estrangeiras.

Palavras-Chave: Responsabilidade Social Corporativa, Provisões, Passivos Contingentes,

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ABSTRACT

A Company's financial statements are prepared in accordance with regulated accounting principles, and whenever applicable, standardized based on international rules International Financial Reporting Standards). Therefore, it is possible to evaluate the current and forecast financial situation of a company, in addition to its responsibilities owed to its stakeholders. The purpose of this study is to analyze the feasibility of using provisions and contingent liabilities, recorded in companies' financial statements as a means for evaluating the corporate social responsibility (CSR). Friedman (1970) asserts that "playing by the rules" is the least organizations should practice in order to comply with ethical and legal requirements. For this, stakeholders require resources and tools to monitor potential social irregularities committed by a company. Despite differences between cultures and perspectives, there is worldwide consensus, as pointed out by Carroll (2015) that CSR is evolving from theory into practice. In his opinion, society "demands” that a company comply with economic and legal standards, society "expects" a company to fulfill its ethical incumbency and society "wishes" that a company achieve its philanthropic calling. Legal contingencies registered in balance sheets consist of the standard by which society has expressed its legal discomfort with a company and represent the possible and probable negligence of a company with regards to applicable laws and regulations. This study has analyzed legal contingencies for the last 4 fiscal years (2013, 2014, 2015 e 2016) of the 94 largest companies by market capitalization included in the “IBrX 100” index, published February 2017 by the São Paulo stock exchange (B3 - formerly BM&FBOVESPA) with the purpose of using quantitative metrics to evaluate the correlation between legal contingencies and other financial information of a company. Another relevant point in research was the verification of the fairness of the use of legal contingencies as a variable in the determination of one company's CSR in relation to another. The results obtained demonstrate that legal provisions and contingent liabilities present a high correlation with the amount of a company's net revenues, thus making it possible to use such figures for purposes of comparatively evaluating CSR among companies, provided that each company's net revenues are also taken into consideration for purposes of such comparison. The theoretical framework outlined in this study, together with the quantitative results obtained herein demonstrate that legal provisions and contingent liabilities consist of a relevant, impartial, effective and standardized data source for purposes of evaluating the level of a company's compliance, over a certain period, with its legal responsibilities in the context of its CSR, including comparatively with other peers, whether domestic or foreign.

Keywords: Corporate social responsibility, Provisions, Contingent liabilities, Law,

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Registros por base de consulta, nível 1 ... 31

Quadro 2 - Registros por base de consulta, nível 2 ... 32

Quadro 3 - Registros Publicados nos últimos 2 e 5 anos, por base de consulta ... 33

Quadro 4 - Registros Publicados nos últimos 2 e 5 anos, com foco em business ... 34

Quadro 5 - Autores com maior influência para a pesquisa... 35

Quadro 6 – Documentos científicos relevantes para a pesquisa ... 36

Quadro 7 – Distribuição por tipologia ... 41

Quadro 8 - Distribuição por ano de publicação ... 41

Quadro 9 - Distribuição por idioma ... 42

Quadro 10 - Autores com maior incidência de citações no levantamento bibliométrico ... 42

Quadro 11 – Resumo para definição de provisão e passivo contingente ... 71

Quadro 12 – VL1: teste de correlação linear de Pearson entre Valor Absoluto das Contingências Judiciais e Receita Líquida ... 82

Quadro 13 - VL2: teste de correlação linear de Pearson entre a razão das contingências judiciais e a receita líquida pela receita líquida ... 83

Quadro 14 - 10 empresas que apresentaram o maior percentual de contingências judiciais publicadas em 2016, em relação a suas receitas líquidas ... 84

Quadro 15 - Relação de segmentos utilizados pela BM&FBOVESPA (2017) para classificar as 89 empresas utilizadas na amostra deste estudo ... 85

Quadro 16 - VL3: Análise de dispersão das contingências judiciais, por segmento ...87

Quadro 17 - Empresas que foram excluídas do gráfico 1 por apresentarem passivos judiciais que superam 100% de suas receitas líquidas...90

Quadro 18 - VL5 – 10 empresas com maiores percentuais de crescimento de seus passivos judiciais em relação a receita líquida...91

Quadro 19 - 10 empresas que apresentaram o maior percentual de contingências judiciais publicadas em 2016, em relação a suas receitas líquidas, e respectivos percentuais de crescimento dessas contingências ao longo dos últimos 4 anos (VL5) ...92

Quadro 20 - Relação das empresas integrantes do ISE BOVESPA, por ordem alfabética...94

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Quadro 21 - Comparativo entre as 35 empresas mais sustentáveis do Brasil, destacadas pelo ISE, versus as 35 empresas com menores passivos judiciais em relação à receita, apresentadas por VL2 ... 96 Quadro 22 - Empresas brasileiras listadas no DJSI Global de 2016 ... 98 Quadro 23 – Empresas brasileiras com ADRs...99 Quadro 24 – Comparativo entre as empresas destacadas pelo índice DJSI Global e o indicador VL2 2016 – ordenação crescente por VL2...100 Quadro 25 – Empresas brasileiras integrantes do DJSI Emerging Markets 2016...103 Quadro 26 - Comparativo entre as empresas destacadas pelo Índice DJSI Emerging Markets e o indicador VL2 2016 - ordenação crescente por VL2...104

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Diagrama de relevância da pesquisa ... 21 Figura 2 - As quatro dimensões de Carroll para a pirâmide de RSC ... 75

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LISTA DE SIGLAS

CVM Comissão de Valores Mobiliários

BMF Bolsa de Mercadorias e Futuros

B3 Brasil, Bolsa, Balcão

BOVESPA Bolsa de Valores de São Paulo

BM&FBOVESPA Bolsa de Mercadorias e Futuros e Bolsa de Valores de São Paulo

CPC Comitê de Pronunciamentos Contábeis

CSR Corporate Social Responsibility

DJSI Dow Jones Sustainability Index

GRI Global Reporting Initiative

IASB International Accounting Standards Board

IASC International Accounting Standards Committee

IBASE Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômica

IBRACON Instituto dos Auditores Independentes do Brasil

IBrX100 Índice Brasil 100

IFRS International Financial Reporting Standards

IOSCO International Organization of Securities Commissions

ISE Índice de Sustentabilidade Empresarial

ISEA Institute of Social and Ethical Accountability

NYSE New York Stock Exchange

OECD Organization for Economic Cooperation and Development

ONU Organização das Nações Unidas

RSC Responsabilidade Social Corporativa

RSE Responsabilidade Social Empresarial

SEC Securities and Exchange Commission

UFF Universidade Federal Fluminense

UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

USGAAP United States Generally Accepted Accounting Principles

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ... 16 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA ... 16 1.2 PROBLEMA DE PESQUISA ... 19 1.3 QUESTÕES DE PESQUISA ... 20 1.4 RELEVÂNCIA DA PESQUISA ... 20 1.4.1 Relevância ... 21 1.4.2 Inovação ... 22 1.4.3 Confiabilidade ... 23 1.4.4 Disponibilidade... 24 1.4.5 Alcance ... 24 1.5 OBJETIVOS DA PESQUISA ... 26 1.5.1 Objetivo geral ... 26 1.5.2 Objetivos específicos ... 26 1.6 DELIMITAÇÃO DO TEMA ... 27 1.7 ESTRUTURA DO TRABALHO ... 28 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 30 2.1 BIBLIOMETRIA ... 30 2.1.1 Levantamento de Dados ... 30

2.1.2 Estatísticas sobre os levantamentos efetuados ... 36

2.2 A RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA ... 43

2.2.1 Perspectivas teóricas e racionalidades ... 45

2.2.2 Gênese da Responsabilidade Social Corporativa ... 50

2.2.3 Breve histórico da RSC no Brasil ... 53

2.2.4 Origem dos relatórios de sustentabilidade e indicadores ... 55

2.2.5 Estudos empíricos envolvendo a RSC e seus impactos ... 58

2.2.6 Principais órgãos responsáveis por práticas de RSC e referenciais existentes .. 60

2.2.7 Índices para avaliação da RSC por companhias abertas no Brasil e no mundo 62 2.3 O USO DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL ... 63

2.3.1 O ambiente da contabilidade: órgãos e regulamentos ... 64

2.3.1.1 IASB – International Accounting Standards Board ... 64

2.3.1.2 CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis (Brasil) ... 66

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2.3.3 Passivos contingentes e provisões ... 69

2.3.4 Relevância da Informação contábil para a RSC ... 71

3. METODOLOGIA ... 73

3.1 CLASSIFICAÇÃO, MÉTODO E ABORDAGEM DE PESQUISA ... 73

3.2 UNIVERSO DE ANÁLISE E AMOSTRA... 73

3.3 SÍNTESE DAS ETAPAS DE PESQUISA ... 74

3.4 ESTRUTURA METODOLÓGICA ... 74

3.5 COLETA E TRATAMENTO DOS DADOS ... 76

3.6 LIMITAÇÕES DO MÉTODO ... 80

4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA ... 82

4.1 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ... 82

4.2 COMPARAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS APURADOS COM OUTROS ÍNDICES DE RSC ... 93

4.2.1 Comparação do estudo com o ISE BOVESPA ... 94

4.2.2 Comparação do estudo com as empresas brasileiras no DJSI... 97

5. CONCLUSÃO ...107

REFERÊNCIAS ... 112

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1. INTRODUÇÃO

1.1 Contextualização do Tema

Segundo Cheibub e Locke (2002), apesar da explosão de interesses envolvendo temas relacionados a Responsabilidade Social Corporativa (RSC), um breve exame sugere que o próprio conceito de responsabilidade social (suas características fundamentais, sua operacionalização e suas consequências) ainda é objeto de discussão. Atualmente coexistem diferentes visões sobre o assunto, sua importância e como o mesmo deveria ser implementado levando-se em consideração o contexto da realidade global.

A preocupação com o aquecimento global, trabalho infantil, trabalho escravo, assédio moral e outros temas sociais têm tomado proporções cada vez maiores devido às divulgações mundo afora em capas de revistas, cadernos de jornais e canais de TV, o que demonstra ser uma preocupação de todas as camadas sociais. Apesar da quantidade de leis nos diversos países para coibir e penalizar atos ilegais, as companhias ainda diferem consideravelmente em seus níveis de conformidade.

Buscar a definição de um método único para medir o grau de responsabilidade das companhias, no sentido mais completo possível, é algo bastante pretensioso e talvez fadado a eternas imprecisões, uma vez que a visão do que é prejudicial à sociedade pode não ser a mesma entre diferentes culturas.

De acordo com Campbell (2007) há diferentes formas de comportamento que influenciam a RSC, associado às relações da companhia com o ambiente econômico no qual está inserida, seus stakeholders 1, sua perspectiva de lucro e competição.

Diante deste dilema, cada nação desenvolveu seu próprio conjunto de regras, os quais devem ser seguidos pelas organizações em que nela conduzam atividades. Apesar das diferenças entre culturas e visões, um ponto comum em todo planeta, apontado por Carroll (2015, p. 87) é que a RSC hoje é um conceito global que vem progredindo da teoria para a prática. Em sua opinião, o cumprimento das atribuições econômicas e legais de uma empresa

1

Stakeholders: Define-se stakeholder como qualquer indivíduo ou grupo que possa afetar a obtenção dos

objetivos organizacionais ou que é afetado pelo processo de busca destes objetivos (FREEMAN, 2007). Os termos stakeholders (em inglês),partes interessadas e grupos de interesse serão empregados neste trabalho como sinônimos. Na própria definição utilizada por Carroll (1991), stakeholder pode ser descrito como pessoas ou grupos que possuem alguma forma de relação, interesse em relação a empresa ou pleito e pode ser caracterizado, por exemplo, por ações judiciais ou administrativas movidas contra a empresa, por clientes, funcionários, fornecedores, grupos ativistas ou governo.

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foi exigido pela sociedade, o cumprimento das atribuições éticas foi esperado pela sociedade e, o cumprimento das atribuições filantrópicas foi desejado pela sociedade.

Para Carroll (2015), esta visão mais ampla da RSC possibilita a reflexão sobre as responsabilidades mandatórias do negócio, sendo: (i) a responsabilidade econômica que a empresa tem com o próprio negócio e com seus acionistas, e (ii) a responsabilidade legal da companhia formalizada pela sociedade mediante as leis federais, estaduais, municipais e administrativas.

Desde a introdução do "direito" na contabilidade, esta vem sendo construída sob uma longa tradição de pesquisas interdisciplinares. Segundo Moore (1991) há muita sinergia social e institucional entre o direito e a contabilidade. O autor observou, por exemplo, que a instituição do direito e a instituição da contabilidade são ambas ferramentas de controle social e organizacional, prescrevendo ou proscrevendo detalhes do comportamento humano, das relações econômicas e do grau de poder dos governos.

As contingências judiciais divulgadas pelas companhias mediante suas informações financeiras anuais surgem de questionamentos sobre obrigações legais2 estabelecidas na relação com diferentes stakeholders, sendo as mais comuns: (i) autuações “fiscais” por parte do governo (responsável pela arrecadação de tributos), (ii) demandas ou reclamações “trabalhistas” por parte de ex-funcionários ou terceiros (responsáveis por questionar judicialmente possíveis direitos trabalhistas que não tenham sido honrados pela empresa) e (iii) processos ou demandas “cíveis” por parte da sociedade (que pode reclamar indenizações contra a empresa por descumprimentos relacionados a produtos, concorrência, meio ambiente e outros temas cíveis). Em geral, as reclamações costumam ser classificadas entre fiscais, trabalhistas e cíveis.

No contexto da RSC tornam-se necessários alguns recursos que possibilitem a todos os agentes sociais interessados (governo, funcionários, fornecedores, prestadores de serviço, outras sociedades, acionistas, a sociedade em geral, dentre outros) o acompanhamento das possíveis irregularidades sociais cometidas pela companhia, de forma a demonstrar publicamente os questionamentos e reclamações já formalizados pelos agentes sociais.

Respeitar a "regra do jogo" deve ser o mínimo para se atender aos padrões legais e éticos de uma organização, defende Friedman (1970). A existência de processos judiciais ou administrativos contra uma empresa é a materialização de que algum agente social considerou

2

O pronunciamento CPC 25 define obrigação legal como uma obrigação que deriva de uma relação contratual, legislação ou outra ação da lei (CPC 25, 2009).

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que atividades realizadas pela companhia estariam irregulares ou teriam sido prejudiciais às partes perante a lei.

Portanto, de forma a possibilitar o conhecimento por parte de qualquer agente social sobre os processos em discussão pelas companhias, assim como seu estágio de evolução, surgem as provisões e passivos contingentes, que são informações de reconhecimento obrigatório no balanço contábil das empresas e que representam a cobrança desses agentes sociais por danos que consideram terem sido cometidos por essas companhias (CPC 25, 2009).

Os passivos contingentes, assim como as provisões para contingências, nascem contabilmente no momento em que a companhia recebe de entidades legais a informação de que foi acionada em processos judiciais ou administrativos (cíveis, regulatórios, ambientais, trabalhistas, fiscais e previdenciários, etc.), sobre os quais existe considerável chance de perda.

Os passivos contingentes e provisões de uma organização, publicados em suas DFs, evidenciam uma possível ou provável negligência da companhia às leis às quais está submetida, pautados na probabilidade de perda da empresa em cada autuação. Esta informação constitui-se em um elemento de divulgação anual obrigatório de acordo com as regras internacionais de contabilidade, conhecidas por IFRS - International Financial Reporting Standards.

O IFRS é um conjunto de normas internacionais de contabilidade, emitidas e revisadas pelo IASB - International Accounting Standards Board (Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade), que visam uniformizar os procedimentos contábeis e as políticas existentes entre os países, melhorando a estrutura conceitual e proporcionando a mesma interpretação das demonstrações financeiras.

As demonstrações financeiras de uma organização são preparadas com base em padrões nacionais e internacionais de apuração e apresentação da informação contábil, além de orientações sobre o que deve ser referenciado em notas explicativas para melhor entendimento de saldos, movimentações e situações pontuais do negócio, garantindo ao mercado e ao leitor em geral informações sobre a situação patrimonial da empresa em mesmas bases de comparação de anos anteriores e, inclusive, com outras empresas.

Para assegurar que as análises dos relatórios financeiros sejam interpretadas da mesma forma por todos os leitores (os gestores, os investidores, os analistas, as instituições, dentre outros) é essencial que as métricas e características qualitativas como, clareza, confiabilidade,

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relevância e equilíbrio entre custo e benefício das informações a serem incluídas na preparação das demonstrações financeiras, tenham os mesmos critérios.

As provisões judiciais e passivos contingentes fazem parte das notas explicativas exigidas nas demonstrações financeiras normatizadas pelo IFRS, que segundo o relatório anual da IFRS Foundation 3 (2014, p. 20), vem sendo adotado por mais de 100 países, inclusive o Brasil desde 2010.

Nos EUA, apesar de cerca de 500 empresas arquivarem suas demonstrações financeiras em IFRS, o mercado doméstico ainda permanece fora da migração para o padrão internacional, sendo utilizado o padrão contábil do USGAAP4.

Segundo a IFRS Foundation (2017), de 150 países analisados, 126 (84%) adotam o IFRS como obrigatório para as empresas locais, e 13 (8,6%) permitem o uso, mas não exigem. Os 11 países restantes não permitem o uso do padrão internacional e adotam padrões locais (IFRS, 2017). Conforme estimativa da IFRS Foundation (2017), o número de países que adotam o IFRS, em caráter obrigatório ou não, representam 55% do Produto Interno Bruto mundial.

A pesquisa propõe a observação da RSC sob uma nova ótica, mediante uso de dados contábeis públicos, padronizados e auditados, que possibilitem a comparabilidade dos resultados entre diferentes empresas com atividades em diferentes países.

1.2 Problema de pesquisa

Não são poucos os modelos e indicadores mundialmente propostos para avaliar o grau de responsabilidade social das organizações, ou de sustentabilidade. A maior parte tem como base conceitual informações publicadas pelas próprias empresas, por outras entidades organizacionais ou coletadas mediante pesquisas e entrevistas.

Observa-se, entretanto, que no Brasil não existem leis ou instruções que tornem obrigatória a divulgação dessas informações sociais, sendo uma opção das organizações a publicação ou não de seus indicadores.

Em linha com essa realidade de constante reflexão e evolução, apesar de a cada dia novas iniciativas de RSC serem consideradas na tomada de decisão das empresas e da

3

A Fundação IFRS é uma entidade sem fins lucrativos, de direito privado, que obtém recursos para financiar as operações do IASB como um órgão independente elaborador de pronunciamentos contábeis.

4 US GAAP – são os princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos da América. Estas normas

devem ser seguidas por todas as empresas, incluindo as estrangeiras, que quiserem negociar suas ações ou títulos em Bolsas de Valores em território norte-americano. Em lugar do US GAAP as empresas, norte americanas ou estrangeiras, podem utilizar o IFRS como referência.

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sociedade em geral, os indicadores mais comumente utilizados, inclusive por entidades internacionalmente reconhecidas, ainda são resultados de variáveis preparadas especificamente para a análise da RSC, de participação voluntária das empresas ou mediante atendimento a pré-requisitos que, muitas vezes, excluem das análises companhias com significativos impactos sociais.

Como resultado, os agentes sociais ficam sem visibilidade quanto a efetiva responsabilidade social das organizações que não têm interesse em ser avaliadas ou, até, que não preencham os pré-requisitos dos indicadores disponíveis no mercado.

De acordo com Silva et al. (2014), as empresas estão mais voltadas para declarar suas ações do que comprová-las. Assim, assumindo que para o cumprimento adequado da RSC se faz necessário, ao menos, o seguimento da lei como base de uma estrutura saudável de governança, no decorrer deste estudo será possível verificar se existem informações de qualidade, comparáveis, confiáveis e disponíveis a todos os agentes sociais sobre as contingências judiciais das organizações, de forma que estas possam ser utilizadas como parte dos indicadores já existentes para análise da RSC.

1.3 Questões de pesquisa

Considerando o contexto e o problema de pesquisa descrito anteriormente, as seguintes questões emergem para a pesquisa e análise no presente trabalho:

 É possível utilizar as provisões judiciais e os passivos contingentes das companhias como um dos componentes de avaliação da sua responsabilidade social?

 É possível uma empresa ser destacada positivamente por sua RSC, mediante uso de indicadores reconhecidos pelo mercado nacional e internacional, e ainda assim ser parte passiva em grandes volumes financeiros de questionamentos judiciais?  É razoável dissociar a lei e seu cumprimento por parte das companhias dos

indicadores de apuração da RSC?

 É possível apurar de forma independente e padronizada a evolução da RSC, ainda que a companhia não tenha divulgado voluntariamente as informações?

 As ações voluntárias de RSC implementadas por uma companhia são suficientes para assegurar uma completa avaliação de sua responsabilidade social?

(20)

Para estruturação da pesquisa em questão, foram estabelecidas como referência cinco premissas, definidas pela autora, quais sejam: (1) Relevância, (2) Inovação, (3) Confiabilidade, (4) Disponibilidade e (5) Alcance, as quais deveriam ser atendidas completa e conjuntamente, conforme demonstrado na figura 1:

Figura 1 – Diagrama de relevância da pesquisa 5

1.4.1 Relevância

No que tange a relevância da pesquisa, entende-se que a RSC é um conceito que a cada dia está mais presente no cotidiano das empresas em diversos países do mundo, apresentando-se como fonte de pesquisa por diferentes autores há mais de 50 anos.

Segundo Carroll (2015), a formulação moderna de RSC é um produto de estudos desde o período pós II Guerra Mundial, evoluindo constantemente com as mudanças sociais e econômicas do mundo e crescendo em relevância desde então.

Ainda em linha com os estudos de Carroll (2016), tem se tornado comum observarmos a RSC como uma estratégia de gestão, formalizada, integrada e profundamente assimilada pelas organizações, em estrutura, políticas e práticas corporativas.

Em 2010, 52% das 250 maiores empresas do índice FORTUNE 500 aderiram, voluntariamente, à divulgação de suas informações financeiras de forma integrada a temas de RSC, pautadas nas iniciativas do IIRC e na estrutura do relato integrado.

5

(21)

Cabe ressaltar que, na época, muitas dessas empresas pertenciam a segmentos de negócio com impactos ambientais significativos, tais como indústrias extrativas, químicas e manufatureiras, possivelmente instadas a participar para mitigar a imagem negativa de suas atividades. Contudo, desde então, a elaboração e divulgação de relatórios desta natureza vem deixando de ser algo acessório para se converter em um requisito estratégico para se demonstrar a adequada gestão social das empresas (OROZCO, et al., 2013, p. 199).

Nota-se um crescente número de estudos sobre o assunto, principalmente com foco singular nas práticas de responsabilidade social associadas ao desempenho corporativo das instituições. Uma evidência é que utilizando as principais ferramentas de pesquisa bibliométrica nacional e internacional, no caso Capes, Scopus, Web of Science e SciELO, na data de 05 de agosto de 2016, foram encontrados 13.030 documentos científicos publicados nos últimos 5 anos com a chave de pesquisa “corporate social responsibility”, o que demonstra que o tema vem sendo foco de constantes estudos.

Ao se adicionar a palavra “sustainability”, este resultado de pesquisa passou dos 70 mil documentos científicos. É possível verificar estes números na seção de bibliometria da presente pesquisa.

Conforme Carroll (2016) afirmou em seu estudo, a RSC tem passado e presente robustos, além de um futuro que parece ser sustentável e otimista, independentemente do formato e nomenclatura que será adotado. Almeja-se assim, com este estudo, extrair resultados práticos que demonstrem a possibilidade de utilizar, no futuro, a informação contábil sobre as contingências judiciais como parte relevante e confiável de um modelo de avaliação da RSC.

1.4.2 Inovação

Analisar a RSC sob a ótica contábil e utilizando métricas que não foram originalmente criadas para este fim, como o caso da divulgação obrigatória das contingências judiciais mediante as Demonstrações Financeiras das organizações, associado ao fato da reduzida quantidade de documentos científicos que abordam de forma conjunta o tema da RSC e das contingências judiciais, conferem um sentido inovador à pesquisa e possibilita a avaliação do tema sob uma nova perspectiva.

Como referência, mediante acesso as bases CAPES, SciELO, Scopus e Web of Science, em pesquisa realizada no dia 05 de agosto de 2016, foi possível identificar apenas 52 documentos científicos que trataram dos temas “corporate social responsibility” e “contingencies”, conjuntamente, nos últimos 5 anos. Contudo, os mesmos não abordavam

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estudos associados às contingências judiciais como parte integrante dos indicadores de governança para as empresas.

Em contrapartida, aplicando as mesmas chaves de pesquisa, de forma individual, foram encontrados 13.030 documentos científicos sobre “corporate social responsibility” e 9.580 documentos para “contingencies”, o que sinaliza que os temas são individualmente foco constante de estudos, mas não conjuntamente.

Mediante o quadro 1, item 2.1.1, da seção de bibliometria, é possível observar os dados de pesquisa apresentados.

1.4.3 Confiabilidade

Uma das formas para garantir que as premissas adotadas de fato assegurassem a confiabilidade do estudo em questão, foi utilizar como referência as Leis Federais número 11.638, de 2007, e número 6.404, de 1976, que dispõem sobre as sociedades por ações.

As leis em questão norteiam as companhias, dentre outras coisas, sobre como proceder para apuração e divulgação das demonstrações financeiras, critérios para assegurar a qualidade da informação publicada, prazos, documentos a serem apresentados ao órgão regulador, dentre outras exigências.

Com base nas leis mencionadas, foram considerados para a pesquisa apenas (i) dados publicados pelas corporações por exigência legal; (ii) métricas padronizadas por entidades internacionalmente reconhecidas e (iii) documentos revisados pelas principais empresas mundiais de auditoria independente, no caso PricewaterhouseCoopers – PwC, Deloitte Touche Tohmatsu, KPMG e Ernst & Young – EY, conhecidas por big four 6.

O uso das leis federais como referência para estabelecimento das premissas teve por objetivo conferir ao estudo o máximo de imparcialidade e padronização possível, de forma que as bases utilizadas fossem as mesmas analisadas pela Comissão de Valores Mobiliários, órgão regulador brasileiro.

Por este motivo, utilizou-se como fonte fundamental para coleta de dados o balanço patrimonial das empresas, inserido juntamente a outras peças contábeis que compõem um conjunto denominado como demonstrações contábeis. Segundo o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) estas demonstrações são:

6

Big Four é a nomenclatura utilizada para se referir às quatro maiores empresas (com base em suas receitas) de auditoria independente e consultoria do mundo. Faz parte deste grupo as empresas EY, PwC, Deloitte e KPMG. Essas empresas são líderes mundiais, pois detém as maiores receitas, e receberam esse apelido devido a este fato.

(23)

[...] uma representação estruturada da posição patrimonial e financeira e do desempenho da entidade. O objetivo das demonstrações contábeis é o de proporcionar informação acerca da posição patrimonial e financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que seja útil a um grande número de usuários em suas avaliações e tomada de decisões econômicas. As demonstrações contábeis também objetivam apresentar os resultados da atuação da administração, em face de seus deveres e responsabilidades na gestão diligente dos recursos que lhe foram confiados. (CPC 26, 2011, p. 5)

Para tal, foram consideradas apenas as Demonstrações Financeiras e Formulários de Referência publicados anualmente pelas companhias, uma vez que ambos os documentos são de publicação anual obrigatória para todas as empresas listadas em bolsa. No caso das Demonstrações Financeiras, conforme a Lei 6.404/76, os dados devem estar auditados por empresa de auditoria independente.

O balanço social ou relato integrado não foram utilizados para o presente estudo, uma vez que estes documentos não são legalmente exigidos das organizações e, portanto, nem todas as companhias adotam a preparação e divulgação de seus dados, o que impossibilitaria a homogeneidade das análises propostas.

1.4.4 Disponibilidade

Para assegurar a “disponibilidade” a todo e qualquer agente social das informações utilizadas como matéria prima para o presente estudo, o critério adotado foi a seleção de dados públicos e gratuitos, de divulgação obrigatória e fácil acesso, divulgados mediante as Demonstrações Financeiras das empresas listadas na BM&FBovespa 7.

Todas as informações utilizadas como matéria prima para a pesquisa podem ser encontradas nas Demonstrações Financeiras das companhias publicadas em seus websites de relação com investidores, no website da BM&FBovespa ou no website da CVM – Comissão de Valores Mobiliários 8.

7

A BM&FBOVESPA é uma companhia que administra mercados organizados de Títulos, Valores Mobiliários e Contratos Derivativos, além de prestar serviços de registro, compensação e liquidação, atuando, principalmente, como contraparte central garantidora da liquidação financeira das operações realizadas em seus ambientes. Em março de 2017 a BM&BOVESPA passou a se chamar B3, em decorrência da combinação de atividades da BM&FBOVESPA, bolsa de valores, mercadorias e futuros, com a CETIP, empresa prestadora de serviços financeiros no mercado de balcão organizado. Para fins deste trabalho e da recente mudança, manteremos o título de BM&FBOVESPA sempre que mencionarmos a B3.

8 A CVM é responsável por desenvolver e fiscalizar o mercado de valores mobiliários do Brasil, sendo uma

autarquia federal vinculada ao Ministério da Fazenda que não possui subordinação hierárquica. Em 1976 o governo brasileiro promulgou duas novas leis para regular o mercado de capitais e as sociedades anônimas. A primeira, a lei 6.404/76, conhecida como a lei das sociedades anônimas, instituiu os parâmetros e caracterização das S.As. A segunda, a lei 6.385/76 estabeleceu um marco regulatório para o mercado de valores mobiliários e

(24)

Desta forma, qualquer agente social que tenha interesse em atualizar ou validar os dados do presente estudo, terá a fonte de dados facilmente a seu dispor e a qualquer momento, salvo eventual mudança das regras para publicação de informações financeiras ao longo do tempo.

1.4.5 Alcance

Esta premissa reflete a importância considerada por essa pesquisa de que os resultados aqui auferidos possam ser replicados, de forma a possibilitar que qualquer pesquisador ou entidade científica tenha condições de utilizar o presente estudo para avaliar a RSC das principais corporações mundiais.

No âmbito internacional, a adoção de um padrão contábil baseado em princípios ganhou impulso em 2002 com a decisão da União Europeia 9 de exigir que empresas listadas em bolsas Europeias adotassem a partir de 2005 o IFRS para elaboração de suas demonstrações contábeis (OLIVEIRA; LEMES, 2011, p. 156).

A nova exigência acabou por estimular que outros países avançassem em seus esforços para a convergência, assim como ocorreu com África do Sul, Nova Zelândia, Israel, Hong Kong, Chile, Canadá, Coreia e Brasil. O capítulo 2.4.1.2 tratará da adesão do Brasil aos padrões internacionais de contabilidade.

De acordo com a lei 11.638 de 28 de dezembro de 2007, que alterou a Lei das SAs 6.404/76 10, a CVM estabeleceu mediante a instrução 457, alinhada a um comunicado do Banco Central, que as companhias brasileiras de capital aberto devem elaborar demonstrações financeiras anuais consolidadas com base nos padrões internacionais (IFRS) a partir de 2010, apresentadas de forma comparativa.

Conforme Oliveira e Lemes (2011, p. 159), um passo importante com relação ao processo de adoção do IFRS no Brasil, cumpriu-se com a assinatura do “Memorando de Entendimentos” entre o CFC, o CPC e o IASB, em 28 de janeiro de 2010, o que ratificou o

criou a Comissão de Valores Mobiliários. Antes de 1976 não havia um órgão responsável pela supervisão e fiscalização do mercado de capitais no Brasil (CVM, 2016).

9

Decisão promulgada mediante o Regulamento 1.606/2002 do Parlamento Europeu.

10

A revisão da Lei 6.404/76 surgiu em seminários promovidos pela CVM, que contaram com a participação de entidades públicas e privadas. Segundo mencionado pela CVM, a reformulação foi proposta visando, principalmente, os seguintes aspectos: • corrigir impropriedades e erros da Lei societária de 1976; • adaptar a lei às mudanças sociais e econômicas decorrentes da evolução do mercado; • fortalecer o mercado de capitais, mediante implementação de normas contábeis e de auditoria internacionalmente reconhecidos. Após sete anos de tramitação na câmara dos deputados e modificação no texto original, o Projeto de Lei (PL) número 3741/00 foi finalmente aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no plenário do Senado Federal e sancionado pelo Presidente da República em 28 de dezembro de 2007, tornando-se na Lei 11.638 que modifica a Lei 6.404/76. (KPMG, 2008, p. 1)

(25)

CPC como o órgão emitente das normas brasileiras de contabilidade (com base nas normas emitidas pelo IASB), trazendo como consequência a projeção do Brasil no contexto do diálogo internacional sobre a elaboração e a adoção das IFRS.

Por este motivo, de forma a assegurar um maior alcance aos resultados apurados no presente estudo e possibilitar a projeção dos mesmos em outros universos de análise, foram utilizadas como referência apenas dados contábeis padronizados por entidades reguladoras internacionais (IFRS) e publicados regularmente conforme orientação do órgão regulador local.

Dada a adoção de informações internacionalmente padronizadas, regulamentadas, públicas, gratuitas e validadas por empresas de auditoria independentes, conforme exigido por lei, entende-se que o alcance do presente estudo não se limita às fronteiras nacionais, mas abrange um espectro internacional de companhias, o que aumenta consideravelmente sua relevância como contribuição ao mundo científico.

1.5 Objetivos da pesquisa

Nesta seção apresentaremos informações a respeito dos objetivos gerais e específicos do estudo a ser desenvolvido.

1.5.1 Objetivo Geral

O objetivo deste estudo é propor a utilização das contingências judiciais de uma companhia como componente adicional para análise do grau de maturidade de sua responsabilidade social.

1.5.2 Objetivos Específicos

Há quatro objetivos específicos para o desenvolvimento da presente pesquisa. Estes serão descritos a seguir:

 Verificar a existência de dados contábeis padronizados e comparáveis, divulgados pelas companhias aos órgãos reguladores, contendo os saldos das contingências judiciais.

 Verificar a possibilidade de se avaliar, sob uma nova ótica, a RSC das companhias, independentemente do interesse destas pelo tema, utilizando informações de publicação obrigatória.

 Verificar a existência de dados históricos, padronizados e consistentes que possibilitem apurar a evolução das contingências judiciais das companhias, de

(26)

forma que estes também sejam uma fonte válida de informações para acompanhamento da possível progressão ou regressão das iniciativas de RSC das sociedades.

 Apurar se há consistência entre a relação de companhias brasileiras destacadas em três relevantes indicadores de RSC, nacionais e internacionais, e suas contingências judiciais. Para tal foram considerados o (i) ISE, indicador brasileiro de sustentabilidade empresarial publicado pela BM&FBOVESPA; o (ii) DJSI lrob(Dow Jones Sustainability) e (iii) DJSI Emerging Markets (Dow Jones Sustainability Emerging Markets), indicadores norte-americanos de sustentabilidade empresarial, apurados e publicados pela empresa RobecoSAM11.

1.6 Delimitação da pesquisa

A literatura sobre as relações entre o "direito" e a "contabilidade" é extensa e está além do escopo deste estudo. De acordo com Moore (1991), é possível afirmar que as opiniões de influências judiciais sobre o desenvolvimento da contabilidade e discussões sobre a regulamentação legal da contabilidade são as formas mais comuns de direito interdisciplinar e pesquisa contábil e incluem análises jurídicas e conceitos de contabilidade específicas.

Cumpre salientar que, não apenas inexistem simples e universais definições para RSC, como as companhias listadas nos mercados de capitais são excessivamente complexas e dispersas geograficamente, além de pertencerem a diferentes setores. Por este motivo, não foram considerados para este estudo as especificidades de cada sociedade, como momento econômico, reestruturações internas, lucratividade, localização geográfica e outras características que poderiam eventualmente influenciar o volume de processos judiciais ou administrativos recebidos pelas mesmas.

Assim sendo, a parte empírica restringe-se a utilização quantitativa de dados contábeis padronizados e comparáveis, disponíveis a todos os agentes sociais mediante as publicações obrigatórias e exigidas pelos órgãos reguladores, as quais foram divulgadas no

11 Fundada em 1995, a RobecoSAM é um empresa suiça especializada em investimentos, focada exclusivamente

em investimentos sustentáveis. Oferece gerenciamento de ativos, índices, análises de impacto e de investimentos, avaliações de sustentabilidade e serviços de benchmarking. Juntamente com os índices Dow Jones da S&P (Standard & Poor's), a RobecoSAM publica os índices de sustentabilidade Dow Jones (DJSI) reconhecidos mundialmente.

(27)

website da CVM, website de Relações com Investidores de cada empresa selecionada e também website da BM&FBovespa.

A análise das contingências judiciais foi realizada observando-se única e exclusivamente critérios quantitativos. Optou-se pela restrição ao uso de informações qualitativas, ou indicadores voluntários de boas práticas de RSC das companhias selecionadas, por existirem inúmeras variáveis a serem consideradas que não são objeto do presente trabalho e merecem estudos específicos.

Os critérios para a definição da amostra consideraram um universo de empresas que fosse tido como relevante em relação ao mercado como um todo. Para tal utilizou-se o indicador IBrX100 12, divulgado pela BM&FBovespa na data base de fevereiro de 2017, que reflete o índice de desempenho médio das cotações de maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações brasileiro.

Outro fator não considerado no escopo do estudo em questão, por se entender que não faz parte do objeto da presente pesquisa, foi a avaliação da qualidade do trabalho realizado pelas empresas de auditoria independentes para revisão das DFs, tampouco o risco de fraude ou de inadequada interpretação por parte das empresas sobre as regras contábeis que regem seu processo de divulgação das provisões judiciais e passivos contingentes.

Desta forma, foram considerados válidos, para composição das bases de dados utilizadas neste estudo, os dados periodicamente publicados pelas sociedades por exigência de órgão regulador, pautados em regras internacionais e nacionais de apuração e, por fim, com pareceres formais de auditores independentes especialistas sem ressalvas sobre as informações divulgadas.

12 IBrX 100: “O objetivo do IBrX 100 é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos 100 ativos de

maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações brasileiro. O IBrX 100 é composto das ações e units exclusivamente de ações de companhias listadas na BM&FBOVESPA. Não estão incluídos nesse universo BDRs e ativos de companhias em recuperação judicial ou extrajudicial, regime especial de administração temporária, intervenção ou que sejam negociados em qualquer outra situação especial de listagem. Serão selecionados para compor o IBrX 100 os ativos que atendam cumulativamente aos critérios: (a) estar entre os ativos elegíveis que, no período de vigência das 3 (três) carteiras anteriores, em ordem decrescente de Índice de Negociabilidade (IN), ocupem as 100 primeiras posições; (b) ter presença em pregão de 95% (noventa e cinco por cento) no período de vigência das 3 (três) carteiras anteriores; (c) não ser classificado como “Penny Stock” (Fundos de Investimentos Imobiliários listados nos mercados de bolsa e de balcão organizado da BM&FBOVESPA); (d) um ativo que seja objeto de Oferta Pública realizada durante o período de vigência das 3 (três) carteiras anteriores ao rebalanceamento será elegível, mesmo sem estar listado todo o período, desde que: (i) a Oferta Pública de distribuição de ações ou units, conforme o caso, tenha sido realizada antes do rebalanceamento imediatamente anterior; (ii) possua 95% (noventa e cinco por cento) de presença desde seu início de negociação; (iii) atenda cumulativamente aos critérios (a) e (c). (BM&FBOVESPA, IBrX, 2016, p. 2, 3 e 4)

(28)

1.7 Estrutura do trabalho

O presente trabalho está estruturado em cinco capítulos. O primeiro capítulo tem como estrutura a introdução, contextualização do tema, o problema e questões de pesquisa, relevância, objetivos gerais e específicos, etapas da pesquisa, estrutura metodológica, delimitação do tema e estrutura do trabalho.

No segundo capítulo apresenta-se a fundamentação teórica, iniciando-se pela bibliometria, e seguido pela caracterização dos temas que suportam a conclusão do trabalho, tais como: (i) a responsabilidade social corporativa analisada sob a ótica histórica e os principais órgãos promotores no Brasil e no mundo, além da apresentação dos principais índices existentes; (ii) A utilização da informação contábil, sendo percorrida a definição e contexto das IFRS e caracterização de provisões judiciais e passivos contingentes.

O terceiro capítulo está dedicado ao detalhamento da metodologia empregada para a análise, discorrendo sobre os métodos, abordagem de pesquisa, coleta e tratamento de dados, limitações do método para a análise proposta e exposição do universo de análise e amostra definida.

No quarto capítulo estão descritos os resultados da pesquisa e suas respectivas análises, além de abordagens comparativas com outros estudos existentes, em linha com a abordagem apresentada no capítulo sobre a fundamentação teórica.

O quinto e último capítulo apresenta as conclusões da pesquisa a partir do estudo empírico e sua análise à luz dos elementos descritos na fundamentação teórica. Este capítulo busca avaliar possíveis limitações ao trabalho e se os objetivos propostos foram atingidos, afim de se obter uma resposta para o problema de pesquisa.

Detalhes adicionais com dados elaborados durante a pesquisa ou informações de outras fontes, quando considerados relevantes para complementação da compreensão do leitor, poderão ser encontrados nos apêndices e anexos ao presente trabalho.

(29)

2. Revisão da Literatura

Por meio dos estudos desenvolvidos na presente pesquisa, os quais se utilizaram não apenas de fontes acadêmicas relevantes e atualizadas, mas também normas técnicas e informações oficiais divulgadas pelas companhias a seus respectivos órgãos reguladores, reuniu-se uma série de dados que possibilitou a análise da responsabilidade social das organizações sob a ótica de suas contingências judiciais, disponibilizando assim um novo panorama sobre o tema.

2.1 Bibliometria

Neste capítulo apresenta-se o estudo bibliométrico acompanhado de estatísticas derivadas dos materiais selecionados para aprofundamento de pesquisa. Este estudo, segundo Araújo (2006, p. 12), tem sua importância por sublinhar que a bibliometria reúne “técnicas estatísticas e matemáticas para descrever aspectos da literatura e de outros meios de comunicação”.

2.1.1 Levantamento de dados

A pesquisa para a fundamentação teórica do presente estudo abrangeu a seleção de documentos científicos relacionados ao tema mediante o Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) 13. A data final para realização da pesquisa foi de 05 de agosto de 2016.

Para complementar o estudo e torná-lo melhor embasado, também foram realizadas consultas adicionais diretamente nos portais SciELO, Scopus e Web of Science, que abrangem periódicos internacionais, de forma a verificar eventual documento de interesse à pesquisa que porventura não estivesse sendo apresentado no portal da CAPES.

Além disso, os portais de periódicos SciELO, Scopus e Web of Science constituem-se em ferramentas relevantes e complementares ao Portal da CAPES para pesquisas de literatura científica.

Na primeira etapa da pesquisa foram adotados os seguintes principais critérios, os quais posteriormente passaram por diversos refinamentos: (i) corte para visualização de documentos publicados a partir dos últimos cinco anos (2012, 2013, 2014, 2015 e 2016)

13

O Portal de Periódicos da CAPES é uma biblioteca virtual que disponibiliza às Instituições de Ensino e Pesquisa no Brasil um acervo de mais de 38 mil títulos com texto completo, 123 bases referenciais, 11 bases dedicadas exclusivamente a patentes, além de livros, enciclopédias e obras de referência, normas técnicas, estatísticas e conteúdo audiovisual.

(30)

relacionados a assuntos da Engenharia, Direito, Economia, Contabilidade e Administração, sem especificar neste primeiro momento o idioma ou tipo de publicação (artigos, livros, apresentações ou outros tipos de materiais publicados); (ii) uso de palavras chave da dissertação escritas em português, como por exemplo responsabilidade social corporativa, sustentabilidade, contingências e passivos contingentes; (iii) uso de palavras chave da dissertação escritas em inglês, como por exemplo, corporate social responsibility, sustainability, liability, contingencies e contingent liability; (iv) seleção de documentos da CAPES, utilizando as palavras chaves mencionadas, arquivados como business & economics, direito ou engenharia; (v) seleção de documentos do portal Scopus (Elsevier), utilizando as palavras chaves mencionadas, classificados como Physical Sciences ou Social Sciences & Humanities; (vi) seleção de documentos do portal da Scielo (org) associados a Ciências Sociais Aplicada, Ciências Humanas, Engenharias ou Ciências Exatas e da Terra; (vii) seleção de documentos do portal Web of Sicence classificados em áreas de pesquisa como Business Economics, Social Sciences, Environmental Sciences Ecology, Engineering ou Science Techinology; (viii) combinação de palavras-chave, de forma a refinar os documentos que apresentam maior afinidade com os estudos propostos; (ix) seleção dos autores mais citados para os resultados obtidos. Os quadros 1 a 9 apresentam um sumário dos critérios utilizados e resultados obtidos em cada etapa da pesquisa.

Quadro 1- Registros por base de consulta, nível 1 14

Termos de Pesquisa Base

CAPES Base Scielo Base Scopus Web of Science TOTAL 1 Sustainability 21.847 891 51.138 22.268 96.144

2 "Corporate social responsibility" 4.403 109 5.095 3.423 13.030

3 Contingencies 798 81 8.697 4 9.580

4 Liability 5.629 214 2 2.594 8.439

5 Sustentabilidade 2.815 490 136 0 3.441

6 “Contingent liability” 344 1 37 0 382

7 “Responsabilidade social corporativa” 230 41 9 0 280

8 Contingências 168 87 11 0 266

9 “Passivos contingentes” 10 3 0 0 13

TOTAL 36.244 1.917 65.125 28.289 131.575

14

(31)

Em função do volume de artigos (quadro 1) encontrados como resultado da pesquisa inicial, no total de 131.575, foi necessária a aplicação de filtros para seleção dos documentos mais apropriados ao estudo proposto, principalmente aos resultados obtidos para os termos de pesquisa “sustainability”, "corporate social responsibility", “contingencies” e “sustentabilidade”.

Procurou-se, desta forma, refinar as buscas com a utilização de combinações de palavras associadas ao objeto do presente estudo, conforme demonstrado no quadro 2.

Quadro 2 - Registros por base de consulta, nível 2 15

Termos de Pesquisa Base

CAPES Base Scielo Base Scopus Web of Science TOTAL

1 Sustainability AND Accounting 802 11 1.093 2.106 4.012

2 Sustainability AND Law 816 39 1.216 357 2.428

3 Sustainability AND "Corporate social responsibility" 500 11 972 852 2.335

4 Sustainability AND Compliance 517 3 577 232 1.329

5 "Corporate social responsibility" AND Accounting 119 2 197 278 596 6 "Corporate social responsibility" AND Law 187 12 203 101 503

7 Contingencies AND Accounting 41 0 129 287 457

8 Contingencies AND Law 57 4 282 46 389

9 "Corporate social responsibility" AND Compliance 76 4 131 76 287

10 Sustainability AND Liability 79 2 123 51 255

11 Sustainability AND Contingencies 8 0 91 48 147

12 Contingencies AND Compliance 18 0 80 17 115

13 "Corporate social responsibility" AND Liability 24 0 39 32 95

14 Sustentabilidade AND Contabilidade 60 7 0 0 67

15 "Corporate social responsibility" AND Contingencies 1 0 24 27 52 16 Sustentabilidade AND "Responsabilidade Social Corporativa" 14 3 0 0 17

17 Sustentabilidade AND Compliance 7 2 4 0 13

18 "Responsabilidade Social Corporativa" AND Contabilidade 5 0 0 0 5

19 Sustentabilidade AND Judiciais 3 1 0 0 4

20 Sustentabilidade AND Contingências 1 0 0 0 1

21 "Responsabilidade Social Corporativa" AND Compliance 1 0 0 0 1 22 "Responsabilidade Social Corporativa" AND Contingências 0 0 0 0 0 23 "Responsabilidade Social Corporativa" AND Judiciais 0 0 0 0 0

TOTAL 3.336 101 5.161 4.510 13.108

15

(32)

Em busca de uma fonte de pesquisa mais atualizada e em função do alto volume de documentos obtido com as consultas, que ao todo foi de 13.108, utilizou-se como premissa que: (i) para as pesquisas cuja quantidade de documentos, por palavra-chave, foi inferior a 100 registros (destacados em cinza), todos foram selecionados para leitura de abstract; (ii) para as pesquisas cuja quantidade de documentos, por palavra-chave, foi superior a 100 registros, foram selecionados apenas os documentos publicados nos últimos 2 anos (2015 e 2016), conforme quadro 3:

Quadro 3 - Registros Publicados nos últimos 2 e 5 anos, por base de consulta 16

Termos de Pesquisa Base

CAPES Base Scielo Base Scopus Web of Science TOTAL

1 Sustainability AND Accounting 395 11 420 888 1.714

2 Sustainability AND "Corporate social responsibility" 237 11 394 416 1.058

3 Sustainability AND Law 320 39 409 137 905

4 Sustainability AND Compliance 210 3 187 93 493

5 "Corporate social responsibility" AND Accounting 61 2 83 130 276

6 "Corporate social responsibility" AND Law 89 12 84 38 223

7 "Corporate social responsibility" AND Compliance 76 4 49 76 205

8 Contingencies AND Law 57 4 83 46 190

9 Sustainability AND Liability 79 2 39 51 171

10 Sustainability AND Contingencies 8 0 91 48 147

11 Contingencies AND Compliance 18 0 80 17 115

12 Contingencies AND Accounting 41 0 56 16 113

13 "Corporate social responsibility" AND Liability 24 0 39 32 95

14 Sustentabilidade AND Contabilidade 60 7 0 0 67

15 "Corporate social responsibility" AND Contingencies 1 0 24 27 52 16 Sustentabilidade AND "Responsabilidade Social Corporativa" 14 3 0 0 17

17 Sustentabilidade AND Compliance 7 2 4 0 13

18 "Responsabilidade Social Corporativa" AND Contabilidade 5 0 0 0 5

19 Sustentabilidade AND Judiciais 3 1 0 0 4

20 Sustentabilidade AND Contingências 1 0 0 0 1

21 "Responsabilidade Social Corporativa" AND Compliance 1 0 0 0 1 22 "Responsabilidade Social Corporativa" AND Contingências 0 0 0 0 0 23 "Responsabilidade Social Corporativa" AND Judiciais 0 0 0 0 0

TOTAL 1.707 101 2.042 2.015 5.865

16 O quadro foi elaborado a partir das pesquisas nas bases citadas em 05/08/2016. O Quadro 3 deve ser lido em

conjunto com o Quadro 2, pois os registros que apresentaram número inferior a 100 no Quadro 2 foram copiados para o Quadro 3 e representam um período de publicação entre 2 e 5 anos. Já para os registros que apresentaram número superior a 100 no Quadro 2, foi feita nova pesquisa abrangendo apenas documentos publicados nos últimos 2 anos, tendo sido o resultado registro no Quadro 3.

(33)

Para as chaves de pesquisa que ainda apresentaram resultado superior a 100 documentos, conforme quadro 3, selecionou-se apenas os que estavam classificados nas bases de análise como área de pesquisa em “business”, de forma a restringir o espectro de análise. Para os demais eventos de pesquisa, que até o momento apresentaram volume de documentos inferior a 100 por chave de pesquisa e base (destacados em cinza), foram selecionados todos os registros para avaliação de aplicabilidade ao presente estudo, conforme quadro 4:

Quadro 4 - Registros Publicados nos últimos 2 e 5 anos, com foco em business 17

Termos de Pesquisa Base

CAPES Base Scielo Base Scopus Web of Science TOTAL

Sustainability AND Accounting 395 11 267 214 887

Sustainability AND "Corporate social responsibility" 237 11 354 268 870

Sustainability AND Law 320 39 234 23 616

Sustainability AND Compliance 210 3 109 93 415

"Corporate social responsibility" AND Accounting 61 2 83 99 245

"Corporate social responsibility" AND Law 89 12 84 38 223

"Corporate social responsibility" AND Compliance 76 4 49 76 205

Contingencies AND Law 57 4 83 46 190

Sustainability AND Liability 79 2 39 51 171

Sustainability AND Contingencies 8 0 91 48 147

Contingencies AND Compliance 18 0 80 17 115

Contingencies AND Accounting 41 0 56 16 113

"Corporate social responsibility" AND Liability 24 0 39 32 95

Sustentabilidade AND Contabilidade 60 7 0 0 67

"Corporate social responsibility" AND Contingencies 1 0 24 27 52 Sustentabilidade AND "Responsabilidade Social Corporativa" 14 3 0 0 17

Sustentabilidade AND Compliance 7 2 4 0 13

"Responsabilidade Social Corporativa" AND Contabilidade 5 0 0 0 5

Sustentabilidade AND Judiciais 3 1 0 0 4

Sustentabilidade AND Contingências 1 0 0 0 1

"Responsabilidade Social Corporativa" AND Compliance 1 0 0 0 1 "Responsabilidade Social Corporativa" AND Contingências 0 0 0 0 0 "Responsabilidade Social Corporativa" AND Judiciais 0 0 0 0 0

17

O quadro foi elaborado a partir das pesquisas nas bases citadas em 05/08/2016. O Quadro 4 deve ser lido em conjunto com o Quadro 3, pois os registros que apresentaram número inferior a 100 no Quadro 3 foram copiados para o Quadro 4 e representam todas as áreas de pesquisas utilizadas no presente estudo. Já para os registros que ainda apresentaram número superior a 100 no Quadro 3 foi feita nova pesquisa, restringindo os documentos à área de pesquisa “business”, tendo sido o resultado registrado no Quadro 4.

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