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Relatório estágio profissional

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Academic year: 2021

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R

ELATÓRIO

F

INAL DE

E

STÁGIO

Mestrado Integrado em Medicina

Mestrado Integrado em Medicina

(MIM)

Nova Medical School

- Faculdade de Ciências

Médicas

Universidade Nova de Lisboa

2012/2018

Patrícia Alexandra Rodrigues de Oliveira

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“Aqui, portanto, arrisquei tudo por tudo, fazendo das fraquezas forças, das dúvidas certezas, do desespero esperança. Aqui era justo, pois, que, passados muitos anos e muitos trabalhos, eu viesse verificar com alegria que valeu a pena desafiar a sorte”

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ÍNDICE

1. Introdução e Objetivos ... 3

2. Atividades desenvolvidas ... 4

2.1 Estágio Profissionalizante ... 4

a) Estágio Parcelar de Pediatria ... 4

b) Estágio Parcelar de Ginecologia e Obstetrícia ... 4

c) Estágio Parcelar de Saúde Mental... 5

d) Estágio Parcelar de Medicina Geral e Familiar ... 6

e) Estágio Parcelar de Medicina Interna ... 6

f) Estágio Parcelar de Cirurgia Geral ... 7

2.2 Estágio Clínico Opcional - Dermatologia ... 8

2.3 Elementos Valorativos ... 8

3. Análise Crítica Final ... 8

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1 . I n t r o d u ç ã o e O b j e t i v o s

A Medicina constitui uma das mais complexas e desafiantes artes, ao exigir a perceção da globalidade do ser humano, nas suas diversas vertentes, o que revela a preponderância da abordagem holística do mesmo. Ao longo desta trabalhosa jornada que define o Mestrado Integrado em Medicina (MIM), e que culmina no Estágio Profissionalizante, último momento de formação pré-graduada, procurei tornar-me numa médica com uma formação científica sólida, com cultura, sentido ético e preocupação pelo próximo, apta ao trabalho em equipa, elementos que considero essenciais para viver o espírito de serviço aos outros, paradigma major desta profissão1.

O 6º ano do MIM da NOVA Medical School estrutura-se em 3 unidades curriculares (UC): uma UC Estágio Profissionalizante, constituída por 6 estágios parcelares; uma UC Opcional e uma UC Integradora, Preparação para a Prática Clínica. Desta forma, o Estágio Profissionalizante, que se afigura como um elo de ligação entre a formação pré-graduada e o exercício da profissão médica, alicerçado numa componente prática tutelada e que visa promover progressiva autonomia clínica, permite a aquisição de conhecimentos teóricos, práticos, de atitudes e valores, elementos basilares na Educação Médica moderna, impondo necessidades e responsabilidades fulcrais para a cimentação dos pilares que permitirão que o estudante médico se torne apto a exercer Medicina.

Neste sentido, defini, desde o início, objetivos baseados nos pilares da formação médica1: 1) sistematizar conhecimentos prévios, com vista à sua aplicabilidade clínica e a aquisição de novos saberes; 2) aperfeiçoar aptidões clínicas e sua capacitação para a autonomia tutorada e consciência crítica; 3) desenvolver aptidões interpessoais e capacidade de comunicação com os doentes, colegas e outros profissionais de saúde; 4) interiorizar valores que se traduzam em atitudes

pessoais e profissionais centradas na abordagem humanista que constitui o fundamento da prática

médica, aprimorando e desenvolvendo aptidões para uma boa relação médico-doente.

Como tal, o presente relatório pretende constituir uma análise retrospetiva, sucinta e crítica, dos elementos representativos dos 6 estágios nucleares enquadrados neste ano curricular, de acordo com os objetivos específicos estabelecidos para cada um, bem como uma referência ao Estágio Opcional; de outras atividades que considero valorativas; segue-se uma reflexão crítica; e, para finalizar, apresento, em anexo, os certificados de participação nas atividades supracitadas.

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2 . At i v i d a d e s d e s e n v o l v i d a s

2.1 ESTÁGIO PROFISSIONALIZANTE

O Estágio Profissionalizante, regido pelo Prof. Doutor Rui Maio, decorrente de 11/09/2017 a 18/05/2018, compreende um sistema de rotação pelas seguintes especialidades: Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Saúde Mental, Medicina Geral e Familiar, Medicina Interna e Cirurgia Geral. Genericamente, procura a prossecução de objetivos que envolvem a aquisição/consolidação de conhecimentos (saber), atitudes (saber estar) e aptidões (demonstrar/saber fazer).

a) Estágio Parcelar de Pediatria

Este estágio, sob regência do Prof. Doutor Luís Varandas e tutorado pela Dr.a Marta Conde, com duração de 4 semanas (11/09/2017 a 06/10/2017), decorreu no Serviço de Reumatologia do Hospital Dona Estefânia, integrado no Centro Hospitalar de Lisboa Central, e marcou o início do 6º ano.

A Pediatria, ao abranger uma população tão específica e estruturante do ciclo de vida, que vai desde a conceção até à adolescência, permite o contacto com um leque diversificado de patologias. Como tal, estabeleci como objetivos: 1) consolidar conhecimentos sobre as principais patologias da criança e do adolescente; 2) aperfeiçoar o raciocínio clínico, a colheita de dados anamnésicos e realizar exame objetivo dirigido às queixas e adequado à idade, de forma autónoma; 3) desenvolver capacidades de comunicação e estabelecimento da relação médico-família e relação médico-doente, apropriadas à idade, dando especial atenção às preocupações de cada um; 4) compreender a articulação entre as várias especialidades da área de Pediatria Médica.

Foi um estágio extremamente eclético, no qual foram desenvolvidas inúmeras atividades práticas: assisti a consultas de Reumatologia, Imunoalergologia, Pediatria Geral e Pneumologia, frequentei a enfermaria de Pediatria Geral, Adolescentes, Infeciologia, Hematologia e de Cardiologia Pediátrica, bem como o Serviço de Urgências. Acrescentam-se, atividades de carácter pedagógico, nomeadamente uma aula teórico-prática sobre “Anafilaxia”, sessões clínicas, a elaboração de uma história clínica e apresentação de um seminário sobre “Ataxia aguda em Pediatria”.

b) Estágio Parcelar de Ginecologia e Obstetrícia

Com duração de 4 semanas (09/10/2017 a 03/11/2017), o estágio de Ginecologia e Obstetrícia, sob regência da Professora Doutora Teresa Ventura, decorreu no Hospital de Vila Franca de Xira,

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Em termos gerais, este estágio pretende preparar o futuro médico para reconhecer e saber como proceder nas situações ginecológicas e obstétricas mais prevalentes. Estabeleci como objetivos: 1) consolidar conhecimentos já adquiridos; 2) experienciar a vivência no bloco operatório e bloco de partos; 3) aperfeiçoar competências na realização do exame ginecológico e obstétrico, colpocitologias e auscultação do foco cardíaco fetal; 4) distinguir critérios de alto risco na gravidez e familiarizar-me com o plano de seguimento de uma gravidez evolutiva.

Nas duas primeiras semanas, integrada na Obstetrícia, sob orientação da Dr.a Paula Tapadinhas, assisti a consultas de Obstetrícia, consultas de Alto Risco, de Ecografia Obstétrica e frequentei a enfermaria de Puerpério. Nas duas últimas, sob supervisão da Dr.a Paula Ambrósio (Ginecologia), assisti a consultas de Patologia do Colo, Vulva e Vagina, consultas de Oncologia, ecografia ginecológica, bloco operatório e enfermaria. Saliento a oportunidade de realizar uma polipectomia por torção, observações ao espéculo, colpocitologias, aprendi a executar ecografias e assisti a partos (vaginais e cesarianas). Para além disso, destaco a frequência semanal do Serviço de Urgências/Bloco de Partos e apresentação do seminário - “Hemorragia uterina pós-menopausa”.

c) Estágio Parcelar de Saúde Mental

Com uma duração de 4 semanas (06/11/2017 a 30/11/2017), o estágio de Saúde Mental, regido pelo Prof. Doutor Miguel Talina, decorreu na unidade de internamento do Hospital Doutor Fernando da Fonseca, sob orientação do Dr. José Ramos. Este serviço pretende dar resposta a quadros psiquiátricos agudos ou descompensações de patologias crónicas que reúnam condições de internamento, voluntário ou compulsivo, com vista a assegurar a reintegração na comunidade.

A nível geral, este estágio tem como objetivos promover o desenvolvimento de competências que permitam identificar sintomas psiquiátricos, elementos patológicos da personalidade, comportamentos patológicos e situações individuais e sociais de risco. A nível pessoal, propus-me: 1) consolidar conhecimentos sobre diagnóstico e abordagem terapêutica das principais entidades nosológicas psiquiátricas; 2) desenvolver técnicas de comunicação para a entrevista clínica.

Este estágio permitiu-me experienciar as diversas atividades assistenciais da Saúde Mental, com especial ênfase em trabalho de enfermaria, onde eram efetuadas entrevistas clínicas diárias e reajustes terapêuticos, reuniões de equipa e de serviço, e Serviço de Urgências.

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Como um dos principais ganhos formativos, destaco as valiosas ferramentas de comunicação que desenvolvi, não só através da observação do modo de atuar do meu tutor, como também aquando da colheita da história clínica. Todas estas atividades permitiram-me preencher algumas lacunas do meu percurso formativo, tendo contribuído também para a desmistificação de uma série de falsas crenças e estereótipos invariavelmente associados a estes doentes.

d) Estágio Parcelar de Medicina Geral e Familiar

O estágio decorreu sob a regência da Professora Doutora Maria Isabel Santos, na USF S. Julião, tutorado pela Dr.a Teresa Libório, com duração de 4 semanas (04/12/2017 a 12/01/ 2018). Delineei, como principais objetivos específicos: 1) integrar a equipa médica da USF e participar ativamente nas suas atividades; 2) aplicar o modelo biopsicossocial na abordagem do doente; 3) aperfeiçoar técnicas de entrevista clínica, privilegiando técnicas como a escuta ativa; 4) familiarizar-me com o sistema informático e com o tipo de registo usados em MGF.

Ao ter vivenciado integralmente o dia-a-dia na USF, este estágio incluiu uma multiplicidade de valências: assisti e conduzi, de forma progressivamente mais autónoma, consultas de Saúde de Adultos, consultas Abertas, de Saúde Infantil e Juvenil, Saúde Materna e de Planeamento Familiar; apresentei o tema “Profilaxia de Pré-exposição ao VIH (PrEP)”, sobretudo pela controvérsia que suscita, pela relevância indiscutível e pelos bons resultados no âmbito da prevenção primária; no final do estágio, realizei o “Diário de Exercício Orientado‟, que foi objeto de avaliação oral.

Este estágio revelou-se uma excelente exemplificação da preponderância de uma boa relação médico-doente e da abordagem holística do mesmo, como fórmulas para que exista uma continuidade de cuidados, sucesso do plano de intervenção e adesão terapêutica, contribuindo significativamente para o exercício de uma Medicina Centrada no Paciente e para a diminuição da dolência do indivíduo. Realço a autonomia que me foi concedida, ponto fulcral para a consolidação da confiança nas minhas capacidades clínicas, empáticas e de comunicação.

e) Estágio Parcelar de Medicina Interna

Sob regência do Prof. Doutor Fernando Nolasco e com uma duração de 8 semanas (22/01/2018 a 16/03/2018), o estágio decorreu na Unidade Funcional de Medicina 1.2 do Hospital de São José, pertencente ao Centro Hospitalar de Lisboa Central, sob orientação da Dr.a Isabel Batista.

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Como objetivos, estabeleci: 1) capacitar-me para observar doentes internados, de forma autónoma; 2) aperfeiçoar técnicas semiológicas; 3) melhorar o raciocínio clínico na condução da marcha diagnóstica; 4) instituir a terapêutica nas patologias mais comuns em contexto de internamento e urgência; 5) melhorar capacidades de comunicação com o doente e familiares.

Durante este período, para além das inúmeras atividades práticas desenvolvidas no seio da enfermaria, que constituiu a atividade preponderante, nomeadamente colheita de história clínica e exame objetivo, realização de notas de entrada, diários clínicos e notas de alta, discussão de abordagens diagnósticas e terapêuticas, requisição/interpretação de exames complementares de diagnóstico e passagem de doentes em reuniões de equipa, tive ainda a oportunidade de frequentar o Serviço de Urgência, bem como de assistir às reuniões de serviço e sessões clínicas, onde apresentei o seminário “Distúrbios respiratórios do sono – SAHOS”. Este estágio foi, ainda, composto por uma vertente teórica semanal decorrente na faculdade.

De salientar a importância da observação mais autónoma de doentes, ponto significativo para a estimulação do raciocínio clínico e de autossuficiência neste contexto. Considero ter evoluído não só na vertente das relações interpessoais, como também na execução de manobras semiológicas.

f) Estágio Parcelar de Cirurgia Geral

Este estágio, regido pelo Professor Doutor Rui Maio, teve a duração de 8 semanas (19/03/2018 a 18/05/2018). Focou-se, sobretudo, em duas dimensões principais: uma componente teórico-prática com duração de 1 semana, que decorreu no Hospital Beatriz Ângelo, e que culminou no curso TEAM (Trauma Evaluation And Management); e uma componente prática, que decorreu no Hospital da Luz, sob orientação do Dr. João Rebelo de Andrade.

A título pessoal, estabeleci os seguintes objetivos: 1) aprofundar conhecimentos acerca das patologias cirúrgicas mais prevalentes; 2) consolidar técnicas de pequena cirurgia, gestos e procedimentos cirúrgicos, técnicas de assépsia e anestesia; 3) reforço da capacidade de trabalhar em equipa e da comunicação interpessoal, aplicando a terminologia cirúrgica nos contextos adequados; 4) conhecer as principais complicações num doente em pós-operatório.

De um modo geral, o bloco operatório constituiu a valência de excelência deste estágio, onde participei como 1º/2º ajudante em várias cirurgias, pude proceder à desinfeção cirúrgica,

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colocação de campos cirúrgicos, realização de pontos de sutura e colocação de agrafos e manuseamento de instrumentos laparoscópicos. Para além disso, frequentei as Consultas Externas de Cirurgia Geral e de Coloproctologia, a Pequena Cirurgia do Atendimento Médico Permanente, integrei o estágio opcional de Anestesiologia durante 2 semanas, assisti às sessões clínicas do Hospital da Luz e à Consulta Multidisciplinar de Tumores Gastro-Intestinais. Por último, participei no mini-congresso de Cirurgia, com apresentação de um trabalho de grupo, intitulado “Era só uma Apendicite!”, que na verdade se tratava de um tumor neuroendócrino do apêndice íleo-cecal numa jovem de 21 anos.

2.2 ESTÁGIO CLÍNICO OPCIONAL -DERMATOLOGIA

Como a UC Estágio Clínico Opcional não constitui em si mesma uma componente do Estágio Profissionalizante, permito-me referir apenas que a realizei no Serviço de Dermatologia do Centro Hospitalar de Leiria, cidade de onde sou natural, no período de 21 de Maio a 1 de Junho de 2018, sob a orientação da Dra. Vitoria Guiote.

2.3 ELEMENTOS VALORATIVOS

Durante este ano letivo participei em várias atividades de formação, nomeadamente: a iMed

Conference 9.0, na qual pertenci à crew e participei nos workshops anexados (anexos 2, 3, 4 e

5); o Congresso Nacional de Estudantes de Medicina e paralelas (anexos 6 e 7); a conferência

International Meeting on Cancer Innovation, organizada pela CUF (anexo 8); o II NMS Jobshop,

onde assisti às sessões paralelas de Oftalmologia e Anestesiologia (anexo 9 e 10); e a conferência “Abordagem da Vertigem Periférica” (anexo 11), no Hospital da Luz de Oeiras.

Considero ainda importante salientar o 1º semestre do ano letivo 2016/2017 que estudei na

Universitat Internacional de Catalunya, integrada no programa Erasmus+ (anexo 1).

Por fim, resta-me salientar a integração na equipa de Ténis da NOVA nos anos letivos 2015/2016 e 2016/2017 (anexo 12), com participação nos Campeonatos Universitários de Lisboa e nos Campeonatos Nacionais Universitários.

3 . An á l i s e C r í t i c a F i n a l

Terminada esta que foi a jornada mais desafiante da minha vida até hoje, torna-se inevitável viajar até ao passado e fazer uma retrospeção acerca deste último ano, o sexto do MIM e, por excelência,

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o da profissionalização. Como tal, tendo em conta os objetivos a que me propus no início, de acordo com as competências nucleares a serem adquiridas no término da formação médica pré-graduada, considero que os objetivos curriculares e pessoais foram cumpridos.

Relativamente aos conhecimentos, este ano foi fulcral para consolidar aprendizagens prévias: desde os anos pré-clínicos, em que adquiri bases teóricas, até aos anos clínicos, em que comecei a contactar com o ambiente hospitalar e com os doentes. Neste ano profissionalizante pude sistematizar o raciocínio clínico e integrá-lo em atos médicos autónomos, o que me permitiu, assim, aperfeiçoar as aptidões clínicas e ganhar alguma confiança nas diversas áreas.

De salientar o papel preponderante da Medicina Geral e Familiar e da Medicina Interna, especialidades basilares da formação médica, na cimentação de conhecimentos, na promoção de confiança, destreza e autonomia no contacto com as diversas situações que pautam o quotidiano médico, mas também pela independência supervisionada que me foi conferida na condução autónoma de consultas e no seio da enfermaria, com o acompanhamento diário de doentes. Tendo em conta o interesse indiscutível que me é suscitado pela cirurgia, como uma das áreas da minha preferência para o futuro, destaco o estágio de Cirurgia Geral pela oportunidade única de participação como 1º/2º ajudante. No que concerne ao estágio de Pediatria, realço o Serviço de Urgências, como espaço de enorme aprendizagem, marcado pela crescente autonomia, tendo possibilitado a hierarquização das queixas prioritárias, permitindo sistematizar sinais de alerta critérios de gravidade e de internamento. Destaco também o estágio de Saúde Mental, pelas particularidades da entrevista clínica com o doente psiquiátrico e a Ginecologia e Obstetrícia pelo carácter prático do estágio, permitindo-me criar uma base sólida de conhecimentos.

Ao longo de todo o ano, senti-me sempre perfeitamente integrada, como elemento ativo, inserida em ambientes distintos mas que primam pela boa prática clínica, organização e comunicação entre os vários profissionais de saúde e serviços, pelo que considero que desenvolvi a vertente das

relações interpessoais e aprimorei a relação médico-doente, essencial para o cumprimento do nosso

objetivo máximo enquanto futuros médicos – o doente e a sua melhoria clínica. Para além disso, os inúmeros contrastes socioeconómicos, culturais, de instrução e de recursos com que me fui

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deparando, em virtude da abrangência do estágio profissionalizante, permitiram-me descobrir uma medicina que privilegia a escuta da pessoa, com uma abordagem biopsicossocial muito marcada.

Não poderia terminar sem enfatizar a importância, quer do programa Erasmus+, na aquisição de competências de comunicação interpessoal e intercultural, de resolução autónoma de problemas e pela oportunidade de vivenciar outra realidade da Medicina; quer do desporto universitário, no reforço da capacidade de trabalho em equipa e solidariedade. Estas, para além de competências técnicas, afiguram-se como características chave que valorizo num Médico.

Realço, ainda, a importância das sessões formativas e dos seminários que, através da sua componente teórica, permitiram complementar a prática e o treino da exposição oral, uma aptidão indispensável a qualquer médico, preparando-nos para o futuro enquanto profissionais da área.

Em suma, este ano revelou-se um sólido alicerce formativo. Considero que evolui não só na vertente da relação médico-doente, uma das mais potentes armas médicas, como também na execução de manobras semiológicas, abordagem diagnóstica e terapêutica. Não obstante, e como é natural com o ganho de autonomia, sobretudo nesta fase de iniciação à vida médica, deparei-me com algumas limitações e receios. Entre eles destaco o receio de não conseguir responder às questões e queixas dos doentes ou de não corresponder às suas expectativas, o receio de não ser capaz de controlar as reações pessoais perante o sofrimento e a doença, o receio de não conseguir conduzir a consulta e o exame objetivo no sentido das queixas e a dificuldade na prescrição de terapêutica adequada. No entanto, apesar do longo caminho a percorrer, alguns desses receios foram sendo dissipados e dando lugar a crenças mais positivas de autoconfiança e segurança nas minhas capacidades.

No fim deste caminho, resta-me agradecer a cada um: à família, aos amigos, aos tutores, aos professores. A esta enorme casa, a muy nobre Faculdade de Ciências Médicas, onde o sonho que idealizei um dia se tornou realidade! Termino esta longa jornada mais capaz, com maior aptidão para o exercício clínico autónomo e com conhecimentos importantes cimentados, mas sempre com a noção da humildade que tem de fazer parte do jovem médico na procura incessante pelo conhecimento. Valeu a pena! Agora é hora de recomeçar!

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4 . An e x o s

Anexo 1 | Prova de Reconhecimentos Académicos do Programa Erasmus+, realizado na

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Referências

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