Faculdade Ciências Médicas
Universidade Nova de Lisboa
MESTRADO INTEGRADO
EM MEDICINA
RELATÓRIO FINAL
ANA SOFIA MONTEIRO DA CUNHA
nº 2008033
ÍNDICE
I. Introdução
... 3
II. Estágio Profissionalizante
a) Estágios parcelares 1. Medicina Interna... 3
2. Cirurgia
... 4
3. Medicina Geral e Familiar
... 5
4. Pediatria
... 5
5. Ginecologia e Obstetrícia
... 6
6. Saúde Mental
... 7
b) Congressos/Palestras/Sessões
... 8
III. Reflexão Crítica Final
... 8
IV. Anexos
... 11
a) Certificados de Participação dos Congressos/Palestras
I. Introdução
O presente relatório foi elaborado no âmbito do Mestrado Integrado de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, com o intuito de apresentar as actividades desenvolvidas durante o meu sexto ano, que é considerado um ano profissionalizante, durante o qual se deve aprofundar a vertente prática de todo o percurso académico, com integração plena no funcionamento dos diversos serviços hospitalares.
O relatório encontra-se estruturado em quatro secções: introdução, no qual apresento o contexto da realização deste relatório e a sua estrutura;
estágio profissionalizante, o qual constitui uma síntese dos elementos representativos de cada estágio, assim como os seus objectivos específicos;
reflexão critica final, na qual será feita uma apreciação global do estágio profissionalizante e a auto-avaliação do meu desempenho; e, por fim,
anexos.
II.
Estágio
Profissionalizante
a) Estágios parcelares
1. Medicina Interna
São José. Assisti a reuniões de serviço, a sessões clínicas com apresentação de casos clínicos, às aulas teórico-práticas leccionadas no Hospital e aos seminários semanais na Faculdade. Tive a oportunidade de realizar vários procedimentos práticos, escrever notas de entrada e de alta, fazer uma história clínica de um doente internado para esclarecimento do quadro de emagrecimento severo, e por fim, apresentar um artigo de revisão feito por mim e mais três colegas, intitulado de “Doenças Médicas da Grávida”.
2. Cirurgia
3. Medicina Geral e Familiar
O estágio de Medicina Geral e Familiar, sob regência da Prof. Doutora Maria Isabel Santos, foi realizado na Unidade de Saúde Familiar Marquês de Marialva, em Cantanhede, sob orientação do Doutor José Augusto Simões. Este estágio teve como objectivo integrar num só doente os conhecimentos adquiridos previamente, permitindo conhecer o doente num todo e no seu contexto biopsicosocial. Acompanhei o meu tutor e a sua interna de especialidade em consulta de vigilância de doenças crónicas (sobretudo DM e HTA), consulta de planeamento familiar, saúde materna, saúde infantil e de patologia aguda. Tive a oportunidade de acompanhar pela primeira vez em consultas de domicílios, que me abriram os olhos para a realidade daqueles que não têm possibilidade de se deslocarem ao Centro de Saúde. Deste estágio levo comigo uma situação muito particular: a primeira consulta com uma doente surda-muda, cuja comunicação com os diversos profissionais de saúde sempre fora complicada e, após comunicar ao meu tutor de que tinha aprendido Língua Gestual Portuguesa, eu e a doente conseguimos entender-nos melhor. Após esta situação, fiquei a pensar em todos as outras pessoas que encontram esses mesmos obstáculos de comunicação no acesso aos Serviços de Saúde e que, consequentemente, recorrem a estes com menor frequência, prejudicando o seu estado de saúde. O estágio terminou com um exame oral de discussão do Diário do Exercício Orientado.
4. Pediatria
patologias pediátricas mais frequentes como o método de recolha de história clínica num doente pediátrico. O meu estágio decorreu no serviço de Pediatria Médica (5.1.), consistindo fundamentalmente em actividade de enfermaria, serviço de urgência e consulta externa de pediatria geral; participando, de igual modo, nas reuniões de serviço que decorriam diariamente; nas sessões clínicas, que eram direccionadas para médicos e alunos; e nos seminários dos meus colegas. Tive a oportunidade de assistir, também, a consulta de HIV; a consulta de imunoalergologia e às teóricas dessa especialidade; e de realizar o estágio opcional de cardiologia pediátrica no Hospital Santa Marta. Realizei uma história clínica de uma criança do sexo feminino com sete meses de idade, internada para esclarecimento do quadro de febre sem foco infeccioso aparente. Fui co-autora de uma revisão teórica com mais duas colegas, intitulada de “Síndrome de Down: Vigilância e Seguimento”, tendo sido apresentada oralmente na última semana do estágio.
5. Ginecologia e Obstetrícia
ginecologia geral, tendo tido a oportunidade de realizar exame ginecológico e esfregaço cervical; consulta de senologia; consulta de gémeos; consulta de diabetes e de alto risco, nas quais tive oportunidade de realizar esfregaço para pesquisa de Streptococcus beta-hemolítico do grupo B, medição da altura do fundo uterino e pesquisa do foco fetal; e, por fim, serviço de urgência. Assisti a uma sessão clínica intitulada de “Apendicite Aguda no 3º Trimestre de Gravidez” (Dr.ª Sara Coelho, Dr.ª Daniela Cavadas, Dr.ª Filomena Sousa e Dr.ª Leonor Manaças), e a uma reunião de decisão de grupo, sob orientação do Dr. Pedro Sereno, acerca das doentes da consulta de senologia. Fui co-autora com mais duas colegas de uma revisão teórica intitulada de “Gravidez Ectópica”, tendo sido apresentada oralmente na última semana do estágio.
6. Saúde Mental
b) Congressos/Palestras
Nos dias 11 a 13 Outubro de 2013 participei no Congresso iMed 5.0 – Innovating Medicine, organizado pela Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa.
No dia 13 Abril 2014 participei na palestra de “Domestic Violence in Portugal: a problem to solve”, organizado pela Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina Universidade do Porto, contando com a presença de Prof. Doutora Teresa Magalhães, Prof. Doutora Catarina Ribeiro, Prof. Doutor Agostinho Santos e Dr. Diogo Pinto da Costa.
No dia 30 Abril 2014 participei na palestra de “Transexualidade e Intersexualidade”, organizada pela Associação de Estudantes da Faculdade Ciências Médicas de Lisboa.
III. Reflexão Crítica Final
Ao longo do estágio profissionalizante, foi possível cumprir vários dos objectivos propostos, nuns estágios mais do que noutros. Como exemplo, nos estágios de Medicina Interna e de Medicina Geral e Familiar, contactei com múltiplas patologias que me permitiram rever a sua teoria, assim como os exames de diagnóstico necessários e a prescrição terapêutica adequada. No estágio de Medicina Interna, foi possível um contacto mais próximo e diário com os doentes, permitindo estabelecer uma relação médico-doente mais sólida. Recordo-me de vários pacientes que me permitiram desenvolver uma atitude mais paciente e respeitosa perante eles e a sua situação frágil. Na enfermaria, pela primeira vez, fiz mais do que medir parâmetros ou pedir exames de diagnóstico; pela primeira vez, e por várias vezes depois, sentei-me à cabeceira dos doentes para simplessentei-mente conversar sobre tudo excepto a sua doença. Por outro lado, o estágio de Medicina Geral e Familiar, permitiu-me observar o doente como um todo, tendo em conta o seu contexto biopsicosocial. Numa consulta, era possível abordar patologias médicas e o seu tratamento, como ouvir simplesmente o paciente a desabafar acerca dos seus problemas sociais e/ou económicos, requisitando a opinião do seu Médico de Família. Ambos os estágios contribuíram para a revisão teórica e, sobretudo, reforçaram em mim a ideia de que o paciente é muito mais do que alguém com doença. No entanto, ainda reconheço as minhas limitações na prática médica, sobretudo ao nível da terapêutica a efectuar.
actuado desde a limpeza da ferida até à colação do penso, com anestesia local e sutura pelo meio. Nos estágios de Ortopedia e Urologia, senti-me francamente útil ao participar por várias vezes como segunda ajudante, sentido que estava verdadeiramente a aprender “com a mão na massa”. Em Ginecologia, voltei a ter essa sensação, ao efectuar exame ginecológico e, por vezes, esfregaço para citologia, em todas as doentes da consulta. Senti verdadeiramente a componente prática que estava ansiosa por ter. Em Obstetrícia, também tive a oportunidade de participar mais activamente na prática clínica, no entanto, também senti que, por vezes, tal não era possível, ficando apenas a observar o trabalho médico, sobretudo na realização de ecografias obstétricas e toque vaginal em grávidas em trabalho de parto, por exemplo.
Os estágios de Pediatria e Saúde Mental foram os estágios que senti menos componente prática, sem no entanto terem deixado de ser bons estágios. Em ambos, pude aprofundar as técnicas de comunicação necessárias para doentes de faixa etária mais baixa e doentes psiquiátricos, sobretudo na observação extensiva dos meus tutores. Como são duas áreas que temos pouco contacto ao longo do curso, são sempre estágios muito interessantes para mim por serem um universo à parte. Em ambos, relembrei a dificuldade de chegar ao diagnóstico definitivo e as hipóteses diagnósticas que devemos considerar. Em ambos, aprendi a realizar histórias clínicas diferentes e a focar em aspectos diversos que até então não focava.
IV. Anexos
a) Certificados de Participação Congresso iMed 5.0 – innovating medicine
a) Certificados de Participação Palestra “Transexualidade e Intersexualidade”
