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Comportamento de fases de soluções de poliolefinas funcionalizadas e implicação na obtenção de membranas pelo processo TIPS

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COMPORTAMENTO DE FASES DE SOLUC

¸ ˜

OES DE

POLIOLEFINAS FUNCIONALIZADAS E IMPLICAC

¸ ˜

AO NA

OBTENC

¸ ˜

AO DE MEMBRANAS PELO PROCESSO TIPS

CAMPINAS 2014

(2)
(3)

ROSALVA DOS SANTOS MARQUES

COMPORTAMENTO DE FASES DE SOLUC

¸ ˜

OES DE

POLIOLEFINAS FUNCIONALIZADAS E IMPLICAC

¸ ˜

AO NA

OBTENC

¸ ˜

AO DE MEMBRANAS PELO PROCESSO TIPS

ORIENTADORA: PROFA. DRA. MARIA ISABEL FELISBERTI

TESE DE DOUTORADO APRESENTADA AO INSTITUTO DE QU´IMICA DA UNICAMP PARA

OBTENC¸ ˜AO DO T´ITULO DE DOUTORA EM CI ˆENCIAS.

ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE `A VERS ˜AO FINAL DA TESE DEFENDIDA POR ROSALVA DOS SANTOS MARQUES E ORIENTADA PELA PROFA. DRA. MARIA ISABEL FELISBERTI.

———————————————– Assinatura da orientadora

CAMPINAS 2014

(4)

Simone Lucas Gonçalves de Oliveira - CRB 8/8144

Marques, Rosalva dos Santos,

M348v MarComportamento de fases de soluções de poliolefinas funcionalizadas e implicação na obtenção de membranas pelo processo TIPS / Rosalva dos Santos Marques. – Campinas, SP : [s.n.], 2014.

MarOrientador: Maria Isabel Felisberti.

MarTese (doutorado) – Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Química.

Mar1. Comportamento de fases. 2. Separação de fases induzidas termicamente (TIPS). 3. Poli(etileno-co-álcool vinílico). 4. Membrana. 5. Solução (Química). I. Felisberti, Maria Isabel. II. Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Química. III. Título.

Informações para Biblioteca Digital

Título em outro idioma: Phase behavior of functionalized polyolefin solutions and its inference

on obtaining membrane by TIPS process

Palavras-chave em inglês:

Temperature induced phase separation (TIPS) Poly(ethylene-co-vinyl alcohol)

Membrane

Solution (Chemistry)

Área de concentração: Físico-Química Titulação: Doutora em Ciências

Banca examinadora:

Maria Isabel Felisberti [Orientador] Juliana Aristéia de Lima

Ana Maria Rocco

Francisco Benedito Teixeira Pessine Maria do Carmo Gonçalves

Data de defesa: 09-12-2014

Programa de Pós-Graduação: Química

Powered by TCPDF (www.tcpdf.org)

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(7)

Dedico este trabalho:

Aos meus pais Jovino e Leonor, por permitirem minha existˆencia terrena e minha educac¸˜ao moral.

Aos meus irm˜aos Marlene, Ad´elia Marli, Ari, Iza, Ana e Uilson pelo companheirismo, amizade e uni˜ao.

(8)
(9)

`

A DEUS, por minha existˆencia eterna, oportunidade de evoluc¸˜ao e forc¸as para chegar at´e aqui;

`

A Profa. Dra. Maria Isabel Felisberti pela orientac¸˜ao, profissionalismo e entusiasmo constantes. Pelas conversas e amizade constru´ıda ao longo do desenvolvimento deste

trabalho; `

A Profa. Dra. Maria do Carmo pela boa convivˆencia, colaborac¸˜ao e incentivo. Ao Prof. Dr. Francisco Benedito Teixeira Pessine pela colaborac¸˜ao nos experimentos

com as sondas fluorescentes;

Aos meus pais Jovino e Leonor por n˜ao pouparem esforc¸os para a construc¸˜ao e formac¸˜ao do meu car´ater. Sem vocˆes nada disso seria poss´ıvel!

Aos meus amados irm˜aos (Marlene, Ad´elia, Marli, Ari, Iza, Ana e Uilson) por sempre acreditarem e torcerem por mim. Vocˆes s˜ao meus alicerces, meus maiores

exemplos de trabalho, amor, carinho, honestidade e uni˜ao;

Ao Cl´audio pelo amor e companheirismo incondicionais. Mesmo nos ´ultimos momentos em que precisou se ausentar, sempre me apoiou e confiou no meu trabalho.

Aos meus queridos sobrinhos e afilhados que s˜ao luzes em minha vida. Me enchem de amor e dia a dia renovam minhas esperanc¸as por um mundo melhor. Tia

(10)

carinho e boas energias do grupo foram essenciais para a manutenc¸˜ao de minha lucidez e perseveranc¸a ao longo deste trabalho;

Aos colegas de laborat´orio pelo trabalho em conjunto, troca de experiˆencias e aux´ılio. Acima de tudo pela amizade e carinho di´ario. Em especial `a Tia Lau, Paula,

Livoca, Lili Leite, Rufis e Ana pelas ´otimas conversas e risadas!

Ao Rufis e Paula pela dedicac¸˜ao exclusiva na etapa final. N˜ao h´a palavras que possam expressar minha gratid˜ao por tudo que fizeram por mim! Muito obrigada

mesmo meus amigos! `

A todos os amigos que de perto ou de longe, de alguma forma me apoiaram e torceram por mim!

`

A Fundac¸˜ao de Pesquisa do Estado de S˜ao Paulo (FAPESP) pelo apoio financeiro Aos funcion´arios do IQ pela disponibilidade e eficiˆencia. Em especial `as t´ecnicas Fabi (An´alise t´ermica) e C´ıntia pela disponibilidade e apoio constantes. Acima de

tudo pela amizade constru´ıda. Obrigada meninas! `

A Coordenadoria de p´os graduac¸˜ao, pela competˆencia, disponibilidade e apoio. Bel e Miguel, obrigada por me receberem sempre com sorriso e disposic¸˜ao em auxiliar!

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Formac¸˜ao Acadˆemica

Doutorado em Qu´ımica

Instituto de Qu´ımica - UNICAMP, 2010 a 2014 Comportamento de Fases de Soluc¸˜oes e Poliolefinas Funcionalizadas e Implicac¸˜ao na Obtenc¸˜ao de Membranas Pelo Processo TIPS, Fapesp: 2010/10301-0, Profa. Dra. Maria Isabel Felisberti, De-partamento de F´ısico-Qu´ımica.

Mestrado em Ciencias

Universidade Federal de S˜ao Jo˜ao Del-Rei, 2008 a 2009: S´ıntese, Caracterizac¸˜ao e Aplicac¸˜oes de Membranas Polim´ericas Catal´ıticas `a Base de PDMS e PVA, CnPQ, Prof. Dr Marco Antˆonio Schiavon

Formac¸˜ao Complementar

2008 - Treinamento Te´orico, Operacional e Aplicac¸˜oes DSC. (Carga hor´aria: 8h). Perkin-Elmer Corporation

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Universi-2007 - Termopl´asticos de Engenharia. (Carga hor´aria: 4h). Associac¸˜ao Brasileira de Pol´ımeros.

2004 - Os Pl´asticos e o Meio Ambiente Preparac¸˜ao de Pol´ımeros. Universidade Federal de S˜ao Jo˜ao Del-Rei, UFSJ, Brasil.

Produc¸˜ao Cient´ıfica Publicac¸˜oes

- Synthesis and characterization of semi-interpenetrating networks based on poly-(dimethylsiloxane) and poly(vinyl alcohol). Marques, Rosalva Santos; Mac Leod, Tatiana C. O.; Yoshida, Inez Val´eria Pagotto; Mano, Valdir; Assis, Marilda D. Journal of Applied Polymer Science, 115, 158-166, 2010.

- An environmentally friendly triphasic catalytic system: Mn(salen) occluded in membranes based on PDMS/PVA. Mac Leod, Tatiana C. O; Marques, Rosalva dos Santos; Schiavon, Marco Antˆonio; Assis, Maria D. Applied Catalysis B: Environmen-tal, 100, 55-61, 2010.

Resumos de trabalho cient´ıfico apresentado em congresso

“BLENDAS DE POLIOLEFINAS FUNCIONALIZADAS: MORFOLOGIA E PROPRIEDADES“. Rosalva Santos Marques, Maria Isabel Felisberti - Congresso Brasileiro de Pol´ımeros - CBPol 2013 - Trabalho apresentado de forma oral;

“PHASE BEHAVIOR OF BINARY IN DIFFERENT SOLVENTS AND MEM-BRANES FORMATION BY TIPS PROCESS”. Rosalva Santos Marques, Maria

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Pisa-Italy. Trabalho apresentado na forma de pˆoster;

“PHASE BEHAVIOR OF BINARY AND TERNARY SOLUTIONS AND MEM-BRANE FORMATION BY TIPS PROCESS”. Rosalva Santos Marques, Maria Isabel Felisberti - World Polymer Congress - IUPAC MACRO 2012 - Blacksburg-VA USA. Trabalho apresentado na forma de pˆoster;

“ESTADO DA ´AGUA EM MEMBRANAS POLIM ´ERICAS `A BASE DE PVA E PDMS“. Elidiane Coelho, Rosalva Santos Marques, Marco Antˆonio Schiavon Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciˆencia dos Materiais CBECiMat 2010 -Campos do Jord˜ao - SP. Trabalho apresentado na forma de pˆoster;

“ESTUDY OF THE CATALYTIC POTENCIAL OF POLYMERIC MEMBRANE BASED ON PDMSPVA”. Rosalva dos Santos Marques, Marco Antˆonio Schiavon -Encontro da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais, SBPMat 2008 - Guaruj´a - SP. Trabalho apresentado na forma de pˆoster;

“PREPARAC¸ ˜AO, CARACTERIZAC¸ ˜AO E ATIVIDADE CATAL´ITICA DE UM COMPLEXO SALEN OCLU´IDO EM MEMBRANAS DE PDMS-PVA NA OXIDAC¸ ˜AO DE ALCENOS“. Marina Ribeiro Lelo, Tatiana C.O.Mac Leod, Rosalva Santos Marques, Marco Antˆonio Schiavon, Marilda das Dores Assis - XV Congreso Argentino de Cat´alisis e Congreso de Cat´alisis del Mercosur 2007 - La Plata - Argen-tina - Trabalho apresentado de forma oral;

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Marques, Marco Antˆonio Schiavon - Congresso Brasileiro de Pol´ımeros - CBPol 2007 Campina Grande - PB - Trabalho apresentado de forma oral.

Participac¸˜ao em eventos cient´ıfico

2013 - Congress of the European Polymer Federation - Pisa, Italy; 2013 - Congresso Brasileiro de Pol´ımeros - Florian´opolis, SC; 2012 - World Polymer Congress - Blacksburg-VA, USA;

2009 - Reuni˜ao Anual da Sociedade Brasileira de Qu´ımica - Fortaleza, CE; 2008 - Encontro da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais - Guaruj´a, SP; 2007 - Congresso Brasileiro de Pol´ımeros - Jo˜ao Pessoa, PB;

2007 - Encontro Regional da SBQ-MG - S˜ao Jo˜ao Del-Rei - MG; 2005 - XIX Encontro Regional da SBQ-MG - Belo Horizonte - MG.

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Comportamento de fases de poliolefinas funcionalizadas e implicac¸˜ao na obtenc¸˜ao de membranas pelo processo TIPS

Neste trabalho, estudou-se o comportamento de fases de soluc¸˜oes bin´arias e tern´a-rias de poliolefinas funcionalizadas com hidroxilas (EVOH) e ´acido acr´ılico (PEAA) nos solventes dimetilformamida e ´alcool benz´ılico. Utilizou-se EVOH contendo 27 e 44 mol % e PEAA contendo 80 mol % de etileno. As soluc¸˜oes bin´arias e tern´arias exibem comportamento de fases do tipo UCST e apresentam separac¸˜oes de fases l´ıquido-l´ıquido (L-L) e s´olido-l´ıquido (S-L). As temperaturas de separac¸˜ao de fases L-L (TL-L) e S-L (TS-L), de soluc¸˜oes com diferentes composic¸˜oes, foram deter-minadas por inspec¸˜ao visual e por DSC, respectivamente. Enquanto TS-L para as soluc¸˜oes bin´arias de EVOH varia fortemente com a composic¸˜ao das soluc¸˜oes, TS-L para as soluc¸˜oes bin´arias de PEAA ´e praticamente constante. Estes resultados fo-ram interpretados sob a ´otica de um modelo em que a cristalizac¸˜ao do PEAA, que envolve os segmentos de etileno do copol´ımero, ocorre quase na ausˆencia de sol-vente. J´a a cristalizac¸˜ao do EVOH, que envolve os segmentos hidroxilados, ocorre em meio ao solvente, em uma condic¸˜ao em que o potencial qu´ımico do pol´ımero varia com a composic¸˜ao da soluc¸˜ao. Este modelo pˆode ser comprovado por estudos de fluorescˆencia empregando o pireno e acetato de uranila como sondas hidrof´obica e hidrof´ılica, respectivamente. Estes estudos de fluorescˆencia tamb´em permitiram acessar transic¸˜oes n˜ao detect´aveis por DSC. As soluc¸˜oes tern´arias homogˆeneas apre-sentam mais de uma separac¸˜ao de fases L-L quando submetidas a resfriamento. O

(16)

em equil´ıbrio, decorrentes da primeira separac¸˜ao de fases TL-L, por termogravime-tria de alta resoluc¸˜ao. Os diagramas de fases das soluc¸˜oes tern´arias resultantes das combinac¸˜oes poss´ıveis entre os diferentes pol´ımeros e solventes apresentam regi˜oes de miscibilidade limitadas localizadas em regi˜oes pr´oximas aos v´ertices, sendo as composic¸˜oes das fases em equil´ıbrio caracter´ısticas de cada combinac¸˜ao nas soluc¸˜oes tern´arias. Os materiais resultantes da evaporac¸˜ao do solvente de soluc¸˜oes subme-tidas ao processo TIPS (Temperature Induced Phase Separation) s˜ao compactos ou porosos, dependendo da afinidade pol´ımero-solvente. Entretanto, as morfologias dos materiais resultantes de soluc¸˜oes tern´arias submetidas ao processo TIPS s˜ao ´unicas e caracter´ısticas do par pol´ımero-pol´ımero, demonstrando que a combinac¸˜ao de pol´ımeros ´e uma estrat´egia vi´avel para a modificac¸˜ao e controle da morfologia de materiais obtidos pelo processo TIPS.

(17)

Phase behavior of functionalized polyolefin solutions and its inference on obtaining membrane by TIPS process

Phase behavior of binary and ternary solutions of functionalized poliolefins with hydroxyls (EVOH) and carboxylic acid (PEAA) was studied using dimethylforma-mide and benzyl alcohol as solvents. PEAA containing 80 mol EVOH containing 27 and 44 mol % of ethylene were used. The binary and ternary solutions present a typical UCST behavior associated to liquid-liquid (L-L) and solid-liquid (S-L) phase separations. The temperatures related to L-L and S-L phase separations, TL-L and TS-L, respectively, were determined visually and by DSC, respectively. While TS-L depends on the EVOH solution composition, it is practically constant for PEAA soluti-ons. These results were explained using a model in which the crystallization of PEAA from the solution occurs in absence of solvent, once it involves the polyethylene seg-ments. On the contrary, the crystallization of EVOH from the solution, that involves the hydroxylated segments, occurs in presence of the solvent. This condition leads to the decrease of the chemical potential of EVOH in the solution. The models could be proved by fluorescence experiments using pyrene and uranyl acetate as hydrophobic and hydrophilic probes, respectively. Moreover, the fluorescence experiments allow accessing other transitions not detectable by DSC for ternary solutions. The homo-geneous ternary solutions present more than one L-L phase separation by cooling. The ternary diagram was determined by the first L-L phase separation using the com-position data accessed by high resolution thermogravimetry. The ternary solutions of all possible combination of polymers and solvents show a restricted miscibility

(18)

is characteristic of each ternary solution, as well as, the morphology of the materi-als resulting from the evaporation of the solvent after the solution being subjected to TIPS (Temperature Induced Phase Separation) process. This process applied to binary and ternary solutions resulted in dense or porous materials depending on the polymer-solvent affinity. However, the morphology resulting from ternary solutions subjected to TIPS process and solvent evaporation is unique, showing that the stra-tegy of combining different polymers is a viable route to control the morphology of polymers.

(19)

Abreviaturas, Acrˆonimos e S´ımbolos xxiii

Lista de Tabelas xxvii

Lista de Figuras xxxi

1 Introduc¸˜ao 1

1.1 Termodinˆamica de Soluc¸˜oes Polim´ericas . . . 1 1.2 Equil´ıbrio de Fases de Soluc¸˜oes Polim´ericas . . . 4 1.3 Processo de Separac¸˜ao de Fases Induzidas Termicamente - TIPS . . 6 1.4 Mecanismos de Separac¸˜ao de Fases . . . 7 1.5 Copol´ımeros de EVOH . . . 10

Objetivos e Estrat´egias Empregadas 13

2 Soluc¸˜oes Bin´arias 17

2.1 Introduc¸˜ao . . . 17 2.1.1 Soluc¸˜oes EVOH/solvente . . . 17 2.1.2 Soluc¸˜oes PEAA80/solvente . . . 20 2.1.3 Soluc¸˜oes de EVOH e de PEAA80 com outros pol´ımeros . . 22

(20)

2.3 Experimental . . . 23

2.3.1 Materiais Utilizados . . . 23

2.3.2 Caracterizac¸˜ao dos Copol´ımeros Empregados . . . 24

2.3.3 Solubilidade dos copol´ımeros EVOH e PEAA80 . . . 26

2.3.4 Preparo de soluc¸˜oes bin´arias copol´ımero - solvente . . . 26

2.3.5 Obtenc¸˜ao dos diagramas de fases bin´arios - Soluc¸˜oes copol´ı-mero-solvente . . . 26

2.3.6 Microscopia eletrˆonica de varredura - SEM . . . 28

2.3.7 Preparo de soluc¸˜oes bin´arias copol´ımero-copol´ımero . . . . 28

2.4 Resultados e Discuss˜ao . . . 30

2.4.1 Difrac¸˜ao de Raios X . . . 30

2.4.2 Diagramas de fases de soluc¸˜oes bin´arias . . . 34

2.4.3 Separac¸˜ao de Fases L´ıquido-L´ıquido (L-L) . . . 35

2.4.4 Separac¸˜ao de Fases S´olido-L´ıquido (S-L) . . . 38

2.4.5 Morfologia dos materiais resultantes de soluc¸˜oes bin´arias copol´ımeros - solvente . . . 49

2.4.6 Soluc¸˜oes bin´arias copol´ımero/copol´ımero - blendas . . . 53

2.4.7 Considerac¸˜oes Finais . . . 67

3 Soluc¸˜oes Tern´arias 69 3.1 Introduc¸˜ao . . . 69

3.2 Objetivo . . . 73

(21)

3.3.2 Determinac¸˜ao da temperatura de turbidez das soluc¸˜oes (L-L) 74

3.3.3 Determinac¸˜ao da composic¸˜ao das fases em equil´ıbrio . . . . 75

3.3.4 Construc¸˜ao dos diagramas de fases tern´arios . . . 76

3.3.5 Morfologia de materiais obtidos de soluc¸˜oes tern´arias . . . . 76

3.4 Resultados e Discuss˜ao . . . 76

3.4.1 Comportamento de fases das soluc¸˜oes EVOH/PEAA80/solvente . . . 76

3.4.2 Temperatura de Separac¸˜ao de fases L-L . . . 77

3.4.3 Composic¸˜ao de fases das soluc¸˜oes tern´arias . . . 83

3.4.4 Diagramas Tern´arios . . . 88

3.4.5 Morfologia dos materiais resultantes das soluc¸˜oes tern´arias . 93 3.4.6 Calorimetria Explorat´oria Diferencial - DSC materiais resul-tantes das soluc¸˜oes tern´arias . . . 100

3.5 Considerac¸˜oes Finais . . . 102

4 Modelo de Cristalizac¸˜ao de EVOH e PEAA 103 4.1 Introduc¸˜ao . . . 103 4.2 Objetivo . . . 106 4.3 Experimental . . . 106 4.3.1 Preparo de Soluc¸˜oes . . . 106 4.3.2 Medidas de fluorescˆencia . . . 107 4.4 Resultados e Discuss˜ao . . . 107

(22)

PEAA80/DMF e EVOH27/PEAA80/DMF . . . 107 4.4.2 Acetato de Uranila em soluc¸˜oes bin´arias e tern´arias . . . 114 4.5 Considerac¸˜oes Gerais . . . 119

5 Conclus˜ao 121

Referˆencias Bibliogr´aficas 122

6 ANEXOS 133

6.1 Anexo I - Parˆametro de Solubilidade . . . 133 6.2 Anexo II - Curvas TG de alta resoluc¸˜ao das soluc¸˜oes

EVOH27/PEAA80/DMF . . . 138 6.3 Anexo III - Curvas TG de alta resoluc¸˜ao das soluc¸˜oes

EVOH244/PEAA80/DMF . . . 139 6.4 Anexo IV - Curvas TG de alta resoluc¸˜ao das soluc¸˜oes

EVOH27/PEAA80/BnOH . . . 140 6.5 Anexo V - Curvas TG de alta resoluc¸˜ao das soluc¸˜oes

EVOH44/PEAA80/BnOH . . . 141 6.6 Anexo VI - Soluc¸˜oes Tern´arias EVOH27/PEAA80/DMF . . . 142 6.7 Anexo VII - Soluc¸˜oes Tern´arias EVOH44/PEAA80/DMF . . . 143 6.8 Anexo VIII - Soluc¸˜oes Tern´arias EVOH27/PEAA80/BnOH . . . 144 6.9 Anexo IX - Soluc¸˜oes Tern´arias EVOH27/PEAA80/BnOH . . . 145 6.10 Anexo X - Soluc¸˜oes Tern´arias EVOH27/PEAA80/BnOH . . . 146

(23)

BnOH ´alcool benz´ılico

CG-MS Espectrometria de Massas DMA An´alise Dinˆamico Mecˆanica

DSC Calorimetria Explorat´oria Diferencial DMF Dimetilformamida

DOP Ftalato di-noctila

DTG Termogravimetria Derivada E’ M´odulo de Armazenamento E” M´odulo de Perda

F1 Fase 1

F2 Fase 2

EVOH poli(etileno-co-´alcool vin´ılico) GPC Cromatografia de Exclus˜ao a Gel

LIPS Separac¸˜ao de Fases Induzida por L´ıquido LCST Temperatura Cr´ıtica Inferior de Soluc¸˜ao MEV Microscopia Eletrˆonica de Varredura

(24)

NIPS Separac¸˜ao de Fases Induzida por N˜ao Solvente

PA Poliamida

PAA Poli(´acido acr´ılico)

PE Polietileno

PEG Poli(etilenoglicol)

MPEG (polietileno-glicol metil ´eter) PEO Poli(´oxido de etileno)

PEAA poli(etileno-co-´acido acr´ılico) PMMA Poli(metacrilato de metila)

PMMAPh Poli(metacrilato de metila-co-vinil fenol) PBMA Poli(metacrilato de n-butila)

PVME Poli(vinil metil ´eter)

PVDF Poli(fluoreto de vinilideno)

PP Polipropileno

PVA Poli(´alcool vin´ılico) PLLA Poli(L-´acido l´atico) SD Decomposic¸˜ao Espinodal

TG Termogravimetria

TPA Amido Acetilado THF Tetrahidrofurano

(25)

TS-L temperatura de separac¸˜ao de fases s´olido-l´ıquido TL-L temperatura de separac¸˜ao de fases l´ıquido-l´ıquido Tg transic¸˜ao v´ıtrea

Tf temperatura de fus˜ao

Tc temperatura de cristalizac¸˜ao

∆Gm variac¸˜ao de energia livre de Gibbs de mistura ∆Hm variac¸˜ao de entalpia de mistura

∆Sm variac¸˜ao de entropia de mistura δ Parˆametro de Solubilidade χ Parˆametro de Interac¸˜ao φ Frac¸˜ao Volum´etrica

ρ Densidade

(26)
(27)

2.1 Copol´ımeros utilizados . . . 24 2.2 Propriedades dos solventes empregados nos testes de solubilidade e

para os copol´ımeros EVOH e PEAA. . . 32 2.3 Temperaturas de separac¸˜ao de fases L-L e S-L das soluc¸˜oes bin´arias

EVOH/solvente e PEAA80/solvente. . . 34 3.1 Composic¸˜ao das soluc¸˜oes tern´arias EVOH/PEAA80/solvente

expres-sas em frac¸˜ao volum´etrica φ . . . 74 3.2 Temperatura de separac¸˜ao de fases das soluc¸˜oes tern´arias

EVOH27/PEAA80/DMF . . . 79 3.3 Temperatura de separac¸˜ao de fases das soluc¸˜oes tern´arias

EVOH44/PEAA80/DMF . . . 79 3.4 Temperatura de separac¸˜ao de fases das soluc¸˜oes tern´arias

EVOH27/PEAA80/BnOH . . . 82 3.5 Temperatura de separac¸˜ao de fases das soluc¸˜oes tern´arias

EVOH44/PEAA80/BnOH . . . 82 3.6 Frac¸˜ao volum´etrica dos componentes nas fases F1 e F2 resultantes

(28)

de soluc¸˜oes de tern´arias em BnOH . . . 87

4.1 Intensidade relativa e comprimento de onda referente ao m´aximo das bandas vibrˆonicas para o pireno em DMF, em soluc¸˜ao EVOH27/DMF,

PEAA80/DMF e EVOH27/PEAA80/DMF . . . 108 4.2 Raz˜ao (II/IIII) para o pireno em DMF e nas soluc¸˜oes de

EVOH27/DMF e PEAA80/DMF . . . 110

6.1 Parˆametro de solubilidade de copol´ımeros e solventes em estudo. . . 135 6.2 Volume molar dos copol´ımeros . . . 136 6.3 Valores das constantes de atrac¸˜ao molecular Fj pelo m´etodo Van

Kre-velen. . . 136 6.4 Parˆametro de solubilidade de copol´ımeros e solventes em estudo

(terceira coluna, segundo Matsuyama) . . . 137 6.5 Variac¸˜ao de massa expressa em porcentagem para as fases F1

e F2, oriundas da separac¸˜ao de fases das soluc¸˜oes tern´arias EVOH27/PEAA80/DMF submetidas a termogravimetria de alta

resoluc¸˜ao . . . 142 6.6 Variac¸˜ao de massa expressa em porcentagem para as fases F1

e F2, oriundas da separac¸˜ao de fases das soluc¸˜oes tern´arias EVOH44/PEAA80/DMF submetidas a termogravimetria de alta

(29)

e F2, oriundas da separac¸˜ao de fases das soluc¸˜oes tern´arias EVOH27/PEAA80/BnOH submetidas a termogravimetria de alta

resoluc¸˜ao. . . 144 6.8 Variac¸˜ao de massa expressa em porcentagem para as fases F1

e F2, oriundas da separac¸˜ao de fases das soluc¸˜oes tern´arias EVOH27/PEAA80/BnOH submetidas a termogravimetria de alta

resoluc¸˜ao. . . 145 6.9 Soluc¸˜ao planejada - massa, densidade, volume e frac¸˜oes m´assica (x)

e volum´etrica (φ). . . 146 6.10 Volume e massa das fases F1 e F2 em equil´ıbrio 80 oC. . . 147 6.11 Massas de cada componente das fases F1 e F2 determinadas por

(30)
(31)

1.1 Representac¸˜ao do modelo de rede de Flory-Huggins para uma soluc¸˜ao bin´aria pol´ımero-solvente: • solvente, x unidades repetitivas

do pol´ımero. . . 2 1.2 (a) Diagrama de fases de um sistema bin´ario l´ıquido-l´ıquido. sp =

curva espinodal; bi = curva binodal e C = ponto cr´ıtico. (b) Energia

livre de mistura em func¸˜ao da composic¸˜ao a uma dada temperatura T. 8 2.1 Difratogramas de raios-X para o EVOH e para o PEAA. . . 31 2.2 Mapa de solubilidade dos EVOH’s e do PEAA80 em func¸˜ao do

parˆametro de solubilidade dos pol´ımeros e solventes: • sol´uvel e

•insol´uvel. . . 33 2.3 Soluc¸˜ao bin´aria PEAA80/DMF a φP EAA80 = 0, 25 quando resfriada

e mantida sob isoterma a 80oC. . . 37 2.4 Curvas de DSC no resfriamento, normalizadas com relac¸˜ao `a

massa, para as soluc¸˜oes: (a) EVOH27/DMF, (b) EVOH44/DMF, (c) PEAA80/DMF, (d) EVOH27/BnOH (e) EVOH44/BnOH (f) PEAA80/BnOH. Taxa de resfriamento de 10◦C/min. φEV OH =

(32)

`a massa, para as soluc¸˜oes: (a) EVOH27/DMF, (b) EVOH44/DMF, (c) PEAA80/DMF, (d) EVOH27/BnOH (e) EVOH44/BnOH (f)PEAA80/BnOH. Taxa de resfriamento de 10 ◦C/min. φEV OH =

Frac¸˜ao volum´etrica de EVOH na soluc¸˜ao bin´aria. . . 40

2.6 Modelo proposto para cristalizac¸˜ao do EVOH a) e do PEAA b) em

soluc¸˜ao com BnOH. . . 42

2.7 Temperaturas de separac¸˜ao de fases l´ıquido-l´ıquido (a) e de separac¸˜ao de fases s´olido-l´ıquido (b) para as soluc¸˜oes EVOH/DMF. Curvas em

vermelho e azul: dados da referˆencia.28 . . . 45

2.8 Diagramas de fases para soluc¸˜oes bin´arias EVOH/DMF (a), EVOH/BnOH (b), PEAA80 DMF (c) e PEAA80/BnOH (d). Cor:

vermelho: L-L; preto: S-L. . . 48

2.9 Micrografias obtidas por Microscopia Eletrˆonica de Varredura (SEM) das superf´ıcies de fraturas criogˆenicas de monolitos de EVOH27 e PEAA80, provenientes das soluc¸˜oes bin´arias EVOH27/DMF, EVOH44 e PEAA80/DMF submetidas ao processo TIPS. Frac¸˜oes volum´etricas de pol´ımero nas soluc¸˜oes bin´arias: 0,25; 0,34 e 0,44

(33)

das superf´ıcies de fraturas criogˆenicas de monolitos de EVOH27 e PEAA80, provenientes das soluc¸˜oes bin´arias EVOH27/BnOH EVOH44/BnOH e PEAA80/BnOH. Frac¸˜oes volum´etricas de pol´ımero nas soluc¸˜oes bin´arias: 0,25; 0,34 e 0,44 (v/v) de EVOH27

(a-c), EVOH44 (d-f) e PEAA80 (g-i). . . 50 2.11 a) e b) curvas termogravim´etricas, c) e d) curvas derivadas para as

blendas EVOH27/PEAA80 e EVOH44/PEAA80 preparadas por

ex-trus˜ao. . . 55 2.12 Temperatura correspondente `a taxa m´axima de degradac¸˜ao (Tmax)

para EVOH e PEAA80 nas blendas EVOH27/PEAA80 (a) e

EVOH44/PEAA80 (b). . . 58 2.13 Curvas DSC referentes ao primeiro aquecimento (a,d), resfriamento

(b,e) e segundo aquecimento (c,f) das blendas EVOH27/PEAA80 e

EVOH44/PEAA80. . . 59 2.14 Temperaturas de cristalizac¸˜ao (a,c) e fus˜ao (b,d) para o EVOH e

PEAA, nas blendas EVOH27/PEAA80 e EVOH44/PEAA80. . . 60 2.15 Entalpia de fus˜ao do EVOH (a) e do PEAA80 (b) nas blendas

EVOH27/PEAA80 e EVOH44/PEAA80 em func¸˜ao da composic¸˜ao

de EVOH. . . 61 2.16 M´odulo de armazenamento (a,c) e m´odulo de perda (b,d) para as

(34)

EVOH/PEAA obtidas por extrus˜ao. As micrografias de superf´ıcies submetidas `a extrac¸˜ao da fase PEAA com THF est˜ao destacadas por

uma borda em amarelo. . . 66

3.1 Diagrama de fases esquem´atico para uma soluc¸˜ao polim´erica de dois

pol´ımeros e um solvente28 . . . 70

3.2 Evoluc¸˜ao da separac¸˜ao de fases de soluc¸˜oes tern´arias (a) EVOH/PEAA80/DMF; (b) EVOH/PEAA80/BnOH durante do resfri-amento. Duas fase l´ıquidas (c) antes e (d) ap´os a separac¸˜ao de fases

em cada uma delas. . . 78

3.3 Imagens obtidas por microscopia ´otica com luz polarizada da fase F2

oriunda da soluc¸˜ao EVOH27/PEAA80/DMF a 0,04/0,04/0,92. . . . 81

3.4 Evoluc¸˜ao da separac¸˜ao de fases de soluc¸˜oes tern´arias (a) EVOH/PEAA80/DMF; (b) EVOH/PEAA80/BnOH durante do resfri-amento. Duas fase l´ıquidas (c) antes e (d) ap´os a separac¸˜ao de fases

(35)

lum´etrica de pol´ımeros nas fases F1 e F2 para as soluc¸˜oes EVOH/PEAA80/solvente: 1: 0,07/0,01/0,92; 2: 0,05/0,03/0,92; 3: 0,04/0,04/0,92; 4: 0,03/0,05/0,92 e 5: 0,01/0,07/0,92. Os s´ımbolos vazios representam a composic¸˜ao da fase F1 e cheios a fase F2: (cir-culo aberto; c´ır(cir-culo fechado) EVOH27/PEAA80/DMF; (triˆangulo aberto;triangulo fechado) EVOH44/PEAA80/DMF; (lozango aberto; losango fechado) EVOH27/PEAA80/BnOH; (triˆangulo para direita

aberto; triˆangulo para direita fechado) EVOH44/PEAA80/BnOH. . . 88 3.6 Diagramas de fases L-L para soluc¸˜oes EVOH27/PEAA80/DMF. F1

(curva verde) e F2 (curva azul), temperatura = 80oC . . . 89 3.7 Diagramas de fases L-L para soluc¸˜oes de EVOH44/PEAA80/DMF.

φDM F=0,92 F1 (curva verde) e F2 (curva azul), temperatura = 80oC. 90

3.8 Diagramas de fases L-L para soluc¸˜oes de EVOH27/PEAA8/BnOH.

φBnOH=0,92 F1 (curva verde) e F2 (curva azul), temperatura = 130 oC. 91

3.9 Diagramas de fases L-L para soluc¸˜oes de EVOH44/PEAA8/BnOH.

φBnOH=0,92 F1 (curva verde) e F2 (curva azul), temperatura = 130 oC. 91

3.10 Diagrama tern´ario EVOH/PEAA80/solvente, solventes: DMF ou

´alcool benz´ılico. . . 92 3.11 Micrografias obtidas por SEM para as fases/camadas do s´olido

resul-tante da soluc¸˜ao tern´aria EVOH27/PEAA80/DMF. . . 93 3.12 Micrografias obtidas por Microscopia Eletrˆonica de Varredura de

ma-teriais resultantes da secagem das fases F1 e F2 de soluc¸˜oes tern´arias

(36)

teriais resultantes da secagem das fases F1 e F2 de soluc¸˜oes tern´arias

EVOH44/PEAA80/DMF. . . 96 3.14 Micrografias obtidas por Microscopia Eletrˆonica de Varredura de

materiais resultantes da secagem da fase F2 de soluc¸˜oes tern´arias EVOH44/PEAA80/DMF submetidas a extrac¸˜ao de uma das fases por

THF. . . 97 3.15 Micrografias obtidas por Microscopia Eletrˆonica de Varredura de

ma-teriais resultantes da secagem das fases F1 e F2 de soluc¸˜oes tern´arias

EVOH44/PEAA80/BnOH. . . 98 3.16 Micrografias das blendas obtidas pelo m´etodo TIPS (a) e por mistura

mecˆanica (b). . . 99 3.17 Micrografias das fases F1 e F2 obtidas nas diferentes regi˜oes do

diagrama de fases de soluc¸˜oes EVOH44/PEAA80/DMF. . . 100 3.18 Curvas DSC para as blendas obtidas por mistura mecˆanica e por

soluc¸˜ao tern´aria. (a) resfriamento; (b) segundo aquecimento. . . 101

4.1 Espectro de fluorescˆencia do pireno em DMF . . . 108 4.2 Espectros de fluorescˆencia do pireno nas soluc¸˜oes de: (a)

EVOH27/DMF; (b) PEAA80/DMF e (c) EVOH/PEAA80/DMF . . 109 4.3 Raz˜ao II/IIII em func¸˜ao da temperatura para o pireno nas soluc¸˜oes

(37)

reno nas soluc¸˜oes de: (a) EVOH27/DMF; (b) PEAA80/DMF e (c)

EVOH27/PEAA80/DMF . . . 112 4.5 Espectros de fluorescˆencia do acetato de uranilo em soluc¸˜ao de: (a)

EVOH27/DMF, (b) PEAA80/DMF, (c)EVOH27/PEAA80/DMF . . 114 4.6 Intensidade a 475 nm para espectros n˜ao estruturados e estruturados

em func¸˜ao da temperatura para o acetato de uranilo nas soluc¸˜oes de:

(a) EVOH27/DMF; (b) PEAA80/DMF e (c) EVOH27/PEAA80/DMF 116 4.7 Raz˜ao II/IIII em func¸˜ao da temperatura para o acetato de uranila em

soluc¸˜ao de EVOH27/DMF a temperaturas inferiores a 60◦C . . . . 116 4.8 Intensidades das bandas IIII para o pireno em 475 nm para o

acetato de uranila nas diferentes soluc¸˜oes: (a) EVOH27/DMF; (b)

PEAA80/DMF e (c) EVOH27/PEAA80/DMF . . . 119

6.1 Curvas termogravim´etricas e suas respectivas derivadas para as fa-ses 1 e 2 resultantes de soluc¸˜oes tern´arias EVOH27/PEAA80/DMF: (•) 0,07/0,01/0,92, (•) 0,05/0,03/0,92, (•) 0,04/0,04/0,92, (•) 0,03/0,05/0,92 e (•) 0,01/0,07/0,92. (a,e) curvas termogravim´etricas das fases 1 e 2; (b,f) ampliac¸˜ao das curvas termogravim´etricas das fases na regi˜ao de perda de massa dos copol´ımeros EVOH27 e PEAA80; (c,g) curvas termogravim´etricas derivadas das fases 1 e 2; (d,f) ampliac¸˜oes da regi˜ao de perda de massa dos copol´ımeros

(38)

ses 1 e 2 resultantes de soluc¸˜oes tern´arias EVOH44/PEAA80/DMF: (•) 0,07/0,01/0,92, (•) 0,05/0,03/0,92, (•) 0,04/0,04/0,92, (•) 0,03/0,05/0,92 e (•) 0,01/0,07/0,92. (a,e) curvas termogravim´etricas das fases 1 e 2; (b,f) ampliac¸˜ao das curvas termogravim´etricas das fases na regi˜ao de perda de massa dos copol´ımeros EVOH44 e PEAA80; (c,g) curvas termogravim´etricas derivadas das fases 1 e 2; (d,f) ampliac¸˜oes da regi˜ao de perda de massa dos copol´ımeros

EVOH44 (317–370oC) e PEAA80 (370–470oC). . . 139

6.3 Curvas termogravim´etricas e suas respectivas derivadas para as fa-ses 1 e 2 resultantes de soluc¸˜oes tern´arias EVOH27/PEAA80/BnOH: (•) 0,07/0,01/0,92, (•) 0,05/0,03/0,92, (•) 0,04/0,04/0,92, (•) 0,03/0,05/0,92 e (•) 0,01/0,07/0,92. (a,e) curvas termogravim´etricas das fases 1 e 2; (b,f) ampliac¸˜ao das curvas termogravim´etricas das fases na regi˜ao de perda de massa dos copol´ımeros EVOH27 e PEAA80; (c,g) curvas termogravim´etricas derivadas das fases 1 e 2; (d,f) ampliac¸˜oes da regi˜ao de perda de massa dos copol´ımeros

(39)

ses 1 e 2 resultantes de soluc¸˜oes tern´arias EVOH44/PEAA80/BnOH: (•) 0,07/0,01/0,92, (•) 0,05/0,03/0,92, (•) 0,04/0,04/0,92, (•) 0,03/0,05/0,92 e (•) 0,01/0,07/0,92. (a,e) curvas termogravim´etricas das fases 1 e 2; (b,f) ampliac¸˜ao das curvas termogravim´etricas das fases na regi˜ao de perda de massa dos copol´ımeros EVOH44 e PEAA80; (c,g) curvas termogravim´etricas derivadas das fases 1 e 2; (d,f) ampliac¸˜oes da regi˜ao de perda de massa dos copol´ımeros

(40)

Introduc¸˜ao

1.1

Termodinˆamica de Soluc¸˜oes Polim´ericas

Do ponto de vista termodinˆamico, uma soluc¸˜ao polim´erica ´e definida como uma mistura de um ou mais pol´ımeros em um solvente de baixa massa molar ou uma mistura de pol´ımeros, tamb´em denominada blenda.1 A termodinˆamica de soluc¸˜oes polim´ericas de sistemas bin´arios foi desenvolvida por Flory e Huggins,2 os quais utilizaram como modelo para descrever uma mistura pol´ımero-solvente um ret´ıculo ou rede em que as mol´eculas do solvente e as unidades repetitivas do pol´ımero se encontram distribu´ıdas (Figura 1.1).

A equac¸˜ao que descreve a energia livre de Gibbs para uma mistura bin´aria (∆Gm)

´e dada por:

∆Gm = ∆Hm − T ∆Sm (1.1)

Onde os parˆametros ∆Hm e ∆Sm s˜ao a entalpia e a entropia de mistura,

(41)

Figura 1.1: Representac¸˜ao do modelo de rede de Flory-Huggins para uma soluc¸˜ao bin´aria pol´ımero-solvente: • solvente, x unidades repetitivas do pol´ımero.

Uma soluc¸˜ao polim´erica termodinamicamente est´avel deve obedecer os seguintes crit´erios: ∆Gm < 0 (1.2) ∂2∆Gm ∂φ22  T,P > 0 (1.3)

onde φ2 ´e a frac¸˜ao volum´etrica do pol´ımero na soluc¸˜ao.

O modelo de Flory-Huggins leva em conta tais condic¸˜oes e descreve com uma primeira aproximac¸˜ao o comportamento de fases de soluc¸˜oes polim´ericas. Neste modelo o pol´ımero ´e composto por x segmentos de, em geral, tamanho igual ao do solvente e cada segmento ocupa uma c´elula no ret´ıculo. Segmentos de cadeias adjacentes devem ocupar c´elulas adjacentes e o n´umero total de c´elulas ´e dado por N0 = N1 + xN2, em que N1 e N2 referem-se ao n´umero de mol´eculas do solvente e

pol´ımero, respectivamente, e x ´e o grau de polimerizac¸˜ao.2

(42)

s˜ao dadas pelas equac¸˜oes 1.4 e 1.5, respectivamente, nas quais K ´e a constante de Boltzman, φi ´e a frac¸˜ao volum´etrica do componente i na mistura e χ12 ´e o parˆametro

de interac¸˜ao adimensional dos componentes 1 e 2 na mistura.2

∆Sm = −K(N1lnφ1 + N2lnφ2) (1.4)

∆Hm = KT χ12N1φ2 (1.5)

O modelo de Flory-Huggins assume que χ12 ´e independente da temperatura,

composic¸˜ao e massa molar dos componentes na mistura. Entretanto, estudos demons-traram o contr´ario, de forma que foram propostas express˜oes para χ12 que descrevem

sua dependˆencia com estes parˆametros. A dependˆencia de χ12 com a concentrac¸˜ao

pode ser descrita, por exemplo, pela Equac¸˜ao 1.6, na qual χ12representa o valor limite

para diluic¸˜ao infinita.3

χ12 = χ0 + χ1φ2 + χ2φ22 (1.6)

Combinando as Equac¸˜oes 1.1, 1.4 e 1.5 tˆem se a variac¸˜ao da energia livre de Gibbs da soluc¸˜ao polim´erica:

(43)

1.2

Equil´ıbrio de Fases de Soluc¸˜oes Polim´ericas

Uma soluc¸˜ao polim´erica homogˆenea pode separar fases em decorrˆencia da perda de estabilidade termodinˆamica ocasionada pela variac¸˜ao de temperatura, press˜ao, composic¸˜ao ou adic¸˜ao de um n˜ao solvente `a soluc¸˜ao. A perda da estabilidade termo-dinˆamica de soluc¸˜oes polim´ericas pode resultar em separac¸˜ao de fases s´olido-l´ıquido (S-L) ou em separac¸˜ao de fases l´ıquido-l´ıquido (L-L).2

No que diz respeito `a variac¸˜ao de temperatura, a separac¸˜ao de fases pode ocor-rer tanto por reduc¸˜ao quanto por elevac¸˜ao da temperatura. Quando essa ocorre por reduc¸˜ao da temperatura diz-se que o sistema apresenta comportamento UCST (Up-per Critical Solution Tem(Up-perature - temperatura cr´ıtica superior de soluc¸˜ao). E se a separac¸˜ao de fases ocorrer pela elevac¸˜ao da temperatura diz-se que o sistema apre-senta comportamento LCST (Lower Critical Solution Temperature - temperatura cr´ıtica inferior de soluc¸˜ao).

Conforme j´a relatado, o parˆametro χ12 postulado por Flory-Huggins ´e

indepen-dente da temperatura. Sendo assim, descreve apenas o comportamento UCST, que ocorre, por exemplo, em soluc¸˜oes de mol´eculas com baixa massa molar ou soluc¸˜oes polim´ericas em solvente de baixa massa molar, pois nestes casos a contribuic¸˜ao entr´opica se torna mais importante com aumento da temperatura.

Para a descric¸˜ao do comportamento LCST torna-se necess´ario considerar a contri-buic¸˜ao entr´opica para o parˆametro de interac¸˜ao (Equac¸˜ao 1.8):

χ12 = χH + T χS (1.8)

(44)

A separac¸˜ao de fases por aumento de temperatura (comportamento LCST) ocorre para soluc¸˜oes em que ∆Hm < 0. Para estas soluc¸˜oes as interac¸˜oes entre os

componen-tes s˜ao forcomponen-tes, do tipo ligac¸˜oes de hidrogˆenio e interac¸˜oes dipolo-dipolo. O aumento da temperatura diminui a densidade de energia de interac¸˜ao levando a separac¸˜ao de fases.3, 4

A compreens˜ao do comportamento de fases, bem como dos mecanismos de se-parac¸˜ao de fases, ´e de fundamental importˆancia para o entendimento e controle da morfologia de materiais resultantes de processos de induc¸˜ao da separac¸˜ao de fases de soluc¸˜oes polim´ericas. Estruturas polim´ericas porosas, por exemplo, podem ser obtidas pela induc¸˜ao da separac¸˜ao de fases de soluc¸˜oes inicialmente homogˆeneas pela variac¸˜ao de temperatura.

No contexto de preparac¸˜ao de materiais polim´ericos porosos, v´arias t´ecnicas po-dem ser utilizadas para induc¸˜ao da separac¸˜ao de fases de soluc¸˜oes polim´ericas. Entre elas pode-se citar a invers˜ao de fases em um sistema bin´ario pela adic¸˜ao de um n˜ao solvente (Nonsolvent Induced Phase Separation - NIPS)5 e a separac¸˜ao de fases de soluc¸˜oes polim´ericas induzida termicamente (Thermally Induced Phase Separation - TIPS).6 No caso do processo NIPS o solvente pode ser adicionado nos estados l´ıquido (Liquid-Induced Phase Separation - LIPS) ou vapor (Vapor- Induced Phase Separation-VIPS).7

(45)

1.3

Processo de Separac¸˜ao de Fases Induzidas Termicamente

-TIPS

O processo TIPS ´e um dos mais empregados na preparac¸˜ao de materiais po-lim´ericos microporosos dada a sua relativa simplicidade, bem como a possibilidade de empregar grande variedade de pol´ımeros incluindo os de baixa solubilidade.8 Primeiramente proposto por Castro em 1981,9 desde ent˜ao, esse processo tem sido empregado no preparo de filmes polim´ericos microporosos e membranas de fibra oca de polietileno (PE)10 e de polipropileno (PP),11 bem como de outros pol´ımeros como poli(etileno-co-´alcool vin´ılico)(EVOH)12, 13, 14, 15, 16, 17 poli(metacrilato de me-tila)(PMMA)14 e poli(fluoreto de vinilideno) (PVDF)18 por exemplo.

Geralmente, o processo TIPS consiste no resfriamento de soluc¸˜oes polim´ericas, homogˆeneas a altas temperaturas, induzindo separac¸˜ao de fases e formac¸˜ao da estru-tura porosa.6 Durante o resfriamento a soluc¸˜ao pode apresentar separac¸˜ao de fases l´ıquido-l´ıquido (L-L) e/ou s´olido l´ıquido (S-L). A separac¸˜ao (L-L) ocorre quando a soluc¸˜ao pol´ımero/solvente separa em duas fases l´ıquidas, em geral, uma mais rica em pol´ımero e outra rica em solvente.19

Com a remoc¸˜ao do solvente, a primeira fase forma a matriz da membrana, en-quanto a fase menos concentrada em pol´ımero ocasiona a formac¸˜ao de poros. A estru-tura de poros ´e estabilizada pelo decr´escimo da mobilidade das cadeias polim´ericas, por exemplo, causada pela cristalizac¸˜ao ou pela vitrificac¸˜ao (separac¸˜ao S-L).20 No processo TIPS uma mesma soluc¸˜ao pode apresentar tanto separac¸˜ao de fases (L-L) como (S-L).13

(46)

soluc¸˜oes contendo pol´ımeros pass´ıveis de cristalizac¸˜ao, como o poli(fluoreto de vi-nilideno).19 A separac¸˜ao de fases (L-L) deve ser considerada tanto para soluc¸˜oes de pol´ımeros amorfos, quanto para os cristaliz´aveis.

No processo TIPS, fatores como composic¸˜ao da soluc¸˜ao, massa molar do pol´ımero, temperatura final e taxa de resfriamento, s˜ao determinantes para o processo e, por-tanto, interferem nos mecanismos de separac¸˜ao e na morfologia da estrutura po-lim´erica formada.21, 22

1.4

Mecanismos de Separac¸˜ao de Fases

A separac¸˜ao de fases de uma soluc¸˜ao polim´erica inicialmente homogˆenea ´e decor-rente da perda de estabilidade da soluc¸˜ao provocada por variac¸˜ao de parˆametros como temperatura ou composic¸˜ao, por exemplo. Sendo assim, a soluc¸˜ao “migra” de uma regi˜ao de uma ´unica fase no diagrama de fases para uma regi˜ao de duas fases atrav´es de mecanismos distintos de separac¸˜ao de fases como Nucleac¸˜ao e Crescimento (Nucleation and Growth NG) e Decomposic¸˜ao Espinodal (Spinodal Decomposition -SD). A Figura 1.2 apresenta um esboc¸o de um diagrama de fases t´ıpico, temperatura em func¸˜ao da composic¸˜ao, de uma soluc¸˜ao polim´erica bin´aria que exibe comporta-mento UCST (diagrama adaptado da literatura23).

A linha cheia Figura 1.2, denominada binodal, separa a regi˜ao termodinamica-mente est´avel (acima da curva) da regi˜ao na qual coexistem fases em equil´ıbrio (abaixo da curva) e representa a situac¸˜ao em que o potencial qu´ımico de cada com-ponente da soluc¸˜ao ´e igual em ambas as fases em equil´ıbrio. Por exemplo, para uma soluc¸˜ao de dois componentes e duas fases o potencial qu´ımico (µ) do componente 1

(47)

Figura 1.2: (a) Diagrama de fases de um sistema bin´ario l´ıquido-l´ıquido. sp = curva espinodal; bi = curva binodal e C = ponto cr´ıtico. (b) Energia livre de mistura em func¸˜ao da composic¸˜ao a uma dada temperatura T.

na fase α ´e igual a ao potencial qu´ımico deste componente na fase β componente na fase β: (µ1α=µ1β). O mesmo se aplica para o segundo componente (µ2α=µ2β).

A linha pontilhada Figura 1.2a), denominada espinodal - SD, representa a separac¸˜ao da regi˜ao de duas fases em metaest´avel (entre a binodal - bi e espinodal-SD) e inst´avel (abaixo da curva espinodal). A curva espinodal ´e definida por:

∂2∆Gm ∂φ22



T,P = 0 (1.9)

A previs˜ao das curvas binodal e espinodal pode ser feita partindo-se de gr´aficos de energia livre em func¸˜ao da composic¸˜ao, tal como o apresentado na Figura 1.2 (b). Os pontos designados por bi correspondem `a situac¸˜ao em que o potencial qu´ımico de cada um dos componentes i da soluc¸˜ao se iguala nas duas fases de composic¸˜oes distintas. As composic¸˜oes destas fases em equil´ıbrio a cada temperatura determinam a curva binodal do diagrama de fases. Os pontos designados por sp, pontos de inflex˜ao da curva, constituem a linha espinodal que representa as composic¸˜oes para as quais

(48)

se aplica a Equac¸˜ao 1.9.23, 24

Para um sistema bin´ario, as linhas binodal e espinodal coincidem no ponto cr´ıtico (C), onde a derivada terceira da energia livre de Gibbs em func¸˜ao da composic¸˜ao do pol´ımero ´e igual a zero.24

∂3∆Gm ∂φ32



T,P

= 0 (1.10)

A Nucleac¸˜ao e Crescimento (NG) ´e o mecanismo esperado quando a soluc¸˜ao ´e conduzida lentamente de uma condic¸˜ao de estabilidade termodinˆamica `a condic¸˜ao metaest´avel, como indicado no caminho A1 → A2 no diagrama de fases (Figura 1.2a), entre as curvas binodal e espinodal. Nessa regi˜ao, n´ucleos dispersos s˜ao

for-mados, crescem e atingem um tamanho cr´ıtico, a partir do qual tornam-se est´aveis e continuam crescendo sem que a composic¸˜ao seja alterada. A taxa de crescimento ´e governada pela difus˜ao de mol´eculas da segunda fase para a frente de crescimento dos dom´ınios (fase 1). A estrutura esperada para o mecanismo de NG ´e caracterizada pela morfologia de uma fase dispersa em uma matriz.1, 25

A decomposic¸˜ao espinodal (SD) ´e um processo que gera espontˆaneamente uma segunda fase cont´ınua. Diferente da NG, a separac¸˜ao de fases decorre da flutuac¸˜ao de concentrac¸˜ao gerando uma mudanc¸a cont´ınua de composic¸˜ao das fases, sem que haja a formac¸˜ao de n´ucleos.1A SD pode ocorrer rapidamente nas regi˜oes limitadas pela curva espinodal (A1 → A3) ou em uma transic¸˜ao mais lenta que atravessa a regi˜ao de metaestabilidade, pr´oxima ao ponto cr´ıtico (B1 → B2), Figura 1.2 (a). Nesse caso a separac¸˜ao de fases se inicia pelo aumento da amplitude da flutuac¸˜ao de concentrac¸˜ao, dando origem a duas fases cont´ınuas com distˆancia peri´odica e

(49)

constante entre as fases a uma dada temperatura. A composic¸˜ao das fases se altera de forma cont´ınua at´e o equil´ıbrio. Por´em, nos ´ultimos est´agios de separac¸˜ao de fases, mesmo para SD, pode ocorrer coalescˆencia das fases, resultando uma morfologia de matriz-fase dispersa tal como observado para o mecanismo NG. Por´em, se o processo de separac¸˜ao de fases ocorrer concomitantemente a uma brusca perda de mobilidade do sistema, a morfologia resultante apresentar´a alta interconectividade (morfologia de fases co-cont´ınuas).25

1.5

Copol´ımeros de EVOH

Os copol´ımeros poli(etileno-co-´alcool vin´ılico), EVOH, constituem uma fam´ılia de copol´ımeros semicristalinos e randˆomicos com excelentes propriedades de bar-reira a gases e resistˆencia qu´ımica. Grac¸as a estas propriedades de barbar-reira e ao car´ater in´ocuo a sa´ude, esses copol´ımeros vem sendo extensivamente empregados como materiais para embalagens de alimentos.26, 27 No campo das ciˆencias biom´edi-cas e tratamento de ´aguas, o uso de membranas de EVOH tamb´em tem sido alvo de interesse devido a sua compatibilidade com o sangue e elevada hidrofilicidade, respec-tivamente.14 N˜ao obstante, ´e sabido que o EVOH apresenta algumas limitac¸˜oes como a baixa resistˆencia `a umidade, a dificuldade imposta a processamentos, como a ter-momoldagem, devido ao elevado grau de cristalinidade, elevada taxa de cristalizac¸˜ao e `a limitada compatibilidade e miscibilidade com outros pol´ımeros e solventes. Es-tas caracter´ısticas devem-se aos grupos hidroxilas presentes em suas cadeias, que interagem entre si por ligac¸˜oes de hidrogˆenio, resultando em elevada densidade de energia coesiva.28 De modo a contornar essas limitac¸˜oes e explorar as excelentes

(50)

pro-priedades de barreira e resistˆencia qu´ımica desses copol´ımeros, o preparo de blendas com outros pol´ımeros tˆem sido uma estrat´egia amplamente investigada e empregada no meio cient´ıfico e industrial. Assim, h´a muitos trabalhos na literatura que investi-gam a miscibilidade do EVOH com outros pol´ımeros.29, 30, 31, 32, 33, 34Nestes trabalhos, quando h´a evidˆencia de miscibilidade do EVOH com os demais pol´ımeros, esta ´e atribu´ıda `a ligac¸˜oes de hidrogˆenio envolvendo os grupos hidroxilas do EVOH com grupos doadores de el´etrons dos outros pol´ımeros. Entretanto, n˜ao h´a muitos estu-dos na literatura que investigam o comportamento de fases de soluc¸˜oes de EVOH -solventes ou EVOH-pol´ımero-solvente. Nosso grupo de pesquisa vem estudando o comportamento de fases de soluc¸˜oes de EVOH (com porcentagem em mol de co-monˆomeros etileno na faixa de 27 a 44 %) e outros pol´ımeros como o poli(metacrilato de metila) PMMA35 o poli(metacrilato de metila-co-vinil fenol).36

Soluc¸˜oes EVOH/dimetilformamida (DMF) apresentam comportamento de fases do tipo UCST e ap´os a extrac¸˜ao do solvente da soluc¸˜ao heterogˆenea, o s´olido resul-tante apresenta morfologia densa.28J´a as soluc¸˜oes tern´arias EVOH/PMMA/DMF, que tamb´em apresentam comportamento UCST com separac¸˜ao de fases L-L e S-L, ap´os a secagem resultam em estrutura bicamada, sendo uma das camadas porosas.16

Estes resultados motivaram o desenvolvimento do projeto que originou a presente tese.

A elevada densidade de interac¸˜oes por ligac¸˜oes de hidrogˆenio entre as hidroxilas contribui negativamente para a solubilidade de EVOH. Por isso, em trabalho ante-rior,16 o PMMA foi escolhido como segundo pol´ımero para a soluc¸˜ao tern´aria devido `a possibilidade de estabelecimento de ligac¸˜oes hidrogˆenio entre as carbonilas das unidades repetitivas do PMMA e as hidroxilas do EVOH. As membranas bicamadas

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oriundas de soluc¸˜oes tern´arias EVOH/PMMA/DMF indicam que estas interac¸˜oes n˜ao s˜ao suficientes para minimizar o efeito de segmentos apolares do etileno do EVOH so-bre a miscibilidade. Portanto, no presente trabalho, foram estudadas soluc¸˜oes bin´arias e tern´arias de copol´ımeros ´alcool vin´ılico) - EVOH e poli(etileno-co-´acido acr´ılico) - PEAA usando dimetilformamida (DMF) e ´alcool benz´ılico (BnOH) como solventes.

O Poli(etileno-co-´acido acr´ılico)PEAA, sintetizado via copolimerizac¸˜ao radicalar sob alta press˜ao e comercializado com os nomes Nucrel, Surlyn, Primacor37, 38 ´e um copol´ımero semicristalino e, diferentemente de copol´ımeros EVOH, cujas fases cristalinas s˜ao constitu´ıdas pelos segmentos de cadeia hidroxilados, apresenta uma fase cristalina constitu´ıda pelos segmentos de etileno.

A escolha do par EVOH e PEAA deve-se `a possibilidade de formac¸˜ao de ligac¸˜oes de hidrogˆenio entre as hidroxilas do EVOH e os grupos carbox´ılicos do PEAA. Al´em disso, ambos os copol´ımeros apresentam uma frac¸˜ao de cadeias apolares de polieti-leno (ambos podem ser considerados poliolefinas funcionalizadas) que, em princ´ıpio, s˜ao compat´ıveis. Havendo miscibilidade parcial ou um certo grau de compatibilidade entre os pol´ımeros a expectativa ´e a produc¸˜ao de membranas (porosas ou n˜ao) bi-componentes pelo processo TIPS (Temperature Induced Phase Separation). O teor de etileno nos copol´ımeros de EVOH foi variado (27% e 44%) de forma a avaliar a influˆencia deste no comportamento de fases das soluc¸˜oes.

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O objetivo deste trabalho foi o estudo do comportamento de fases de soluc¸˜oes bin´arias e tern´arias baseadas em poliolefinas funcionalizadas, EVOH e PEAA, e a implicac¸˜ao deste comportamento nas propriedades e morfologia de membranas obtidas pelo processo TIPS.

O EVOH ´e um copol´ımero semicristalino e anfif´ılico constitu´ıdo por co-monˆomeros contendo grupos hidroxilas e etileno. ´E comercializado em diferentes composic¸˜oes de etileno (27, 32, 38 e 44 mol %). Apresenta uma estreita faixa de miscibilidade com outros pol´ımeros e em geral esta miscibilidade ´e alcanc¸ada por meio de interac¸˜oes de ligac¸˜oes hidrogˆenio entre pol´ımeros.

Nosso grupo de pesquisa vem investigando a miscibilidade do EVOH como outros pol´ımeros como o poli(metracrilato demetila), PMMA e poli(metacrilato de metila-co-vinil fenol), PMMAPh.

O poli(etileno-co-´acido acr´ılico), PEAA ´e um copol´ımero tamb´em semicrista-lino e anfif´ılico constitu´ıdo por comonˆomeros contendo grupos ´acido acr´ılico e eti-leno. Neste trabalho PEAA foi escolhido como segundo componente polim´erico nas soluc¸˜oes bin´arias e tern´arias devido ao seu potencial de formac¸˜ao de ligac¸˜oes de hidrogˆenio entre as hidroxilas do EVOH e os grupos carbox´ılicos do PEAA. Al´em disso, ambos copol´ımeros apresentam segmentos etileno que em princ´ıpio devem agir

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como compatibilizantes na mistura EVOH/PEAA.

As estrat´egias adotadas para o estudo do comportamento de fases dos sistemas bin´arios e tern´arios, propostos neste trabalho, foram as seguintes:

• Estudo do comportamento de fases de blendas EVOH/PEAA, preparadas por mistura mecˆanica (Cap´ıtulo 2). As blendas foram preparadas e caracterizadas termicamente (TG, DSC e DMA) e morfologicamente (MEV);

• Estudo do comportamento de fases de soluc¸˜oes bin´arias EVOH/solvente e ter-n´arias EVOH/PEAA/solvente) (Cap´ıtulo 2). O estudo foi realizado por meio da induc¸˜ao da separac¸˜ao de fases pelo processo TIPS e os diagramas de fases foram levantados com base nas temperaturas de separac¸˜ao de fases L-L e S-L. Os materiais resultantes das soluc¸˜oes bin´arias e tern´arias foram avaliados quanto a morfologia e propriedades t´ermicas (MEV e DSC respectivamente);

• Com base nos resultados obtidos, propˆos-se modelos de cristalizac¸˜ao dos pol´ı-meros a partir da soluc¸˜ao. Estes modelos foram avaliados por meio de sondas moleculares em experimentos de fluorescˆencia com soluc¸˜oes bin´arias e tern´arias, realizados a diferentes temperaturas.

Para facilitar a apresentac¸˜ao e discuss˜ao dos resultados, as soluc¸˜oes bin´arias e tern´arias s˜ao apresentadas nos cap´ıtulos 2 e 3 respectivamente:

Cap´ıtulo 2 - Soluc¸˜oes Bin´arias EVOH/solvente; PEAA/solvente e EVOH/PEAA Cap´ıtulo 3 - Soluc¸˜oes Tern´arias EVOH/PEAA/solvente

No cap´ıtulo 4 s˜ao discutidos os modelos propostos para interpretar os resultados apresentados nos cap´ıtulos 2 e 3. Os modelos s˜ao reavaliados sobre a ´otica de sondas

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moleculares em experimentos de fluorescˆencia com soluc¸˜oes bin´arias e tern´arias realizados a diferentes temperaturas.

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Soluc¸˜oes Bin´arias

2.1

Introduc¸˜ao

Neste cap´ıtulo ser˜ao apresentados e discutidos os resultados referentes as seguintes soluc¸˜oes bin´arias: EVOH/solvente; PEAA80/solvente e EVOH/PEAA80.

2.1.1 Soluc¸˜oes EVOH/solvente

O copol´ımero poli(etileno-co-´alcool vin´ılico)-EVOH ´e um copol´ımero anfif´ılico constitu´ıdo de comonˆomeros etileno e ´alcool vin´ılico, dispon´ıvel comercialmente nas composic¸˜oes: 27, 32, 38 e 44% em mol de comonˆomero etileno.

De acordo com a literatura, h´a grande interesse na obtenc¸˜ao de membranas po-lim´ericas microporosas e hidrof´ılicas utilizando o processo TIPS- Thermally Induced Phase Separation. Neste contexto, o EVOH apresenta-se como bom candidato no preparo dessas membranas devido `a sua disponibilidade em diversos graus de hidro-filicidade.

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teores de etileno iguais a 27, 32, 38, 44 e 60 mol % no preparo de soluc¸˜oes EVOH/1,3-propanodiol para a obtenc¸˜ao de membranas pelo m´etodo TIPS.14 Os autores ob-servaram que as soluc¸˜oes em estudo apresentaram comportamento do tipo Upper Critical Solution Temperature - UCST, separando fases durante o resfriamento das soluc¸˜oes. O aumento do teor de etileno no EVOH ocasionou a elevac¸˜ao das tempera-turas de separac¸˜ao de fases l´ıquido-l´ıquido (L-L) e s´olido-l´ıquido (S-L) das soluc¸˜oes EVOH/1,3-propanodiol o que foi atribu´ıdo `a solubilidade governada principalmente pelas ligac¸˜oes de hidrogˆenio entre o pol´ımero e solvente. Em outro trabalho, os au-tores compararam o efeito do solvente na morfologia de membranas EVOH pelo m´etodo TIPS.15 Neste caso, foi observado que soluc¸˜oes bin´arias de EVOH32/1,3-propanodiol apresentaram temperaturas de separac¸˜ao de fases s´olido-l´ıquido (TS-L inferiores `as observadas para as soluc¸˜oes EVOH32/1,3 butanodiol. Tal diferenc¸a foi atribu´ıda `a maior proximidade entre os parˆametros de solubilidade do EVOH32 (22, 57M P a1/2) e do propanodiol (24, 0M P a1/2) em relac¸˜ao ao EVOH32 e o

buta-nodiol (28, 9M P a1/2). A morfologia das membranas densas resultantes de ambos os sistemas (EVOH/1,3 butanodiol e EVOH/1,3 propanodiol) foi a de part´ıculas cristali-nas, constitu´ıdas por segmentos hidroxilados do EVOH, distribu´ıdas pela matriz, com dimens˜oes proporcionais `a concentrac¸˜ao do pol´ımero em soluc¸˜ao. A membrana resul-tante da soluc¸˜ao EVOH/1,3 butanodiol apresentou morfologia de part´ıculas maiores que EVOH/1,3 propanodiol, principalmente para as soluc¸˜oes de EVOH contendo 60 mol % de segmentos etilˆenicos. O aumento do tamanho das part´ıculas foi associado a um maior intervalo de temperatura em que ocorre a cristalizac¸˜ao do pol´ımero a partir da soluc¸˜ao.

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colaborado-res tamb´em empregaram copol´ımeros EVOH com teor de etileno variando entre 27 a 44% mol % no preparo de membranas a partir de soluc¸˜oes EVOH/glicerol com diferentes concentrac¸˜oes em pol´ımero e diferentes taxas de resfriamento.13 Neste trabalho, os autores verificaram que as soluc¸˜oes EVOH/glicerol com EVOH de 32 a 44 % mol apresentam comportamento de fases do tipo UCST com separac¸˜ao de fases (L-L) e (S-L) evidenciadas pela turbidez e cristalizac¸˜ao da soluc¸˜ao, respectivamente. O aumento na concentrac¸˜ao de etileno no EVOH promoveu diminuic¸˜ao da solubili-dade do copol´ımero em glicerol e as temperaturas de separac¸˜ao de fases L-L foram deslocadas para valores superiores. O material resultante da remoc¸˜ao do solvente apresentou morfologia de poros celulares e o tamanho destes poros diminuiu com aumento da concentrac¸˜ao da soluc¸˜ao polim´erica bem como com o aumento da taxa de resfriamento. Para as soluc¸˜oes EVOH com 27 mol % do comonˆomero de etileno, a cristalizac¸˜ao do pol´ımero ocorreu a temperaturas superiores em comparac¸˜ao aos de-mais copol´ımeros, indicando que a separac¸˜ao de fases S-L ocorreu antes da separac¸˜ao L-L. A morfologia da membrana densa foi de part´ıculas cristalinas dispersas com tamanhos decrescentes de acordo com aumento da concentrac¸˜ao da soluc¸˜ao. Em re-sumo, para todas as estruturas polim´ericas descritas neste trabalho, o tamanho dos poros e das part´ıculas cristalinas dependem da concentrac¸˜ao de etileno no EVOH, da concentrac¸˜ao da soluc¸˜ao polim´erica e da taxa de resfriamento.

Em trabalho anterior do grupo de pesquisa, soluc¸˜oes de EVOH/DMF empregando EVOH com 32 e 38 mol % do comonˆomero etileno apresentaram comportamento do tipo UCST, separando fases durante o resfriamento das soluc¸˜oes a partir de 180oC.28 Estas soluc¸˜oes apresentaram separac¸˜ao de fases L-L seguido de S-L e a membrana resultante da remoc¸˜ao do solvente apresentou-se densa. Al´em disso, o aumento do

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teor do comonˆomero etileno resultou em menor miscibilidade entre o copol´ımero e solvente, fato evidenciado pelo aumento da temperatura de separac¸˜ao de fases L-L das soluc¸˜oes EVOH38.

No atual trabalho, EVOH com teor de etileno igual a 27 e 44 mol % foram em-pregados no preparo de soluc¸˜oes bin´arias nos solventes dimetilformamida (DMF) e ´alcool benz´ılico (BnOH). Nestes sistemas foi avaliado o efeito do teor de etileno e a natureza do solvente no comportamento de fases das soluc¸˜oes e na morfologia das membranas obtidas ap´os remoc¸˜ao do solvente.

2.1.2 Soluc¸˜oes PEAA80/solvente

O copol´ımero poli(etileno-co-´acido acr´ılico) ´e um copol´ımero anfif´ılico, dis-pon´ıvel comercialmente com teor de comonˆomero etileno variando de 80 a 94%.

De modo similar ao EVOH, o comportamento de fases do copol´ımero PEAA em soluc¸˜ao e o emprego destas na obtenc¸˜ao de membranas pelo m´etodo TIPS tem sido objeto de estudo.

Membranas de polipropileno (PP), polietileno (PE) e polissulfona (PSU) s˜ao am-plamente empregadas para microfiltrac¸˜ao e ultrafiltrac¸˜ao devido `a alta resistˆencia qu´ımica e mecˆanica destes pol´ımeros. No entanto, o alto car´ater hidrof´obico dos mesmos permite a adsorc¸˜ao de materiais biol´ogicos, como prote´ınas, causando entu-pimento dos poros e, portanto, reduzindo a vida ´util da membrana. Neste contexto, copol´ımeros anfif´ılicos como PEAA apresentam-se como uma alternativa no preparo de membranas mais hidrof´ılicas.

Matsuyama e colaboradores empregaram copol´ımeros PEAA com 85 e 89 mol % de comonˆomero etileno no preparo de soluc¸˜oes bin´arias PEAA/difenil ´eter.39 Neste

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trabalho, os autores verificaram que a reduc¸˜ao no teor de etileno no copol´ımero desloca a curva de binodal (separac¸˜ao de fases L-L) para temperaturas superiores e a curva de cristalizac¸˜ao (separac¸˜ao S-L) para temperaturas inferiores criando, assim, uma janela maior entre a separac¸˜ao de fases L-L e S-L, o que acarretou aumento do tamanho do poro da membrana ap´os remoc¸˜ao do solvente.

Zhou e colaboradores preparam membranas de poli(etileno-co-´acido acr´ılico)-PEAA pelo m´etodo TIPS empregando copol´ımeros acr´ılico)-PEAA, acr´ılico)-PEAA enxertado com poli(etilenoglicol metil ´eter) - PEAA-g-MPEG e usando o ftalato di-n-octila (DOP) como solvente.40 Os autores avaliaram o efeito da enxertia e da taxa de resfriamento sobre o diagrama de fases e morfologia da membrana, respectivamente. Ambos os sis-temas PEEA/DOP e PEAA-g-MPEG/DOP apresentaram separac¸˜ao de fases L-L e S-L e as membranas resultantes apresentaram morfologia de poros celulares. A enxertia promoveu o deslocamento da separac¸˜ao de fases l´ıquido-l´ıquido (TL-L) para tempe-raturas menores, como consequˆencia da maior afinidade do par PEAA-g-MPEG/DOP e reduc¸˜ao do tamanho dos poros da membrana. A reduc¸˜ao do tamanho do poro foi pro-porcionada pelo aumento da viscosidade da soluc¸˜ao, o que dificultou o crescimento e a coalescˆencia da fase pobre em pol´ımero, sendo esta ´ultima, a fase respons´avel pela formac¸˜ao de poros na membrana. As mesmas membranas, PEAA-g-MPEG, quando preparadas pelo resfriamento de soluc¸˜oes a maiores taxas, apresentaram poros ainda menores, o que foi atribu´ıdo ao menor tempo de coalescˆencia das gotas constitu´ıdas pela fase pobre em pol´ımero. Em outro trabalho, os autores avaliaram o efeito do diluente no diagrama de fases, bem como na morfologia das membranas empregando-se a mistura MPEG/DOP como solvente.41 A adic¸˜ao de MPEG `a soluc¸˜ao at´e 1/6 MPEG/DOP deslocou ainda mais a curva binodal para temperaturas inferiores, o

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que os autores atribu´ıram `a aproximac¸˜ao dos parˆametros de solubilidade do solvente (mistura) e do pol´ımero pela adic¸˜ao do MPEG. Os parˆametros de solubilidade empre-gados foram estimados pelo m´etodo de contribuic¸˜ao de grupos e foram os seguintes:

δP EAA = 17, 49M P a1/2; δDOP = 13, 49M P a1/2 e δM P EG = 22, 05M P a1/2.

2.1.3 Soluc¸˜oes de EVOH e de PEAA80 com outros pol´ımeros

A miscibilidade do EVOH com outros pol´ımeros como, por exemplo, po-li-(me-ta-cri-la-to de n-butila) (PBMA), poli(propileno)29 (PP),30 poli(L-´acido l´atico) PLLA,31 poliamida 6-12 (PA6-12),32 amido acetilado (TPAS),33 poli(tereftalato de etileno-co-ciclohexano-1,4-dimetanol) (PETG),34 etc., tem sido investigada. Nestes estudos, a miscibilidade foi verificada nas blendas de EVOH com PBMA, PA6-12 e TPAS e atribu´ıda `a ligac¸˜oes de hidrogˆenio envolvendo os grupos hidroxilas do EVOH e os grupos doadores de el´etrons dos demais pol´ımeros. As demais blendas citadas s˜ao imisc´ıveis.

De modo geral, EVOH ´e misc´ıvel com poucos pol´ımeros. Entretanto, ´e usado em embalagens multicamadas, tendo a func¸˜ao de barreira a gases.26, 27 O emprego de PEAA como componente principal em blendas ´e pouco usual. Alguns poucos exemplos encontrados na literatura descrevem blendas de PEAA com celulose,42 poli(etileno glicol),43 poli(etileno-co-2-octeno),44 poli(´oxido de etileno),45 poli(4-vinil phenol-co-metacrilato de 2-hidroxietila), poli(2-etil-2-oxazolina) (PEO), poli(a-cetato de vinila-co-´alcool vin´ılico) e poli (vinilpirrolidona-co- apoli(a-cetato de vinila),46 etc.. A miscibilidade tem sido observada em casos em que se estabelecem ligac¸˜oes de hidrogˆenio entre o grupo ´acido do PEAA e grupos doadores de el´etrons dos demais pol´ımeros.47

(62)

PEAA tem sido frequentemente utilizado como compatibilizante em filmes multi-camadas47 e em blendas.48

2.2

Objetivo

O objetivo desta etapa do trabalho foi estudar o comportamento de fases das soluc¸˜oes EVOH/solvente, PEAA80/solvente bem como das soluc¸˜oes EVOH/PEAA, preparadas por mistura mecˆanica (blendas) sem interferˆencia do solvente. Para alcan-c¸ar o objetivo proposto, soluc¸˜oes dos copol´ımeros e solventes de baixa massa molar como dimetilformamida (DMF) e ´alcool benz´ılico (BnOH) foram preparadas e os di-agramas de fases foram determinados mediante dados experimentais de temperatura de turbidez (referentes `a separac¸˜ao de fases L-L) e de temperatura de cristalizac¸˜ao (separac¸˜ao de fases S-L). As membranas resultantes do processo TIPS foram caracte-rizadas por Microscopia Eletrˆonica de Varredura (MEV). As blendas EVOH/PEAA foram preparadas por extrus˜ao/injec¸˜ao e caracterizadas por Termogravimetria (TG), Calorimetria Explorat´oria Diferencial (DSC) An´alise Dinˆamico-Mecˆanica (DMA) e Microscopia Eletrˆonica de Varredura (MEV).

2.3

Experimental

2.3.1 Materiais Utilizados

Neste trabalho foram utilizadas poliolefinas funcionalizadas com hidrox´ılas (co-pol´ımeros poli(etileno-co-´alcool vin´ılico) e com ´acido acr´ılico (copol´ımero poli-(etileno-co-´acido acr´ılico)), ambos fornecidos pela Aldrich. Os solventes utilizados

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foram dimetilformamida (DMF) e ´alcool benz´ılico (BnOH), ambos adquiridos da Synth. A Tabela 2.1 re´une as principais caracter´ısticas dos copol´ımeros empregados.

Tabela 2.1: Copol´ımeros utilizados

Copol´ımero Etileno(%) Origem (a)Mw (a)Mn Densidade (g/mol) (g/mol) (g/cm3)

EVOH27 27 Aldrich 156.000 95000 1.2

EVOH44 44 Aldrich 146.000 90.000 1,2

PEAA80 80 Aldrich 49000 4000 0,95

(a)Dados obtidos por GPC

2.3.2 Caracterizac¸˜ao dos Copol´ımeros Empregados

Cromatografia de Exclus˜ao em Gel (GPC)

Os copol´ımeros EVOH e PEAA80 foram analisados por cromatografia de exclus˜ao em gel (GPC) empregando uma curva de calibrac¸˜ao relativa a padr˜oes poliestireno (PS,Viscotek) com massas molares compreendidas entre 1050 e 380000 g/mol, em equipamento Viscotek GPCmax VE 2001, com detector de ´ındice de refrac¸˜ao e Vis-cotek VE 3580 RI. Soluc¸˜oes dos copol´ımeros a 8 mg/mL foram preparadas e filtradas em filtros PVDF 45 mm (Watchman) e injetadas por sistema automatizado em volu-mes de 100 mL, com fluxo de 1,0 mL/min. Para o copol´ımero PEAA80, o eluente, as colunas e a temperatura de an´alise empregados foram tetrahidrofurano (THF), KF806M Shodex e 40oC, respectivamente. Para os copol´ımeros EVOH empregou-se uma soluc¸˜ao de LiBr 10 mol/L em dimetilformamida como fase eluente e colunas T6000M Viscotec aquecidas a 60oC.

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Difrac¸˜ao de Raios X - DRX

An´alises por difrac¸˜ao de raios X foram realizadas para os copol´ımeros EVOH (com teor de 27 e 44 mol % de etileno) e PEAA (com teor de 80 mol% de etileno) na forma de filmes utilizando o equipamento XRD 7000 da Shimadzu com radiac¸˜ao CuKα de 1,5418 ˚A, velocidade de 1o/min, acelerac¸˜ao de 40 kV e voltagem de 30 mA, com 2θ variando de 5o a 50o. Os filmes foram preparados por moldagem por compress˜ao em uma prensa Marconi com sistema de aquecimento, a 130 oC e 250 oC para o PEAA e para os EVOHs, respectivamente e a 2 ton por aproximadamente 5 min.

Termogravimetria - TG

Os copol´ımeros PEAA e EVOH foram analisados por Termogravimetria no equi-pamento TGA 2950 TA Instruments sob fluxo de Argˆonio a 100 mL/min. Aproxi-madamente 10 mg de cada amostra foram aquecidas de 30 ◦C a 600 ◦C `a taxa de 10◦C/min em porta amostras de alumina.

Calorimetria Explorat´oria Diferencial - DSC

Os copol´ımeros EVOH e PEAA foram analisados por DSC no equipamento MDSC 2910 da TA Instruments sob fluxo de Argˆonio de 50 mL/min em porta amos-tras de alum´ınio hermeticamente fechados. Aproximadamente 5 mg de cada amostra foi analisada utilizando o seguinte m´etodo:

i) aquecimento de 30 ◦C a 220◦C `a taxa de 10◦C/min, isoterma de 3 min; ii) resfriamento de 220◦C a -50◦C `a taxa de 10◦C/min, isoterma de 3 min; iii) aquecimento de -50 ◦C a 220◦C `a taxa de 10◦C/min.

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2.3.3 Solubilidade dos copol´ımeros EVOH e PEAA80

Testes de solubilidade foram realizados empregando os solventes ´alcool benz´ılico, piridina, ´acido ac´etico, tolueno, tetrahidrofurano e dimetilformamida. Em todos os casos, massas e volumes apropriados de pol´ımero e solvente, respectivamente, foram utilizados para obter uma soluc¸˜ao de concentrac¸˜ao 10% de pol´ımero em soluc¸˜ao. Em cada caso, o pol´ımero e o solvente foram acondicionados em bal˜oes de fundo redondo e submetidos `a agitac¸˜ao constante e refluxo por aproximadamente 8h. Assumiu-se a solubilidade total dos pol´ımeros quando se verificou o desaparecimento do pol´ımero e a formac¸˜ao de uma soluc¸˜ao transparente.

2.3.4 Preparo de soluc¸˜oes bin´arias copol´ımero - solvente

As soluc¸˜oes bin´arias EVOH/solvente e PEAA/solvente foram preparadas a frac¸˜oes volum´etricas em pol´ımero iguais a 0,08; 0,16; 0,25; 0,34 e 0,44. Quantidades apro-priadas de copol´ımero e solvente foram acondicionadas em tubos de ensaio, os quais foram posteriormente fechados de forma que n˜ao houvesse perda de solvente durante a dissoluc¸˜ao sob agitac¸˜ao constante, a 180◦C e 200oC nos solventes dimetilforma-mida e ´alcool benz´ılico, respectivamente.

2.3.5 Obtenc¸˜ao dos diagramas de fases bin´arios - Soluc¸˜oes copol´ımero-solvente

Determinac¸˜ao da temperatura de turbidez (L-L)

A temperatura de turbidez, ou ponto de n´evoa, foi determinada utilizando um ter-mopar digital APPA MT 520 Minipa inserido na soluc¸˜ao inicialmente homogˆenea

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(temperaturas superiores a 150oC). Para garantir a manutenc¸˜ao das composic¸˜oes de cada soluc¸˜ao durante a determinac¸˜ao da temperatura de turvamento, ap´os o preparo de cada soluc¸˜ao, as mesmas foram resfriadas `a temperatura ambiente. A seguir, cada soluc¸˜ao em seu respectivo tubo de ensaio foi aberta para inserc¸˜ao do termopar e novamente fechada. O tubo com a soluc¸˜ao e termopar inserido foi aquecido at´e a homogeneizac¸˜ao da soluc¸˜ao. A soluc¸˜ao homogˆenea foi ent˜ao removida da fonte de aquecimento para o refriamento e, com o aux´ılio de um cronometro, a taxa de resfria-mento foi medida, sendo esta de aproximadamente 8oC/min. Durante o resfriamento, a temperatura a qual se verificou o in´ıcio da turbidez de cada soluc¸˜ao foi registrada como sendo a temperatura de turvamento ou de separac¸˜ao L-L (TL-L). Tal procedi-mento foi realizado em triplicata ou at´e a reproduc¸˜ao consistente de resultados.

Determinac¸˜ao da temperatura de separac¸˜ao de fases s´olido-l´ıquido (S-L)

A temperatura de separac¸˜ao de fases s´olido-l´ıquido das soluc¸˜oes bin´arias foi deter-minada por Calorimetria Explorat´oria Diferencial usando o equipamento MDSC 2910 da TA Instruments sob atmosfera de Argˆonio e porta amostras de alum´ınio hermeti-camente fechados. Aproximadamente 3 mg de soluc¸˜ao homogˆenea, acondicionadas no porta amostras, foram submetidas ao seguinte m´etodo de an´alise:

i) Aquecimento de 30◦C a 180◦C `a taxa de 10◦C/min, isoterma de 3 min; ii) Resfriamento de 180◦C a -50◦C `a taxa de 10oC/min, isoterma de 3 min; iii) Aquecimento de -50◦C a 180◦C `a taxa de 10◦C/min.

Os porta-amostras foram pesados antes e ap´os os ensaios de DSC para avaliac¸˜ao e controle de eventual perda de solvente.

Referências

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