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Introdu¸c˜ao `a probabilidade e `a estat´ıstica II

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Academic year: 2022

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Introdu¸c˜ ao ` a probabilidade e ` a estat´ıstica II

Revis˜ao

Prof. Alexandre G Patriota Sala: 298A

Email: patriota@ime.usp.br Site: www.ime.usp.br/∼patriota

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Estat´ıstica

Estat´ıstica: ´E uma ciˆencia que se dedica `a coleta, organiza¸c˜ao, an´alise e interpreta¸c˜ao de dados. ´E um conjunto de t´ecnicas e procedimentos que auxilia a compreender/descrever/inferir quantidades de interesse que a priori s˜ao desconhecidas.

Estat´ıstica descritiva: Consiste em apresentar, descrever e resumir os dados obtidos (seja de uma amostra ou popula¸c˜ao).

Geralmente ´e a primeira etapa da an´alise de dados e permite tirar algumas conclus˜oes iniciais.

Probabilidade: A teoria das probabilidades auxilia na modelagem de fenˆomenos aleat´orios, ou seja, aqueles em que est´a presente a incerteza.

Estat´ıstica indutiva: Consiste na extrapola¸c˜ao para a popula¸c˜ao dos resultados obtidos em uma amostra.

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Exemplos

I Analisar a toxicidade de um extrato vegetal em larvas do mosquitos da dengue;

I Verificar se um rem´edio ´e mais eficaz que outro dispon´ıvel no mercado;

I Verificar quais fatores de risco (fumar, obesidade, colesterol alto, etc) est˜ao relacionados com problemas cardiovasculares;

I Calcular a probabilidade de um indiv´ıduo pagar um empr´estimo;

I Prever lucros e despesas de uma empresa;

I Prever o tempo de sobrevida de doentes ou materiais;

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Popula¸c˜ ao e Amostra

Popula¸c˜ao: A cole¸c˜ao de todos os poss´ıveis elementos sob investiga¸c˜ao ´e denominada de popula¸c˜ao ou universo.

Em todos os problemas estat´ısticos devemos inicialmente definir qual a popula¸c˜ao alvo. Com ela, estar˜ao relacionadas as

quantidades de interesse.

Amostra: E um subconjunto da popula¸´ c˜ao.

A amostra ´e utilizada quando n˜ao temos acesso a popula¸c˜ao toda e serve como base para inferir sobre quantidades de interesse relacionadas `a popula¸c˜ao.

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Amostra representativa da Popula¸c˜ ao

Uma amostra ´e representativa da popula¸c˜ao quando nela est˜ao contidas idealmente todas as caracter´ısticas e/ou propriedades da popula¸c˜ao alvo.

Ou seja, uma amostra representativa deve ter um comportamento parecido com o da popula¸c˜ao.

Caso contr´ario, diremos que a amostra ´e enviesada ou viciada.

Os m´etodos estat´ısticos para a retirada de amostras representativas s˜ao estudados na disciplina de amostragem.

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Tipos de vari´ aveis

H´a dois tipos de vari´aveis, a saber: vari´aveis quantitativas e qualitativas.

Vari´aveis quantitativas descrevem quantidades (discretas e cont´ınuas)

Vari´aveis qualitativasdescrevem qualidades (ordinais e nominais).

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Diagrama

Fonte: Bussab, W.O. e Morettin, P.A. (2012). Estat´ıstica B´asica.

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Vari´ aveis aleat´ orias

Vari´aveis aleat´orias s˜ao fun¸c˜oes reais dos elementos do espa¸co amostral Ω podendo ser

I Discretas (o suporte ´e enumer´avel): n´umero de filhos, n´umero de falhas ocorridas, etc.

I Cont´ınuas (o suporte ´e n˜ao-enumer´avel): peso, tempo de vida, lucro, etc.

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Vari´ aveis aleat´ orias Discretas

Exemplo 1: SejaX a vari´avel aleat´oria que assume os valores 0,1,2 com fun¸c˜ao de probabilidades P tal que

P(X = 0) =P(X = 1) =P(X = 2) = 1 3.

Exemplo 2: SejaX a vari´avel aleat´oria que assume os valores 0,1,2 com fun¸c˜ao de probabilidades P tal que

P(X = 0) =p0, P(X = 1) =p1, P(X = 2) =p2. Note que as condi¸c˜oes necess´arias para queP seja uma fun¸c˜ao de probabilidades s˜ao

p0+p1+p2= 1 e 0<pi <1

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Vari´ aveis aleat´ orias Discretas

Exemplo 3: SejaX a vari´avel aleat´oria que assume os valores x0,x1,x2, . . . ,xk com fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao de probabilidades P tal que

P(X =xi) =pi, i = 0,1,2, . . . ,k

com k

X

i=0

pi = 1 e 0<pi <1

Exemplo 4: SejaX a vari´avel aleat´oria que assume os valores x0,x1,x2, . . . com fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao de probabilidadesP tal que

P(X =xi) =pi, i = 0,1,2, . . . com

X

i≥0

pi = 1 e 0<pi <1

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Apresenta¸c˜ ao da fun¸c˜ ao de probabilidades

Uma forma simples de apresenta¸c˜ao da fun¸c˜ao de probabilidades de uma vari´avel discreta X ´e dada abaixo

X x0 x1 . . . xk

P(X =x) p0 p1 . . . pk

X P(X =x) x0 p0 x1 p1 ... ... xk pk

Notem a semelhan¸ca com tabelas de frequˆencias. Qual a diferen¸ca?

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Lan¸camentos de dados

Suponha o seguinte experimento: lan¸car um dado de 10 faces.

Defina a vari´avel aleat´oriaX como sendo o valor num´erico da face voltada para cima. Note que n˜ao conhecemos o valor antes de executar o experimento.

Neste caso podemospostular um modelo probabil´ıstico para os poss´ıveis valores observados.

X 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

P(X =x) 101 101 101 101 101 101 101 101 101 101 A fim de verificar o modelo postulado poderemos executar o experimentoN vezes e criar uma tabela de frequˆencias.

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Valor esperado e variˆ ancia de uma v.a. discreta

SejaX a vari´avel aleat´oria que tem suporteSX ={x1,x2, . . . ,xk} com

P(X =xi) =pi, i = 1,2, . . . ,k Esperan¸ca matem´atica de X ´e dada por

E(X) =x1p1+x2p2+. . .+xkpk =

k

X

i=1

xipi

Variˆancia de X ´e definida por

Var(X) = (x1−E(X))2p1+ (x2−E(X))2p2+. . .+ (xk−E(X))2pk

=

k

X

i=1

(xi −E(X))2pi

O desvio-padr˜ao DP(X) ´e dado pela raiz quadrada da variˆancia.

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Fun¸c˜ ao de distribui¸c˜ ao acumulada

SejaX a vari´avel aleat´oria que assume os valoresx1,x2, . . . ,xk com P(X =xi) =pi, i = 1,2, . . . ,k

A fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao acumulada ´e definida por F(t) =P(X ≤t) t∈R

(15)

Principais distribui¸c˜ oes discretas

Fonte: Bussab, W.O. e Morettin, P.A. (2012). Estat´ıstica B´asica.

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Vari´ aveis aleat´ orias Cont´ınuas

Exemplo 1: SejaX uma v.a. cont´ınua com fun¸c˜ao densidade de probabilidades

f(x) = 1

b−a, sex∈(a,b) 0, caso contr´ario

Exemplo 2: SejaX uma v.a. cont´ınua com fun¸c˜ao densidade de probabilidades

f(x) =

3x2, sex∈(0,1) 0, caso contr´ario

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Vari´ aveis aleat´ orias Cont´ınuas

Exemplo 3: SejaX uma v.a. cont´ınua com fun¸c˜ao densidade de probabilidades

f(x) = 1

β exp(−x/β), sex>0 0, caso contr´ario

Exemplo 4: SejaX uma v.a. cont´ınua com fun¸c˜ao densidade de probabilidades

f(x) = 1

σ√

2πexp

− 1

2(x−µ)2

Lembre-se dafun¸ao gama: Γ(k) =R

0 xk−1exp(−x)dx e suas propriedades: 1. Γ(k+ 1) =kΓ(k); 2. parak inteiro, Γ(k+ 1) =k!; 3.

Γ(1/2) = π.

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Valor esperado e variˆ ancia de uma v.a. cont´ınua

SejaX a vari´avel aleat´oria cont´ınua com suporteSX e fun¸c˜ao densidadef.

Esperan¸ca matem´atica de X ´e dada por E(X) =

Z

−∞

xf(x)dx

Variˆancia de X ´e definida por Var(X) =

Z

−∞

[x−E(X)]2f(x)dx

O desvio-padr˜ao DP(X) ´e dado pela raiz quadrada da variˆancia.

(19)

Fun¸c˜ ao de distribui¸c˜ ao acumulada

A fun¸c˜ao de distribui¸c˜ao acumulada ´e definida por F(t) =P(X ≤t) =

Z t

−∞

f(x)dx, t ∈R.

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Quantis

Op-quantil ´e o valor que divide a densidade de dados em duas regi˜oes onde a primeira (a regi˜ao `a esquerda) tem ´areap e a segunda (a regi˜ao `a direita) tem ´area 1−p.

Ou seja, o p-quantil ´e o valorqp tal que p =F(qp)

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Principais Distribui¸c˜ oes

Principais distribui¸c˜oes cont´ınuas:

I Uniforme

I Exponencial

I Normal,

I t-Student,

I χ2 (Qui-quadrado),

I F de Snedecor.

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Pacotes Estat´ısticos

Alguns pacotes estat´ısticos: MINITAB, SAS, SPLUS, SPSS, MATLAB, Maple, R.

Neste curso, sempre que necess´ario, eu utilizarei o R que pode ser obtido gratuitamente no endere¸co: http://CRAN.R-project.org

Aprenda a usar o R:

http://www.feferraz.net/files/Rlang-PT.pdf

Referências

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