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Medindo o desenvolvimento: questões teóricas e metodológicas

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Medindo o desenvolvimento: questões

teóricas e metodológicas

Clitia Helena Backx Martins

Fundação de Economia e Estatística – FEE/RS

Núcleo de Indicadores Sociais e Ambientais

XVII ENCONTRO NACIONAL DA ANIPES III ENCONTRO DAS INSTITUIÇÕES DE

ESTATÍSTICAS ECONÔMICAS E SOCIAIS DO

(2)

O que é desenvolvimento?



Não é meramente crescimento

econômico (aumento progressivo do

PIB) mudança quantitativa.

(3)

O que é desenvolvimento?



Na visão de Amartya Sen:

desenvolvimento corresponde a um

processo de expansão das liberdades e

oportunidades reais das pessoas 

(4)

O que contribui para o processo de

desenvolvimento?

 Aspectos sociais, políticos e culturais  Fatores ambientais propícios:

surgimento da agricultura e da

atividade pastoril em determinadas regiões do planeta  relacionados a condições climáticas, topográficas e hidrológicas favoráveis (Jared

(5)

Risco X Sustentabilidade



Possibilidade de colapso (Jared

Diamond):

mesmo as sociedades mais ricas e

tecnologicamente mais avançadas

enfrentam problemas ambientais e

econômicos crescentes que não podem

ser subestimados

.

(6)

O que é desenvolvimento sustentável?

 Processo de desenvolvimento que “tenha

durabilidade, seja economicamente viável, ecologicamente equilibrado e capaz de

propiciar às pessoas condições básicas para sua sobrevivência e exercício de cidadania” (IBAMA, 2006).

(7)

Modelo de Criação de Riqueza

Inclui quatro tipos de capital (Ekins, 1992):



Capital natural



Capital humano



Capital social/organizacional



Capital manufaturado

(8)

Enfim, o que é desenvolvimento

sustentável?

 Para Paul Streeten (1995), o significado de DS que

interessa à espécie humana consiste em:

 manutenção, reposição e crescimento dos ativos

de capital, tanto físicos quanto humanos;

 na manutenção das condições físicas ambientais

dos constituintes do bem-estar;

 no fortalecimento da resiliência dos sistemas

terrestres, capacitando-os a ajustar-se a choques e crises;

 e em evitar transferir dívidas de qualquer caráter,

(9)

Como melhor subsidiar políticas

socioambientais em nível

nacional, regional ou local para

miminizar riscos ou promover a

sustentabilidade?

Como medir processos de

(10)

Evolução dos Indicadores



Busca de indicadores com maior

alcance do que os indicadores

tradicionais;



Pesquisa e utilização de novos

indicadores que levem em conta a

problemática ambiental (uso e

depleção dos recursos naturais, custos

referentes à poluição, e outros).

(11)

Evolução dos Indicadores

 Incorporação da dimensão ambiental nos

sistemas de informações estatísticas para registrar:

 os efeitos ambientais das atividades

sócio-econômicas;

 os efeitos sócio-econômicos das políticas

(12)

Evolução dos Indicadores

Três vertentes de indicadores ambientais ou de sustentabilidade:

 Biocêntrica  indicadores biológicos,

físico-químicos ou energéticos

 Econômica  avaliações monetárias do

capital natural e uso dos recursos

 Eco-Econômica combina aspectos do

ecossistema natural, do sistema econômico e da qualidade de vida humana – mais

(13)

Evolução dos Indicadores

 Perspectiva da sustentabilidade:

necessidade de novos indicadores.

 Visão integradora dos aspectos sociais,

econômicos e ambientais do processo de desenvolvimento.

 Criação de sistema de informações

periódicas integrando os dados ambientais aos levantamentos econômicos e sociais.

(14)

Evolução dos Indicadores

 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio –

ODM 7– Garantir a sustentabilidade ambiental.

 Inclusão de dimensão institucional –

municípios com estrutura administrativa para gestão ambiental; gasto público com proteção ao meio ambiente (IBGE,

(15)

Eixos Centrais da Rio +20

 Economia verde no contexto do

desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza

 Quadro institucional para o desenvolvimento

(16)

Desacoplamento

 Base da visão da economia verde:

desacoplamento (decoupling)  ideia de “separar” a produção do seu impacto

ambiental

 Desacoplamento de recursos  Desacoplamento de impactos

(17)

Desacoplamento

 Desacoplamento de recursos: significa

reduzir a taxa de uso de recursos primários por unidade de atividade econômica.

 “Desmaterialização  baseada no uso de

menos materiais, energia, água e terra para o mesmo resultado econômico – aumento da eficiência no uso dos recursos.

(18)

Desacoplamento



Desacoplamento de impactos:

aumento do resultado econômico com

redução dos impactos ambientais,

como degradação do solo,

(19)
(20)

Comissão Stiglitz, Sen e Fitoussi



Criada por Sarkozy, em 2008 –

resultados publicados em 2009.



Objetivo: Identificar os limites do PIB

como indicador de desempenho

econômico e progresso social

(21)

Comissão Stiglitz, Sen e Fitoussi

 Algumas recomendações:

 1) Ao avaliar o bem-estar dar mais ênfase a

renda e ao consumo do que à produção

 2) Procurar melhorar a mensuração da

saúde, educação, atividades pessoais e condições ambientais

(22)

Comissão Stiglitz, Sen e Fitoussi



3) Devem ser desenvolvidos meios de

se mensurar as conexões sociais,

participação política e a insegurança



4)Deve-se considerar tanto medidas

objetivas quanto subjetivas de

bem-estar

(23)

Comissão Stiglitz, Sen e Fitoussi

 5) A avaliação da sustentabilidade requer

um painel bem definido de indicadores

 6) Os Institutos de Estatística devem prover

as informações necessárias para se agregar diferentes dimensões do bem-estar.

(24)

Comissão Stiglitz, Sen e Fitoussi



Conclusão

: recomenda mudar a

ênfase da mensuração da produção

econômica para a mensuração do

bem-estar da população.

(25)

Indicadores ambientais ou de

sustentabilidade?

 Criação de sistema de informações

periódicas incorporando dados ambientais aos levantamentos existentes OU

 Nova base de dados e indicadores,

levando em conta a centralidade do planejamento para a sustentabilidade.

(26)

Indicadores Macroeconômicos e

Contas Ambientais



Necessidade de reestruturação dos

sistemas de Contabilidade Nacional

para abarcar o uso de recursos

(27)

Série 2002-2009



Atividades Industriais

Gaúchas: Indicadores do

Potencial Poluidor

(28)

Objetivo

 Visa a construção e atualização periódica

de indicadores do potencial poluidor da indústria extrativa e de transformação para o RS, bem como para todos os municípios gaúchos, microrregiões, mesorregiões e Coredes.

(29)

Contribuição

 Fornecer subsídios para a elaboração e

implementação de políticas públicas sobre atividades produtivas e meio ambiente, tais como incentivos fiscais, linhas de financiamento e estímulo à adoção de tecnologias limpas.

(30)

Contribuição

 Colaborar no processo de tomada de

decisão com relação à locação e às alternativas de produção em atividades de menor potencial poluidor.

(31)

Limitações na construção dos

indicadores

 Não levam em conta a carga poluidora de

fato da atividade industrial.

 Retratam o potencial de poluição (risco

ambiental), sem considerar o estágio de tecnologia de controle da indústria.

(32)

Metodologia

Percentuais do Valor Adicionado Bruto - VAB

industrial por nível de potencial poluidor (alto, médio e baixo)

 Índice de Dependência das Atividades

Potencialmente Poluidoras – Indapp-I

 Índice de Potencial Poluidor da Indústria –

(33)

Metodologia

 Classificação das sub-classes das

indústrias extrativa e de transformação na Classificação Nacional das Atividades Econômicas – CNAE/IBGE, quanto a seu Potencial Poluidor segundo o critério para fins de licenciamento ambiental da FEPAM.

(34)

Metodologia

 Obtenção do VAB por sub-classes das

indústrias extrativa e de transformação na CNAE para todos os municípios do Estado e cálculo percentual segundo o potencial poluidor das atividades industriais (alto, médio e baixo).

(35)

 Elaboração do Índice de Dependência

das Atividades Potencialmente Poluidoras da Indústria  Indapp-I

 Esse é um indicador de concentração

orientado, que mede a dependência das atividades potencialmente poluidoras (dimensão do risco).

(36)

 Indapp-I  informa a estrutura relativa

da concentração da produção industrial (extrativa e de transformação) em cada município.

(37)

 Elaboração do Índice do Potencial

Poluidor da Indústria Inpp-I

 Mede a magnitude do impacto do

município sobre o potencial poluidor total do Estado (volume de produção e risco).

(38)

Metodologia

Recortes Geográficos:

 Estado como um todo.

 Municípios do RS, em especial os 20

denominados municípios “críticos” (em termos do volume da produção industrial combinado com o risco ambiental).

 Contemplam-se também: microrregiões,

mesorregiões e regiões respectivas dos COREDES.

(39)

Percentual do VAB da indústria extrativa e de

transformação com alto p.p no RS

 2002 68,1% do VAB industrial

correspondiam a atividades de alto potencial poluidor.

 2008 intensificação das atividades de alto

p.p, que passaram a constituir 74,8% do VAB industrial do Estado.

 2009 pequena queda dessa participação:

(40)

Indapp-I no RS – 2002-2009

 No RS Indapp-I em 2002 foi de 0,8252,

apresentando flutuações, mas com crescimento até 2009 para 0,8507, o que mostra que o risco se elevou.

(41)

Municípios Críticos no RS – 2002-2009

 Em 2009  Canoas, Triunfo, Caxias do Sul,

Gravataí, Porto Alegre, Rio Grande, Santa Cruz do Sul, Guaíba, Bento Gonçalves, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Sapucaia do Sul, Erechim, Montenegro, Passo Fundo, Cachoeirinha, Venâncio Aires, Marau, Lajeado e Garibaldi.

(42)

Considerações Finais

Ressalta-se:

 Predomínio e crescimento das atividades

industriais de alto potencial poluidor no RS.

 Concentração sobre o eixo Porto Alegre –

Caxias do Sul, que é a área mais densamente povoada do Estado, localizando-se sobre importantes bacias hidrográficas, como a do Lago Guaíba.

(43)
(44)

OBRIGADA!

Para contatar:

Clitia Helena Backx Martins clitia@fee.tche.br

Site da FEE:

Referências

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