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RELATÓRIO E CONTAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2003

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Academic year: 2021

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RELATÓRIO E CONTAS - 31 DE DEZEMBRO DE 2003

° Relatório de Gestão e Proposta de Aplicação de Resultados ° Anexo ao Relatório de Gestão

° Demonstrações Financeiras Individuais ° Balanço

° Demonstração de resultados por naturezas ° Demonstração de resultados por funções ° Demonstração de Fluxos de caixa

° Demonstrações Financeiras Consolidadas ° Balanço

° Demonstração de resultados por naturezas ° Demonstração de resultados por funções ° Demonstração de Fluxos de caixa

° Anexo às Demonstrações financeiras individuais e consolidadas

° Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria sobre a Informação Financeira Individual

° Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria sobre a Informação Financeira Consolidada

° Relatório e Parecer do Conselho Fiscal

° Relatório de Auditoria (Demonstrações Financeiras Individuais) ° Relatório de Auditoria (Demonstrações Financeiras Consolidadas) ° Lista dos titulares de Participações Qualificadas

° Lista de presenças de Assembleia Geral de 31 de Maio de 2004 ° Extracto da Acta nº 35 da Assembleia Geral de 31 de Maio de 2004

(2)

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Exercício de 2003

Senhores Accionistas,

Em 2003 a performance das diversas áreas de negócios possibilitaram ao Banco alcançar resultados bastante positivos, com elevados índices de solvabilidade e liquidez, factores que confirmam o contínuo crescimento e a solidez financeira do Banco Itaú Europa, S.A. Em adição aos indicadores de performance que serão a seguir abordados, há quatro factos que são dignos de destaque:

1. Ao final de Março de 2003, o Banco Itaú Europa Luxembourg, S.A. orientado para a actividade de “private banking” internacional, foi incorporado pelo Banco Itaú Europa, S.A..

2. Em 4 de Junho de 2003 inauguramos a nossa sucursal em Londres, unidade voltada para os negócios em mercado de capitais que, além de Lisboa, atende os clientes europeus e complementa de forma integrada a actividade de mercado de capitais internacional do Grupo Itaú, com presença em São Paulo, New York (Itaú Securities) e Buenos Aires.

3. No final do período, o Banco Itaú Europa, S.A. também incorporou a participação de 51% que a Itaúsa Portugal-SGPS, S.A. possuía na IPI-Itaúsa Portugal Investimentos, SGPS, holding controladora de 16,1% do Banco BPI, S.A., um dos principais grupos financeiros em Portugal.

4. Já no início de 2004, as agências de rating promoveram um aumento do rating do Itaú Europa: a Fitch Ratings elevou os ratings de BBB/F3 para BBB+/F2, enquanto que a Moody’s subiu de Baa2/P2 para Baa1/P2.

Ambas as agências mantiveram o “outlook” do Banco em “estável”.

PERFORMANCE

O Banco Itaú Europa, S.A. apresentou em 2003 lucro líquido consolidado de Euros 23,7 milhões, 15,9% superior ao de 2002.

No encerramento das nossas contas em Dezembro, a par deste resultado, os activos consolidados do Banco registavam ainda mais valias não realizadas no montante de Euros 165 milhões, dos quais Euros 160 milhões diz respeito à participação de 16,1% no Banco BPI.

(3)

Os índices de rentabilidade sobre os capitais próprios (ROE) e activos consolidados (ROA) de 2003 foram 10,4% e 1,2%, respectivamente.

A natureza das actividades do Banco e a política de contínua manutenção de liquidez e ampla base de capital, atestam o sucesso da estratégia desenvolvida. O produto bancário no período ascendeu a Euros 36 milhões, crescendo 16,9% sobre o do período homólogo. A expansão de todas as áreas de negócios do Banco contribuíram para uma saudável diversificação dos resultados, com destaque para a tesouraria, mercado de capitais e “private banking” que se desenvolveram paralelamente ao financiamento de exportação a empresas brasileiras e a empresas europeias, principalmente ibéricas, com investimentos no Brasil.

A contribuição e as sinergias resultantes da incorporação do Banco Itaú Europa Luxembourg para a actividade global do Banco já se fizeram notar no período. Aquela Instituição continuou a sua política de expansão da base de clientes private, ampliando e fortalecendo a oferta de produtos. Ao final do exercício, os activos sob gestão atingiram US$ 1.4 mil milhões, com mais de mil clientes activos.

Os activos consolidados do Banco Itaú Europa alcançaram Euros 2,295 milhões no encerramento do ano, 18,8% acima do ano anterior.

Tal crescimento tem sido amparado, para além dos fundos próprios, por um passivo bastante diversificado, composto por recursos disponibilizados ao Banco por clientes, investidores e instituições, locais e internacionais.

No final de 2003 o volume de recursos captados atingiu Euros 1,836 milhões, dos quais Eur 470.8 milhões representam empréstimos sindicados e emissões de eurobonds em mercado de capitais.

Em Julho, o Itaú Europa lançou um eurobond de 3 anos por Eur 150 milhões, liderado pelo Royal Bank of Scotland, Banca IMI e BIE – Bank & Trust. Esta operação foi distribuída a uma ampla base de investidores, na maioria europeus, composta por “private banks”, empresas gestoras de activos, fundos de investimentos e instituições financeiras. O sucesso desta operação foi também suportado pela relevante contribuição da mesa de mercado de capitais do Banco em Londres.

No decurso do exercício, o Banco elevou o seu capital social de Euros 144,5 milhões para Euros 317,9, e passou a ter capitais próprios consolidados com interesses minoritários de Euros 392,5 milhões, 89,3 % superior ao de 2002. Para este aumento contribuiu decidamente a incorporação, atrás referida, de 51% da participação que o Grupo Itaú detém no Banco BPI.

O índice de solvabilidade consolidado do Banco foi de 22,9%, muito superior ao mínimo de 8% exigido pelo Banco de Portugal e pelo BIS.

(4)

O índice de liquidez do Banco chegou a 60,2%, representado por aplicações interbancárias de curto prazo e por títulos de Governos Europeus, facilmente mobilizáveis.

Os diversos instrumentos financeiros, seja pela actividade de investimento, compreendendo a gestão do risco de taxa de juro e cambial, do crédito e da carteira de títulos, ou pela actividade de negociação de instrumentos de renda fixa e derivados de taxa de juros, expõem o Banco aos riscos de crédito, de liquidez, de mercado e, naturalmente, de imagem. Entretanto, tem sido política do Banco operar de forma bastante conservadora, minimizando ou zerando por completo tais riscos.

No exercício de 2003, em função da sua conservadora política de crédito e sistema de avaliação contínua (rating interno), o Itaú Europa não apresentou em suas contas qualquer operação de crédito vencida e não paga.

A distribuição da carteira de créditos por sectores de actividade (excluindo as aplicações monetárias interbancárias) é a seguinte:

Dívida Pública Europeia 22,7%

Siderurgia e Metalurgico 10,2%

Alimentação, Bebidas e Tabaco 9,6%

Distribuição 6,8%

Químico 5,9%

Papel e Celulose 4,3%

Outros 40,6%

Além da forte liquidez dos activos, conforme já mencionado, o Banco também tem promovido casamento das operações activas com o funding associado e, para a carteira de títulos de taxa fixa de governos da UE possui cobertura com swaps de taxa de juros (IRS) na sua totalidade.

Quanto aos demais riscos de mercado incorridos pelo Banco, é utilizada a metodologia de VaR (value-at-risk) que avalia a perda potencial máxima esperada.

No término de 2003 os riscos de mercado em termos consolidados, apresentavam um DeaR 99% (perda potencial esperada (VaR) para um dia, com um índice de confiança de 99%), conforme segue em Euros:

Actividade de

Negociação Investimento total Risco de taxa de juro 46.050 165.000 211.050

Risco cambial - 36.644 36.644

Total 46.050 201.644 247.694

(5)

Considerando um horizonte temporal de 10 dias o VaR 99% total seria de Euros

s limites e tipos de risco inerentes à actividade do Banco são previamente

PLICAÇÃO DOS RESULTADOS

os termos da lei e dos estatutos, para o lucro líquido apurado nas contas

... milhares.

O

aprovados pela Administração, sendo controlados e reportados por unidades internas com adequada segregação de funções e que asseguram análises de sensibilidade, stress e GAP’s.

A N

individuais do Banco Itaú Europa, no valor de Euros 17.383.620,27, propômos a seguinte aplicação:

Euros 1.738.363,00 para fundo de reserva legal

GRADECIMENTOS

o Grupo Accionista agradecemos a confiança depositada e a sempre inestimável

os Clientes e Correspondentes queremos testemunhar o nosso apreço pelo

Lisboa, 12 de Maio de 2004 O Conselho de Administração, Euros 9.922.622,39 para reservas livres Euros 5.722.634,88 para dividendos A

A

demonstração de apoio. A

suporte evidenciado ao longo do ano. Aos nossos funcionários e colaboradores, desejamos manifestar a nossa gratidão pelo empenho e dedicação.

(6)

ANEXO

Relatório de Gestão do Conselho de Administração, elaborado nos termos dos artigos 447 e 448 do Código das Sociedades Comerciais

Em cumprimento do disposto no nº 5 do artº 447 e nº 4 do artº 448 do Código das Sociedades Comerciais, declara-se que o único accionista do BANCO ITAÚ EUROPA, S.A. é a ITAUSA PORTUGAL – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A., a qual detém uma participação correspondente a 100% do capital social do Banco. Assim sendo, não existe qualquer participação nos termos previstos no supra citado nº 5 do artigo 447 do Código das Sociedades Comerciais.

Lisboa, 14 de Maio de 2004

(7)

31.12.2003 31.12.2002

ACTIVO Notas ACTIVO AMORTIZAÇÕES ACTIVO ACTIVO

BRUTO E PROVISÕES LIQUIDO LÍQUIDO

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 3 7.101 7.101 6.934 Disponibilidades à vista sobre Instituições de

Crédito 2.795 2.795 3.019

Outros créditos sobre Instituições de Crédito 4 1.030.140 1.030.140 774.689

Créditos sobre clientes 5 316.094 316.094 529.872

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo 6 339.214 59 339.155 320.678

- De emissores públicos 215.338 215.338 244.165

- De outros emissores 123.876 59 123.817 76.513

Acções e outros títulos de rendimento variável 6 - - 17.415

Partes do capital em empresas coligadas 7 229.889 229.889 68.395

Imobilizações incorpóreas 8 1.135 1.044 91 46

Imobilizações corpóreas 8 4.852 1.951 2.901 2.768

(Das quais: Imóveis de serviço próprio) ( 2.266 ) ( 427 ) ( 1.839 ) ( 1.811 )

Outros activos 9 40.220 40.220 429

Contas de regularização 10 35.595 35.595 31.666

TOTAL 2.007.035 3.054 2.003.981 1.755.911

PASSIVO E CAPITAIS PRÓPRIOS Notas 31.12.2003 31.12.2002

PASSIVO

Débitos para com Instituições de Crédito 11 1.293.327 1.267.461

À vista 32 28

A prazo ou com pré-aviso 1.293.295 1.267.433

Débitos para com clientes 12 7.312 4.480

À vista 1.412 1.039

A prazo 5.900 3.441

Débitos representados por títulos 13 275.000 225.000

Obrigações em circulação 275.000 225.000

Outros passivos 14 1.856 664

Contas de regularização 15 15.106 15.007

Provisões para riscos e encargos 16 3.305 5.483

Outras provisões 3.305 5.483

Passivos subordinados 17 38.753 43.607

CAPITAIS PRÓPRIOS

Capital subscrito 19 317.924 144.500

Reservas e resultados transitados 19 34.014 26.209

Lucro do exercício 19 17.384 23.500

TOTAL 2.003.981 1.755.911

RUBRICAS EXTRAPATRIMONIAIS Notas 31.12.2003 31.12.2002

Garantias prestadas e outros passivos eventuais 20 212.144 283.782

Compromissos 20 43.893 53.455

As Notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

A Administração, BALANÇO INDIVIDUAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003

(8)

-DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003

CUSTOS Notas 31.12.2003 31.12.2002

Juros e custos equiparados 23 42.688 52.494

Comissões 640 709

Prejuízos em operações financeiras 26.003 24.556

Gastos gerais administrativos 7.011 5.984

- Custos com pessoal 27 4.021 3.706

- Outros gastos administrativos 2.990 2.278

Amortizações do exercício 8 448 425

Outros custos de exploração 67 63

Provisões para crédito vencido e para

outros riscos 16 1.077 3.678

Resultado da actividade corrente ( 19.680 ) ( 24.210 )

Perdas extraordinárias 166 245

Impostos sobre lucros 26 2.057 408

Outros impostos 109 75

Lucro do exercício 17.384 23.500

TOTAL 97.650 112.137

PROVEITOS Notas 31.12.2003 31.12.2002

Juros e proveitos equiparados 22 63.087 74.077

Dos quais:

( - de títulos de rendimento fixo) ( 13.541 ) ( 18.749 )

Rendimento de títulos

- Rendimento de acções, de quotas e de

outros títulos de rendimento variável 2.463 7.001

Comissões 24 870 922

Lucros em operações financeiras 26.379 26.526

Reposições e anulações respeitantes a correcções de valor relativas a créditos e provisões para passivos eventuais e

para compromissos 16 3.864 3.212

Outros proveitos de exploração 951 381

Ganhos extraordinários 36 18

TOTAL 97.650 112.137

As Notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

A Administração,

(9)

-Juros e proveitos equiparados 63.087 74.077

Juros e custos equiparados 42.688 52.494

Margem Financeira 20.399 21.583

Provisões para riscos de crédito 2.179 ( 652 )

(Específicas, gerais , incluindo risco país)

Margem Financeira Líquida 22.578 20.931

Comissões líquidas 230 213

Outros resultados exploração líquidos 775 243

Margem de Serviços 1.005 456

Rendimentos de títulos 2.463 7.001

Resultados de operações financeiras 376 1.970

Provisões para depreciação de títulos 608 186

Resultado Operacional antes dos custos de transformação 27.030 30.544

Custos com pessoal 4.021 3.706

Outros custos administrativos 2.990 2.278

Amortizações 448 425

Custos de transformação 7.459 6.409

Resultado operacional 19.571 24.135

Outros resultados extraordinários ( 130 ) ( 227 )

Resultado antes de impostos e de interesses minoritários 19.442 23.908

Impostos 2.057 408

Resultado liquido do exercício 17.384 23.500

Resultado em Euros por acção 0,27 0,81

As Notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

A Administração,

DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DE RESULTADOS POR FUNÇÕES DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003

Montantes expressos em milhares de Euros

(10)

Fluxos de caixa das actividades operacionais

Juros e comissões recebidos 57.172 68.746

Juros e comissões pagos ( 43.787 ) ( 59.269 )

Pagamentos a empregados e fornecedores ( 5.665 ) ( 5.811 )

Resultados operacionais antes de alterações nos fundos

operacionais 7.720 3.666

(Aumentos)/diminuições dos activos operacionais

Créditos sobre instituições de crédito ( 255.450 ) ( 141.786 )

Depósitos em bancos centrais ( 165 ) 6.036

Créditos sobre clientes 174.528 ( 27.077 )

Carteira de negociação

Compra de títulos de negociação ( 964.154 ) ( 1.751.525 )

Venda de títulos de negociação 898.542 1.823.190

Carteira de investimento

Compra de títulos de investimento ( 51.587 ) ( 68.802 )

Venda de títulos de investimento 121.964 47.144

Outros activos operacionais ( 4.443 ) 257

Aumentos/(diminuições) dos passivos operacionais

Débitos para com instituições de crédito 25.866 59.143

Débitos para com clientes 2.833 ( 7.997 )

Débitos representados por títulos 50.000 78.029

Outros passivos operacionais ( 1 ) ( 42 )

Fluxos de caixa líquidos das actividades operacionais

antes do pagamento de impostos sobre os lucros 5.653 20.236

Impostos pagos sobre os lucros ( 398 ) ( 629 )

Fluxos de caixa líquidos das actividades operacionais 5.255 19.607

Fluxos de caixa das actividades de investimento

Dividendos recebidos 2.463 7.001

Compra de participações ( 165.242 ) ( 16.999 )

Compra de imobilizações ( 634 ) ( 597 )

Valores recebidos na venda de imobilizações 124 88

Fluxos de caixa líquidos das actividades de investimento ( 163.289 ) ( 10.507 )

Fluxos de caixa das actividades de financiamento

Dividendos pagos ( 7.514 ) ( 7.712 )

Aumento de capital social 165.242

-Fluxos de caixa líquidos das actividades de financiamento 157.728 ( 7.712 )

Efeitos da alteração da taxa de câmbio em caixa e

seus equivalentes 84 ( 641 )

Aumento/(diminuição) em caixa e seus equivalentes ( 222 ) 747

Caixa e seus equivalentes no início do período 3.022 2.275

Caixa e seus equivalentes no fim do período 2.800 3.022

( 222 ) 747

As Notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

A Administração,

DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DOS FLUXOS DE CAIXA DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003

Montantes expressos em milhares de Euros

(11)

31.12.2003 31.12.2002

ACTIVO Notas ACTIVO AMORTIZAÇÕES ACTIVO ACTIVO

BRUTO E PROVISÕES LIQUIDO LÍQUIDO

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 3 10.354 10.354 6.934

Disponibilidades à vista sobre Instituições de

Crédito 29.569 29.569 4.221

Outros créditos sobre Instituições de Crédito 4 1.152.670 1.152.670 876.274

Créditos sobre clientes 5 465.380 847 464.533 624.769

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo 6 385.774 233 385.541 359.769

- De emissores públicos 226.680 12 226.668 244.165

- De outros emissores 159.094 221 158.873 115.604

Acções e outros títulos de rendimento variável 6 3.169 18 3.151 21.208

Partes de capital em empresas associadas 7 197.535 197.535

-Imobilizações incorpóreas 8 2.967 2.477 490 46

Imobilizações corpóreas 8 6.124 2.907 3.217 2.768

(Das quais: Imóveis de serviço próprio) ( 2.266 ) ( 427 ) ( 1.839 ) ( 1.811 )

Outros activos 9 10.957 10.957 797

Contas de regularização 10 37.408 37.408 34.891

TOTAL 2.301.907 6.482 2.295.425 1.931.677

PASSIVO E CAPITAIS PRÓPRIOS Notas 31.12.2003 31.12.2002

PASSIVO

Débitos para com Instituições de Crédito 11 1.443.856 1.435.382

À vista 1.464 28

A prazo ou com pré-aviso 1.442.392 1.435.354

Débitos para com clientes 12 131.506 4.462

À vista 97.695 1.601

A prazo 33.811 2.861

Débitos representados por títulos 13 260.806 212.890

Obrigações em circulação 260.806 212.890

Outros passivos 14 4.395 5.153

Contas de regularização 15 19.132 17.380

Provisões para riscos e encargos 16 4.491 5.483

Outras provisões 4.491 5.483

Passivos subordinados 17 38.753 43.607

Interesses minoritários 18 75.764

-CAPITAIS PRÓPRIOS

Capital subscrito 19 317.924 144.500

Reservas e resultados transitados 19 ( 24.931 ) 42.351

Lucro do exercício 19 23.729 20.469

TOTAL 2.295.425 1.931.677

RUBRICAS EXTRAPATRIMONIAIS Notas 31.12.2003 31.12.2002

Garantias prestadas e outros passivos eventuais 20 239.650 291.725

Compromissos 20 43.893 59.176

As Notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

A Administração,

BALANÇO CONSOLIDADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 Montantes expressos em milhares de Euros

(12)

-DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003

CUSTOS Notas 31.12.2003 31.12.2002

Juros e custos equiparados 23 45.615 59.756

Comissões 970 774

Prejuízos em operações financeiras 55.133 46.124

Gastos gerais administrativos 12.693 7.337

- Custos com pessoal 27 8.025 4.661

- Outros gastos administrativos 4.668 2.676

Amortizações do exercício 8 855 425

Outros custos de exploração 141 66

Provisões para crédito vencido e para

outros riscos 16 2.310 5.610

Resultado da actividade corrente ( 27.218 ) ( 21.312 )

Perdas extraordinárias 182 255

Impostos sobre lucros 26 3.089 444

Outros impostos 256 228

Interesses minoritários 18 -

-Lucro do exercício 23.729 20.469

TOTAL 144.973 141.488

PROVEITOS Notas 31.12.2003 31.12.2002

Juros e proveitos equiparados 22 71.956 87.172

Dos quais:

( - de títulos de rendimento fixo) ( 15.709 ) ( 21.883 )

Rendimento de títulos

- Rendimento de acções, de quotas e de

outros títulos de rendimento variável 13 224

Comissões 24 8.753 1.503

Lucros em operações financeiras 56.955 48.504

Reposições e anulações respeitantes a correcções de valor relativas a créditos e provisões para passivos eventuais e

para compromissos 16 6.295 3.795

Outros proveitos de exploração 963 205

Ganhos extraordinários 38 85

TOTAL 144.973 141.488

As Notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

A Administração,

(13)

-Juros e proveitos equiparados 71.956 87.172

Juros e custos equiparados 45.615 59.756

Margem Financeira 26.341 27.416

Provisões para riscos de crédito 2.166 ( 652 )

(Específicas, gerais , incluindo risco país)

Margem Financeira Líquida 28.507 26.764

Comissões líquidas 7.783 729

Outros resultados exploração líquidos 566 ( 89 )

Margem de Serviços 8.349 640

Rendimentos de títulos 13 224

Resultados de operações financeiras 1.822 2.380

Provisões para depreciação de títulos 1.819 ( 1.163 )

Resultado Operacional antes dos custos de transformação 40.510 28.845

Custos com pessoal 8.025 4.661

Outros custos administrativos 4.668 2.676

Amortizações 855 425

Custos de transformação 13.548 7.762

Resultado operacional 26.962 21.083

Outros resultados extraordinários ( 144 ) ( 170 )

Resultado antes de impostos e de interesses minoritários 26.819 20.913

Impostos 3.089 444

Resultado liquido do exercício 23.729 20.469

Resultado em Euros por acção 0,37 0,71

As Notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

A Administração,

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE RESULTADOS POR FUNÇÕES DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003

Montantes expressos em milhares de Euros

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Fluxos de caixa das actividades operacionais

Juros e comissões recebidos 73.326 82.517

Juros e comissões pagos ( 47.644 ) ( 66.668 )

Pagamentos a empregados e fornecedores ( 10.517 ) ( 6.690 )

Recuperação de Crédito e Juros anulados em anos anteriores - 30

Resultados operacionais antes de alterações nos fundos

operacionais 15.165 9.189

(Aumentos)/diminuições dos activos operacionais

Créditos sobre instituições de crédito ( 276.396 ) ( 203.461 )

Depósitos em bancos centrais ( 3.417 ) 6.036

Créditos sobre clientes 139.388 ( 5.236 )

Carteira de negociação

Compra de títulos de negociação ( 3.176.282 ) ( 4.580.506 )

Venda de títulos de negociação 3.126.651 4.641.600

Carteira de investimento

Compra de títulos de investimento ( 66.971 ) ( 68.802 )

Venda de títulos de investimento 117.057 54.113

Outros activos operacionais 150 ( 11.861 )

Aumentos/(diminuições) dos passivos operacionais

Débitos para com instituições de crédito 8.474 93.577

Débitos para com clientes 127.044 306

Débitos representados por títulos 47.916 66.919

Outros passivos operacionais ( 1.514 ) 3.635

Fluxos de caixa líquidos das actividades operacionais

antes do pagamento de impostos sobre os lucros 57.265 5.509

Impostos pagos sobre os lucros ( 849 ) ( 629 )

Fluxos de caixa líquidos das actividades operacionais 56.416 4.880

Fluxos de caixa das actividades de investimento

Dividendos recebidos 13 224

Compra de imobilizações ( 3.642 ) ( 711 )

Compra de participações ( 165.242 )

-Valores recebidos na venda de imobilizações 124 88

Fluxos de caixa líquidos das actividades de investimento ( 168.747 ) ( 399 )

Fluxos de caixa das actividades de financiamento

Dividendos pagos ( 7.514 ) ( 7.712 )

Aumento de capital social 165.242

-Fluxos de caixa líquidos das actividades de financiamento 157.728 ( 7.712 )

Efeitos da alteração da taxa de câmbio em caixa e

seus equivalentes ( 20.047 ) ( 6 )

Aumento/(diminuição) em caixa e seus equivalentes 25.351 ( 3.237 )

Caixa e seus equivalentes no início do período 4.224 7.461

Caixa e seus equivalentes no fim do período 29.575 4.224

25.351 ( 3.237 )

As Notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras

A Administração,

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003

Montantes expressos em milhares de Euros

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ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS E

CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003

(Valores expressos em milhares de euros)

NOTA 1 - ACTIVIDADE E ESTRUTURA

O Banco Itaú Europa, SA (BIE ou Banco), constituído em 28 de Outubro de 1994, tem como único accionista a Itaúsa Portugal, SGPS, SA (Itaúsa Portugal), sociedade que integra o Grupo Itaúsa (Brasil). Em 31 de Dezembro de 2003 o capital do Banco, integralmente subscrito e realizado, ascende a €317,924 milhares (ver Nota 19).

O Banco está autorizado, pelo Ministério das Finanças, a desenvolver actividade bancária nos termos das directrizes reguladoras vigentes em Portugal. A actividade do Banco orienta-se, preferencialmente, para a realização de operações no mercado interbancário, no mercado de capitais e para o financiamento de operações de comércio externo.

A partir de Fevereiro de 1995, o Banco passou a desenvolver a generalidade das operações envolvendo não residentes através da sua Sucursal Financeira Exterior (SFE), situada na Zona Franca da Madeira. Em 17 de Junho de 1999 iniciaram-se as operações na Sucursal Financeira Internacional (SFI), também situada na Zona Franca da Madeira. Em 31 de Dezembro de 2003, as dotações de capital atribuídas a estas duas sucursais são de € 36,673 milhares e de €6,000 milhares, respectivamente. Em 6 de Janeiro de 2003, o Banco passou a operar em Londres através de uma Sucursal, com uma dotação de capital de €1,000 milhares. São consideradas empresas subsidiárias aquelas em que a percentagem de participação do Banco, directa ou indirecta, exceda 50% do capital. Em 31 de Dezembro de 2003, o Banco detém as seguintes participações em empresas subsidiárias –

Total do Total dos Resultado Participação (%) activo capitais do Directa Efectiva líquido próprios exercício

a) / b) a) / b) a) / b)

Itaú Europa SGPS, Lda 99,99% 99,99% 75.362 75.358 5.796

BIE - Bank & Trust Ltd - 99,99% 279.600 70.027 5.775

BIE Luxembourg, SA (consolidado) 99,95% 99,95% 183.188 26.836 3.929

IPI - Itaúsa Portugal Investimentos SGPS, Lda (consolidado) 51,00% 51,00% 197.676 154.620 24.564

BIE Cayman Ltd - 99,99% o o o

BIE Nominees Ltd - 99,99% o o o

BIE Directors Ltd - 99,99% o o o

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a) Os valores reportam-se a 31 de Dezembro de 2003 (saldos contabilísticos, antes de ajustamentos de consolidação) b) A data de fecho das contas estatutárias do BIE – Bank & Trust, Ltd é 31 de Outubro de cada exercício. Contudo,

para efeitos de consolidação, foram utilizados os valores correspondentes aos 12 meses da actividade desenvolvida no decurso do ano 2003.

A actividade e os principais accionistas das subsidiárias do Banco são como segue -

° A sociedade Itaú Europa, Sociedade Gestora de Participações Sociais, Lda (Itaú Europa - SGPS), com sede na Zona Franca da Madeira, foi constituída em Maio de 1996 com um capital social de €16,211 milhares. Em 31 de Dezembro de 2003 o capital social da Sociedade ascende a €68,126 milhares, integralmente subscrito e realizado, encontrando-se representado por 2 quotas, de valor nominal de €68,125,860.42 e €139.58, detidas pelo Banco e pela Itaúsa Portugal, respectivamente. A actividade desta subsidiária consiste na gestão de participações financeiras do Banco no estrangeiro; à data do balanço, existe a seguinte participação financeira, detida a 100% e com sede nas Ilhas Caimão –

° O BIE - Bank & Trust Ltd, foi constituído em Julho de 1996 com um capital social de USD 21 milhões. Em 27 de Maio de 2003 capital social, que totalizava USD 80 milhões, foi redenominado de USD para Euro, tendo sido atribuído o valor de €67,200 milhares, com base no câmbio indicativo do Banco de Portugal da referida data. Assim, em 31 de Dezembro de 2003, o capital social do BIE – Bank & Trust Ltd ascende a €67,200 milhares, representado por 80,000,000 acções de € 0.84 cada, integralmente subscrito e realizado pela Itaú Europa – SGPS. Este banco está licenciado para praticar todos os actos e negócios próprios das instituições bancárias e de “trust” nos termos da “Banks and Trust Companies Law (1995 Revision)” das Ilhas Caimão e posiciona preferencialmente a sua actividade na realização de operações de comércio externo. Em 31 de Dezembro de 2003, encontravam-se sob gestão do banco 28 “trusts”, com o valor total de €66 milhões ( 2002 - €56 milhões ).

O BIE – Bank & Trust detém a 100% as seguintes subsidiárias com sede nas Ilhas Caimão -

° A sociedade BIE - Cayman Ltd, foi constituída em Abril de 1996 com um capital social realizado de USD 1, representado por 1 acção. O seu objecto social consiste na colocação do fundo Long Term Growth Investment Fund e do fundo Onix Investment Fund, desde 21 de Março de 2003. Os estatutos da sociedade prevêem que o seu capital social possa ser aumentado até ao montante de USD 50 000.

° O Onix Investment Fund foi constituído em Novembro de 2002 nas Ilhas Caimão tendo como principal objecto social o investimento em activos de países pertencentes à OCDE, preferencialmente de elevada qualidade de créditos e liquidez.

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° O Long Term Growth Investment Fund foi constituído em Junho de 1998 nas Ilhas Caimão tendo como principal objecto social o investimento em acções e obrigações situadas em mercados emergentes. Já foi deliberada a sua liquidação para 9 de Março de 2004.

° A sociedade BIE - Nominees Ltd, foi constituída em Fevereiro de 1997 com um capital social realizado de USD 1, representado por 1 acção. O seu objecto social consiste na prestação de serviços de “private Banking” ao BIE - Bank & Trust Ltd ou a clientes desse banco. Os estatutos da Sociedade prevêem que o seu capital social possa ser aumentado até ao montante de USD 50,000.

° A sociedade BIE - Directors Ltd, foi constituída em Fevereiro de 1997 com um capital social realizado de USD 1, representado por 1 acção. O seu objecto social consiste na prestação de serviços de “private Banking” ao BIE - Bank & Trust Ltd ou a clientes desse banco. Os estatutos da sociedade prevêem que o seu capital social possa ser aumentado até ao montante de USD 50,000.

° A sociedade Itaú Europa Representações, Lda, com sede em São Paulo, Brasil, foi constituída em Dezembro de 2000 com um capital social de BRL 1 milhão (€510 milhares, convertidos ao câmbio histórico), representado por 1,000,000 quotas de 1 BRL cada, das quais 999,999 foram subscritas e realizadas pelo Banco e 1 pela Itaúsa Export, SA (Grupo Itaúsa Brasil). A actividade desta subsidiária consiste na representação do Banco junto de clientes locais.

° O Banco Itaú Europa Luxembourg, SA (BIE Luxemburgo), com sede no Luxemburgo, tem como principal actividade a realização de operações nas áreas do “private banking”, mercados de capitais e interbancários. O BIE Luxemburgo pode ainda realizar todas as demais operações que sejam ou possam vir a ser permitidas no âmbito das directrizes reguladoras emitidas pelas entidades reguladoras competentes. Em 27 de Março de 2003, a Itaúsa Portugal entregou a sua participação de 99.95% no capital do BIE Luxembourg ao BIE para realização do aumento de capital em espécie desta última entidade, tendo-lhe atribuído um valor de €27.3 milhões. Em 31 de Dezembro de 2003 o capital social do BIE Luxemburgo, integralmente subscrito e realizado, ascende a USD 20 milhões (€19 milhões, ao câmbio histórico de aquisição) e está representado por 2,000 acções ordinárias de USD 10,000 cada, das quais 1,999 são detidas pelo Banco e 1 por entidades terceiras.

A actividade e os principais accionistas das subsidiárias do BIE Luxemburgo são como segue:

° A sociedade BIEL Holding AG com sede em Zurique, Suíça, foi constituída em 19 Dezembro de 1999 com um capital social de CHF 150,000 que foi

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aumentado em 23 de Dezembro de 1999 para CHF 4.12 milhões (cerca de €2,645 milhares, ao câmbio de 31 de Dezembro de 2003), representado por 412 quotas de 10,000 CHF cada, das quais 405 foram subscritas e realizadas pelo BIE Luxemburgo. A actividade desta subsidiária consiste na gestão de participações sociais, sendo de salientar as seguintes entidades -

° A sociedade Banco Itaú Europa Fund Management Company, SA, com sede no Luxemburgo, foi constituída em Outubro de 1995 com um capital social de LUF 5 milhões (cerca de €124 milhares, convertidos ao câmbio histórico), representado por 5,000 acções nominativas de LUF 1,000 cada (€24.79, convertidas ao câmbio histórico), das quais 4,999 são detidas pela BIE Holding AG e 1 pela Itaúsa Portugal. A actividade desta subsidiária consiste na gestão dos seguintes fundos de investimento mobiliário:

° Banco Itaú Europa Fund - Global Bond

° Banco Itaú Europa Fund - International Equity ° Banco Itaú Europa Fund - US Short Bond ° Banco Itaú Europa Fund - US Equity

As carteiras destes fundos são essencialmente constituídas por títulos de emitentes com bom rating e cotados na Bolsa de Nova Iorque (fundos US Short Bond e US Equity) e em outros mercados da OCDE (fundos Global Bond e International Equity).

Em 31 de Dezembro de 2003, as demonstrações financeiras preliminares dos referidos fundos apresentam activos líquidos totais no montante de USD 131 milhões (2002 - USD 216.3 milhões).

° A sociedade Itaú Europa Luxembourg Advisory Holding Company SA, com sede no Luxemburgo, foi constituída em Janeiro de 2001 com um capital social de USD 100 milhares, representado por 100 acções de USD 1,000 cada, das quais 99 são detidas pela BIEL Holding AG e 1 pela Itaúsa Portugal. A actividade desta subsidiária consiste na prestação de serviços de consultoria de gestão ao fundo de investimento Luxemburguês Itaú Europe Luxembourg SICAV, composto pelo conjunto dos seguintes fundos de investimento mobiliário:

° Geo Summit Brazil Equity

° Geo Summit Brazil Hedged Fixed Income ° Geo Summit Brazil Low Leverage Derivatives ° Money Market

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Em 31 de Dezembro de 2003, as demonstrações financeiras preliminares dos referidos fundos apresentam activos líquidos totais no montante de USD 128 milhões.

° A sociedade Banco Itaú Europa Luxembourg Fund Management Company, SA, com sede no Luxemburgo, foi constituída em Dezembro de 2002 com um capital social de USD 125 milhares e em Janeiro de 2003 o seu capital social foi aumentado para USD 140 milhares, representado por 140 acções de USD 1,000 cada, das quais 139 são detidas pela BIEL Holding AG e 1 pelo BIE Luxemburgo. A actividade desta subsidiária consiste na gestão dos seguintes fundos de investimento mobiliário:

° Conservative Class -P- ° Moderate Class -P-

Em 31 de Dezembro de 2003, as demonstrações financeiras preliminares dos referidos fundos apresentam activos líquidos totais no montante de USD 58 milhões.

° A sociedade BIELUX Representações, Lda, com sede em São Paulo, Brasil, foi constituída em 1 de Dezembro de 1999 com um capital social de BRL 1.5 milhões (cerca de €827 milhares, convertidos ao câmbio histórico), representado por 1,500,000 quotas de 1 BRL cada, das quais 1,499,999 foram subscritas e realizadas pelo BIE Luxemburgo e 1 pela Itaúsa Export, SA (Grupo Itaú Brasil). A actividade desta subsidiária consiste na representação do BIE Luxemburgo junto de clientes locais.

° A sociedade IPI - Itaúsa Portugal Investimentos – SGPS, Lda (IPI), sediada na Zona Franca da Madeira, foi constituída em 22 de Fevereiro de 2000 e tem por objecto a gestão de participações sociais, como forma indirecta de exercício de actividades económicas, em conformidade com os Decretos-Lei nº 495/88 e nº 318/94, de 30 de Dezembro e 24 de Dezembro, respectivamente. Na data da sua constituição, o seu capital social, no valor de €108,655 milhares, foi subscrito em 60% pela Itaúsa Portugal e em 40% pela Afinco Américas Madeira – SGPS, Lda (Afinco)(Grupo Itaúsa Brasil), tendo sido integralmente realizado em espécie, pela entrega de 70,625,000 de acções do agora denominado Banco BPI, SA (Banco BPI), (representativas de 12.5% do seu capital).

Em 27 de Novembro de 2000, o capital social da IPI foi aumentado para €127,831 milhares, por subscrição integral pela Afinco, após renúncia da Itaúsa Portugal ao seu direito de preferência, tendo sido realizado pela entrega de €49,531 milhares, dos quais €19,176 milhares respeitam ao reforço da quota da Afinco e €30,355 milhares a prémio de emissão de quotas. Desta operação resultou o aumento do interesse económico no Banco BPI para 15%.

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Conforme deliberado em Assembleia Geral de 15 de Fevereiro de 2001, o capital social da IPI foi aumentado para €139,844 milhares em Março de 2001. Este aumento no valor de €12,013 milhares, foi subscrito e realizado pelos sócios, mantendo-se inalterada a respectiva proporção da participação. Assim, nessa data, o capital social da IPI estava subscrito em 51% pela Itaúsa Portugal e em 49% pela Afinco, sendo o valor das quotas nesta data de €71,320 milhares e €68,524 milhares, respectivamente. No último dia do ano de 2003, a sócia Itaúsa Portugal entregou a sua participação de 51% no capital da IPI ao BIE para a realização do aumento de capital em espécie desta última entidade, tendo-lhe sido atribuído um valor de €137.9 milhões. Assim, no final de 2003, o capital social da IPI é detido em 51% pelo BIE e em 49% pela Afinco.

À data do presente balanço a IPI detém uma participação de 16.095% no Banco BPI, SA (Banco BPI), sendo a actividade e os principais accionistas desta entidade como segue:

° O Banco BPI é a entidade principal de um Grupo Financeiro, centrado na actividade bancária, multiespecializado, que oferece um extenso conjunto de serviços e produtos financeiros para empresas, investidores institucionais e particulares. O Banco BPI está cotado em Bolsa desde 1986.

No final de 2002, concluiu um processo de reorganização interna que alterou de forma substancial a sua estrutura societária, através da incorporação do Banco BPI na BPI SGPS, SA que, simultaneamente, assumiu o objecto social de um banco comercial adoptando a designação Banco BPI, SA.

Em 2002, o Banco BPI aumentou o seu capital social para €760,000 milhares por emissão de 114,375,000 novas acções, escriturais e nominativas com o valor nominal de €1, por subscrição reservada aos actuais accionistas, ao preço de €1.75 por acção. A IPI acompanhou este aumento de capital na proporção da correspondente participação detida, adquirindo 17,156,250 acções pelo custo de aquisição de €30,023 milhares. Adicionalmente, adquiriu 619,877 acções no mercado de capitais, pelo custo de aquisição de €1,085 milhares, aumentando o interesse económico no Banco BPI para 15.08%.

Durante o primeiro semestre de 2003, a IPI reforçou a sua participação no capital social do Banco BPI em 1.013%, através da aquisição de 7,704,067 novas acções pelo custo de aquisição de €16,936 milhares, data a partir da qual o seu interesse económico no Banco BPI passou a cifrar-se em 16.095%.

Em 31 de Dezembro de 2003, os principais accionistas individuais do Banco BPI eram o Grupo Itaú (através da IPI) com 16.1%, o Grupo catalão La Caixa com 16.0%, o Grupo segurador alemão Allianz com 8.8%, o Grupo Totta com 7.6% e o Grupo BCP com 3.4%, encontrando-se o remanescente disperso por

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diversas entidades financeiras nacionais e estrangeiras, empresas portuguesas e público em geral.

Do ponto de vista geográfico, a actividade do Banco, em 31 de Dezembro de 2003, apresenta a seguinte distribuição -

° A nível individual, orienta-se preferencialmente, para o espaço da OCDE que representa cerca de 87% do risco global (2002 - 88%), consubstanciando-se, essencialmente, nas intervenções nos mercados interbancários em 50% do risco global (2002 – 35%) e nas operações com títulos e no financiamento do comércio externo de curto prazo, assumindo particular importância o mercado português e zonas off-shores de países da Zona A (essencialmente estados membros da União Europeia e da OCDE) em 18% (2002 – 19%).

O risco global remanescente do Banco está centrado em operações realizadas com entidades sediadas no Brasil, sendo que 10% são relativas aos financiamentos de operações de comércio externo, de curto prazo, concedidos a empresas brasileiras (2002 – 10%), e 1% relativas a aplicações, de curto prazo, com bancos brasileiros, vinculadas ao pré financiamento de operações de exportação (2002 – 2%).

° A nível consolidado, mantém-se o predomínio da OCDE com cerca de 82% do risco global (2002 – 81%), sendo o remanescente relativo à realização de operações com entidades sediadas no Brasil. Neste âmbito, assume particular importância, o financiamento do comércio externo brasileiro, nas modalidades de crédito directo às empresas (17% do risco global) e as aplicações de curto prazo com bancos brasileiros, vinculadas ao pré financiamento de operações de exportação (1% do risco global).

Em termos de gestão de risco, constata-se que as taxas de juro dos principais activos e passivos financeiros representativos do balanço individual e consolidado do Banco encontram-se definidas em função dos principais indexantes do mercado (LIBOR e EURIBOR). Além disso, a refixação das referidas taxas de juro é efectuada por prazos geralmente inferiores ou iguais a um ano.

NOTA 2 - BASES DE APRESENTAÇÃO E RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

2.1 Bases de apresentação

As demonstrações financeiras individuais do Banco e suas subsidiárias com sede na Zona Franca da Madeira foram preparadas com base nos respectivos registos contabilísticos estatutários, processados em conformidade com os princípios contabilísticos e preceitos legais estabelecidos no Plano de Contas e outras disposições e práticas em vigor em Portugal para o Sector Bancário.

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As demonstrações financeiras da SFE-Sucursal Financeira Exterior, SFI-Sucursal Financeira Internacional sedeadas na Zona Franca da Madeira e Sucursal de Londres são agrupadas ao nível do Banco. Todos os saldos e transacções entre a Sede e as Sucursais foram eliminados no âmbito do processo de agregação das respectivas demonstrações financeiras.

As demonstrações financeiras das subsidiárias com sede no estrangeiro foram preparadas com base nos respectivos registos contabilísticos estatutários, processados em conformidade com o normativo local vigente.

As demonstrações financeiras das sociedades originalmente expressas em moeda estrangeira foram convertidas para euros com base no câmbio à vista em vigor em 31 de Dezembro de 2003.

2.2 Princípios de consolidação

As demonstrações financeiras consolidadas do exercício de 2003, que incluem as contas do Banco e das empresas subsidiárias (ver Nota 1) foram preparadas em conformidade com as disposições do Decreto-Lei nº 36/92, de 28 de Março, regulamentado pela Instrução nº 71/96 do Banco de Portugal. Neste contexto, procedeu-se à uniformização dos critérios contabilísticos de base observada pelas entidades consolidantes, sempre que tal foi julgado necessário, aplicável e materialmente relevante.

A consolidação das empresas subsidiárias nas contas do Banco foi efectuada segundo o método de integração global. Os saldos e as transacções de maior significado apurados entre as diversas entidades incluídas no perímetro de consolidação, assim como os correspondentes custos e proveitos, foram eliminados no processo de consolidação de contas.

A consolidação da associada indirecta Banco BPI nas contas do Banco foi efectuada segundo o método da equivalência patrimonial.

Conforme definido pelo Banco de Portugal, as diferenças positivas, calculadas à data da aquisição ou da primeira consolidação, entre o valor pelo qual a participação se encontra registada no balanço e o valor patrimonial equivalente das empresas subsidiárias e associadas (goodwill) são contabilizadas por contrapartida da rubrica de Reservas livres. O valor acumulado líquido do goodwill registado por contrapartida de Reservas livres ascendia, em 31 de Dezembro de 2003, a €70,754 milhares (ver Nota 19).

2.3 Resumo das principais políticas contabilísticas

As políticas contabilísticas que se seguem são aplicáveis às demonstrações financeiras individuais e consolidadas.

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O Banco e as suas subsidiárias seguem o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras, nomeadamente no que se refere aos juros das operações activas e passivas, que são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou cobrança. Porém, nos casos em que as operações se encontrem vencidas há mais de 30 dias (90 dias no caso de terem garantias reais) ou, embora não vencidas, existam dúvidas razoáveis relativamente à sua cobrabilidade, o Banco e as suas subsidiárias suspendem a contagem de juros correspondentes, os quais apenas são reconhecidos em proveitos se e quando recebidos. O rendimento das acções em carteira só é contabilizado na altura do recebimento dos dividendos atribuídos.

b) Provisão para riscos de crédito e para risco-país

No que respeita às entidades com sede em Portugal, as provisões para riscos de crédito e para risco-país foram determinadas nos termos do Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho.

Em 31 de Dezembro de 2003, existiam no Banco pequenas parcelas remanescentes de crédito e juros vencidos, as quais se encontram devidamente provisionadas pelo Banco de acordo com o definido no Aviso nº 3/95. Foi ainda constituída uma provisão para riscos gerais de crédito, apresentada no passivo, equivalente a 1% do total de crédito concedido e não vencido, incluindo aquele representado por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga, mas excluindo o relativo a operações com instituições de crédito das Zonas A e B ou por elas garantidas e, no caso de países da Zona B, prazo de vencimento residual inferior a um ano.

No que respeita às entidades com sede no estrangeiro, as provisões para riscos de crédito e para risco-país são constituídas nos termos dos normativos locais em vigor e, supletivamente, pela aplicação de critérios de avaliação e análise de base comercial.

É convicção do Conselho de Administração do Banco que, em termos globais, o saldo da rubrica de provisões para riscos gerais de crédito e risco-país, evidenciado no balanço (ver Nota 16), é suficiente para fazer face aos riscos de crédito e risco-país identificados pela aplicação de critérios de avaliação e análise de base comercial. c) Títulos de negociação

Consideram-se títulos de negociação aqueles que são adquiridos com o objectivo de venda dentro de um prazo que não poderá exceder os seis meses.

As Obrigações e outros títulos de rendimento fixo são valorizadas com base na cotação de mercado, acrescida dos juros corridos e não cobrados. A diferença que resulta entre a aplicação deste critério e o custo de aquisição é registada por

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contrapartida de resultados. As obrigações não cotadas encontram-se valorizadas ao valor estimado de realização.

d) Títulos de investimento

Consideram-se títulos de investimento aqueles que não se destinam a ser negociados num prazo inferior a seis meses, ou permaneçam em carteira para além deste prazo, bem como quaisquer outros que pelas suas características não devam ser classificados como títulos de negociação ou títulos a vencimento.

As Obrigações e outros títulos de rendimento fixo são apresentados ao valor de aquisição quando emitidos com base no valor nominal. A diferença entre o custo de aquisição e o valor nominal dos títulos, que constitui o prémio ou desconto de compra, é amortizada ao longo do período que decorre até à data de vencimento dos títulos, por contrapartida de resultados. Os juros corridos são relevados como proveitos e apresentados na rubrica Contas de regularização do activo.

As Acções e outros títulos de rendimento variável são registados ao menor do custo de aquisição ou valor estimado de realização.

As menos-valias potenciais resultantes de diferenças apuradas entre o valor contabilístico dos títulos de investimento e o correspondente valor de cotação ou, na falta deste, o presumível valor de realização, são provisionadas por contrapartida de resultados.

e) Partes de capital em empresas coligadas e Partes de capital em empresas associadas

Na rubrica Partes de capital em empresas coligadas das demonstrações financeiras individuais encontram-se registadas, ao custo de aquisição, as participações maioritárias detidas nas sociedades Itaú Europa – SGPS, BIE Luxembourg, IPI e Itaú Europa Representações (ver Notas 1, 2.2 e 7).

Na rubrica Partes de capital em empresas associadas das demonstrações financeiras consolidadas encontra-se registada pelo método de equivalência patrimonial a participação indirecta no Banco BPI (ver Nota 2.2 e 7).

As desvalorizações significativas com carácter permanente são provisionadas. f) Imobilizações corpóreas

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As depreciações são calculadas segundo o método das quotas constantes, aplicando ao custo histórico as taxas anuais definidas pelo Decreto Regulamentar nº 2/90, de 12 de Janeiro, as quais se considera reflectirem adequadamente o período de vida útil estimada dos bens e são como segue -

Taxa

Imóveis de serviço próprio 2.0%

Mobiliário e material 12.5% Equipamento informático 25% Instalações interiores 10% a 20% Material de transporte 25% Outro equipamento 8.3% a 33.3% g) Imobilizações incorpóreas

Os custos incorridos com sistemas de tratamento informático de dados, encargos com aumento de capital do Banco e com a constituição de subsidiárias e respectivas sucursais são amortizados, num período de três exercícios segundo o método das quotas constantes.

h) Comissões por compromissos perante terceiros – linhas de crédito irrevogáveis As comissões recebidas pelas participações em créditos sindicados são registadas na rubrica de Comissões (proveitos) no exercício em que se regista o correspondente recebimento.

i) Operações em moeda estrangeira

Consideram-se operações em moeda estrangeira todas cuja moeda original não pertença a um país que integre a “Zona Euro”.

As operações em moeda estrangeira são registadas de acordo com os princípios do sistema "multi-currency", que prevê que todos os saldos expressos em moeda estrangeira sejam convertidos para euros com base no câmbio indicativo do dia para operações à vista, divulgado pelo Banco de Portugal (ver Nota 21).

Na data de contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são imediatamente registadas na respectiva posição cambial, cujo conteúdo e critério de reavaliação são como segue -

° Posição cambial à vista

A posição cambial à vista em cada moeda é dada pelo saldo líquido dos activos e passivos expressos nessa moeda, excluindo a posição cambial à vista coberta por operações a prazo, e adicionando os montantes das operações à vista a aguardar

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liquidação e das operações a prazo que se vençam nos dois dias úteis subsequentes. A posição cambial à vista é reavaliada diariamente com base nos câmbios indicativos do dia divulgados pelo Banco de Portugal, dando origem à movimentação da conta de posição cambial (moeda nacional), por contrapartida de resultados.

° Posição cambial a prazo ("Forward")

A posição cambial a prazo em cada moeda é dada pelo saldo líquido das operações a prazo aguardando liquidação e que não estejam a cobrir a posição cambial à vista, com exclusão das que se vençam dentro dos dois dias úteis subsequentes. Todos os contratos relativos a estas operações são reavaliados às taxas de câmbio a prazo do mercado ou, na ausência destas, através do seu cálculo com base nos diferenciais de taxas de juro aplicáveis ao prazo residual de cada operação. As diferenças entre os respectivos contravalores em euros às taxas contratadas e às taxas de reavaliação a prazo, que representam o proveito ou o custo de reavaliação da posição a prazo, são registadas numa conta de reavaliação da posição cambial por contrapartida de resultados.

j) Operações de permuta de divisas ("Currency swaps")

As operações de permuta de divisas e outras operações de fixação de câmbio, destinadas à eliminação ou redução substancial do risco de perda inerente aos activos e passivos, não são consideradas na reavaliação das posições cambiais à vista e a prazo. Desta forma, os prémios ou descontos destas operações são amortizados durante o seu período de vida, sendo reconhecido o seu respectivo custo ou proveito. k) Operações de permuta de taxa de juro ("Interest rate swap") e operações de

permuta de taxa de juro e moeda (“Currency interest rate swaps”)

As operações referidas permanecem registadas nas rubricas extrapatrimoniais pelo seu valor nominal até ao seu vencimento, sendo classificadas de acordo com a sua intenção de negociação ou cobertura.

As operações de negociação são valorizadas ao seu valor de mercado, sendo os resultados inerentes a estas operações reconhecidos como custos e proveitos do exercício.

Nas operações destinadas à eliminação ou redução substancial do risco de perda inerente aos activos e passivos (operações de cobertura) são reconhecidos os respectivos juros a receber e a pagar de acordo com o critério aplicável aos elementos cobertos.

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As operações de opção sobre índices destinadas à eliminação ou redução substancial do risco de perda inerente aos activos e passivos (operações de cobertura), permanecem registadas nas rubricas extrapatrimoniais ao valor nominal até à data de exercício ou da sua maturidade. Os prémios pagos ou recebidos permanecem registados em balanço até às referidas datas. Os resultados obtidos no exercício ou maturidade das opções, são reconhecidos de acordo com o princípio contabilístico subjacente ao reconhecimento dos resultados de sinal oposto dos elementos cobertos, sendo diferidos até ao momento em que estes sejam relevados. Nos casos em que os elementos cobertos se encontrem registados ao custo de aquisição os resultados obtidos nas opções são-lhe directamente imputados.

m) Operações de opção sobre taxas de juro de curto prazo

As operações de opção sobre taxas de juro, transaccionadas em mercados organizados, permanecem registadas nas rubricas extrapatrimoniais pelo seu valor nominal até à data de exercício ou da sua maturidade. Estas operações são valorizadas com base nas cotações de mercado sendo as perdas e ganhos decorrentes da reavaliação diária relevados em resultados.

n) Operações de futuros sobre taxa de juro de curto prazo

As operações de negociação de futuros sobre taxa de juro de curto prazo são transacionadas em mercados organizados. Estas operações são registadas nas rubricas extrapatrimoniais pelo valor nominal, até à data do fecho da posição ou da sua maturidade. Os contratos são reavaliados diariamente ao valor de mercado e os resultados reconhecidos em custos ou proveitos do exercício por contrapartida da conta margem que é registada no activo no início do contrato, permanecendo até à data de liquidação da posição ou da sua maturidade.

o) Impostos sobre lucros

O Banco e as subsidiárias com sede em Portugal estão sujeitos ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC). Porém, a SFE e as subsidiárias sediadas na Zona Franca da Madeira beneficiam de isenção de IRC até 31 de Dezembro de 2011, ao abrigo do artigo 33º do Estatuto dos Benefícios Fiscais (ver Nota 26). Deste modo, o Banco reconhece o encargo com o IRC sobre os lucros apurados numa base individual (Portugal), à medida que estes vão sendo gerados.

° Reconhecimento de situações de dupla tributação

De acordo com o artigo 60º do Código do IRC, que sujeita ao seu regime geral de tributação os resultados gerados por subsidiárias com sede no estrangeiro e com regimes fiscais privilegiados, a partir de 1 de Janeiro de 1998, o Banco apura e regista o IRC sobre os lucros gerados em cada momento pela sua subsidiária indirecta

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sediada nas Ilhas Caimão, independentemente da data da respectiva distribuição. Estes resultados, no momento da sua efectiva distribuição ao Banco e de acordo com o nº 5 do artigo 60º do Código do IRC, são deduzidos da base tributável, até ao limite da sua concorrência.

São ajustados, para efeitos do apuramento da estimativa do encargo com o IRC, 95% dos lucros gerados em exercícios anteriores, e 100% para os anos de 2001 e seguintes, distribuídos no exercício pela subsidiária Itaú Europa - SGPS, com sede na Zona Franca da Madeira, nos termos previstos pelo Código do IRC. É política do Banco contabilizar nos custos das suas contas individuais e consolidadas o IRC, calculado de acordo com o normativo vigente em Portugal, no decurso do ano em que os respectivos lucros são gerados.

° Impostos diferidos

O Banco reconhece o efeito dos impostos diferidos passivos resultantes de diferenças temporárias entre o resultado contabilístico e as estimativas do resultado tributável. p) Demonstração dos fluxos de caixa

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica Caixa e seus equivalentes corresponde ao somatório dos saldos de Caixa e de Disponibilidades à vista sobre instituições de crédito.

2.4 Instrumentos financeiros

No desenvolvimento da sua actividade o Banco utiliza instrumentos financeiros de natureza patrimonial e extrapatrimonial. Estes instrumentos expõem, por natureza, o Banco a riscos de crédito, mercado e de liquidez.

A gestão destes riscos no Banco assenta na permanente identificação e análise da exposição segundo diferentes metodologias, mediante a utilização de sistemas próprios, e na execução de estratégias de maximização de rendibilidade dentro de limites de risco pré-estabelecidos e devidamente supervisionados, os quais são objecto de permanente revisão e melhoria no sentido de proporcionarem níveis de segurança crescentes. Uma discussão mais detalhada das metodologias e sistemas utilizados pelo Banco no exercício de 2003 na identificação, análise e quantificação dos diversos riscos inerentes aos instrumentos financeiros é apresentada no Relatório de Gestão produzido pelo Conselho de Administração e parte integrante deste Relatório e Contas.

Os critérios de valorimetria nas demonstrações financeiras dos instrumentos financeiros utilizados pelo Banco são apresentados na Nota 2.3 do presente Anexo.

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4

Os instrumentos financeiros classificados na carteira de negociação do Banco incluem títulos e instrumentos financeiros derivados cuja informação principal é apresentada nas Notas 6 e 20.

NOTA 3 – CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica analisa-se como segue -

Banco Consolidado Banco Consolidado

° Caixa 6 7 3 3

° Depósitos à ordem em Bancos Centrais 7.095 10.347 6.931 6.931 7.101 10.354 6.934 6.93

31.12.03 31.12.02

A rubrica Depósitos à ordem em Bancos Centrais, inclui essencialmente depósitos de carácter obrigatório no Banco de Portugal e no Banco do Luxemburgo, efectuados pelo BIE e BIE Luxembourg, respectivamente, que têm por objectivo satisfazer os requisitos legais de disponibilidades mínimas de caixa.

NOTA 4 - OUTROS CRÉDITOS SOBRE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Quanto à sua natureza, os créditos sobre instituições de crédito analisam-se como segue –

Banco Consolidado Banco Consolidado

Aplicações em instituições de crédito no país

° Mercado monetário interbancário 69.500 69.500 110.000 110.000

° Depósitos a prazo 92.337 92.337 24.000 24.000

161.837 161.837 134.000 134.00

Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro ° Depósitos a prazo 868.303 990.833 627.675 742.274 ° Reverse repos - - 13.014 -868.303 990.833 640.689 742.27 1.030.140 1.152.670 774.689 876.27 31.12.03 31.12.02 0 4 4

À data do balanço, o saldo consolidado da rubrica de Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro - Depósitos a prazo, inclui €33,254 milhares (2002 – €42,529 milhares) relativos a aplicações efectuadas junto de outras instituições de crédito, vinculadas ao pré

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financiamento de operações de exportação, com prazos de vencimento inicial inferiores a um ano, e de prazo de vencimento inicial superior a um ano para operações com entidades de países da Zona A.

O escalonamento destas aplicações por prazos de vencimento é como segue -

Banco Consolidado Banco Consolidado

Prazos

° Até três meses 1.012.721 1.124.487 742.840 844.425

° De três a seis meses 2.375 3.084 1.335 1.335

° De seis meses a um ano 11.085 21.140 30.514 30.514

° Mais de um ano 3.959 3.959 -

-1.030.140 1.152.670 774.689 876.2

31.12.03 31.12.02

74

NOTA 5 - CRÉDITOS SOBRE CLIENTES

Corresponde a crédito concedido e analisa-se, quanto à sua natureza, como segue –

Banco Consolidado Banco Consolidado

Crédito interno

° Créditos em conta corrente a curto prazo 2.969 2.969 48.380 48.380

° Empréstimos a médio e longo prazo 13.072 13.072 26.237 26.237

° Créditos a empregados 5.563 5.563 4.554 4.554

21.604 21.604 79.171 79.1

Crédito ao exterior

° Créditos em conta corrente a curto prazo 225.879 229.629 229.473 239.963

° Empréstimos a médio e longo prazo 68.602 214.138 221.228 305.635

294.481 443.767 450.701 545.5

Crédito e juros vencidos

° A curto prazo 9 9 -

-9 -9 -

-Valor bruto de crédito a clientes 316.094 465.380 529.872 624.7

Provisão para créditos de cobrança duvidosa

e risco-país - (847) -

-Valor liquido de crédito a clientes 316.094 464.533 529.872 624.7

31.12.03 31.12.02

69 71

98

69

Em 31 de Dezembro de 2002, a rubrica de Crédito interno inclui diversos financiamentos concedidos à sua accionista Itaúsa Portugal e à IPI, no montante global de, respectivamente, €16,090 milhares e €17,010 milhares, remunerados a taxas de mercado.

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Durante o primeiro semestre de 2003, os financiamentos concedidos à Itaúsa Portugal e à IPI foram, de acordo com instruções do Banco de Portugal, reclassificados para a rubrica de Outros activos – Outras participações financeiras (ver Nota 9).

À data do balanço, as rubricas de Crédito ao exterior - Créditos em conta corrente a curto prazo e de Empréstimos a médio e longo prazo correspondem essencialmente a financiamentos de operações de comércio externo.

Para além da provisão específica acima apresentada, o Banco e o Grupo constituíram provisões apresentadas no passivo, no montante de, respectivamente, €3,305 milhares e €4,491 milhares (2002 – €5,483 milhares), destinadas a cobrir os riscos de crédito associados a esta rubrica (ver Notas 2.3 b) e 16).

O escalonamento dos créditos por prazos de vencimento é como segue –

Banco Consolidado Banco Consolidado

Prazos

° Até três meses 98.013 111.650 62.041 73.627

° De três a seis meses 72.256 93.414 99.616 111.181

° De seis meses a um ano 85.768 128.414 122.964 147.041

° De um a cinco anos 54.356 123.717 225.698 264.880

° Superior a cinco anos 5.701 8.185 19.553 28.040

316.094 465.380 529.872 624.769

31.12.03 31.12.02

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Banco Consolidado Banco Consolidado

Energia 16.547 31.591 92.491 93.444

Indústria siderúrgica e metalúrgica 51.976 72.087 51.517 69.634

Distribuição 41.492 48.618 66.749 66.749

Alimentação, bebidas e tabaco 41.983 64.430 54.595 66.515

Mineração 7.918 7.918 48.552 54.273

Telecomunicações 15.523 23.488 47.282 48.798

Automóvel 22.394 28.159 32.859 37.627

Celulose 23.104 26.749 18.344 30.264

Aluguer de longa duração - - 25.000 25.000

Indústria química e petroquímica 37.480 38.124 277 18.660

Comércio internacional 5.938 5.938 18.381 18.381

Cimenteiro 17.893 17.893 -

-Fabricação e comércio de material eléctrico 5.567 10.318 3.814 15.257

Têxtil e calçado 8.317 9.505 8.773

Agro-industrial 396 396 2.861 2.861

Crédito a particulares "Private Banking" - 48.724 -

-Outros sectores 19.566 31.442 58.377 68.533

316.094 465.380 529.872 624.769

31.12.03 31.12.02

8.773

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