• Nenhum resultado encontrado

Aloestratigrafia e evolução do relevo do pleistoceno médio ao holoceno no médio curso do Rio Pardo, região Centro-Leste do estado do Rio Grande do Sul, Brasil

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Aloestratigrafia e evolução do relevo do pleistoceno médio ao holoceno no médio curso do Rio Pardo, região Centro-Leste do estado do Rio Grande do Sul, Brasil"

Copied!
467
0
0

Texto

(1)UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA. Ney Fett Júnior. ALOESTRATIGRAFIA E EVOLUÇÃO DO RELEVO DO PLEISTOCENO MÉDIO AO HOLOCENO NO MÉDIO CURSO DO RIO PARDO, REGIÃO CENTRO-LESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL. Tese submetida ao Programa de PósGraduação em Geografia da Universidade Federal de Santa Catarina para a obtenção do Grau de Doutor em Geografia. Orientador: Prof. Dr. Marcelo Accioly Teixeira de Oliveira Co-orientador: Prof. Dr. José Candido Stevaux. Florianópolis 2011.

(2)

(3) Ney Fett Júnior. ALOESTRATIGRAFIA E EVOLUÇÃO DO RELEVO DO PLEISTOCENO MÉDIO AO HOLOCENO NO MÉDIO CURSO DO RIO PARDO, REGIÃO CENTRO-LESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, BRASIL. Esta Tese foi julgada adequada para obtenção do Título de “Doutor em Geografia”, e aprovada em sua forma final pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia. Florianópolis, 28 de março de 2011 _______________________________________________ Profa. Dra. Magaly Mendonça Coordenadora do Curso de Pós-Graduação em Geografia Banca examinadora: _______________________________________________ Prof. Dr. Marcelo Accioly Teixeira de Oliveira (Orientador – UFSC) _______________________________________________ Prof. Dr. Joel Pellerin (Membro – UFSC) _______________________________________________ Prof. Dr. Roberto Verdum (Membro – UFRGS) _______________________________________________ Prof. Dr. Átila Augusto Stock da Rosa (Membro – UFSM) _______________________________________________ Prof. Dr. Francisco Sérgio Bernardes Ladeira (Membro – UNICAMP).

(4)

(5) AGRADECIMENTOS. Agradeço primeiramente a Jesus Cristo, o Mestre que orienta a minha vida e está sempre ao meu lado, apesar da fraqueza da minha fé. Agradeço aos meus queridos pais, Ney e Carmen, pela compreensão, pelo apoio e pelo incentivo ao longo de toda a minha carreira acadêmica; além de pais e amigos, formaram a melhor equipe de trabalho de campo do mundo! Agradeço ao Prof. Dr. Marcelo Accioly Teixeira de Oliveira pela orientação e pelos ensinamentos transmitidos durante a elaboração da Tese. Agradeço ao Prof. Dr. José Candido Stevaux pela co-orientação da Tese e pelos conselhos valiosos dados em momentos importantes do Doutorado. Agradeço ao amigo Clóvis, gerente do Cande Hotel, pela colaboração e pela alegria em receber a mim e a meus pais nas ocasiões que estivemos na cidade de Candelária. Agradeço ao amigo Gilberto Silveira dos Santos, técnico do Laboratório de Análises Sedimentológicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, pela receptividade e pelo auxílio durante a realização das análises granulométricas. Agradeço ao amigo Prof. MEng. Luiz Antônio Paulino, coordenador do Laboratório de Geoprocessamento da Universidade Federal de Santa Catarina, pela cooperação na preparação dos mapas da Tese e pelos inestimáveis ensinamentos de vida compartilhados. Agradeço a Rodrigo Nascimento, representante do Programa PróGuaíba, pela cessão da base cartográfica vetorizada da Bacia Hidrográfica do Guaíba. Agradeço, enfim, a todos os familiares, amigos, colegas e professores que participaram, direta ou indiretamente, da longa trajetória dessa Tese, coroada de pleno êxito graças à contribuição de todos..

(6)

(7) Na Bacia do Rio Pardo, a destruição da borda do Planalto assume grandes proporções. Os numerosos afluentes cavaram profundos canhões nas formações de arenito e meláfiro, que atingem cerca de 600 metros de altura. Nas várzeas prejacentes à serra, nos vales dos rios Pardinho e Pardo, ao longo dos arroios perdidos no labirinto de montanhas, por toda a parte dominam as roças e as moradias dos colonos. (...). Mais para o interior, os vales se estreitam, forçando as habitações a se colarem contra as montanhas. Em outros lugares, notam-se indícios de um segundo andar na subida da serra, com seu correspondente cordão de habitações. Geralmente, as casas dos colonos seguem os arroios, subindo com eles mais e mais, até perto do topo das montanhas. Em vista aérea, toda aquela região colonial, uma das mais ricas do Estado, espraia-se como em mapa. Vêem-se os arroios nascerem na mata baixa na aba da serra, a se precipitarem em cascatas no meio de estreitíssimos canhões, a saltarem espumantes sobre o lajedo e se derramarem, finalmente, no eixo principal; vêem-se os matos, luxuriantes e densos no fundo dos vales e nas porções menos inclinadas dos flancos, raros e pobres no topo, onde muitas vezes constituem verdadeiros parques entremeados de campo sujo e ervais; vêem-se as roças, os milharais escuros das baixadas e das encostas, as plantações amarelas de fumo localizadas em terrenos escolhidos, os mandiocais azulados sobre as areias da planície; vêem-se, enfim, as estradas, seguindo os vales fluviais, ligarem entre si todas aquelas povoações e granjas dispersas, como uma rede imensa presa ao fio-mestre que conduz à capital desta região, Santa Cruz do Sul. (RAMBO, Pe. BALDUÍNO. A fisionomia do Rio Grande do Sul. 3ª Ed. São Leopoldo: Editora UNISINOS, 1994. p. 343).

(8)

(9) RESUMO. Além de escassas, as pesquisas sobre o Quaternário continental do Estado do Rio Grande do Sul, na Região Sul do Brasil, não têm caráter sistemático. A Bacia do Rio Pardo se localiza na região centro-leste do Estado, e é uma das mais importantes da margem esquerda do Rio Jacuí. Os depósitos fluviais e coluviais quaternários do médio curso do Rio Pardo, situado na transição entre as unidades geomorfológicas do Planalto Meridional e da Depressão Periférica, foram caracterizados previamente em dois estudos. Os resultados desses trabalhos concordam sobre a influência de mudanças climáticas no modelado da paisagem, porém não permitem descartar a ação de outros fatores – tais como movimentos tectônicos e variações do nível de base – na gênese de algumas morfologias. Assim, o objetivo desta tese é definir o significado paleoambiental de formas de relevo, depósitos sedimentares, paleossolos e solos em ambientes fluviais e de encosta do médio curso do Rio Pardo. O enfoque se baseia na integração entre Geomorfologia, Estratigrafia, Sedimentologia, Paleopedologia e Geocronologia, e segue dois níveis de tratamento metodológico: 1) compartimentação topográfica regional; e 2) análise da estrutura superficial da paisagem. As unidades aloestratigráficas correspondem a períodos de instabilidade da paisagem, assinalados por sedimentação fluvial e/ou coluvial em compartimentos topográficos distintos. Os tipos de paleossolos e/ou solos existentes ao longo das descontinuidades limitantes possibilitam avaliar a duração aproximada de fases de estabilidade da paisagem, e também constituem registros de condições ambientais pretéritas. A relação entre a área de cada compartimento topográfico e as taxas médias do processo de migração lateral de canais fluviais é utilizada para estimar o tempo de formação e as idades máximas de superfícies de aplainamento e planícies de inundação. Os principais compartimentos topográficos identificados na área de estudo, com as respectivas idades máximas, unidades aloestratigráficas, paleossolos e/ou solos associados, são: 1) superfície de aplainamento alta (Sa): 451.000 (EIM 12) e 409.000 anos (EIM 11); 2) superfície de aplainamento baixa (Sb): 307.000 (EIMs 9/8) e 278.000 anos (EIM 8), unidade aloestratigráfica Vale do Sol (Alissolo); 3) terraço fluvial: 172.000 e 156.000 anos (EIM 6), unidades aloestratigráficas Arroio Molha Grande (Infragleissolo) e Rebentona (Alissolos); e 4) planície de inundação: 70.700 (EIMs 5/4) e 64.000 anos (EIM 4), unidades aloestratigráficas Rebentona (Alissolo/Infraluvissolo e Luvissolo/Infraluvissolo) e Linha do Rio.

(10) (Luvissolos e Cambissolo). Os três eventos sucessivos de incisão vertical da rede de drenagem responsáveis pela dissecação das duas superfícies de aplainamento e do terraço fluvial teriam sido causados por pulsos de soerguimento da Bacia do Rio Pardo, relacionados à movimentação esporádica do Lineamento Jacuí – Porto Alegre. Nas planícies de inundação do Rio Pardo e do Arroio Francisco Alves, o longo período de pedogênese ocorrido entre os Estágios Isotópicos Marinhos 3 e 1 provavelmente foi provocado pela diminuição da magnitude e/ou da frequência de cheias de ambos os cursos de água; essa mudança no regime fluvial pode ser atribuída à acentuação gradual da sazonalidade climática em torno do Último Máximo Glacial (EIM 2). Palavras-chave: Formas de relevo. Unidades aloestratigráficas. Fácies. Paleossolos e solos. Quaternário..

(11) ABSTRACT. Besides being scarce, research about the continental Quaternary of the Rio Grande do Sul State, in Southern Brazil, do not have a systematic character. The Pardo River Basin is located in the center-eastern region of the State, and is one of the most important basins of the Jacuí River left bank. The quaternary fluvial and colluvial deposits of the Pardo River middle course, situated at the transition among Meridional Plateau and Peripheral Depression geomorphological units, were previously characterized in two studies. The results of these papers agree about the influence of climatic changes on the landscape shape. However, they do not allow discarding the action of other factors – such as tectonic movements and base level variations – on the genesis of some morphologies. Thus, the purpose of this thesis is to define the paleoenvironmental significance of landforms, sedimentary deposits, soils and paleosols in fluvial and slope environments of the Pardo River middle course. The approach is based on the integration of Geomorphology, Stratigraphy, Sedimentology, Paleopedology and Geochronology, and follows two levels of methodological treatment: 1) regional topographic compartimentation; and 2) analysis of the landscape superficial structure. The allostratigraphic units correspond to landscape instability periods, marked by fluvial and/or colluvial sedimentation in distinct topographic compartments. The soils and/or paleosols types encountered along the bounding discontinuities allow the evaluation of the approximate duration of landscape stability phases, and also constitute records of past environmental conditions. The relation between the area of each topographic compartment and the average rates of the process of lateral migration of fluvial channels is used to estimate the formation time and the maximum ages of planation surfaces and floodplains. The main topographic compartments identified in the study area, with the respective maximum ages, allostratigraphic units, associated soils and/or paleosols, are: 1) high planation surface (Sa): 451.000 (MIS 12) and 409.000 years (MIS 11); 2) low planation surface (Sb): 307.000 (MISs 9/8) and 278.000 years (MIS 8), Vale do Sol allostratigraphic unit (Alisol); 3) fluvial terrace: 172.000 and 156.000 years (MIS 6), Arroio Molha Grande (Infragleysol) and Rebentona allostratigraphic units (Alisols); and 4) floodplain: 70.700 (MISs 5/4) and 64.000 years (MIS 4), Rebentona (Alisol/Infraluvisol and Luvisol/Infraluvisol) and Linha do Rio allostratigraphic units (Luvisols and Cambisol). The three successive events of vertical.

(12) incision of the drainage network responsible for the dissection of the two planation surfaces and the fluvial terrace would have been caused by uplift pulses of the Pardo River Basin, related to sporadic movement of the Jacuí – Porto Alegre Lineament. On the Pardo River and Francisco Alves Creek floodplains, the long period of pedogenesis occurred between the Marine Isotopic Stages 3 and 1 was probably provoked by the decrease of the magnitude and/or frequency of floods of both streams; this change on the fluvial regime can be attributed to the gradual accentuation of climatic seasonality around the Last Glacial Maximum (MIS 2). Keywords: Landforms. Allostratigraphic units. Facies. Soils and paleosols. Quaternary..

(13) LISTA DE FIGURAS. Figura 1 – Unidades geomorfológicas do Estado do Rio Grande do Sul e localização aproximada das áreas estudadas nos trabalhos abordados no histórico a seguir. ............................................................................. 38 Figura 2 – Mapa hipsométrico da Bacia do Rio Pardo, RS. ................. 49 Figura 3 – Cerro Botucaraí (569 m de altitude), um dos divisores de águas da Bacia do Rio Pardo, localizado ao sul de Candelária. ............ 50 Figura 4 – Unidades estabelecidas no Plano da Bacia do Rio Pardo. .. 51 Figura 5 – Comparação entre a precipitação total anual em Barros Cassal, no Planalto Meridional, e Rio Pardo, na Depressão Periférica (1951-1976). .......................................................................................... 53 Figura 6 – Comparação entre a precipitação média mensal em Barros Cassal, no Planalto Meridional, e Rio Pardo, na Depressão Periférica (1951-1976). .......................................................................................... 53 Figura 7 – Hidrograma da relação entre precipitação média mensal e vazão média mensal do Rio Pardo (1970-1985).................................... 55 Figura 8 – Rodovia vicinal VRS – 858, localizada na planície de inundação do Rio Pardo, submersa pela cheia do dia 4 de janeiro de 2010. ...................................................................................................... 57 Figura 9 – Torres de alta tensão tombadas pela forte correnteza do Rio Pardo durante a cheia do dia 4 de janeiro de 2010. ............................... 58 Figura 10 – Vista parcial do vale do Rio Pardo, ao norte de Candelária. ............................................................................................................... 60 Figura 11 – Remanescentes de Floresta Ombrófila Mista submontana, situados ao sul de Candelária (104 m de altitude). ................................ 61 Figura 12 – Mapa geológico do médio curso do Rio Pardo, RS. ......... 63 Figura 13 – Sequência da planície de inundação do Rio Pardo, com 5 m de espessura........................................................................................... 68 Figura 14 – Afloramento de pedimento detrítico no sopé do Morro do Facão. .................................................................................................... 69 Figura 15 – Detalhe do padrão deposicional de pequeno leque aluvial, situado na margem direita do Rio Pardo. .............................................. 70 Figura 16 – Acima, vista frontal do “avental” formado pela coalescência de pedimentos (TWIDALE, 1981). Abaixo, vista em planta de pedimentos na borda dos Montes Flinders, sul da Austrália. ........... 81 Figura 17 – Tipos de leques aluviais e respectivas fácies sedimentares. ............................................................................................................... 84 Figura 18 – Segmentos que constituem a topografia das encostas, conforme Hack & Goodlet (1960)......................................................... 88.

(14) Figura 19 – Processos básicos de formação de solo (RETALLACK, 1990). .................................................................................................... 96 Figura 20 – Amostra de cascalhos com aproximadamente 103 kg de massa, espalhada sobre lona plástica preta para secar ao sol. ............. 103 Figura 21 – Peneiras feitas em formas de alumínio, com aberturas de 256, 128, 64, 32 e 16 mm (da esquerda para a direita). ...................... 103 Figura 22 – Diagrama triangular de Blair & McPherson (1999) e as respectivas classes texturais, utilizado para amostras com mais de 1% de cascalhos. ............................................................................................ 105 Figura 23 – Diagrama triangular de Flemming (2000) e as respectivas classes texturais, utilizado para amostras com menos de 1% de cascalhos. ............................................................................................ 106 Figura 24 – Carta para determinação visual do arredondamento de cascalhos (KRUMBEIN, 1941). ......................................................... 107 Figura 25 – Diagrama triangular de forma-esfericidade de Sneed & Folk (1958) e as respectivas classes morfológicas. ............................. 108 Figura 26 – Tipos de estrutura de base ou distribuição relativa do material (esqueleto, plasma e poros). .................................................. 110 Figura 27 – Carta de estimativa visual utilizada para avaliar os percentuais de constituintes do material. ............................................ 111 Figura 28 – Tipos de distribuição de base de poros e grãos do esqueleto. ............................................................................................................ 112 Figura 29 – Classificação de poros quanto à morfologia. .................. 113 Figura 30 – Classes de arredondamento de grãos do esqueleto. ........ 114 Figura 31 – Tipos de orientação relativa do plasma. ......................... 116 Figura 32 – Tipos de orientação de base da laminação de cutãs. ....... 118 Figura 33 – Tipos de orientação de base das partículas de argila (extinção). ........................................................................................... 118 Figura 34 – Tipos de glébulas. ........................................................... 119 Figura 35 – Tipos de preenchimento de pedotúbulos. ....................... 120 Figura 36 – Tipos de pedotúbulos. ..................................................... 120 Figura 37 – Mapa geomorfológico do médio curso do Rio Pardo, RS. ............................................................................................................ 132 Figura 38 – Acima, vista parcial da elevação de Mato Alto, cujo substrato consiste em siltito avermelhado da Formação Santa Maria; abaixo, detalhe dos depósitos fluviais que cobrem a rocha, com nível de cascalhos na base. ............................................................................... 134 Figura 39 – Vista parcial de terraço fluvial do Rio Pardo próximo ao perfil Linha do Rio e cuja superfície se situa cerca de 4 m acima do nível da planície de inundação atual. .................................................. 135 Figura 40 – Perfil Linha do Rio (LR). ............................................... 138.

(15) Figura 41 – Unidade LR – I, caracterizada por laminação horizontal incipiente e com diversos cascalhos imbricados. ................................ 139 Figura 42 – Detalhe de lente de areia com laminação cruzada, encontrada no interior da unidade LR – I. ........................................... 140 Figura 43 – Detalhe da unidade LR – II, na qual se observa a presença de lamelas de cor brunada, com espessura média de 6 cm. ................. 141 Figura 44 – Detalhe da unidade LR – III, que apresenta estrutura pedológica de blocos subangulares a colunar, com forte desenvolvimento. ................................................................................ 142 Figura 45 – Detalhe da unidade LR – IV, caracterizada por estrutura pedológica em blocos subangulares, fortemente desenvolvidos. ........ 143 Figura 46 – Textura das unidades que constituem o perfil Linha do Rio. ............................................................................................................. 144 Figura 47 – Distribuição granulométrica de cada unidade do perfil Linha do Rio........................................................................................ 145 Figura 48 – Diagrama de forma-esfericidade de cascalhos da unidade LR – I. ................................................................................................. 147 Figura 49 – Arredondamento de cascalhos da unidade LR – I........... 148 Figura 50 – Fotomicrografias da unidade LR – II (parte interlamelar). ............................................................................................................. 149 Figura 51 – Fotomicrografias da unidade LR – II (parte lamelar). .... 151 Figura 52 – Fotomicrografias da unidade LR – III (parte interlamelar). ............................................................................................................. 152 Figura 53 – Fotomicrografias da unidade LR – III (parte lamelar). ... 154 Figura 54 – Fotomicrografias da unidade LR – IV. ........................... 156 Figura 55 – Restos de plantas (galhos, folhas e sementes) encontrados no contato entre os cascalhos basais e o material areno-lamoso em afloramento a jusante do perfil Linha do Rio, que foram datados de 400 ± 25 anos AP (14C). ............................................................................. 158 Figura 56 – Lente de areia com laminação plano-paralela, situada próximo ao topo da camada basal de cascalhos, em afloramento localizado a jusante do perfil Rebentona. ............................................ 159 Figura 57 – Afloramento situado alguns quilômetros a jusante do perfil Linha do Rio, no qual foram encontrados alguns artefatos pré-históricos pertencentes às tradições Tupi-guarani e Umbu nos níveis assinalados por asteriscos (*). ................................................................................ 162 Figura 58 – Acima, lascas e pontas de projéteis de arenito silicificado (cor avermelhada) e basalto (cor cinza-escura) da tradição Umbu; abaixo, pequena lâmina de machado da tradição Tupi-guarani, esculpida em seixo basáltico. .............................................................................. 163 Figura 59 – Perfil Rebentona (RB). ................................................... 165.

(16) Figura 60 – Unidade RB – I, constituída por cascalhos levemente cimentados por óxidos de ferro, imbricados e com laminação horizontal. ............................................................................................................ 166 Figura 61 – Detalhe da unidade RB – II, caracterizada por padrão de cores variegado e pela presença de estrutura pedológica em blocos angulares, fortemente desenvolvidos. ................................................. 167 Figura 62 – Detalhe de faixa de cor bruno-forte no topo da unidade RB – II, com aproximadamente 6 cm de espessura................................... 168 Figura 63 – Detalhe da unidade RB – III, a qual apresenta igualmente padrão de cores variegado e estrutura pedológica em blocos angulares, fortemente desenvolvidos. .................................................................. 169 Figura 64 – Detalhe da unidade RB – IV, com padrão de cores variegado e estrutura pedológica em blocos angulares, fortemente desenvolvidos. ..................................................................................... 170 Figura 65 – Detalhe da unidade RB – V, caracterizada pela presença de estrutura pedológica em blocos angulares, com forte desenvolvimento. ............................................................................................................ 171 Figura 66 – Detalhe da unidade RB – VI, na qual se observam padrão de cores mosqueado e pequenos nódulos ferro-manganíferos (setas pretas).................................................................................................. 172 Figura 67 – Artefatos líticos da tradição Umbu, constituídos essencialmente por arenito silicificado e basalto, encontrados nas unidades RB – VI e VII....................................................................... 173 Figura 68 – Detalhe da unidade RB – VII, com estrutura pedológica em blocos subangulares, moderadamente desenvolvidos. ........................ 174 Figura 69 – Detalhe das unidades RB – VIII e IX, separadas por contato claro. ................................................................................................... 175 Figura 70 – Textura das unidades que constituem o perfil Rebentona. ............................................................................................................ 177 Figura 71 – Distribuição granulométrica de cada unidade do perfil Rebentona. .......................................................................................... 178 Figura 72 – Diagrama de forma-esfericidade de cascalhos da unidade RB – I. ................................................................................................. 181 Figura 73 – Arredondamento de cascalhos da unidade RB – I. ......... 182 Figura 74 – Fotomicrografias da unidade RB – II. ............................ 183 Figura 75 – Fotomicrografias da unidade RB – III. ........................... 185 Figura 76 – Fotomicrografias da unidade RB – IV. ........................... 186 Figura 77 – Fotomicrografias da unidade RB – V. ............................ 188 Figura 78 – Fotomicrografias da unidade RB – VI. ........................... 189 Figura 79 – Fotomicrografias da unidade RB – VII. ......................... 191 Figura 80 – Fotomicrografias da unidade RB – VIII. ........................ 192.

(17) Figura 81 – Perfil Arroio Molha Grande (AM).................................. 199 Figura 82 – Detalhe da unidade AM – I, que se caracteriza pelo predomínio de padrão de cores variegado na maior parte do afloramento. ............................................................................................................. 200 Figura 83 – Detalhe da base da unidade AM – I, que apresenta basicamente cores brunadas em decorrência da presença de óxidos de ferro. .................................................................................................... 201 Figura 84 – Detalhe da unidade AM – II, na qual é possível observar padrão de cores variegado e estrutura pedológica em blocos subangulares, fortemente desenvolvidos. ............................................ 202 Figura 85 – Detalhe da unidade AM – III, com padrão de cores mosqueado e estrutura pedológica em blocos subangulares, fortemente desenvolvidos. ..................................................................................... 203 Figura 86 – Detalhe da unidade AM – IV, caracterizada por estrutura pedológica em blocos subangulares, fortemente desenvolvidos. ........ 204 Figura 87 – Detalhe das unidades AM – V e VI, separadas por contato claro. .................................................................................................... 205 Figura 88 – Detalhe da unidade AM – VII, na qual se pode observar a presença de padrão de cores mosqueado e estrutura pedológica prismática, fortemente desenvolvida. .................................................. 206 Figura 89 – Textura das diferentes unidades que constituem o perfil Arroio Molha Grande. ......................................................................... 208 Figura 90 – Distribuição granulométrica de cada unidade do perfil Arroio Molha Grande. ......................................................................... 209 Figura 91 – Diagrama de forma-esfericidade de cascalhos da unidade AM – I. ................................................................................................ 211 Figura 92 – Arredondamento de cascalhos da unidade AM – I. ........ 212 Figura 93 – Fotomicrografias da unidade AM – II. ........................... 213 Figura 94 – Fotomicrografias da unidade AM – III. .......................... 214 Figura 95 – Fotomicrografias da unidade AM – IV. .......................... 216 Figura 96 – Fotomicrografias da unidade AM – V. ........................... 217 Figura 97 – Fotomicrografias da unidade AM – VI. .......................... 219 Figura 98 – Fotomicrografias da unidade AM – VII. ......................... 221 Figura 99 – Perfil Vale do Sol (VS). .................................................. 226 Figura 100 – Unidade VS – I, que ainda apresenta resquícios preservados de laminação horizontal incipiente, e vários cascalhos imbricados. .......................................................................................... 227 Figura 101 – Detalhe da unidade VS – II, a qual se caracteriza por estrutura pedológica em blocos subangulares, fortemente desenvolvidos. ............................................................................................................. 228.

(18) Figura 102 – Detalhe da unidade VS – III, na qual ocorre estrutura pedológica em blocos subangulares, com desenvolvimento moderado. ............................................................................................................ 229 Figura 103 – Textura das unidades que constituem o perfil Vale do Sol. ............................................................................................................ 230 Figura 104 – Distribuição granulométrica de cada unidade do perfil Vale do Sol.......................................................................................... 231 Figura 105 – Diagrama de forma-esfericidade de cascalhos da unidade VS – I. ................................................................................................. 232 Figura 106 – Arredondamento de cascalhos da unidade VS – I. ....... 233 Figura 107 – Fotomicrografias da unidade VS – II............................ 234 Figura 108 – Fotomicrografias da unidade VS – III. ......................... 235 Figura 109 – Seixo de quartzo encontrado na unidade VS – II, cuja superfície mostra indícios de abrasão intensa durante o transporte como carga de fundo de canal fluvial. .......................................................... 237 Figura 110 – Perfil Morro do Facão (MF). ........................................ 240 Figura 111 – Unidade MF – I, constituída por cascalhos depositados sobre a superfície dissecada de siltito avermelhado da Formação Santa Maria. .................................................................................................. 241 Figura 112 – Detalhe da unidade MF – II, caracterizada pela ocorrência de laminação cruzada tabular incipiente em material arenoso. ........... 242 Figura 113 – Detalhe da unidade MF – III, que apresenta quantidades elevadas de clastos rudáceos de siltito e basalto moderadamente alterados. ............................................................................................. 243 Figura 114 – Detalhe da unidade MF – IV, na qual é possível observar alguns resquícios de laminação ondulada incipiente........................... 244 Figura 115 – Detalhe da unidade MF – V, na qual ocorre estrutura pedológica em blocos angulares, fortemente desenvolvidos............... 245 Figura 116 – Detalhe da unidade MF – VI, que exibe igualmente estrutura pedológica em blocos angulares com forte desenvolvimento, além de alguns agregados revestidos parcialmente por películas de argila. .................................................................................................. 246 Figura 117 – Detalhe da unidade MF – VII, com padrão de cores mosqueado e estrutura pedológica em blocos angulares, fortemente desenvolvidos. ..................................................................................... 247 Figura 118 – Detalhe da unidade MF – VIII, caracterizada pela estrutura pedológica em blocos subangulares, moderadamente desenvolvidos, e pela presença de várias pedo-relíquias. ................... 248 Figura 119 – Detalhe de pedo-relíquias encontradas na unidade MF – VIII, com padrão de cores mosqueado idêntico ao da unidade subjacente (MF – VII). ......................................................................................... 249.

(19) Figura 120 – Detalhe da unidade MF – IX, de constituição semelhante à da unidade subjacente (MF – IX) e que também contém pedo-relíquias com padrão de cores mosqueado. ........................................................ 250 Figura 121 – Textura das unidades que constituem o perfil Morro do Facão. .................................................................................................. 251 Figura 122 – Distribuição granulométrica de cada unidade do perfil Morro do Facão. .................................................................................. 252 Figura 123 – Diagrama de forma-esfericidade de cascalhos da unidade MF – I. ................................................................................................. 255 Figura 124 – Arredondamento de cascalhos da unidade MF – I. ....... 256 Figura 125 – Fotomicrografias da unidade MF – IV.......................... 257 Figura 126 – Fotomicrografias da unidade MF – V. .......................... 259 Figura 127 – Fotomicrografias da unidade MF – VI.......................... 261 Figura 128 – Fotomicrografias da unidade MF – VII. ....................... 262 Figura 129 – Perfil Estrada Abandonada (EA). ................................. 268 Figura 130 – Detalhe da unidade EA – I, a qual se caracteriza por estrutura pedológica em blocos subangulares, com forte desenvolvimento. ................................................................................ 269 Figura 131 – Detalhe da unidade EA – II, maciça e constituída por cascalhos relativamente angulares....................................................... 270 Figura 132 – Detalhe da unidade EA – III, caracterizada por padrão de cores variegado e estrutura pedológica em blocos subangulares, com desenvolvimento moderado................................................................. 271 Figura 133 – Detalhe da unidade EA – IV, também maciça e de constituição cascalhosa, com vários clastos rudáceos imbricados. ..... 272 Figura 134 – Detalhe da unidade EA – V, que exibe estrutura pedológica em blocos angulares, fortemente desenvolvidos. .............. 273 Figura 135 – Detalhe da unidade EA – VI, constituída por cascalhos e com laminação horizontal incipiente. .................................................. 274 Figura 136 – Detalhe da unidade EA – VII, na qual é possível encontrar padrão de cores variegado, além de estrutura pedológica em blocos angulares, fortemente desenvolvidos. ................................................. 275 Figura 137 – Textura das unidades que constituem o perfil Estrada Abandonada......................................................................................... 276 Figura 138 – Distribuição granulométrica de cada unidade do perfil Estrada Abandonada............................................................................ 277 Figura 139 – Diagrama de forma-esfericidade de cascalhos da unidade EA – II. ................................................................................................ 279 Figura 140 – Arredondamento de cascalhos da unidade EA – II. ...... 280 Figura 141 – Diagrama de forma-esfericidade de cascalhos da unidade EA – IV. .............................................................................................. 281.

(20) Figura 142 – Arredondamento de cascalhos da unidade EA – IV. .... 282 Figura 143 – Diagrama de forma-esfericidade de cascalhos da unidade EA – VI. .............................................................................................. 283 Figura 144 – Arredondamento de cascalhos da unidade EA – VI. .... 284 Figura 145 – Fotomicrografias da unidade EA – I. ............................ 285 Figura 146 – Fotomicrografias da unidade EA – III. ......................... 286 Figura 147 – Fotomicrografias da unidade EA – V. .......................... 288 Figura 148 – Fotomicrografias da unidade EA – VII. ....................... 289 Figura 149 – Vista parcial do afloramento que constitui a continuação lateral do perfil Estrada Abandonada (localizado à direita, fora da área abrangida pela fotografia). .................................................................. 291 Figura 150 – Perfil Linha da Várzea (LV). ........................................ 295 Figura 151 – Detalhe da unidade LV – I, constituída por cascalho levemente arenoso, com laminação horizontal incipiente. .................. 296 Figura 152 – Detalhe da unidade LV – II, com areia maciça na base e, sobrepostas, sequências de laminação cruzada, separadas por superfícies onduladas. ........................................................................................... 297 Figura 153 – Detalhe da unidade LV – III, caracterizada por padrão de cores variegado, com presença de mosqueado (cor preta) próximo ao topo. .................................................................................................... 298 Figura 154 – Detalhe da unidade LV – IV, maciça e constituída por lama arenosa cascalhosa...................................................................... 299 Figura 155 – Detalhe da unidade LV – V, na qual se observa padrão de cores mosqueado (cores preta, avermelhada e brunada), além de estrutura pedológica em blocos angulares, com forte desenvolvimento. ............................................................................................................ 300 Figura 156 – Detalhe da unidade LV – VI, com estrutura pedológica em blocos angulares, fortemente desenvolvidos. ...................................... 301 Figura 157 – Detalhe do topo da unidade LV – VII, que apresenta estrutura pedológica em blocos angulares, com forte desenvolvimento, e transição difusa para a unidade sobrejacente – o material de cor clara provém da unidade LV – VIII. ............................................................ 302 Figura 158 – Detalhe da unidade LV – VIII, que exibe estrutura pedológica em blocos subangulares, com fraco desenvolvimento. ..... 303 Figura 159 – Detalhe da unidade LV – IX, com estrutura pedológica em blocos subangulares, moderadamente desenvolvidos. ........................ 304 Figura 160 – Detalhe da unidade LV – X, a qual se caracteriza igualmente pela ocorrência de estrutura pedológica em blocos subangulares, com desenvolvimento moderado. ................................. 305 Figura 161 – Textura das unidades que constituem o perfil Linha da Várzea. ................................................................................................ 306.

(21) Figura 162 – Distribuição granulométrica de cada unidade do perfil Linha da Várzea. ................................................................................. 307 Figura 163 – Diagrama de forma-esfericidade de cascalhos da unidade LV – I. ................................................................................................. 310 Figura 164 – Arredondamento de cascalhos da unidade LV – I. ....... 311 Figura 165 – Fotomicrografias da unidade LV – II............................ 312 Figura 166 – Fotomicrografias da unidade LV – III. ......................... 314 Figura 167 – Fotomicrografias da unidade LV – IV. ......................... 315 Figura 168 – Fotomicrografias da unidade LV – V. .......................... 316 Figura 169 – Fotomicrografias da unidade LV – VI. ......................... 318 Figura 170 – Fotomicrografias da unidade LV – VII. ........................ 320 Figura 171 – Fotomicrografias da unidade LV – VIII. ...................... 321 Figura 172 – Fotomicrografias da unidade LV – IX. ......................... 322 Figura 173 – Fotomicrografias da unidade LV – X. .......................... 323 Figura 174 – Perfil Rio-Pardense (RP). ............................................. 330 Figura 175 – Vista parcial de afloramento da unidade RP – I, de cor acinzentada, localizado alguns metros a jusante do perfil Rio-Pardense. ............................................................................................................. 331 Figura 176 – Detalhe da unidade RP – II, que se caracteriza por laminação horizontal incipiente........................................................... 332 Figura 177 – Detalhe da base da unidade RP – II. ............................. 333 Figura 178 – Detalhe de lente constituída por cascalho areno-lamoso, maciça, encontrada na unidade RP – III. ............................................. 334 Figura 179 – Detalhe da unidade RP – IV, que apresenta estrutura pedológica em blocos subangulares, fraca a moderadamente desenvolvidos. ..................................................................................... 335 Figura 180 – Detalhe da unidade RP – V, com estrutura pedológica em blocos subangulares, moderadamente desenvolvidos. ........................ 336 Figura 181 – Textura das unidades que constituem o perfil RioPardense. ............................................................................................. 337 Figura 182 – Distribuição granulométrica das diferentes unidades do perfil Rio-Pardense.............................................................................. 338 Figura 183 – Diagrama de forma-esfericidade de cascalhos da unidade RP – II. ................................................................................................ 340 Figura 184 – Arredondamento de cascalhos da unidade RP – II........ 341 Figura 185 – Fotomicrografias da unidade RP – I. ............................ 342 Figura 186 – Fotomicrografias da unidade RP – III. .......................... 343 Figura 187 – Fotomicrografias da unidade RP – IV. ......................... 344 Figura 188 – Fotomicrografias da unidade RP – V. ........................... 346 Figura 189 – Perfil Voçoroca (VÇ). ................................................... 350.

(22) Figura 190 – Detalhe da unidade VÇ – I, com padrão de cores mosqueado e estrutura pedológica em blocos angulares, fortemente desenvolvidos. ..................................................................................... 351 Figura 191 – Detalhe da unidade VÇ – II, na qual comumente ocorrem cores brunadas ao longo de fissuras e no interior de poros, associadas à presença de óxidos de ferro................................................................. 352 Figura 192 – Detalhe da unidade VÇ – III, caracterizada por gradação normal. ................................................................................................ 353 Figura 193 – Detalhe da unidade VÇ – IV, que apresenta pequenas lentes de areia grossa e muito grossa (canto superior direito), resquícios de laminação cruzada (parte central) e intraclastos lamosos (seta preta), além de padrão de cores mosqueado. .................................................. 354 Figura 194 – Detalhe da unidade VÇ – V, aparentemente maciça, na qual são encontrados prováveis vestígios de laminação convoluta – como na parte central da fotografia..................................................... 355 Figura 195 – Detalhe do topo da unidade VÇ – VI, que exibe padrão de cores variegado e mosqueado (cores brunada e preta). ....................... 356 Figura 196 – Detalhe da unidade VÇ – VII, a qual se caracteriza por padrão de cores mosqueado (cores brunada e preta) e estrutura pedológica em blocos angulares, fortemente desenvolvidos............... 357 Figura 197 – Detalhe do topo da unidade VÇ – VII, no qual também podem ser encontrados alguns remanescentes de laminação convoluta (centro), além de concreções ferro-manganíferas (setas brancas). ...... 358 Figura 198 – Detalhe da unidade VÇ – VIII, maciça, na qual predominam cores acinzentadas.......................................................... 359 Figura 199 – Detalhe da unidade VÇ – IX, com estrutura pedológica em blocos subangulares, moderadamente desenvolvidos. ........................ 360 Figura 200 – Textura das unidades que constituem o perfil Voçoroca. ............................................................................................................ 361 Figura 201 – Distribuição granulométrica de cada unidade do perfil Voçoroca. ............................................................................................ 362 Figura 202 – Fotomicrografias do limite entre as unidades VÇ – I e II. ............................................................................................................ 365 Figura 203 – Fotomicrografias da unidade VÇ – IV.......................... 366 Figura 204 – Fotomicrografias da unidade VÇ – V. .......................... 367 Figura 205 – Fotomicrografias da unidade VÇ – VI.......................... 368 Figura 206 – Fotomicrografias da unidade VÇ – VII. ....................... 369 Figura 207 – Fotomicrografias da unidade VÇ – VIII. ...................... 371 Figura 208 – Fotomicrografias da unidade VÇ – IX.......................... 372 Figura 209 – Perfil Arroio Plumbs (PL). ........................................... 377.

(23) Figura 210 – Detalhe da unidade PL – I, a qual apresenta laminação horizontal incipiente, além de vários cascalhos imbricados. ............... 378 Figura 211 – Detalhe da unidade PL – II, caracterizada por estrutura pedológica em blocos subangulares, com forte desenvolvimento. ...... 379 Figura 212 – Detalhe da unidade PL – III, com estrutura pedológica em blocos subangulares, moderadamente desenvolvidos. ........................ 380 Figura 213 – Textura das unidades que constituem o perfil Arroio Plumbs. ................................................................................................ 381 Figura 214 – Distribuição granulométrica de cada unidade do perfil Arroio Plumbs. .................................................................................... 382 Figura 215 – Diagrama de forma-esfericidade de cascalhos da unidade PL – I. .................................................................................................. 383 Figura 216 – Arredondamento de cascalhos da unidade PL – I. ........ 384 Figura 217 – Fotomicrografias da unidade PL – II. ........................... 385 Figura 218 – Fotomicrografias da unidade PL – III. .......................... 386 Figura 219 – Textura de todas as unidades sedimentares e pedológicas que foram descritas no trabalho (> 1% de cascalho). .......................... 390 Figura 220 – Textura de todas as unidades sedimentares e pedológicas que foram descritas no trabalho (< 1% de cascalho). .......................... 391 Figura 221 – Afloramento da Formação Serra Geral na Bacia do Rio Pardo, no qual é possível observar diversos seixos e blocos de basalto arredondados, que foram originados pelo processo de alteração esferoidal. ............................................................................................ 394 Figura 222 – Vista parcial do vale do Rio Pardo. .............................. 407 Figura 223 – Afloramento de depósito de planície de inundação em afluente do Arroio Francisco Alves..................................................... 411 Figura 224 – Visão parcial da sequência deposicional típica de leque aluvial dominado por fluxos aquosos, associada ao perfil Estrada Abandonada......................................................................................... 415 Figura 225 – Síntese dos principais eventos paleoambientais do médio curso do Rio Pardo, correlacionados com estágios isotópicos de oxigênio (δ18O) dos últimos 500.000 anos. ......................................... 417.

(24)

(25) LISTA DE QUADROS. Quadro 1 – Capacidade de troca catiônica (CTC) de alguns argilominerais e zeólitas (DIXON & WEED, 1989; BIRKELAND, 1999). .................................................................................................. 122 Quadro 2 – Classificação de fácies (MIALL, 1996). ......................... 123 Quadro 3 – Sufixos utilizados na caracterização de horizontes principais. ............................................................................................ 126 Quadro 4 – Ordenamento e definição sintética dos Grupos de Referência de Solos (FAO, 2007) e as classes de paleossolos enterrados correspondentes (KRASILNIKOV & CALDERÓN, 2006). .............. 128 Quadro 5 – Aloestratigrafia preliminar do médio curso do Rio Pardo. ............................................................................................................. 397 Quadro 6 – Tempo de formação e idade estimada dos compartimentos geomorfológicos principais do médio curso do Rio Pardo.................. 400 Quadro 7 – Idade e duração estimadas de fases de pedogênese relacionadas ao topo de unidades aloestratigráficas do médio curso do Rio Pardo............................................................................................. 401 Quadro 8 – Cronologia de eventos paleoambientais do médio curso do Rio Pardo............................................................................................. 405.

(26)

(27) SUMÁRIO. 1. INTRODUÇÃO ............................................................................... 33 2. AS PESQUISAS SOBRE O QUATERNÁRIO CONTINENTAL NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL E NA BACIA DO RIO PARDO................................................................................................. 37 2.1. HISTÓRICO DOS ESTUDOS SOBRE FORMAS DE RELEVO E DEPÓSITOS CONTINENTAIS QUATERNÁRIOS NO TERRITÓRIO SUL-RIO-GRANDENSE...................................................................... 37 2.2. CARACTERIZAÇÃO DA BACIA DO RIO PARDO .................. 48 2.2.1. Aspectos gerais ...................................................................... 48 2.2.2. Clima e regime fluvial ........................................................... 52 2.2.3. Cobertura vegetal .................................................................. 58 2.2.4. Geologia e geomorfologia ..................................................... 62 2.2.5. Formas de relevo e depósitos quaternários ......................... 66 2.3. OBJETIVOS .................................................................................. 72 3. EVOLUÇÃO E SIGNIFICADO PALEOAMBIENTAL DO REGISTRO FLUVIAL, COLUVIAL E PEDOLÓGICO ............... 73 3.1. INFLUÊNCIA DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS E MOVIMENTOS TECTÔNICOS QUATERNÁRIOS NO MODELADO DE PAISAGENS BRASILEIRAS ........................................................ 73 3.2. INSTABILIDADE E ESTABILIDADE DA PAISAGEM: EROSÃO, DEPOSIÇÃO E FORMAÇÃO DE SOLOS........................ 76 3.3. FORMAS DE RELEVO, DEPÓSITOS SEDIMENTARES E PALEOSSOLOS EM AMBIENTES FLUVIAIS E COLUVIAIS ....... 79 3.3.1. Pedimentos ............................................................................. 79 3.3.2. Leques aluviais ...................................................................... 83 3.3.3. Reentrâncias de encostas e rampas de colúvio ................... 87.

(28) 3.3.4. Planícies de inundação e terraços fluviais........................... 90 3.3.5. Paleossolos e solos ................................................................. 94 4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................................. 99 4.1. COMPARTIMENTAÇÃO TOPOGRÁFICA ............................... 99 4.1.1. Mapeamento geomorfológico da área de estudo ................ 99 4.2. ESTRUTURA SUPERFICIAL DA PAISAGEM ........................ 100 4.2.1. Descrição macromorfológica de depósitos sedimentares, paleossolos e solos ......................................................................... 100 4.2.2. Análise granulométrica e morfométrica do material....... 101 4.2.3. Descrição micromorfológica .............................................. 108 4.2.4. Análise química ................................................................... 121 4.2.5. Classificação de fácies sedimentares ................................. 122 4.2.6. Designação de horizontes e classificação de paleossolos e solos ................................................................................................ 124 4.2.7. Datações radiométricas ...................................................... 129 5. RESULTADOS ............................................................................. 131 5.1. MAPEAMENTO GEOMORFOLÓGICO DO MÉDIO CURSO DO RIO PARDO ....................................................................................... 131 5.1.1. Superfícies de aplainamento .............................................. 133 5.1.2. Terraço fluvial e planície de inundação ............................ 135 5.1.3. Rede fluvial .......................................................................... 136 5.2. LEVANTAMENTO DE SEÇÕES ESTRATIGRÁFICAS ......... 137 5.2.1. Perfil Linha do Rio ............................................................. 137 5.2.1.1. Descrição macromorfológica ......................................... 139 5.2.1.2. Análise granulométrica e morfométrica......................... 143 5.2.1.3. Descrição micromorfológica.......................................... 148 5.2.1.4. Análise química ............................................................. 157.

(29) 5.2.1.5. Datações ......................................................................... 157 5.2.1.6. Interpretação e significado paleoambiental .................... 159 5.2.2. Perfil Rebentona .................................................................. 164 5.2.2.1. Descrição macromorfológica ......................................... 166 5.2.2.2. Análise granulométrica e morfométrica ......................... 176 5.2.2.3. Descrição micromorfológica .......................................... 182 5.2.2.4. Análise química ............................................................. 193 5.2.2.5. Datações ......................................................................... 194 5.2.2.6. Interpretação e significado paleoambiental .................... 194 5.2.3. Perfil Arroio Molha Grande .............................................. 198 5.2.3.1. Descrição macromorfológica ......................................... 200 5.2.3.2. Análise granulométrica e morfométrica ......................... 207 5.2.3.3. Descrição micromorfológica .......................................... 212 5.2.3.4. Análise química ............................................................. 222 5.2.3.5. Datações ......................................................................... 222 5.2.3.6. Interpretação e significado paleoambiental .................... 222 5.2.4. Perfil Vale do Sol ................................................................. 225 5.2.4.1. Descrição macromorfológica ......................................... 227 5.2.4.2. Análise granulométrica e morfométrica ......................... 229 5.2.4.3. Descrição micromorfológica .......................................... 233 5.2.4.4. Análise química ............................................................. 236 5.2.4.5. Interpretação e significado paleoambiental .................... 236 5.2.5. Perfil Morro do Facão ........................................................ 239 5.2.5.1. Descrição macromorfológica ......................................... 241 5.2.5.2. Análise granulométrica e morfométrica ......................... 250 5.2.5.3. Descrição micromorfológica .......................................... 256.

(30) 5.2.5.4. Análise química ............................................................. 263 5.2.5.5. Datações......................................................................... 264 5.2.5.6. Interpretação e significado paleoambiental ................... 264 5.2.6. Perfil Estrada Abandonada ............................................... 267 5.2.6.1. Descrição macromorfológica ......................................... 269 5.2.6.2. Análise granulométrica e morfométrica......................... 275 5.2.6.3. Descrição micromorfológica.......................................... 284 5.2.6.4. Análise química ............................................................. 290 5.2.6.5. Datações......................................................................... 291 5.2.6.6. Interpretação e significado paleoambiental ................... 292 5.2.7. Perfil Linha da Várzea ....................................................... 294 5.2.7.1. Descrição macromorfológica ......................................... 296 5.2.7.2. Análise granulométrica e morfométrica......................... 306 5.2.7.3. Descrição micromorfológica.......................................... 311 5.2.7.4. Análise química ............................................................. 324 5.2.7.5. Datações......................................................................... 324 5.2.7.6. Interpretação e significado paleoambiental ................... 325 5.2.8. Perfil Rio-Pardense ............................................................. 329 5.2.8.1. Descrição macromorfológica ......................................... 331 5.2.8.2. Análise granulométrica e morfométrica......................... 336 5.2.8.3. Descrição micromorfológica.......................................... 341 5.2.8.4. Análise química ............................................................. 346 5.2.8.5. Datações......................................................................... 347 5.2.8.6. Interpretação e significado paleoambiental ................... 347 5.2.9. Perfil Voçoroca.................................................................... 349 5.2.9.1. Descrição macromorfológica ......................................... 351.

(31) 5.2.9.2. Análise granulométrica .................................................. 360 5.2.9.3. Descrição micromorfológica .......................................... 364 5.2.9.4. Análise química ............................................................. 373 5.2.9.5. Datações ......................................................................... 373 5.2.9.6. Interpretação e significado paleoambiental .................... 373 5.2.10. Perfil Arroio Plumbs ......................................................... 376 5.2.10.1. Descrição macromorfológica ....................................... 378 5.2.10.2. Análise granulométrica e morfométrica ....................... 380 5.2.10.3. Descrição micromorfológica ........................................ 384 5.2.10.4. Análise química ........................................................... 387 5.2.10.5. Interpretação e significado paleoambiental .................. 387 5.3. SÍNTESE PARCIAL DOS RESULTADOS ................................ 388 5.3.1. Características texturais, faciológicas e morfométricas... 388 5.3.2. Características pedológicas ................................................ 394 5.3.3. Características estratigráficas e cronológicas................... 396 6. EVOLUÇÃO DA PAISAGEM DO MÉDIO CURSO DO RIO PARDO DURANTE O QUATERNÁRIO ...................................... 399 6.1. MODELO EVOLUTIVO DE FORMAS DE RELEVO E SOLOS ............................................................................................................. 399 6.1.1. Processos morfogenéticos e pedogenéticos ........................ 399 6.1.2. Sequência cronológica de eventos paleoambientais ......... 404 6.1.3. A influência de mudanças paleoambientais ...................... 416 6.1.4. Correlação com outras áreas da Região Sul do Brasil e da Argentina ....................................................................................... 422 7. CONCLUSÕES ............................................................................. 427 REFERÊNCIAS ................................................................................ 433 ANEXO A .......................................................................................... 457.

(32)

(33) 33. 1. INTRODUÇÃO. Atualmente, o Quaternário é definido como o Sistema/Período iniciado há 2,58 milhões de anos (Estágio Isotópico Marinho 103) – idade que também assinala a base da Série/Época Pleistoceno e do Estágio/Idade Gelasiano (GIBBARD et al., 2010, p. 101). Nesse intervalo da escala de tempo geológico ocorreram mudanças climáticas globais que afetaram as taxas de intemperismo e pedogênese, os regimes fluviais, o nível dos oceanos e a distribuição ecológica dos seres vivos, implicando contínuas transformações da paisagem (MOURA, 1998, p. 335). Além de serem relativamente recentes, os estudos sobre o Quaternário no Estado do Rio Grande do Sul estão concentrados especialmente na Planície Costeira. No interior continental, as pesquisas são menos numerosas e não têm caráter sistemático; essa produção científica atingiu o auge durante as décadas de 1960 e 1970, e foi muito influenciada por abordagens tradicionais da Geologia e da Geomorfologia Climática. Em virtude disso, a maioria dos trabalhos geralmente se voltava para a identificação e a caracterização de unidades litoestratigráficas – Formação Gravataí (MORRIS, 1963), Formação Graxaim (DELANEY, 1965), Formação Touro Passo (BOMBIN, 1976) e outras – e/ou superfícies de aplainamento – Superfície da Campanha, Superfície de Gravataí (AB’ SABER, 1969) e outras – cuja origem era relacionada a mudanças climáticas e variações do nível de base. Entretanto, a aplicação da litoestratigrafia aos depósitos quaternários é limitada devido à frequente similaridade de litologias e de fácies e à natureza descontínua do registro sedimentar (MELLO, 1994, p. 100; MOURA, 1998, p. 340). Apesar da reconhecida importância do clima na evolução da paisagem, os efeitos de atividade tectônica também não podem ser completamente descartados de antemão. Outro problema significativo de vários desses estudos se refere à utilização de métodos de datação relativa e ao pequeno número de idades absolutas incorporadas ao referencial geocronológico; a falta de precisão e a pouca representatividade dos dados, respectivamente, dificultam a correlação entre regiões diferentes do território sul-rio-grandense. A evolução paleoambiental da Bacia do Rio Pardo durante o Quaternário foi estudada inicialmente por Dutra (1974). Embora se tenha fundamentado no enfoque morfoclimático de Bigarella e colaboradores, a referida autora constata que existem algumas divergências em relação à sucessão de eventos paleoclimáticos registrada em outras áreas nos Estados de Santa Catarina, Paraná e São.

(34) 34. Paulo. Segundo ela, a glaciação Nebraskan – entre o Plioceno e o Pleistoceno Inferior – teria sido a única a caracterizar-se por clima semiárido, com a formação do pedimento P1. Do final da glaciação Nebraskan até a glaciação Wisconsin – Pleistoceno Médio e Superior – predominariam condições climáticas de estepe úmida na região; nesse intervalo, dois baixos terraços com cascalheiras (Tc2 e Tc1) teriam sido originados por variações do nível de base local. Tal interpretação contraria o pressuposto da correspondência de climas semiáridos e úmidos com períodos glaciais e interglaciais, respectivamente. Além disto, a gênese desses terraços não estaria associada a mudanças climáticas, pois as glaciações Kansan, Illinoian e Wisconsin não teriam influenciado a dinâmica fluvial. Após três décadas, as pesquisas na Bacia do Rio Pardo foram reiniciadas por Fett Júnior (2005), que analisou a arquitetura deposicional do médio curso do Rio Pardo no município de Candelária. Os resultados do trabalho revelam que o padrão de canal do Rio Pardo provavelmente mudou – de entrelaçado para anastomosado – há cerca de 58.500 ± 6.900 anos (LOE) entre os Estágios Isotópicos Marinhos 4 e 3. Essa fase teria sido marcada pela passagem de condições climáticas frias e secas para clima relativamente quente e úmido (interestádio). No entanto, a idade desse evento também não condiz com a perspectiva morfoclimática clássica, visto que a modificação do padrão de canal deveria ocorrer na transição do período glacial para o interglacial. Esses dois estudos concordam sobre o fato de que as mudanças climáticas quaternárias aparentemente foram importantes na evolução da paisagem da Bacia do Rio Pardo, porém não podem ser explicadas adequadamente por meio do viés morfoclimático tradicional. Além disso, é provável que algumas morfologias tenham sido geradas por mecanismos distintos, como variações do nível de base e/ou movimentos tectônicos. Ambas as pesquisas, assim como várias outras realizadas no Estado do Rio Grande do Sul, baseiam-se na associação entre Geomorfologia, Estratigrafia e Sedimentologia, embora praticamente não existam referências sobre a gênese de paleossolos (Paleopedologia). Mesmo indicando condições ambientais pretéritas – clima, vegetação, topografia e outras – os paleossolos geralmente são utilizados como simples marcadores estratigráficos. Diante disso, a proposta da presente tese consiste em definir o significado paleoambiental de formas de relevo, depósitos sedimentares, paleossolos e solos em ambientes fluviais e de encosta no médio curso do Rio Pardo, de modo a reconstituir a evolução da paisagem durante o Quaternário. O enfoque se fundamenta na análise integrada de elementos.

(35) 35. geomorfológicos, estratigráficos, sedimentológicos, paleopedológicos e geocronológicos. Este trabalho pretende contribuir para o entendimento da possível influência de mudanças climáticas e/ou atividade tectônica quaternária na evolução dos grandes vales fluviais localizados na borda do Planalto Meridional – rios Jacuí, Taquari, Caí e dos Sinos. A tese está dividida em cinco capítulos. No primeiro capítulo será feita breve revisão sobre o estado atual do conhecimento relativo ao Quaternário continental do Estado do Rio Grande do Sul e da Bacia do Rio Pardo; em seguida, se caracterizará a área de estudo e se apresentarão os objetivos do trabalho. O segundo capítulo é subdividido em três partes. A primeira tratará sobre o papel de mudanças climáticas e movimentos tectônicos quaternários no modelado da paisagem, de acordo com as principais abordagens utilizadas no Brasil. A segunda parte consistirá na exposição do enfoque adotado nesta pesquisa, no qual fases de instabilidade e estabilidade da paisagem são marcadas, respectivamente, por processos de erosão e deposição e pela formação de solos, destacando-se a relevância da associação entre aloestratigrafia, análise de fácies e classificação de paleossolos e solos no estudo do registro sedimentar e pedológico. Finalmente, na terceira parte serão discutidos aspectos referentes à origem e ao significado paleoambiental de formas de relevo, depósitos sedimentares, paleossolos e solos em ambientes fluviais e de encosta. O terceiro capítulo abordará os procedimentos metodológicos básicos empregados em diferentes etapas do trabalho. No quarto capítulo serão apresentados os resultados obtidos na tese, e no quinto, o modelo de evolução da paisagem do médio curso do Rio Pardo durante parte do Quaternário..

(36) 36.

Referências

Documentos relacionados

Dessa forma, os dados foram coletados por meio da observação participante, de entrevistas estruturadas - realizadas com dirigentes e funcionários versando sobre o histórico

O fortalecimento da escola pública requer a criação de uma cultura de participação para todos os seus segmentos, e a melhoria das condições efetivas para

Ressalta-se que mesmo que haja uma padronização (determinada por lei) e unidades com estrutura física ideal (física, material e humana), com base nos resultados da

A metodologia utilizada no presente trabalho buscou estabelecer formas para responder o questionamento da pesquisa: se existe diferença na percepção da qualidade de

Por meio destes jogos, o professor ainda pode diagnosticar melhor suas fragilidades (ou potencialidades). E, ainda, o próprio aluno pode aumentar a sua percepção quanto

O presente artigo discute o tema do Feminicídio, especificamente, na cidade de Campina Grande. A metodologia utilizada foi de natureza qualitativa e do tipo

Na Figura 4.7 está representado 5 segundos dos testes realizados à amostra 4, que tem os elétrodos aplicados na parte inferior do tórax (anterior) e à amostra 2 com elétrodos

Na população estudada, distúrbios de vias aéreas e hábito de falar muito (fatores decorrentes de alterações relacionadas à saúde), presença de ruído ao telefone (fator