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Ensino da língua espanhola em Portugal: que metodologias?

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Departamento de Letras

O ENSINO DA LÍNGUA ESPANHOLA EM

PORTUGAL – QUE METODOLOGIAS?

Mestrado em Estudos Ibéricos

Susana Rita de Jesus Carvalho

Covilhã

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ENSINO DA LÍNGUA ESPANHOLA EM

PORTUGAL – QUE METODOLOGIAS?

Dissertação apresentada à Universidade da Beira Interior

para obtenção do grau de Mestre em Estudos Ibéricos

SUSANA RITA DE JESUS CARVALHO

Orientadores: Professora Doutora Maria Graça Sardinha

Professor Doutor Paulo Osório

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Agradecimentos

Aos m eu s o rient ado res d e M est rado, Douto ra Mari a Graça Sardinh a e Dout or P aul o Os ório , pel o const ante i ncenti vo e p alavras de en co rajam en to, pel a p erm an ente d is ponib ilid ad e, apoi o, paci ên ci a e bo a dis p osição com q ue semp re m e acol heram e orient aram.

À min ha condi scí pu la d e m est rado , co mpanh eira de vi agem, estud o e trab alho .

A al guns col egas d e trab alh o pel a p reocu pação , gentil eza e estím ulo dem onst rado .

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Índice

Ag rad eci men tos

1. Int rod ução ... 6

1.1 Organiz ação do estudo ... 7

1.2 In serção d o estu do n o âmbit o d a Di d áctica d a Lí n gu a Est ran gei ra ... 8

2. Di d áct i ca da Lí ngu a ... …10

3. Met odol ogi a di dáct i ca do ensi n o de um a Lí ngua Est ran gei ra ... .19

4. Di f erenças ent re a aqui si ção d a L1 e apr endi zagem da L2 ... .36

5. O Q uadro Com u m Europeu de Ref erênci a para as Lí n g uas Est rangei ras …….………..………… ………..… ………..39

5.1 C aract erísti cas Gerais ……… …… …… ………… ……… ..… ………… …40

6. P l ani f i cação da pr át i ca docent e ……… ….………..…………60

6.1 O en sino do Es panhol a adol es cent es ………… ….. ……… ………… …62

6.2 P ro post as d e di v ersas act ivid ad es util izand o a comp on ent e lúdi ca . ..6 4 7. A anál i se co nt rast i va ……… …….………….……… ……….…………70

8. A anál i se de erros ……….……….……. 70

8.1 Obj ectiv os …… ………… ……… …… ………… ……… …… ………… ….7 3 8.2 Met odo lo gi as … ………… ……… …… ………… ……… …… ………… …75

9. O processo de a val i ação ……… ……….……….82

9.1 Tip os d e aval iação ……… .…… …… …..… ……… ……… ………… ….. .83

9.1. 1 Av ali ação Fo rmativ a / Co ntin ua … ………… ……… …… ………… …83

9.1. 2 Auto -av ali ação e co -av ali ação … … …….. .…… ……… … ………… …83

9.1. 3 Tes tes … …… ………… ……… …… ………… ……… …… ………… .…8 6 9.1. 4 Fo rm ato d as provas … ……… ……… ………… .…… ……… ………… .86

9.1. 5 Cl ass ifi caçõ es ………… ……… …… ………… ….… ……… ………… ..8 7 9.1. 6 Tipo d e activid ad es nas p ro vas … … ………… ….… ……… ………… .88

9.1. 7 Crit éri os de Aval iação ……… ……… …… ………… ……… ….. …….9 1 10. Av alia çã o da Ex pressã o O ral …… … ………… ……… ... … ………… ……. 93

10.1Tipos d e P rov as p ara a Av ali ação d a Ex press ão Oral…. ……… …….9 4 10.2 Clas sificação d as p rovas o rais ……… … ………… ……… ... … ………9 7 11. Anális e d os manu ai s adop tad os na es cola mod elo (E scola Secundá ria Alv es Ma rtins ) … … ………… ……… ..… ………… ……… …… …... ……… .98

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12. Consid era çõ es Finai s …… ……… ……… ………… ……… …… …….… 121

13. Bibliog rafia ……… ………… ……… …… ………… ……… …… …….. ... .12 3

14. Webg rafi a…… …… ………… ……… …… ………… ……… …… …….. …12 4

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1.

Introdução

Em Portu gal, nos úl timos ano s, o en sin o do Esp anh ol t em vindo a s er lecci on ado a um núm ero cad a v ez m ais el ev ado d e alu nos .

Assim , o Es panho l funcion a, p ara es ses alu nos, como lín gu a est ran gei ra. Di ga-se qu e m uit as t êm si do as v ári as vi sões acerca dos co nceito s d e Lí n gua Segu nd a e Lín gua Est ran gei ra qu e, po r q uestõ es so cioli n gu ísti cas e psicolin guís ticas , ass umem , mu itas d as v ezes con to rnos di vers os.

Num a altu ra em qu e o Esp anhol as sum e ex trem a imp ort ânci a no âmbit o do ensi no d as lí n gu as es tran gei ras em Po rt u gal, d efend e-se o d es envolv imento d a Comp etência C omun icativ a. Lon ge v ão, assim , os t emp os d e ensi no centrad o em es qu em as est ru tu ral ist as. Abre-s e, d este mod o, o cami nh o para en foq ues de cariz int eracti vo na aul a, n a q ual o al uno p ass ou d e «reci p ient e p ass ivo » a um agent e críti co e d inâmi co do p ro cesso .

Ensin ar um a lín gua estran geira é desenvolv er as qu atro comp etências fun dam entais: ler, escrever, o uvi r e fal ar. J amai s est es do mí nios po derão ser trab alh ado s d e form a isol ada e p arcel ar. Na v erd ad e, uma l í n gu a é um to do, ex i gind o um t rabal ho glob al .

Defend emo s, ent ão, que s e ap liqu em di feren tes meto dolo gi as no ensi no dest a LE, d an do-se parti cul ar referênci a ao d es env olvim ent o da Comp et ên ci a Comuni cativ a.

Est a diss ertação, t em, como p rin ci pais obj ecti vos , desenvolv er as diferentes meto dol o gias, fo calizan do as mesm as p ara a an áli se d e um man ual es col ar.

O facto do ensin o d o Es panho l apo ntar para um a real id ad e quase no va, rem et e-no s para al gumas l acun as qu er no âmbi to dos m at eri ai s, qu er n o âmbit o d a próp ri a form ação de profess o res. São, assim , frequent es as vozes que se l ev an tam na escol a acerca do como fazer, do qua nto f az er e d e com q uê

fazer.

Tod avi a, o p rofes s or da act u alid ad e t amb ém tem d e ap res ent ar um a ment ali dade abert a e, co ns equ ent em ente, fl ex ív el p ara faz er face aos pro blemas s urgido s.

Est a di ssert ação é in discutiv elm ent e a prova dis so m esm o. Ao desenvol v er diferentes m eto dolo gi as alicerçadas em mod elo s d e en sino , no s enti do de

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pod erm os cont rib uir para a an ális e do man ual es col ar, es t amos a reflecti r sob re o proces so di dácti co d a lín gu a es tran gei ra – o es p anh ol – cujo ensi no não po derá disp en sá-lo.

A did ácti ca do ensi n o da l ín gua est ran geira ap res ent a, de facto, asp ectos al go di ferent es da di dácti ca d a lín gu a m atern a. C ab e, t am bém refl ecti r so bre os m esmo s ao lon go do t rab alho .

Assim , v ej amo s ago ra a o rgan ização do estudo .

1.1 Organização do Estudo

Est e est udo o rganiz a-s e em du as grand es part es. Na p rim eira part e, após a introdu ção, faz-s e u ma abo rd agem s umária d as v ári as m etod o lo gi as d o ensin o de um a lí n gu a estran gei ra o u s eg und a lí n gu a no s últim os an os. Posterio rm ent e, afere-s e a imp ortânci a do Qu ad ro Com um Eu ro peu d e Referên cia no ens ino, ap ren dizagem das, na el aboração de m anu ais , pro gram as d e lín guas , ex am es, lin h as orientado ras p ara abo rd agens meto doló gi cas na av ali ação , en sino e ap rend izagem d e lín guas est ran geiras n a Europ a. Dar-s e-ão , i gualment e, a conh ecer os ní vei s d e p ro fi ci ên cia em an ad os pel o Co ns elho d e Co operação Cult ural do Cons elh o d a Eu ro pa.

A p rim ei ra p art e fin aliza com a i ndi cação d e al gu mas est rat égi as p ara o ensi no e apren dizagem d a lín gu a esp anhol a n o ens ino secund ário.

Na segun da, d es en v olv e-s e uma p art e empíri ca, t en do com o cas o p ara estu do o m an ual ado ptado na Es col a Secu ndári a Alv es M arti ns : «Es p añol 1 ».

Ten do em cont a o q uad ro teórico, m ais esp eci ficam ent e, as meto dolo gi as para o ens ino das LE , const ruí mos um co njunt o d e it en s qu e s ervirão à anál is e crí tica des te m anu al certi fi cado pelo Minist ério d a Edu cação. A an áli se ab ran ge a fo rma com o o man ual e o res pectiv o liv ro d e ex ercí cios ab ordam o s con teúdo s l ex icais, gram ati cais , e s óci o - cult urais d a lí n gu a espanhol a.

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1.2 Inserção do estudo no âmbito da Didáctica da Língua

Estrangeira

O p ro cess o d e ensi no – ap rendiz agem de um a LE / L2 é um m éto d o realiz ado em cont ex to escolar, com recurso a m et odol o gias d e ensin o e ped ago gi as esp ecí fi cas.

Osó rio e Alm ei da (2 006:3 0) afi rm am q u e «o en sino d a lí n gu a press up õe, nat uralm ent e, o ens ino d a cult ura ». A arte, como m an ifestação cult ural, possi bilit a ao alu no um a ap rendiz agem da l ín gua con tex tu alizad a, des en vol vendo a cap acid ad e m et aco gn itiva e d es pert a s ensaçõ es . Co mo sali ent a Os óri o (20 0 8: 14 5) «o p ro cesso de ensin o – apren d izagem d e um a lín gu a é u m tod o u nifi cado r e com plex o, a fi m d e d ot ar o s al uno s d e um a com pet ên ci a lin guíst ica com uni cativ a ». Desta forma, a arte pod erá s er um meio fund am ent al na aquisi ção sim ul tân ea do domí nio linguísti co , da ex press ão es crit a, ex press ão o ral e asp ectos cult urais . Contudo , est es domíni os d ev em s er des en vol vido s at en d end o ao nív el (elem entar, in term édi o e av an çado ) em qu e o alun o s e en co ntra, uma v ez qu e o o bj ect ivo i nicial é q ue o alun o ad qui ra o s asp ectos p ragm ático s d a lín gu a p ara qu e pos sa, post erio rment e, desenvolv er out ras comp et ên cias.

O manu al é o recu rso pedagó gico mai s usad o em si tu ações edu cativ as fo rmais co mo um i nstrum ento d e com uni cação. Tod avi a, tal como afi rm a Osó rio (2 008 ), nem t odos pos su em os req uisito s n eces sário s p ara q u e o ensi no da lín gu a se p ro cess e eficazm ent e. Assi m, est e não deve s er o único recu rso did ácti co – ped agó gico n a sal a d e aula, dev e ser acom panh ado p or o utros mat eri ai s áudio – v isuais, recurs os es critos el ab orad os p el o profes so r d e acordo co m as caract erí sti cas d a turma e em fun ção do s o bject ivos a ati n gi r.

Out ro recu rso m uit o eficaz n a ap reen são d a lí n gu a e cultu ra é o pro vérbi o p opu lar. S egu ndo Schmidt e La caz -Ruiz (2 000 ):

«Al ém d o o bjecti vo prim ário (di dácti co e ex plícit o), fica cl aro que os prov érbios repres ent am (geralm en te) um a fo rm a d e res gat e e l emb ran ça d a di gnid ad e do s er hum ano. A formação am pla – pro post a hoj e pelos Parâm et ros Cu rri cu l ares – é propi ci ad a pel os

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pro vérbi os, a p art ir dos qu ais pod e-s e dis cuti r v al ores como cid ad ani a, so lid ari ed ad e, et c. »

O lúdi co v isto n o cont ex to de ensi no – aprendizagem pod e ser m uito efi caz. O jo go, seg undo Ortiz Ocañ a (2005 ), era us ad o d e fo rm a em pí rica pel os p rimiti vos para ensi nar act ivid ad es quot idi an as com o caçar, p es car e culti var. P od emos t er j o go s d e regras, de d ramatização, con strutiv os, d e cri ação, d e p ap éis, d e simul ação ou did ácti cos . O au to r (20 0 5) s ali ent a qu e o jo go:

«(… ) es un a act ivid ad am en a d e recreaci ón qu e si rv e d e m edi o para d es arrol lar cap acid ad es m edi ante u na parti cip ació n act i va y afectiv a d e los est udi ant es, p or lo q ue en est e s enti do el ap rendiz aj e creativ o se t rans fo rm a en un a ex peri en ci a feliz. »

O jo go, com o qu alq uer estrat égi a, d ev e ser pl an eado e u sad o para fi ns esp ecí ficos não d ev endo ser nun ca u ma m eto dolo gia d e uso ex cessiv o.

Os jo gos d es pert am o int eress e e a moti vação, p ro vo cam a necessid ade de tom ar decis ões, cri am nos alun os hábit os de t rab al ho de gru po e col ab oração m útu a no cump rim ento das t arefas, ex i gem apli cação d e con hecim en tos , p ermitem o int ercâmb i o en tre t eo ri a e práti ca de maneira activ a, co rt am com o s es qu emas d a aul a, com o p ap el auto rit ário e in fo rm ado r do profess or e favo recem as pot en ci alid ades cri ati vas dos alu nos, aum ent am o nív el de auto nomi a dos al uno s e o professor t em a p ossi bilid ad e de an alis ar, de fo rm a m ais min uciosa a assimi lação do s cont eú dos.

A In fo rm áti ca p as s ou a s er u m recurso did áctico muit o utilizad o a meados d os amos s etent a. O uso do com put ado r n a sal a d e aula p ass ou a s er visto com o um m eio motiv ado r e p romot or d o su cesso ed ucativo. Est e mei o es col ar permit e qu e o alun o se to rn e m ais autó nomo na co rrecção d as su as activid ades, na p es q uisa d e in fo rm ação , etc. S egu ndo M an gen ot (1 996 ), o com put ado r facili ta a comun icação ent re pares, i ncita à escrit a, graças à medi atiz ação e às fu nci on alid ad es do p ro cess am ento d e tex to , sem sub stitui r o docen te e com ori ent ação cuid ad a d est e.

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Por su a vez, M arton (1999 ), ap resent a a info rmatização co m o um facto r negati vo n a ed ucação, p orqu e favo rece o ensin o à dist ân cia, imp ed ind o a interacção ent re do cent e e d is cente. Um a aula é um di spos it ivo d e co nt rolo temp oral e es paci al que im pli ca o p ro fessor e os alun os nu m esp aço e n um temp o p rop ri am ent e es col ares . Des ta fo rma as T IC disso ci am a es col arização dest e dis positi vo d e con tro lo histo ri camente muit o est áv el.

Em con cl usão, a In tern et, os C D-Roms , os DVD’S, entre outros, s ão instrum ento s d e t rab alh o p ara alu nos e pro fess ores, facilit am o p ro cesso d e ensi no – ap rendiz agem d e um a Lín gu a Estran geira como compl emento d as aul as p res en ciais, p ermit em a p arti cip ação em fóruns e chat s de con vers ação . O p ro fesso r, po de ai nda, criar u m sit e p ara di alo gar com os seus alu nos n a In t ern et, para os apoi ar onli ne, facul t and o-l h es activid ad es i nteractiv as. Assim , o trab al ho d es env olvi do na s ala de aula ju ntamente com o t rab alh o indivi du al n a Int ern et p ermit em u m acomp anh am ent o d a aprendiz agem do alu no, con duzind o a uma m aio r motiv ação e co ns equ ent em ent e mai or ap rov eit am ent o es col ar.

2.

Didáctica da Língua.

Nos qu ad ros qu e se t rans crev em po dem os visu aliz ar di vers os mod elos ped agó gi co s e m eto d oló gi co s q ue s e fo ram adequ and o à d id áctica d as lín gu as:

Ped ago gos Prop osta s

A.Ferri ère A auto nomi a do al un o.

O. Decrol y A an ális e d as n ecess idades d os alu nos e o t rab alh o p or i nt eress es .

J . Dewe y

A situ ação aut ênti ca, o docum ento aut ên tico , fazer hipót es es e v eri fi cá-l as.

M. M ont ess or y Ap rend er a ap rend er, o papel do p ro fess or como g uia

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pré-requi sito s, as estrat égi as indivi du ais, a auto -avali ação.

H. P arkh urs t O cont rato di d áctico, a negociação.

C.Washb urne A di nâm ica de grup os, as tarefas, o p ro jecto .

A.S. Neil A auto -gest ão, a au tonomi a, o des ap arecim en to dos mét odo s.

B.Ro gers

As atit ud es, a so lução do s con flit os, a fo rmação e a info rm ação du pla pro fesso r - alu no.

J . L. M oren o O so ci o gram a, as i nt eracçõ es.

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A l g u n s mo d e l o s P e d a g ó g i c o s

Met odo logi a Cara ct erísti ca s

Tradi cio nal

Transm iss ão v erti cal do sab er. Trab alh a-s e so bretud o a com preens ão e ex press ão es crit as . A p ro gress ão é fix a. Tem mui ta impo rtância a gram áti ca e a tradu ção.

Direct a

Transm iss ão verti cal , mas com interacção oral e gestual, al ém da com preens ão e ex press ão es crit as . Pro gress ão fix a. Têm-s e em co nt a o cont ex to dos t ex to s utilizad os. A ap rendiz agem é induti va po r obs ervação. Há an ál ise co nt ras tiv a ent re a lí n gu a mat erna e est ran gei ra. Av ali ação sum ati va. Estrutu ro – glob al – áud io – Transm iss ão verti cal.

1 CONDE, Joaquín Díaz-Corralejo, Aportaciones de la Didáctica de las lenguas y la Culturas, Vademécum para

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visu al (S. G. A. V.) In t eracção o ral e gestu al impo rtant e. Modelos con tex tu alizados atrav és d a tecnol o gi a: víd eo , magn eto fon e. Consid eram-se as q u atro d est rez as: ouvi r, falar, ler e es crev er. O fim é sab er é comu nicar nas situ açõ es quoti dianas. P ro gres são grad uad a y modi ficáv el . A lín gua fal ad a tem prio ri dade. A m el hor co rrecção fon éti ca ex ist en te. Av ali ação sumativ a.

Enfoqu es comu nicati vos (Ni veau Seuil )

Transm iss ão horizo nt al. In t eracção oral, es crit a e gestu al. Mod elos cont ex tualizados na situ ação d e comuni cação. Utilização d e docum en tos aut ênti cos e d a tecn olo gi a: víd eo , áud io, int ern et. Trat am-se as quatro d est rezas , p ri orid ad e à o ral , mas int ro du ção rápi da d a es crit a. Pro gress ão ad apt ad a e adapt áv el às necessid ades dos aluno s. A fin alid ad e é a com pet ênci a com uni cativ a e cult ural. Concep tu alização e sistemat ização dos co nh ecimentos .

Reutil ização do aprend ido na lín gu a m at erna e/o u outras l ín guas est ran gei ras. Av ali ação fo rm ativ a e sumativ a.

Enfoqu es po r t arefas e po r proj ecto s (Qu adr o eu rop eu co mu m

Transm iss ão horizo nt al. In t eracção oral, ges tual e es crita.

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de ref er enci a p ara a s lín guas : apr endi zag em, en sin o, a va lia ção )

Mod elos cont ex t ualiz ado s y utilização d e todo ti po de t écni cas e d ocum ento s.

É um in strum ent o d e planifi cação q ue p ropo rci on a uma bas e e u ma lin guagem com um p ara des crever obj ectivo s , met odo lo gi as e av ali ação. Utiliza-s e em to da a Europ a para el abo rar cu rrí culo s (em Esp an ha, a n o va E.S.O., p or ex empl o), ex am es, man uais e pro gram as d e form ação dos docen tes. Defin e i gualment e as com pet ên ci as p ara m edi r at rav és de nív eis comun s, ao lo n go d a vid a, a pro gres são de cada al uno e com parar as quali fi cações, facili tando a m o bilid ad e aos eu rop eu s.

Enfo qu es Alt ern ativo s:

su gestõ es

Enfoqu e psi col ó gi co de mar co

agra dá vel e d e aus ên ci a d e fracass o p ara evi tar o s tress d e

tod a a ap rendiz agem . Uti lização de identid ad es sim ulad as. A mú si ca cl ássi ca co mo fund o para activ ar ritmo s das ond as cereb rais qu e facili tam a aquis ição. P ain éis p ara facili tar a ap rendizagem da gram áti ca po r impregnação. Tex tos , di álo gos e mat erial p ré-fabri cad o. Av ali ação fo rm ativ a.

Méto do n atu ral Transm iss ão verti cal. Prio rid ad e à co mp reens ão oral e

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es cri ta; a ex p ress ão chegará d e fo rma na tura l n o seu mom ent o. Im ers ão n a lí n gu a es tran gei ra. S em ap rendiz agem gramati cal (num prim ei ro m om ento ).

Utilização d e docum ento s aud iovi su ais (t elevis ão, rádi o, et c. ) aut ênti cos. Pro gress ão adapt áv el, ap rendiz agem da aut onomi a. O períod o do sil ên cio: o alu no t em que receb er su fi ci ente in fo rm ação (inp ut ) ant es d e po der ex pres sar-se. Os filt ros afecti vos : a motiv ação, a relação pess oal com a lín gu a est ran gei ra e a ap rendiz agem co nsci en te. A hipót es e d o monito r: os ob stácu los à comp reens ão e à ex press ão quando s e d á prio rid ad e à fo rm a.

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A l g u n s mo d e l o s p e d a g ó g i c o s d a d i d á c t i c a d a s l í n g u a s

Se quis ermos d efini r o termo di dá cti ca damo -no s co nt a da ambi guid ad e que ex ist e nas d efini çõ es recolhi das n os dici on ári os de lín gu as:

a) Trat a de i nst rui r, ensin ar (Oxf ord Adva nced l ear ner’s Di cti onna ry o f

Curr ent Eng lish ,19 7 4,Ox ford Univ ersit y Press:2 39 )

b)Part e d a pedago gia que se o cu pa d os méto dos e técni cas de ensin o (Di ccio nari o di dá cti co de espa ñol , 1 993 , Madri d, S M: 4 10 )

c) Qu e trat a d e ins truir, qu e tem um a rel ação com o en sino (Petit Rob ert , 1981 , P ari s, Le Ro ber: 5 37 ).

2 CONDE, Joaquín Díaz-Corralejo, Aportaciones de la Didáctica de las lenguas y la Culturas, Vademécum para

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Para obt er um a d efini ção co rrect a e precis a t emos qu e reco rrer a dici on ári os esp ecífi cos q ue co nt empl am a diferen ça ent re um a dis cipl in a aut ónom a e um a di sciplin a d ep end ent e n u m mod elo hi erárq uico:

a) Termo s em elh an te à lin guísti ca ap licad a d a primeira geração (lin guíst ica apli cad a de s egund a geração – qu e resp ond e a u ma n ecessid ad e meto doló gi ca p reci s a – e m eto dolo gi a d o ensin o das lín gu as – a parti r dos prin cí pios d a p si col o gi a, da so ci o lo gi a, da p ed ago gi a, uti lizan do pro cedim en tos e t écnicas ad eq uadas d an do o ri gem à elabo ração d e m éto dos e de m an u ais u tilizáveis n a aul a). É um a d isci plin a s e en qu ad ra n um conj unt o de enfoqu es científi cos rel acio nados co m o en sin o d as lín g uas e reserv a um esp aço destin ado às abo rd agen s d a li n guí stica, da psi col o gi a, da s ociolo gi a e da p ed ago gi a. P reten de n ão s e s ubm et er a est as di sci plin as m as sim arti cul ar-se n el as. (Di ctio nna ire d e Di da ctiq ue d ês Lan gu es, 1 976 , Pari s, Hach ett e: 150 )

b)É um con junt o de méto dos , de t écni cas e de p ro cedim ent os para o ensi no. A di dácti ca geral trat aria da din âmi ca da au la. A d id áctica esp ecí fica interes ar-s e-ia no en sino de um a dis cipli na. Co mo f az er? Es ta é a preocup ação da did ácti ca. (Vo ca b ulair e de l’ed ucatio n , 19 79, Paris , P UF:1 59).

Só nos anos oit ent a, do sécul o pass ado , se esp eci fi co u a evo lu ção da did ácti ca. Ent re os anos 196 8 e 1 977 po d emos an alis ar a su a evolu ção:

• Qu estio n am-se o s méto dos, os p ro cedim ent os e as t écnicas que t odo o pro fess or d ev e el abo rar e ap licar n a aula;

• Qu estio n am-se as ci ên ci as da lin gu agem, d a com uni cação , d a edu cação, da so ciol o gi a e da ps icol o gi a;

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• Mais tard e, refl ectindo sob re a co mplex id ad e d a sit uação d o ensi no/ ap rendiz agem das lín gu as e cult uras, é imp erati vo o nas cim en to d e uma dis cip lin a aut ón oma e cap az d e abarcar t al com plex id ad e.

Segu ndo Galiss on (1 990:1 80 -11 0) a im po rtân cia da did ácti ca das l ín guas e cult ura resid iri a na:

a) Sua t rans vers ali dade.

b)Seu en caix e no sist ema ed ucati vo.

c) Sua co erên cia int ern a.

d)Sua esp ecifi ci dade n o terren o do ensi no – ap rendiz agem d as lín gu as e das cultu ras.

Assim , as su as fu nçõ es seri am:

a) Constit uint e das categori as edu cativ as e d os mo dos op erativo s.

b)Av ali ativ a, i nv ent ari o de parâm etros a t er em cin ta na gest ação dos mod elos e d os m at eri ai s qu e res pon d erão às n eces sid ad es dos client es e melh orarão o acess o ao co nh ecim ento d as lín guas e cult uras .

Podem os, po rtanto , con clu ir qu e a d i dácti ca é um a d is ciplin a jov em , aut ónom a e com u ma vi são epist emo l ó gi ca ho rizont al, enco ntrando -s e ao mesm o n ív el da lin g uísti ca e d a did ácti ca geral. Util iza-s e, frequ ent em ent e, no ensi no - ap ren dizagem das lín gu as es t ran gei ras .

Se p ro cu ramo s um a d efini ção d e d id áctica d as l ín guas vejam os as seguint es op iniõ es: Álvarez Ménd ez (1998 ) e Widd ows o n (19 98): a su a interp retação é d em asi ado red utiv a; C amps (199 8:34 ): ap esar d e red utiv a

(17)

17

esp aci o d e acci ón s obr e lo s pr o cedimet nosd e en señan za y d e fo rmaci ón (… ) una dis cipli na de in ter ven ción en el ca mpo so cial ; Mendoz a (19 98:C ap . IV)

abo rd a a int er ven çã o/apli ca çã o , d a evolu ção lin guísti ca /cogni tiva do

apr endi z e das cara cterísti ca s p ro cess uais do s cont eú dos obj ecto de apr endi zag em – o qu e imp lica uma ab ertu ra a out ras dim ensõ es d a

ap rendiz agem. O C ons elho d a Eu rop a, no Qu adr o C omu m Euro peu de

Ref er ên cia pa ra as L íngua s: ap rendiz ag em, en sino , a va lia ção , p rop õe abo rd ar

o un iv erso do ensin o/apren dizagem d e u m po nto d e v ist a afectivo , m ent al e volitiv o, isto po rqu e, h á q ue consi derar a pl uricultu ralid ad e da did áctica do ensi no/ ap rendiz agem das lí n gu as e d as cult uras; J eremí as (1998: 78 ) p rop õe

um co nceit o d e didá cti ca das lín guas qu e t en ha em cont a q u e o s si gnifi ca dos não estão n o dis cur so e qu e os pro cess os de int er acçã o na aula (… ) geram oport uni dad es par a nego ciar ess es si gnifi cad os ; Ll ob era (1 998: 369 -3 81 )

ap resent a uma hipót ese, t amb ém restri tiv a, bas ead a n as p rop os tas cons trutiv as e n a plu ri cult urali dade:

O a pr endi z das líng uas est ran geiras n u ma Eur opa pl urili ng ue tem co mo obj ecti vo a aquisi çã o da co mp et ên cia co muni ca tiva e cultur a l que fa cilit e a intera cção media nt e o us o d e l íng uas dif erent es da lín gua 1.

(… ) O obj ecti vo fin al do ensin o d e tod as as lín gua s (… ) presentes no sistema ed ucati vo s eria o d e p er mitir o des en vo lvi mento de indi vídu os co m co mp et ên cia p lurili ngu e e plu ricultu r al (… ), qua ndo fa lamo s (da di ta co mp et ên cia ) r ef eri mo -nos a u ma di men são hu man a e a uma linguís tica qu e afecta os co nh ecimentos s obr e a L1 e a s outr as lí ngu as qu e ca da i ndi vid uo con hece.

Puren (199 9:26 -4 1) defen de q ue a di dácti ca d as lí n gu as e cult uras est ran gei ras tem un a n atu rez a compl ex a, uma vez q ue o s seus co nstit uint es fun dam entais (o ens ino/ ap rendiz agem das lín gu as e cultu ras, os pro fesso res , os al uno s, o s edito res, os auto res d e man uai s, os resp on sáv eis polít icos, admi nist rativo s e p edagó gi co s in stitu cio nais , o s fo rm ado res, os i nsp ecto res, os did act as, as famí lias , a p ro blemát ica – quem? , a quem? , por q uê? , qu e? , com qu ê? , como? , em qu e co ndi çõ es? -, os con ceitos t eó ri cos esp ecífi co s, et c. ) est ão fo rm ado s a p arti r d e el em ent os pecu liares e um en foqu e si st émi co.

(18)

18

Todo s est es m od elos são mero s ex em plos e su gestõ es n a apli cabili dad e do ensi no / ap rend izagem de l ín guas estran gei ras e cultu ra. O pro fess or poss ui vários m od elos e s oco rre-s e d est es s empre qu e entend e s er n ecess ário d e fo rma a co mpl em entar o seu pr ópri o mod elo d e aco rd o co m as su as necessid ades e as s it uaçõ es de ensi no / aprendiz agem.

Todo o p ro fesso r d eve ser cons ci ent e da com plex id ad e do act o di dácti co e da in flu ên ci a qu e s emp re ex iste n a el ei ção m eto dol ó gi ca e did ácti ca. O docen te é co-resp ons áv el na form ação d e cad a in diví duo poi s é el e q ue realiza as es col has m etod oló gi cas e did ácticas ex perim ent an do-as a p art ir da in fância e d os an os de estud ante.

O d ocent e ao t ransp or a seu con hecim en to fá-lo carregad o d e um a carga soci al , edu cativ a e emo tiv a. A Tran s posi ção Did ácti ca é um a reflex ão pro fu nd a en tre o saber teóri co e o saber en sin ado . A TD é, de certa fo rma , uma no ção ab st ract a e u m p ro cess o q ue m uitas d as v ezes p ass a desapercebid o e n em s emp re é fácil ex press á-la pois carece d e s olu çõ es moment ân eas ad apt ad as a cad a con tex to ed ucati vo e a cada sit uação d e ensi no / ap rendiz agem.

A av ali ação na di dáctica do ensin o / ap rendizagem d as lí n gu as e cult uras é tamb ém um p ro ces so amb í gu o e d e mud an ças pont uai s dep end en te d e situ ações no v as, de pro fess ores, alun os e teó ri cos qu e en frent am o qu otidi an o de trab alh ar gru pos h et ero gén eos .

Est ará p ara b rev e u ma mud an ça p ro fun da d e caráct er qu al itati vo, ist o porqu e, est am os perant e m ud an ças i nsti tuci on ais qu e i rão homo geneiz ar, a nív el eu rop eu, o ens ino / ap rendizagem e av ali ação d as lín g uas e cult uras . O

Qua dro Co mu m Eu rop eu d e Referênci a para a s língu as : aprendiz ag em, ensi no, avalia çã o marca um p as so qu e modi fi cará a red acção d os t ex tos

institu ci on ais, as no vas leis, os m an uais , a fo rm ação in ici al e co ntínu a dos docen tes, a in vesti gação e p rin cip alm en te o trab al ho d es en vol vido na sala de aul a. Este é o marco que dit ará a fu tu ra mud an ça n a di dácti ca das lín guas e das cultu ras.

(19)

19

3.

Metodologia didáctica do ensino de uma

língua estrangeira.

Os t ermos ap rendiz agem e aqui si ção s ão frequ en tem en te empregad os d e fo rma di stint a. Ora v ej amos:

a) Aqui sição: é utiliz ado no âm bito d a lín gua m at erna (L1 ) po is tod as as outras lí n gu as (L2 ) não s e ad qui rem, apren dem-s e. Al gu ns es peci alist as defend em qu e a aq ui sição d e um a L2 é feit a de fo rm a simil ar à L1 , ou s ej a, por simp les cont acto directo .

b)Ap rendizagem: p ress upõ e o est udo da L2 , no rmalment e, n a aula e com pro fess or, ex pli caçõ es gram ati cais, ex ercí cios d e con hecim ento ex plícito da lín gu a e simul ação d e si tu ações p ara fom ent ar o di álo go na L2.

3.1 Metodologias: o conceito de método em três casos –

método tradicional, método directo e método áudio - oral

O mét odo n o en sino das lí n gu as foi e co ntinu a a s er um tem a cent ral. Ao lon go d a his tó ria do ensi no das lín gu as s ão i núm eras as teori as d es en vol vid as e q ue d efend em u m o u out ro m étod o.

Ant es d e con tinu ar vej amo s a defi nição de m éto do p ro post a p elo Gra n

diccio nari o de u so d el es pañ ol a ctua l (2 001 ): Man er a sist emática y or denad a de ha cer o ll evar a ca bo alg o. C onj un to d e ej er ci cios t écnicas, regla s y pro cedimientos us ad os p ara la en señan za o el apr en dizaj e de algo.

Perant e a di fi cul dade em d efini r o conceit o d e métod o su rgiu um a impo rtant e co ntri bui ção de Anth on y (19 6 3) qu e di feren cio u e hierarquizou o s con ceito s d e en foq ue, métod o e t écni ca. Assim , o enfo qu e mantém -s e no nív el dos p rin cíp ios e d a concep tu alização: aq u i se esp ecifica a n atu rez a do qu e é o ensi no e a aprendizagem; o métod o, num nível m ais ab aix o, diz resp eito aos

(20)

20

mat eri ai s li n guí sti co s, p ro cedim en tos e man ei ras at ravés d as qu ais s e p od em apli car os p rin cípi os ex post os no en foq ue; técni ca é o conj unt o d e activi dades através d as qu ais o méto do se con cretiz a nas aul as.

Assim o méto do é uma das três cat ego ri as qu e está i nserid a num a meto dolo gi a, num d etermin ado con junt o de p rin cípi os e acom pan hado po r um con junt o d e técni cas e activi dades.

Ap resentamos, em s egu id a, t rês dos m ét odos mais co nh ecid os n o s écul o XX – tr adi cio nal , di recto e áu dio – o ral.

O mét odo tra di cion a l fo i o mais u tilizado no sist em a es col ar regrado. O métod o dir ecto co nstitui u o maior des afi o p erant e o m éto d o tradi cio nal nos fin ais do s éculo XIX e p ri ncí pios do XX.

O mét od o áudi o – oral inv adi u as escol as d e fo rm a sist emática e qu as e univ ersal, p or m ei o dos li n gui stas, a m eado s do sécu lo XX, apó s a S egund a Gu erra M undi al .

A an áli se d e cada um dos m étod os nos três com pon en t es p rop osto s permit e proceder a u ma d es cri ção clara e precis a e uma com p aração qu e põ e em relevo as su as s emelh an ças e di feren ças.

Co mp on entes Métod o

tradicional Métod o di recto

Métod o áudi o – ora l

Teó ri ca

Prin cípio s s obre a língua

1. A lín gu a é um con junt o d e regras (com as suas ex cepçõ es).

Prin cípio s sobre a lín gua

1. Parece n ão ex istir um a teo ri a lin guí sti ca ex press a sob re o qu e se

ent en de po r lín gu a.

Prin cípio s s obre a língua

1.A lín gu a é um con junt o d e est rut uras

hierarqui camente organiz ad as qu e tem com o

fin alid ad e a transmi ss ão de

(21)

21 2. A lín gu a

es cri ta const itui o po nto d e partid o ú nico. 3. O mo delo de lín gu a resid e nos t ex tos literári os e de pes so as cul tas

Ent end e-s e que a lín gu a é um

instrum ento d e com uni cação prio rit ari amen te oral e secun dari am en te es crita.

2. A lín gu a oral preced e a es cri ta. Este é a o rd em nat ural de ap rendiz agem. 3. Não s e part e de mod elo s d e lín gu a cent rados em tex tos literári os. A lín gu a quoti diana e de cad a dia, tal e qu al ap arece em situ ações d e com uni cação , parece s er o mod elo, p elo

si gni fi cado. A est rut uração d a lín gu a dá-s e em três n ív eis: fon oló gico, morfol ó gi co e sint áct ico (o nív el sem ânti co é

men os relevant e).

2.A lín gu a é prim ei ro oral , dep ois es crit a.

3.O mo delo de lín gu a é o q ue result a da obs ervação e an ális e ci entí fi ca da produ ção lin guí sti ca po r part e d os fal antes.

(22)

22 4. As regras d a gram áti ca con stitu em um todo fo rmalizad o, presid ido p ela ló gi ca e

obs ervável d e man ei ra

esp eci alm ent e perfeit a nos tex tos li terári os ou n os es critos e fala d as pes so as cul tas .

men os n a aula.

4. As regras d a gram áti ca ap rend em -s e por ind u ção, medi ant e o uso.

5. As p al av ras ass oci am -s e directamente aos obj ecto s que as

repres ent am , esp eci alm ent e na su a fo rm a fóni ca. 6. As p al av ras e o s eu si gni fi cado 4.As regras d a gram áti ca têm com o fin alid ad e ord en ar o s div ers os

el ementos com a fin alid ad e d e pro duzir p al av ras o fras es.

5.(Em mod elo s post erio res ) O si gni fi cado das pal av ras co bra pleno s i gni fi cado na situ ação o u con tex to em qu e usam .

(23)

23

est ão semp re ass oci ad as a um cont ex to ou si tu ação .

Prin cípio s s obre o en sino e a aprendizag em

1. A

ap rendiz agem das regras gram ati cai s atin ge-s e melh or at rav és de um process o ded utiv o. 2. A ap rendiz agem da gram áti ca (asp ecto fo rmal d a lín gu a) ajud a a des en vol ver a cap aci dade ment al e intel ectu al do ser h umano. Prin cípio s sobre o ensino e a ap rendi za g em 1. A ap rendiz agem das lín gu as efectu a-s e d a mesm a man ei ra qu e a lín gu a mat erna: induti vamente, medi ant e a práti ca. 2. A ap rendiz agem ex plíci ta d a gram áti ca ex clui u-se. Deve s er induti va, através d a práti ca.

Prin cípio s s obre o ensino e a aprendizag em 1. A ap rendiz agem con sist e na fo rmação d e háb itos , os q uai s result am da repetição con tinu ad a e insist ent e. A ap rendiz agem é induti va. 2. A ap rendiz agem ex plíci ta d a gram áti ca n ão se con tem pl a: adq uire-s e induti vamente através d a práti ca.

(24)

24

3. A

ap rendiz agem dev e ser semp re con sci ente.

4. O mo delo de

ap rendiz agem fun dam enta-s e mais n as característ icas dos ad ultos que n a d as cri anças . 5. O pro fess or é o prot agoni sta e a aut ori dade n a aul a. Como t al, con stitui o mod elo para o alu no. 6. O alun o é um agent e 3. A ap rendiz agem não t em porqu e s er uma tarefa con sci ente, obtid a medi ant e abst racção .

4. A

ap rendiz agem fun dam enta-s e em pro cess os cop iados d a et ap a in fantil do s er hum ano . 5. O p ro fesso r é o mod el o d a turm a, mas em interacção com os al uno s. 6. O alun o parti cip a na 3. A ap rendiz agem lin guí sti ca n ão cost um a s er o fruto de um pro cess o

con sci ente, m as o que res ult a d e actos rep etiti vos .

4. O mo delo de ap rendiz agem fun dam enta-s e em

prin cípi os ci entífi co s exp erimen tais ,

tomados d a ap rendiz agem ex perim ent al co m anim ais .

5. O p ro fesso r é o prot agoni sta e o mod elo na aul a com o m edi ad or.

6. O alun o é u m agent e pass ivo e

(25)

25 maio rit ariamen te passi vo q ue dev e as simil ar o qu e o pro fess or lh e transmit e. 7. A p ráti ca do id iom a segue a ap rendiz agem da teori a. aul a respo nd end o ao est ímul o e à i nteracção do p ro fess or. 7. A p ráti ca com o idi oma con stitui a bas e e ess ên ci a do méto do. acti vo , q ue d ev e parti cip ar con tinu am ent e nas acti vid ad es da au la. 7. A p ráti ca con tinu ad a e repetitiv a é a bas e do mét odo e ten de à

con soli dação de

hábit os linguí sti cos .

Teo ria soci olinguí sti ca

1. O cont ex to não se t om a em con sid eração.

2. O ensi no ori ent a-s e a gru pos s elect os que cultiv am os v alo res intel ectu ais .

Teo ria soci olinguí sti ca

1. O cont ex to situ aci on al da com uni cação é o m eio em qu e se desenvol v e o ensin o. 2. O o bject o d o ensi no é a lín gu a quoti diana. Teo ria soci olinguí sti ca

1.O ensi no das lín gu as entend e-se a grupo s soci ai s di vers os, não s e lim ita a gru pos s elect os.

2.O mo delo da lín gu a deve s er uma am ost ra repres ent ati v a do u so real qu e del a fazem os fal antes.

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26

mod elos

fun dam entados em atit ud es norm ati vas.

Prin cípio s d e ges tã o do en sino

1. A gest ão da au la é unil ateralm ent e d efini da e diri gid a p el o pro fess or ou pel a aut orid ad e es col ar.

2. A

parti cip ação dos alu nos é circunst an ci al (n a p ráti ca). 3. Os erro s não s e t oleram. Prin cípio s d e ges tã o do ensino 1. A gest ão d a aul a é unil ateral, defini da e diri gid a p el o pro fess or, q ue dev e most rar-se rar-sem pre activo e em movim ent o.

2. A p arti cip ação dos alu nos est á prom ovi da e gui ad a em todos os momentos pel o p ro fesso r.

3. Os erro s est ão subo rdi nados à efi cácia

com uni cativ a.

Prin cípio s d e ges tã o do en sino

1.A gest ão d a aul a é u nil at eral, defini da e diri gid a p el o pro fess or ou pel a aut orid ad e es col ar.

2.Os alu nos parti cip am activ am ent e n a repetição d e est rut uras, gui ados p elo pro fess or.

3.Os erro s

co rri gem-se d e imedi at o p ara não cons olid ar maus h ábit os.

(27)

27 Compo nente 2 Objectiv os d e aprendizag em a) Objectiv os linguísticos gerais 1)Ser cap az de ler t ex tos literári os n a lín gu a ap rendi da. 2)Ser cap az de traduzi r d a lín gu a ap rendi da p ara a lí n gu a

mat erna e vi ce-vers a.

3)Us ar a lín gu a ap rendi da com o

instrum ento d e com uni cação , prim ordial ment e n as d est rez as de ler e es crev er. Objectiv os d e aprendizag em a)Ob jectiv os linguísticos gerais 1)Ser cap az de usar o id iom a em s itu açõ es hab itu ais da vid a quoti diana. 2)Dar prio ri dade à lín gu a oral (escut ar e fal ar). 3)Propi ci ar q ue o alun o p en se na lín gua qu e ap rend e medi ant e o uso ex cl usiv o dest e idio ma na au la. Objectiv os d e aprendizag em a)Objectiv os linguísticos gerais 1) Ser cap az de com uni car-s e oralm ent e na lín gu a

ap rendi da.

2) Prio rid ad e às dest rezas d e es cut ar e fal ar.

(28)

28 b) Objectiv os linguísticos esp ecífi co s 1)Memo riz ar regras e norm as d a lín gu a estu dad a. 2)Ap rend er list as de vo cabul ário que p ermit em fo rmar frases medi ant e a apli cação d as regras ap rendi das. 3)Ap rend er as regras e ex cep çõ es de orto grafi a, morfol o gi a e sint ax e. b)Objectivos linguísticos esp ecífi co s 1) Ad qui rir um a boa

pro nun ci ação, à qual s e dá impo rtância prio rit ári a.

2) Ap rend er o vo cabu lário necess ári o para s e com uni car nas situ açõ es quoti dianas. Is to é, vocab ul ári o em co ntex to . 3) Ap rend er fras es usu ai s e útei s us adas na

com uni cação .

b) Ob jectiv os linguísticos esp ecífi co s 1)Ap rend er medi ant e repetição as est rut uras e pad rõ es b ási cos da lín gua

estu dad a, a nív el fon oló gico, morfol ó gi co e sint áct ico.

2) Ap rend er o léx ico n eces sári o para po der

utilizar as est rut uras

co rres pon dent es.

3) Ap rend er fras es medi ant e a

memo riz ação d e diál o go s

ex press am ent e el abo rado s.

(29)

29

d) Ob jectiv os d e ges tã o do en sino

1) A gestão d o ensi no es tá subo rdi nado ao cri tério d a aut ori dade

edu cativ a ou à do pro fess or.

2) O profess or partilh a o s ab er e o alun o con vert e-se num recepto r pas sivo . d) Ob jectiv os de g es tã o do ensino 1) Gest ão do ensi no dep en d ent e d o cri tério do pro fess or qu e actu a n a au la. 2) P arte-s e de obj ecti vos n ão necess ari am en te defini dos com precis ão. O pro fess or goz a de gran de liberd ad e para reori entar e organiz ar a aul a. d) Ob jectiv os d e ges tã o do en sino 1) Gestão d o ensi no at en dendo a critério s ci entí fi cos rel ati vos t anto à nat ureza d a lín gu a com o à nat ureza d a ap rendiz agem do ser h umano em geral. 2) Os o bj ectivo s vêm d efi nido s pel os li n gui st as e o p ro fesso r actu a com o agent e medi ad or, s em que d ev a m ud ar nem obj ectiv os nem acti vid ad es. O alun o actu a segund o p au tas similares.

(30)

30 C o m p o n e n te 3 Tipologi a d e activid ades

1)Memo riz ação de vo cabul ário.

2)Memo riz ação de regras. 3)Ex plicação bas ead a n a gram áti ca e n as suas regras . 4)Ex ercí cios d e fo rmação d e fras es d e acordo Tipologi a d e activid ades 1) Uso d e obj ect os, des en hos ou gest os para transmit ir o si gni fi cado de pal av ras ou fras es . 2) Utilização de técni cas d e dem onst ração e n ão d e ex plicação para faz er com preend er al go aos alu nos. 3) Nun ca s e utiliza a tradu ção para a lí n gu a mat erna do alu no. 4) Utilização da técni ca de pergu nt a - Tipologi a d e activid ades

1)Memo riz ação d e diál o go

est rut uralm ent e con di cion ad os e ped ago gi cam ent e ad apt ad os.

2)Rep eti ção de est rut uras medi ant e técni cas o u pro cedim en tos vari ados : - m edi ant e repetição d e pad rõ es; - m edi ant e repetição d e pad rõ es no s q uai s se subs titui um ou mais el em ent os est rut uralm ent e equ iv alent es; - m edi ant e

trans fo rm ação d e fras es

est rut uralm ent e idênticas ;

(31)

31 com as regras

ap rendi das.

5)Ex ercí cios d e tradu ção direct a e i nv ers a.

respo sta como bas e

fun dam ental da do cên cia. 5) Recurso esp orádi co ao ditado e à leitu ra d e tex tos qu e lo go serv irão de base p ara con vers ar e cl ari fi car o con teúdo . - m edi ant e a refo rmu lação de fras es; - m edi ant e a redu ção d e du as fras es num a; - m edi ant e a ex pan são d e um a fras e em du as; - m edi ant e o recu rs o à t écni ca de pergunt a-respo sta so bre mod elos

equ iv alent es; - m edi ant e a trans ferên ci a d os pad rõ es adqu iri dos a con tex tos

sem elh ant es .

Elemen tos pedag ógi cos no

des enho d e activid ades

1) A

ap rendiz agem é d ed utiv a: fun dam enta-s e no raci ocí nio e na

Elemen tos pedag ógi cos no

des enho d e activid ades 1) A ap rendiz agem é i nduti va, isto é, d ev e est ar en raizad a na Elemen tos pedag ógi cos no

des enho d e activid ades 1)A ap rendiz agem é i nduti va: d ev e surgir d a práti ca.

(32)

32

memo riz ação . práti ca.

2) As activid ades dev em impli car semp re a práti ca interact iv a, esp eci alm ent e oral. 2)As activi dades dev em s er repetitiv as , p ara pro piciar a fo rmação d e háb itos lin guí sti cos .

Elemen tos psico lógi co s para determina r

pro ced i mentos

1) A p ossí vel com peti tivi dad e ent re alun os.

Elemen tos psico lógi co s

para determina r pro ced i mentos

1) Im pli car os alu nos n a ap rendiz agem medi ant e a interacção prom ovi da pel o

pro fess or.

Elemen tos psico lógi co s pa ra

determina r pro ced i mentos

1) Uma v ez q ue a docên ci a j á está ab ran gi da po r um pro cedim en to ci entí fi co, os fact ores d e o rd em psicoló gica n ão ser cost um am t er em co nta.

Elemen tos mo tivad ores

1) A p ossí vel com peti tivi dad e ent re o s alu nos e o des afio Elemen tos mo tivad ores 1) Uso, des de o ini cio, da lín gua qu e se ap rend e. Os alu nos sent em

Elemen tos mo tivad ores

1)Não s e con sid eram ex plici tam ente.

(33)

33 intel ectu al pod e incenti v ar a ap rendiz agem. de imedi ato a utilid ad e do que apren d em.

2) In t eracção com uni cativ a e p es so al com o el emento motiv ado r.

3) Recurso aos obj ecto s reais ou

des en hos p ara sus cit ar

interess e, ao mesm o t emp o que s e facili ta a

com preens ão .

Elemen tos pro ced i mentais

rela cionad os co m o contex to

prag má ti co e soci olinguí sti co

1) Us a d a l ín gua mat erna do alu no com o

Elemen tos pro ced i mentais

rela cionad os co m o contex to

prag má ti co e soci olinguí sti co

1) Uso d a

lín gu a qu e s e ap rend e.

Elemen tos pro ced i mentais rela cionad os co m

o contex to prag má ti co e soci olinguí sti co

1) Uso ex cl usiv o da lín gua qu e se ap rend e.

(34)

34 regra geral. 2) As p ráti cas deriv am dos requ erimentos da gram áti ca ap reen did a, 2) A int eracção des en vol ve-se em to rno de situ açõ es ou

acont ecim ent os d a vid a quoti diana.

2) As p ráti cas n ão deriv am

necess ari am en te do u so real ou situ aci on al.

Elemen tos de planifica çã o e ges tã o da s activid ades na aula 1) Sequ en ci ação das activid ades segund o o esq uem a: ex plicação – com preens ão – ex ercí cios . 2) Os ex ercí ci os semp re seguem a ex posi ção Elemen tos de planifica çã o e ges tã o da s activid ades na aula 1) As activid ades dev em seguir-s e umas às outras at end en do à ord em nat ural da com uni cação est ab el ecid a. 2) A t eo ri a sob re a lín gu a não s e ex plica. Elemen tos de planifica çã o e ges tã o da s activid ades na aula 1) A pl an ifi cação do con teúdo dev e ser minist rada d a seguint e fo rm a: ex posi ção – repetição /ex erci cios / ex ercí ci os – cons olid ação – trans ferên ci a.

2) A t eo ri a lin guí sti ca nun ca s e ex plica.

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35 teó ri ca. 3) Os erro s n ão se t ol eram: co rri gem-se de imedi ato. 4) O p ro fesso r mant ém prot agoni smo norm ati vo, não interact ivo . 3) A atitu de perant e o s erro s n ão é drásti ca. 4) O

prot agoni smo do p ro fess or con cretiza-s e em activid ades interact iv as. 3) Os erro s co rri gem-se d e imedi at o (p ara evit ar a s ua con soli dação ).

4) O p rot agonis mo do p ro fess or é norm ati vo e interact ivo (so bretu do em ex ercí cio s d e repetição ).

O Método Di recto p ode ser con sid erad o o pri mei ro m ét odo d e ensin o d e uma lín gu a es tran geira q u e at rai u a atenção do s profess ores de lín gu as e esp eci alist as . Após al guns est udo s, ch egou -s e À co nclus ão que o Métod o

Directo era um mét odo bast ant e i nov ad or qu ant o ao pro ces s o d e en sino , m as

com al gum as l acun as na base sist em áti ca d a teori a li n gu ís tica. Ap es ar de tudo, este métod o encamin hava o ens in o d as lí n gu as para uma nov a era d a meto dolo gi a.

Após a imp lem entação d o Método áudi o – ora l veri fi cou -s e que os alun os revelaram grand es difi cul dad es em t ransferir e ap licar o s co nh eci mentos adq uirido s dentro d a sala d e aul a p ara o mundo real e em comu ni car em situ ações reais, l ev and o à desmoti vação e à ins ati sfação. Est e mét odo de ensi no fo i i gualment e criti cado po r n ão poss uir um a bas e só lida ao n ív el d a teo ri a d a lín gua com o d a ap rendiz agem.

Nenhum a d es tas m eto dolo gias é co ns iderad a p erfeit a ou efi caz n a total id ad e. Dest e m odo, é necess ário s el eccio n ar, ad apt ar os as pecto s mai s van taj oso s de cad a méto do e ad eq uá-l o s à metod olo gi a im plem ent ada p el o pro fess or q u e p ro cu ra i r ao en co ntro d os int eresses, d ifi culd ad es e meio

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soci ocultu ral d o gru po d e alu nos qu e lh e foi at ribu ído , b as eand o-se n as s uas ex peri ên ci as, co nh eciment os, cren ças, v al ores e na edu cação .

4.

Diferenças entre a aquisição da L1 e

aprendizagem da L2.

Est a di feren ça ou similitu de entre am bas as apren dizagens o ri gi nou inúm eras pol émi cas, po r m ais su rp reen d ent e qu e p oss a p arecer. Vej amo s a distin ção qu e s e segu e:

Uma cri an ça ad qui re co m êx ito tot al , em con di çõ es no rmais u ma L2, j á um adu lto t em um a ap rendiz agem red uzid a. No ent ant o, ex iste u ma gran de vari ed ad e n a velo cid ad e d e apren dizagem e nos res ult ados fin ais.

Nos p rim ei ros anos de v id a a cri an ça restrin ge o s eu m und o ao aqu i e

agor a, p ossu i p arâm etros s ufi ci ent es para s atis fazer as su as necessid ades d e

com uni cação . No caso d o ad ulto, est e neces sit a sati sfazer dis cu rsos m ais com plex os m esmo q ue os s eus recu rs os na L2 n ão s ej am adequados p ara ess e momento.

Ao co ntrário do ad ul to, a criança não s e preo cup a com o s erros com etid os. O adult o, p or s ua v ez, tem o utros fact ores lh e d ifi cu ltam a aprendiz agem n a L2 , a s ab er: a moti v ação, a ini bição, a aptid ão, a perso n alid ade, a so ciedad e, a con sciênci a d e p ert en cer a um a t urm a.

O menino não n ecessita de i nstr ução f orma l p ara alcan çar o nív el d e nati vo n a s ua l ín gu a m atern a e o fact o de s e lh e co rri gi rem os erros nem semp re t êm rel ev ância. O adul to, pelo co ntrário, requ er in stru ção formal p ara ent en der cert os pass os q ue n ão é cap az d e capt ar po r um si mp les inp ut.

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A facul d ad e d e ap render a fal ar est á p redet ermin ad a para as cri anças e é ess e o s eu obj ecti vo. Enq uanto qu e os adult os pod em cent rar o s s eu s obj ecti vos n a ap rend izagem d a L2 p ara di verso s fins .

A ap rendizag em de u ma L 2

A grand e m ai ori a do s estud os real izad os, nesta t em ática, con front a-s e com três q uestõ es b asil ares:

• Como s e apren de um a L2?

• Por qu e é q ue ex iste tant a vari ed ad e qu an to à rapid ez e res ult ados com que os apren dizes ap rend em uma L2?

• Por qu e é q ue a m aio ria do s ap rendiz es não cons eguem ap rend er b em uma L2?

Bl e y-Vro man (1 989 ) substit uiu est as três questõ es p or um a aind a m ais pertin ent e:

• Por qu e é qu e co m bas e em ci rcuns tâncias s em elh ant es s e pod em pro duzir t ant as di feren ças no res ult ado fi nal ent re aqu el es q u e ap rend em um a L2?

As d iferenças ob serv ad as nest e p ro cesso pod em s er an alis ad as segun do três n ív eis disti ntos segund o Hulst ijn (2 0 02: 1 95 ):

• Compo rt amento: como s e realiz a a comp reens ão, o s est udo s gram ati cai s, et c.

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• Co gniti vo: co mo s e repres en ta o con hecim ento no cérebro, com o s e pro cess a qu an do l emos, ou vimo s e falamo s. Pod emo s an alis ar, tamb ém, asp ectos so ci ais e m otiv aci on ais .

• Cereb ral: estu da-s e a apren dizagem li n guísti ca de u m pont o de vist a neu ro fis ioló gica.

Na ap rendiz agem d e uma L2 o in diví duo est á ex po sto a di vers os facto res, sen do al guns d el es al hei os a s i.

Tem os o cham ad o in put o u fa cto res ext er nos q ue po dem os definir co mo a rel ação q ue o i ndi ví duo est ab el ece com o meio qu e o rod ei a, o co nt ex to e a situ ação n a q ual s e realiz a a ap rendi zagem. Est es as pectos d et ermin am indub itavelment e o ritmo de apren dizag em e o grau de pro x imidad e q ue o ap rendiz t em d a L2 .

Os f actor es int ern os são det ermin an tes u ma vez qu e dep end em d a lí n gu a mat erna, d o con h eci ment o d o mu ndo e d o conh ecim ent o li n guísti co.

Os f act or es i ndi vid u ais i dade, p erso nal id ad e, int eli gên ci a, et c.

É ex tremamente d ifí cil sab er até q ue po nto est es facto res es tão interli gados entre si, em qu e ci rcuns tânci as se in flu en ci am e s e m ant êm , ent re si, relaçõ es d e mu tu a int erdepend ên ci a.

Ex istem estu dos qu e defend em q ue a ap rendiz agem d e u ma L2 é um pro cess o inato e q ue um indiví duo ap rend e um a L2 com a m es ma n atu ral id ad e que apren d e a L1 .

Est amos em co ndi çõ es d e afirm ar q ue a aprendiz agem de um a L2 p or part e de um ad ulto é d eci s ivam ent e d istint a d a aqu isi ção d a L1 p or uma cri ança. No ent ant o, e co ntradi to riament e, as t eo ri as sob re a aq uisi ção d a L1 s ervi ram de bas e p ara a ex pli cação e comp reens ão d os p ro cess os de ap rendizagem d a L2. Os fact ores qu e ex pl icam a aq uisi ção e u so d a L2 – co mpo rt ament o, co gniti vo e cereb ral – num aprendiz adult o são fact ores su fi ci ent es para ex plicar as diferenças em rel ação à aqui sição po r parte de um a criança.

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• Os ex tern os: o con tex to e a si tu ação de apren dizagem a que o indiví duo est á su jei t o.

• O con hecim ent o: q ue o adult o t ransp ort a e q ue int erfere n a aqu isi ção d a L2 .

• Os facto res indi vid u ais: d est acand o-s e p ela su a imp ort ân ci a a idade, a apti dão e o s fact ores afecti vos .

O est udo d a ap rend i zagem de um a L2 d ev e ser abo rd ado d e uma pers pecti va ampl a e não s ect ári a.

5. O Quadro Europeu Comum de Referência para

as Línguas Estrangeiras.

O Qu ad ro Eu ro p eu C omum d e Referên ci a para as Lí n gu as é um docum ento bas e p ara a el ab oração d e manu ais, p ro gram as d e lín gu as, ex ames, lin has ori ent ad oras p ara abo rd agens m et o doló gicas n a av al iação, ensin o e ap rendiz agem na Europ a. Est e do cumento en um era e d es crev e as com pet ên ci as , as cap acid ad es, os con tex t os e os ní vei s de p ro ficiênci a q ue um fal ante d ev e atin gir de mod o a q ue lh e p erm ita u ma ap rendiz agem p ro gressi va ao lon go da su a vid a.

O QECR serv e de b as e a p ro fis sio nai s, nom eadam en te a p ro fesso res, qu e têm com o ferram ent a de t rab alh o as lín gu as eu rop ei as e diferentes sist em as de ensi no. Aqu el es q ue tutel am a Edu cação supo rt am-se d es de docum ento p ara el abo rar os s eu s p ro gram as, para o ri ent arem os profes so res e os formado res e todos aqu eles qu e d e al gum a fo rm a est ão li gado s à edu cação. O seu caráct er eu rop eís ta v em fo rn ecer um s upo rt e co mum n a ex pli cit ação d e obj ectivo s , con teúdo s, cu rs os, pro gram as, av ali ação e ní vei s d e p ro ficiênci a. Esta

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com unh ão d e indi cadores p ermit e qualificar p ess oas em di ferent es co nt ex tos de ap rend izagem e facilit ará a su a m obili dad e n a Europ a.

A pal av ra-ch av e do QECR é: comu ni cação. Poi s o Ser Hum ano é um Ser soci al e d e comu nid ad e, co mo t al , es tabel ecemos rel açõ es s o ciai s e intercult urais . É através d a li n gu agem / com uni cação qu e no s estab elecemo s na s o ciedad e, é através d ela qu e n os i dentifi camos com um a nacio nal id ad e, é por el a qu e nos d i feren ci amos na l ín gua e n a cultu ra. Assim, p art e dos edu cad ores a t arefa maj esto sa de n os aju dar a ev olui r en quanto s eres d a Europ a e do M und o.

Por últim o, o QEC R p ermi te-n os pri vil egi ar al gu mas com p et ên cias, qu e con sid eram os mais ap rop ri ad as p ara o con hecim en to d e um a lín gua n aqu ele momento, em d etri m ent o d e ou tras qu e j ul gamos ser m en os o port un as devido ao limit e d e temp o dispo nív el p ara a ap rendiz agem. Est a gestão in tel i gent e que no s é p ermiti da fazer d os pro gramas p ossibi lit a o plu rili n guismo europ eu.

5.1. Características gerais.

O QECR foi cri ad o p elo Cons el ho de Coo peração Cultu ral do Cons elho d a Europ a com o obj ect ivo b as ilar de est rutu rar o ensi no d as lí n guas e cultu ra n a Uni ão Eu rop ei a.

Assim po demos en un ci ar as su as fin alid ad es e obj ectiv os:

«• q ue o rico p at rimónio qu e repres enta a div ersid ad e l in guí stica e cult ural n a Europ a constit ui u ma v alio sa font e comum qu e co nvém p rot eger e des en vol ver, s en do necess ári os esforços co nsid erávei s no domí nio d a edu cação, d e m odo a q ue es sa div ersid ad e, em vez de ser um ob st áculo à com uni cação , se to rn e num a fo nt e de enri qu ecim ento e de comp reens ão recí procos;

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• qu e ap en as at rav és d e um m elh or con hecim en to d as l ín gu as vi vas eu rop ei as se cons egu irá facilit ar a comu n icação e a i nt eracção ent re Europ eus de lín gu as m at ernas diferentes, p or form a a promov er a mobi lid ad e, o con hecim en to e a coo peração recíp rocas n a Europ a e a elimin ar os precon ceitos

e a d is crim in ação ;

• qu e o s Estados -m embro s, ao adopt arem ou desenvol verem uma polí tica nacio nal no do mínio do ensi no e d a ap ren dizagem das lí n gu as viv as, pod eri am atin gir u ma m aio r concert ação a nív el euro peu, graças a acord os adequ ado s que vis em um a co op eração e uma coo rd enação co nst ant es das su as políti cas. »3

O Co ns elh o d e Min istro s fez ch egar ju nto dos go vern os d os Est ado s-memb ro s o d es ejo de pô r em práti ca est es pri ncípio s.

Para qu e est es p rin cípi os foss em ex eq uív eis tom aram -s e uma s érie d e medi das d e caráct er geral, a saber:

1. Certifi car qu e t od a a popu lação fos se cap az d e aced er aos i nst rum ent os / meio s qu e po ssibi li tass em a aquis ição e con hecim ent o d e lín guas europ eias, assim como op ort uni dad e d e comu ni cação para u so dess as m es mas lín guas;

2. Encoraj ar e moti var os mei os hum an os (docen tes e dis cent es ) a apli car os s eus co nh eci ment os s emp re qu e a sit uação assim o ex ij a. Pen sem os n as situ ações d e aula, na el abo ração de pl anifi caçõ es, rel at óri os e/ou fun dam entaçõ es , m at eri ais e inst rum entos de t rab alh o e, por fim , n a av ali ação.

3. In centiv ar a pesqui s a e el ab oração d e p ro gram as e m ateri ais ad equ ados ao desenvo lvim ent o da profi ci ên ci a com u nicativ a.

Conselho de Europa: Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas Estrangeiras: Aprendizagem, Ensino e Avaliação , Lisboa: Asa, 2001. ISBN: 978-972-41-2746-0, pág. 20 e 21

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Qu anto aos obj ectiv os, est es são ambi ciosos e d es afi ant es no q ue diz resp eito à p rep aração d e cid ad ão s euro peus p ro vido s de u ma gran de cap aci dade comun icativ a e dis post os a utiliz á-l a con sci ente e dem ocrati cam en te n a lut a co ntra o x en ofo bismo e ult ra-n acio nali smo . Est es são d ois mo vim ento s iden tifi cad os, p el a Prim ei ra Cim ei ra dos Chefes d e Est ado , com o obs táculos à mobili dad e e integração europ eias , são u ma fo rte am eaça à est abi lid ad e e d em ocracia europ ei a.

O QECR é, assi m, consi derado fu ndamental já qu e prom ov e o «p l u rilin gui smo » e por su a vez o «p lu ricultu ralism o » n o espaço d a Uni ão Europ ei a. É u m inst rumento q ue p ermit e: a di fus ão d e ap rendi zagens e ensin o das lín guas fal ad as nos país es-mem bro s; a mob ilid ad e int ern acion al facili tado ra d e u m maio r acesso à in fo rmação , à cult ura, à div ersid ad e de identid ad es e d e l ín gu as; a coop eração en tre i nstit ui çõ es de ensin o - ap rendiz agem de di feren tes p aís es e apo iar o s recu rs os hum ano s en volvi dos nest e mesmo proces s o a o rganiz ar e p rom over os seus es fo rços .

A abo rd agem ado pt ad a pel o QECR é ess en ci alm ent e orientada p ara a acção . A ap rend izagem, en sino e av ali ação das lín gu as vi v as são um con junt o muito h arm oni oso efi caz nes te p ro ces so com plex o qu e é o domínio d as lín gu as . Estes t rês p ro cesso s s ão vist os com o um tod o e p ara s e ch egar ao último – a av ali ação – é n ecess ário conju gar v ári os p ass os. Temos q u e delim itar:

- Comp et ên ci as: e ent en da-s e po r compet ên cia s todo um con junt o de sab eres, con hecim en t os e cap acid ad es q ue permit em a um s er realizar div ers as acções .

- Com petênci as gerai s: s ão u m conj unto d e s ab eres cultu rais, cientí fi cos e tecn oló gicos qu e facult am a comp reens ão d a realid ad e e o u so ad eq uado d as diferentes li n gu agen s do s ab er.

Referências

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