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Rev. Bras. Ensino Fís. vol.25 número4

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Academic year: 2018

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357

CARTAS AO EDITOR

Sobre o Desenvolvimento do Campo El´etrico nas Vizinhanc¸as de um Ponto

Em interessante artigo nesta revista [1], H. Fleming re-produz e comenta dois teoremas de Helmholtz sobre campos vetoriais. O primeiro deles garante que todo campo veto-rial que se anula no infinito est´a determinado pela sua di-vergˆencia e pelo seu rotacional. O segundo versa sobre o comportamento do campo vetorial nas vizinhanc¸as de um ponto, e que, no ˆambito do Eletromagnetismo, fornece o campo el´etricoE~(~r)nas vizinhanc¸as de uma origem~0, onde o campo ´eE~(~0), como

~

E(~r) =E~(~0) +~r

3(divE~)0+ 1

2[(rotE~)0×~r] +~r.S

o

(1) Nesta equac¸˜ao, divE~ = 4πρ, sendoρa densidade de carga. No termo em rotE,~ usa-se a lei de Faraday, obtendo-se

−1

2(

∂ ~B

∂t)0×~r. (2)

(A considerac¸˜ao da dependˆencia com o tempo no campo vetorial ´e, certamente, de iniciativa do autor da Ref. [1] e n˜ao de Helmholtz). Em [1] esse termo ´e substituido por −1/c(∂ ~A/∂t)0, sendo A~ o potencial vetor, mas preferire-mos mantˆe-lo como na Eq.2, ou seja.

~

E(~r) =E~(~0) +~r

3(divE~)0− 1 2[(

∂ ~B

∂t)0×~r] +~r·S

o

. (3) No que segue, estaremos interessados no ´ultimo termo da Eq.1,~r·So, em queSo´e um tensor sim´etrico sem trac¸o. ´E f´acil ver que~r·So ´e um campo vetorialL~ sem divergˆencia e sem rotacional. Ilustrando em duas dimens˜oes, ter´ıamos

~

L= (S11x+S12y)ˆı+ (S21x+S22y)ˆ (4) com

S11−S22= 0 e S12=S21. (5) Na figura abaixo ilustramos~LparaS11= 0eS12 = 1. Como a Eq. 4 mostra em geral e a figura em particular, o campoL~ ´e nulo em~0,crescendo em m´odulo ao se afastar do mesmo. Sendo~Lsem divergˆencia e sem rotacional, ele ´e um campo laplaciano, isto ´e, derivado de um potencial, e soluc¸˜ao da equac¸˜ao de Laplace. Quem determina~L?

1 0.5 0 0.5 1

1 0.5 0 0.5 1

,

X Y

Naturalmente as fontes de~Ls˜ao, em princ´ıpio, as cargas e as correntes exteriores a~0. Notemos, por´em, que o efeito das correntes j´a est´a incorporado ao termo(∂ ~B

∂t)0,e esta ´e a raz˜ao de o termos mantido como na Eq.3. Sendo assim

~

L=~r.So

engloba somente o efeito das cargas afastadas de

~0. A dependˆencia linear em~rdeL~ indica queL~ deriva do

potencial, em geral retardado, das cargas exteriores a uma pequena esfera em torno de~0,vamos dizer de raioa, obtido pelo desenvolvimento do potencial das cargas exteriores `a esfera, em pontos~rinteriores `a esfera. Por ser proporcional a~r, ~Lderiva de potencial do tipo quadrupolo. Isso tudo no limite em quea→0.E o que gostar´ıamos de comentar.´ G. F. Leal Ferreira

Instituto de F´ısica de S˜ao Carlos-USP C.P. 369, 13560-970, S˜ao Carlos, SP. 16/07/2003

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