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Rev. Bras. Ensino Fís. vol.23 número4

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Academic year: 2018

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CARTASAO EDITOR

Rigor na Pesquisa emEnsinode Fsia

Obrigadopelaelogiosarefer^eniaquevo^efeza

re-vista \Investiga~oes emEnsino deCi^enias"no

edito-rial do ultimo numero da RBEF. Independente disso,

o editorial esta muito bom e as refer^enias ao Guest

Comment do Prof. Holomb { formalmente um dos

meus orientadoresem Cornell{, est~ao muito

apropri-adas. Tenho onvi~ao que a pesquisa em ensino de

fsiapodeontribuirmuitoparaoensinodefsia.

E,

noentanto,neessarioqueosestudossejamonduzidos

om o rigor que Holomb muito bem destaa. Como

editores,temosquenospreouparmuitoomisso. N~ao

importaseapesquisaequantitativaouqualitativa. Se

tem grupodeontroleou n~ao. Oimportante eorigor

metodologio,aqualidadedapesquisa,arelev^aniada

quest~aoinvestigada.

Maro AntonioMoreira

EditordeInvestiga~oesemEnsinodeCi^enias

InstitutodeFsia,UFRGS

Crtia e BomUso do Idioma

Faz algum tempo que lhe devo uma manifesta~ao

de agrado pelo resimento, pela diversia~ao envel

da RBEFe,elaro,aompanhadade longoaplauso a

todaequipedetrabalho, eem partiularaos

artiulis-tas. OSuplemento\AFsianaEsola"estaexelente

e,n~aohaduvida,degrandeutilidadenasm~aosdos

pro-fessores maisempreendedores edesejosos deveneros

problemasdoensinodafsiaemnossasesolas.

Entretantolevou-mealheesreverumproblemade

naturezaeditorial. Esperoquetome estesomentarios

omo express~ao de minha solidaria olabora~ao antes

que de ensura ou relama~ao. Meu omentario se

faz atravesde dois exemplos,extrados do numero de

setembrode2001daRBEF.

O primeiro e o estilo, pelo menos desprimoroso,

omqueosautoresdoartigo\Me^aniaRelaional: A

PropositodeumaResenha",[RBEF23(3),260(2001)℄

redigiram seu texto. Devo dizer que n~ao onheo

pessoalmente o autor da Me^ania Relaional, a n~ao

ser por um texto seu publiado em livro intitulado

Eletrodin^amiadeWeber. Assimn~aotenhooproposito

de desagrava-lo do tratamento reebido. Tampouo

tenhoopropositodeveiularqualquerjuzodemerito

emfavordeleoudeseusrtios;simplesmentenunali

aMe^aniaRelaionaleosargumentosdeseusrtios

s~ao ontextualizados de tal forma que n~ao abe

qual-querposi~aoan~aoserassoiar-seaondena~ao.

Lem-bra aqueles julgamentos daSanta Inquisi~aoonde um

a fae do reu, mudo e abisbaixo, volta-se para seus

pares eom aada eloqu^enia alinha peados,

fraque-zas,viola~oesdassagradasesrituras,umasodasquais

seriasuienteparaondena-loafogueira. Entendoque

esseestilodetextodeveserevitado: daaimpress~aode

queexistemassuntostabusdentrodafsiaquen~ao

ad-mitemquestionamentoseesteeumensinamentomuito

ruim,alemdeserreprovaveldopontodevistadobom

gosto. RelatividadeGeral, Restritaou qualqueroutro

assunto. Mesmo queseorraorisode ultrapassaros

limitesqueseparamaortodoxiadaquiloqueosautores

hamaram de \i^enia patologia". Ninguem melhor

queEinsteinsimbolizouexemplarmenteessetipode

in-depend^eniainteletualeultivouessaaraterstiada

fsia.

A segunda e a observ^ania do idioma portugu^es.

Enontreinumaleitura ligeira, somente neste numero,

algunsexemplosdeestrangeirismosemvoabulosena

onstru~ao de sentenas uja orre~ao, aredito, seja

do interessegeral.

E importante que se pratiquee se

leveaalunoseprofessores,textosqueonsolidemouso

dalnguaportuguesaemassuntostenioseientos,

porqueeatravesdelesqueseproessaparteponderavel

dainvas~aoultural nospasesem desenvolvimento.

E

bomn~aoesqueerqueamodernai^enianoBrasilteve

seu impulso maximo nos anos '50 omo resultado de

um movimento de arma~ao da identidade do povo

brasileiro que naseu na semana de ArteModerna de

1922,ontinuounaAssoia~aoBrasileiradeEdua~ao,

naria~aoda USP,da Universidade doDistrito F

ede-raleteve seuspontos maisaltos naria~ao do CNPq

e, mais tarde, na Reforma Universitaria. Respeitar

o idioma e o mnimo que se pode esperar de todos

os que se sentem ligados ao proesso de forma~ao de

nossa identidade. Para os que se areditam vivendo

amodernidade\pos-historia"mepermitolembrarque

milh~oesdebrasileirosvivemforadelaequeepartedo

ompromissodoprofessortraz^e-losparaessasviv^enias;

e, paree-me, muito mais fail faz^e-lo em seu idioma

nativodo que ensinar-lhesuma lnguaestrangeira ou,

o que e pior, tentar faz^e-lo em dialetos hbridos sem

qualquerorganiza~aoidiomatia. Devomenionar que

dentre osestrangeirismosdetetadosenontreiumque

paree mais popular: o voabulo \massivo". Este

voabulon~ao existenoidioma portugu^es,n~ao aparee

em nossos mais oneituados e atuais diionarios { o

Aurelio Seulo XXIe oHouaiss{araterizados,

am-bos, pela generosa ado~aode voabulos ou express~oes

(2)

Eisso. Queroreiterarmeusumprimentoseodesejo

dequesuasiniiativasganhemadavezmaispublioe

seusfrutossemultipliquem.

AlfredoMarques

Centro Brasileiro de Pesquisas Fsias, CBPF/MCT,

Rio

Esobar e Pleitez respondem

N~aoenossainten~aorealizaraSantaInquisi~ao

on-tra o Professor Assis aindamais que o artigo

prende-seunia eexlusivamente aobra quefoi objeto da

re-senhapubliadaanteriormentenamesmaRBEF.Uma

inquisi~aoteria,parajustiarestenomedet~aotristes

lembranas,querealizarumtrabalhoextensoobrindo

todaa obrado Professor Assis. Prouramos nonosso

artigo mostrar que em i^enia n~ao basta o

questiona-mento!

Ebom lembrarque emi^enia n~ao vale tudo.

Seeverdadequenapropostadeumanovateoriapode

"valer tudo" (Feyerabend) o mesmo n~ao aontee na

veria~aodessateoria. Neste asoeoaordoomos

dados experimentais que vai dizer se a teoria vale ou

n~ao. A Me^ania Relaionaljafoi eliminada pela

ex-peri^eniaefoiistoqueprouramosmostraraosleitores

daRBEF.

CarlosO.Esobar,InstitutodeFsia`GlebWataghin',

UNICAMP

VientePleitez,InstitutodeFsiaTeoria,UNESP

OsMitos dos Cientistas

Com rela~ao ao artigo por Rodrigo Moura e Jo~ao

BatistaGariaCanalle[RBEF23(2),238(2001)℄,

en-vioosseguintes omentarios:

1. AhodifilimaginarqueosbiografosdeEinsteinque

estudaram oshabitos esolaresdo jovem Einstein n~ao

estivessemapardosistemausadonasesolasalem~aes

para indiar as notas dos estudantes. Paree mais

provavelqueomitosegundooqualEinstein teriasido

ummauestudanteestejarelaionado(ateosmitos

pre-isam ter uma origem denida) om ofato (este

ver-dadeiro)dequeEinsteinfoireprovadonasuaprimeira

tentativade ingressarnaETHdeZurique (ondeasua

diuldade era om as disiplinas fora da area das

hamadasi^eniasexatas).

2. Se Galileu realmente proferiu a express~ao \Eppur

si muove" ele o fez muito baixo ou pelo menos longe

dosouvidosde seusjuzes. Defato,einonebvelque

alguem numa sess~ao solene destinada a abjura~ao de

uma heresia tivesse a audaia de afrontar o Tribunal

omquefosseonsideradorelapsoe, emonsequ^enia,

ondenadoapenasseverssimas. Poroutrolado,ofato

destahistoriasotersidopubliadaem1789n~aogarante

que ela tenha sido obra exlusiva de algum \biografo

rom^antio". Ahoprovavelquejaexistissenatradi~ao

oral,divulgadapelos simpatizantesdeGalileu.

3. Quanto a tradi~ao de que Arquimedes teria

inen-diadoafrotaromananoero deSirausa,ahoquea

vers~aosegundoaqualteria omeadooin^endiopelas

velasdosnaviostambemtemosseusproblemas.

Real-mente, asgaleras daepoa possuam doismetodosde

propuls~ao: avela (paraaviagemem maraberto)eos

remos(para asmanobrasenas batalhas navais). Ora

estandoafrotaneessariamenteproximadoporto,n~ao

pareeprovavelqueasvelasestivessemiadasnesse

mo-mento, oqueseriainutileatemesmoperigoso. A

ver-dade, naturalmente, nunase sabera, mas n~ao paree

impossvelqueArquimedestenhausadoareex~ao

on-entradadeluzparaegar,perturbar,ouaterrorizaros

soldadosdosnaviosequeistotenhasidoposteriormente

embelezado(omo tantas vezes oorre)na historia do

in^endio.

4. Nap. 250doartigo, osautores itama opini~aode

umsenhorBrianAdamsque,omentandoasironiasda

vida de Einstein, diz que ele sendo um paista, \foi

obrigadoaexigirapublia~aodeumabomba

devasta-dora". N~aoliotextooriginal,masseatradu~aoestiver

orretan~aopossodeixardearmarque:

-Einsteinn~ao\foiobrigado".Elefoisoliitadoa

esre-verumaartaarespeitodeumpossvelusodaenergia

nulearnaonstru~aodeumartefatobelio. Seele

pes-soalmente\sentiu-seobrigado"afazeristo,ahistoriae

outra;

- Einstein n~aoexigiu nada,primeiroporque n~aotinha

poderes para isto e depois porque a \bomba

devas-tadora" ainda era uma ideia que envolvia muitas

in-ertezas arespeito de um assunto que n~ao era da sua

espeialidade;

-Ospesquisadoresmaissobriosqueinvestigaramo

as-sunto n~aoonseguiramavaliara import^ania daarta

de Einstein na onstru~ao efetiva da bomba at^omia,

poisofamosoprojetoManhattansofoiiniiadobem

de-pois,havendoainu^enia deoutrosespeialistasmais

familiarizados om o assunto (as primeiras pesquisas

omearamnaInglaterra).

TalvezestesejamaisumdosmitossobreaHistoria

daCi^eniaaseremdisutidosnofuturo.

Referências

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