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Novas Técnicas do Orçamento Público

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Academic year: 2020

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Novas Técnicas

do Orçamento Público

Sebastião de Sant’Anna e Silva P rofessor universitário (U n iv e rs id a d e

F ederal do Rio d e J aneiro) A te o ria das fin a n ças pú b licas e da p o lítica orçam entária e fis c a l, a ssim com o as té c n ic a s de elaboração da program ação fin an ceira do G overno, tem sid o objeto, nos ú ltim o s tem pos, de uma s ig n ific a tiv a transform ação. 1

É verdade que a atividade fin an ceira do G overno continua a s e r considerada, de acordo com antiga tradição, com o decor- rente da e x is tê n c ia de d o is grupos de n e ce ssid a d e s hum anas: necessidades privadas, que podem s e r s a tis fe ita s atra vés do s istem a do m ercado, e necessidades públicas, cujo aten dim en ­ to e xige a organização p o lític a da socieda de, ou seja a e x is tê n c ia Estado. Para a sa tisfa çã o das n e ce ssid a d e s privadas, pro­ duzem os in divídu o s, as firm a s e as em presas, bens privado s (in clu siv e se rv iç o s), po stos à venda no m ercado, cujo preço dePende e sse n cia lm e n te , em bora não exclu sivam e n te, de sua Procura e oferta. Para a sa tisfa çã o das n e ce ssid a d e s p ú b lica s Produz o G overn o bens p ú b lico s (quase sem pre sob a form a de s e rv iç o s e só e x ce p cio n a lm e n te de m ercadorias), que não po­ dem s e r co lo ca d o s à venda no m ercado e cu jos p re ço s não Podem se r fix a d o s com base em sua procura e oferta. D ife re n ­ ciação fundam ental entre bens priva dos e pú blicos, é que o uso dos p rim eiro s, os bens privados, está su je ito à cláusula de ex­ clusão, só sendo ad m itid o s a seu uso os in d ivíd u o s que d isp o ­ nham de poder de com pra s u fic ie n te para adqu iri-los p e lo s pre- Ços co rre n te s no m ercado. No ca so dos bens p ú b lico s, não é

1 O In s titu to In te r n a c io n a l d e F in a n ç a s P ú b lic a s , em s e u C o n g r e s s o d e 1971, em N u re m b e rg , 3 o b O te m a “ N o v o s m é to d o s d e e s c o lh a s o rç a m e n t á r ia s " , r e a liz o u um a a n á lis e p e n e tra n te d a s n o v a s t é c n ic a s e p o lít ic a s r e la c io n a d a s c o m o O rç a m e n to P ú b lic o . O s a n a is d o C o n - flr e s s o fo ra m p u b lic a d o s em 1972 p e lo In stitu to .

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porém ad m issível essa clá u su la de exclusão, sendo todos os indivíduos integrantes de uma Nação ad m itidos à sua utilização, quer disponham ou não do poder de com pra correspondente. Um indivíduo pode fic a r privado do atendim ento de n e ce ssid a d e s privadas m ais elem entares, ta is com o as de alim entação e v e s ­ tuário, se não d isp u se r de poder de com pra para ad q u irir no

m ercado os produtos capazes de satisfazê-las. N inguém , todavia, seja qual for o seu poder de com pra, deixará de te r sa tisfe ita , com o integrante de uma com unidade po lítica, sua parcela de n ecessidade de defesa ou de segurança.

Adm ite-se, porém, na m oderna teoria das fin an ças p ú b li­ cas, a e xistên cia de um te rce iro grupo de n e ce ssid a d e s, d e n o m i­ nadas por Richard P. M usgrave 2 de n e ce ssid a d e s m e ritó ria s (merit wants). Trata-se de n e ce ssid a d e s que, em bora em p rin ­ cip io possam ser s a tis fe ita s através do sis te m a do m ercado, ou seja de form a idêntica às n e ce ssid a d e s privadas, são considera- as de tão elevado m érito so cia l, que se co n sid e ra im p o ssív e l su jeitar sua sa tisfaçã o ao prin cíp io da exclusão. A s s im sendo, o ts ta d o assum e a respon sab ilid ad e total ou parcial pela satis- açao de ta is necessidades, através do su prim en to de bens me- ri orios (merit goods) para sua sa tisfaçã o . A saúde, ce rto s ní­ v e is de ensino, o transporte das p e sso as etc., são exe m p lo s t í­ p ico s de n e ce ssid a d e s m eritórias. É inegável que e las podem , em prin cípio, se r sa tisfe ita s pelo sis te m a do m ercado, através de em presas de educação, de saúde, de co n stru ção e de explo- raçao de estradas, que venderiam aos u su á rios os s e rv iç o s por e as produzidos. Com o, todavia, o su prim en to de ta is s e rv iç o s pe o siste m a do m ercado o bedeceria ao p rin cíp io da e xclu são e o ts ta d o co nsidera que ninguém deva s e r e xclu íd o da satis- açao de tais necessidades, assum e o G overn o a re sp o n sa b ili- e pelo seu suprim ento. À s vezes o su prim en to de bens m eri- rios pe o Estado é inteiram ente gratuito, com o acon tece com nsino publico prim ário. O u tras v e ze s é cobrado por e s s e su- Um preç,° Poético, que nada tem a ver com a sua

a | procura (em olum entos cobrados nas U n ive rsid ad es).

t o lT n n n '! ? ! 2 8 - 0 o Stad° faz 0 su prim ento de ta is s e rv iç o s a duo<? rn in n ! ? 0 ' ®utras vezes, lim ita e sse su prim en to a indiví-

mentp nnH^

^

com pra é con siderad o in su ficie n te . Final-

do s e rv irn n . f on ®ce r cluç 0 Estado m onopolize o su prim ento

T d° POrém’ fre qüentem ente, que ele se respon-

em parte por e sse su p rim e n to f. fica n d o a parte

2 R ic h a r d P. M u s g ra v e , T h e T h e o ry o f P u b lic F ln a n c e , N e w Y o rk , 1959.

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restante a cargo das firm a s e em presa s privadas através do s is ­ tema do m ercado.

Podem os, portanto, c o n sid e ra r a A d m in is tra çã o P ú blica como uma enorm e e com plexa Em presa, ou um conglom erado de e m presa s produtoras de uma variada gama de s e rv iç o s que °evem atender a n e ce ss id a d e s co le tiv a s, p ú b licas e m e ritó rias. A organização ad m in istra tiv a pode, portanto, se r equiparada a Urn sis te m a de produção, com estrutura correspo nd en te à or- panização h ierá rq u ica e te rrito ria l dos se rv iç o s p ú b lico s. O s “ ens gerados por e s s e sis te m a de produção não são ven d id o s 90 p ú blico através do m ercado, m as lhe são fo rn e cid o s gra­ tuitam ente ou m ediante um preço po lítico , sendo sua produção 'inanciada por tra n sfe rê n c ia s co m p u lsó ria s de renda. O s fa to res utNizados para o perar e sse sis te m a de produção são ad qu irido s n° m ercado, sa lv o ca so s e x ce p cio n a is nos qu ais ainda se u tiliza ° P ro ce sso de re q u isiçã o (se rviço m ilitar, e le ito ra l, do júri). P Problem a ge re n cia l m ais im portante na esfera da A d m in is ­ tração P ú blica co n siste , portanto, em e sta b e le ce r m étodos e s 'stem as através dos quais se torne p o ssív e l c o n se g u ir que °s fa to res de produção ad qu iridos pela A d m in is tra çã o sejam le tiv a , econômica e eficientemente u tiliza d o s na produção dos s e rviço s sob sua respo n sab ilid ad e.

A orçam en tação é tra d icio n a lm e n te considerada, tanto na A d m in istraçã o P ú blica com o na A d m in is tra ç ã o Privada, com o técnica adequada para program ar a produção e o su prim e n to de bens durante um determ inado período de tem po, assim com o a al°caçã o e fic ie n te de fa to res para a produção d e s se s bens. O ^ue d istin g u e a té cn ica da orçam entação pú blica da o rçam en ­ tação privada é o fato de que, na prim eira, trata-se de progra­ mar a produção e o su prim ento de bens cujo volum e e qu alidade ^ão são de te rm in ad os pelo m ercado, m as por d e c is õ e s de na­ tureza p o lítica . É n e ce ssário , portanto, na orçam entação pú blica, encontrar té c n ic a s d ife re n te s e m esm o m ais s o fis tic a d a s do ? Ue as u tiliza d a s na o rçam entação privada, para co n se g u ir, tam ­ bém na prim eira, um a aloca ção racional, eco n ô m ica e e fic ie n te de re cu rso s. O problem a torna-se ainda m ais im portante, uma p®2 que a A d m in is tra ç ã o P ú blica disputa com a A d m in is tra ç ã o y iv a d a os fa to res e s c a s s o s d is p o n ív e is e tem a p o s s ib ilid a d e j 6 efetuar em seu favor, tra n sfe rê n cia s c o m p u lsó ria s d e s s e s ‘ atores. Torna-se, portanto, im p re s cin d ív e l encontrar m étodos e *écn ica s capazes de o rien ta r o uso altern ativo d e s s e s fa to re s dentro da própria A d m in is tra ç ã o P ú blica e entre esta e a A dm

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i-. ^

.

Pn vada. A s novas té cn ica s o rçam entárias, algum as as quais vam os an alisar neste trabalho, visa m um objetivo e e icie n cia nos gastos pú blicos ou no uso pelo G overn o de a ore? esca sso s, para produzir, pelos m enores cu s to s possí- eis, bens pú blicos e m eritórios, capazes de proporcionar o maximo de bem -estar com o m ínim o s a c rifíc io co le tivo.

° . qu? caracterizava a té cn ica orçam entária tra d icio n a l era, tin r^ rl(m e ir0 -j ja r' a PreParação de e stim ativa s de despesa par- as unidades ad m in istrativas, que eram convocadas a for- ar suas necessidades de recu rso s fin a n ce iro s para a exe- H n f l l S-eUf P j° 9 ram as e sp e c ífic o s. E sse s program as, lim ita-

nma ro h L - .? Um an0, eram apresentados sob a form a de

yi_ ? çao de 9astos (despesas com pessoal, m aterial,

ser-c a n ç à r ° 3 aS ° 6 nã° ^°S resu,tados que se pretendia

al-in icia ). um m oderno sis te m a orçam entário con- <?iHaH00 uma ava' iaÇão das n e ce ssid a d e s pú b licas e das neces- n np rinfi meJ lt° n a s 9ue 0 Estado se dispõ e a atender durante

v p r n n nn° Ü tem po abrangido pelo plano ou program a do go-

p Pm p.° Essa avaliação é em prim eiro lugar qu alitativa

rplarinno9U quantitativa. A avaliação q u alitativa c o n s is te em

tudo u m ^ n W 60653 .ades a serem atendidas e é, ántes de

às nppoc P^°^ema político, notadam ente no que diz respeito proaram aSHna naS+-!TeritÓrÍas' A fi,o s o fia p o lític a dom inante, o

diverso* Pa rt'do ou grupo que detém o poder, a fo rça dos

social Hn9PQtP HS p re ssão etc., ditam o grau de intervenção rias j . .e que n e ce ssid a d e s são co n sid e rad as mérito-

Governo

a

S6U aten dim ento total ou parcial pelo

des Dúhlirq* P m f. !?c|a na avaliação q u alitativa das n e c e s s i d a -

ridade nara cn a t <iaS- 0 e sta b e le cim e n to de e sc a la s de prio- tativa entãn • sa tlsfa Çao- A s av a liaçõ e s qu alitativa e qunati- necessiHaHpc m.te rPer]etram e se confundem . A sa tisfa ç ã o de um Drohlpm o’ sejaí n . as Privadas, p ú b lica s ou m e ritó ria s, é recursos lim itaH nCn° mÍC° ' Trata' s e - na verdade, da alocação de de necessiriaHpc ’ para, f e n d e r a um rol praticam ente ilim itad o das elas r n m n / 308 a j mP °s s ib ilid a d e de se s a tis fa z e r a to- ________' P e o e stabelecim ento de h iera rq u ia s e e s c a la s

' lm ,: “ P fe s e n ta ç â o " d a s " e s t lm M iü ? 6

?

,é c n ic a da e la b o r a ç ã o o rç a m e n tá r ia d e b a l» ° d a p r° P ° s t a orçam entária^ n n , ? 6, d e s p e s a P e la a u n id a d e s a d m i n i s t r a s .

P'»'

d o n 1964 p a s s o u -se p a ra a e ln h n « 103 e a P ro v a í a° , in * l P « l° P re s id e n te .

£

n H .P,r,°9: a m a o rÇa m e n tá rio o lo b a l «m ra5 ? o rç a m e n tá ria de c im a p a ra b a ix o : deflnlÇ® d e te r m f i e» > *beleclm ento d o J o r T ? 0 d ° M in is , é r l° P a ra ° e s t a b e le c im e n t o

»

d e te rm in a ç ã o de q u o ta s d e d e a o e . » d e 5 p e s a 9 e r a l’ ,ix a « âo d o d é f ic it a d m is s ív e l e p . p e s a s p a ra o s d iv e rs o s m in is té rio s .

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de prioridade para sua sa tisfa çã o . A s co nsiderad as com o p rio ri­ tárias obterão sa tisfa çã o integral, as m enos urgen tes s a tis fa ­ ç o parcial e as a d iá ve is terão sua sa tisfa çã o tra n sferid a para 0 futuro.

A té cn ica o rçam entária acim a sin te tiza da co n stitu i o cha- rTlado "orçamento programa", pois sua base está no plano ou pr°gram a plurian ual do G overno e nas m etas e prio rid ad es nele estabelecidas. A elaboração das e stim a tiv a s pelas unidades adrn inistrativas não é m ais o núcleo do pro ce sso o rçam entário ® sim uma fa se secu ndária e dependente, po is os program as essas unidades co n stitu e m apenas subprogram as, cu jos lim ite s, ° bjetivo s e im portância dependem das m etas e o b je tivos fixa- 0s no plano ou program a global. Essa nova té cn ica passou a ®*'9ir, in clu siv e , a m o difica ção da form a de apresentação do °cum ento orçam entário, a se r baseado em uma c la s s ific a ç ã o uncional, na qual as au to rizaçõ es de despesa são grupadas de ac°rdo com se u s o b je tiv o s (defesa nacional, educação, re cu rso s na*urais etc.], independentem ente das unidades a d m in istra tiv a s ° u departam entos re sp o n sá v e is pelo s gastos.

Essa tra n sform a ção da té cn ica o rçam entária é que o riginou a tra nsferên cia, efetuada pela Reform a A d m in is tra tiv a , do D A S P Para o M in is té rio do Planejam ento, da re sp o n sa b ilid ad e pela elaboração da Proposta do O rçam ento G eral da União. Quando Realizou, nas décadas de 30 e 40, o m agn ífico e p a trió tico tra- alho de reorg an izar a A d m in is tra çã o Federal, por ordem no Serviço público, s e le c io n a r e p ro fis s io n a liz a r o s e rv id o r c iv il, ra- ci°na lizar e dar e fic iê n c ia à m áquina adm in istra tiva, n e ce ss ito u 0 DA S P de com andar a elaboração orçam en tária com o in s tru ­ mento im p re s c in d ív e l para a execução de sse trabalho d is c ip li- ^Qdor. A té cn ica o rçam entária c o n s is tia então, prin cip alm e n te, erTl co nseg uir, no contato direto com as unidades ad m in istra ti- Vas, boas e stim a tiv a s o rçam e n tária s capazes de dotá-las de re- J;Ursos adequados a um trabalho e ficie n te . Todavia, quando a Partir de 1964 su rgiu a im p e rio sa n e ce ssid a d e de um planeja- ento eco n ô m ico a longo prazo, para con ter a in flação que pa­ s s a r a o c re sc im e n to e co n ô m ico do país e asse gu rar a reto­ c a d a e a cele ra ção d e s se cre scim e n to , tornou-se im p e rio so

rar|sform ar o orçam ento em in strum en to d e s se planejam ento Econôm ico e a trib u ir a re sp o n sab ilid a d e pela sua elab oração ao ^r9ão re sp o n sá ve l pela preparação do plano e co n ô m ico do Go-

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Dara a n m ^ 8 ° [Çamento Público seja um instrum ento efetivo Drennmnm I amaça° ' 8 ,on9° Prazo, das atividades do Governo, todo<; p qiJto ° S ec° noní istas. e ^inar>cistas em encontrar mé- tisfarãn Hnc m9S Paj 3 í i x a Çao de escalas de prioridade na sa- Planninn p ?d6S Públicas e m eritórias. 0 sistema PPBS

Bud9eting System ) e a an álise do qresso nn í f í r l f con stitu íram , sem dúvida, um grande pro- de nortear ns plah ^onseciJÇao de c rité rio s objetivos, capazes d ecisões fivao- b.orad ° res do orçam ento pú blico na tom ada de resultados Ha hjerarquias e prio rid ad es e na avaliaçã o dos

é na sua p l ' X6CUÇa0 program as governam entais. O PPBS

que Drocura Um Pro cesso de elaboração orçam entária

titativo s m edir hÜ ? .program as e o bjetivos em term o s quan-reduzidos D eve-sen0Dorém 6 S0'UÇÕeS 9 CUSt0S maÍS

de que a AHmin- *' - es sem pre atento para o fato

equiparada à , I ! aÇa° Publica nunca pode s e r in teiram ente a introdução da , P resas P i a d a s , que serviram de m odelo para quer orientacãn S T ! d° / P B S ' 4 Nas em presas privadas qual- pre em vista a c n n t r - j ° U d e cisã o tom ada deverá te r sem- realizadas. Esse lu cro * ?* 0- Um 'UCr0 nas 0 Pera(?ões a serem cio superior ao m s tn ra se m Pre a resu ltan te de um benefí- dinheiro Na A d m in is t ’ ? mbos Perfeitam en te m e n su ráve is em suscetível de M uracão ^rn1* embora 0 c u s t0 se ia sem Pre

freqüentem ente n»n í erm os q uan titativo s, o ben efício,

caráter em inentem ente í e tal ap u ração’ dado 0 seU

rável o custo m onetário w ' Embora se Ja P e rfeitam ente apu- torna-se im p o ssíve l qmL t Um Pro9ram a de defesa nacional,

(garantia da indenpnH- r os ben e fíc io s dele re sultan tes

do prestígio nacional e t c T E m í S0,ber-ania naciona'. e m e n te

teria orçam entária « m / conclu são, as d e c is õ e s em ma-

razões e co nsiderarnpT S6r’ fre qüentem ente, m otivadas em

m otivos de ordem natureza p o lític a e não baseadas em

estritam ente econôm ica.

bMitar a tomada1" d e d e c lS p í CUja finalidade principal é possi- na, o PPBS é um ■ racionais em matéria

orçamentá-m orçamentá-metodo Pe|o qual se procura d e fin ir os obje-de p1*tsb™ah d ° B -a s il 9 d e ^ dlverêos* o W r n V ' ^ n ,a m e n ,° c o m o f ic ia is s u p e r io r e s das m e n to s da D etn»0 ”1»?V p e l° D e P a rta m e n to hÒ n f8 6 3 ’ d o üm S e m in 4 r i° n a U n iv e r s id a d e Inaug u rad a „ i r .N a c i° n a r . F o l - n o » « Di 2® D e ,e s a d o s E s ,a d 0 3 U n id o s , s o b re " O r ç a - o c a rg o d’B s U n id °». n o n l í í na o c a s ia ° . <?“ • a t é c n ic a d o P P B S (ora S e c re tá rio in, n®c re i r i ° da D e te sa V in d o h d ? D e ,o s a ’ q u a n d o M c N a m a ra a ssu m iu de o r ç a m e n t a s ú0 n a d o « m a i n e x i L t ê n , ^ p re ? id ê " c l ‘» d a F o rd M o to r C o „ o novo a ° e n tã o « S 1 b a s e ad o na a p u ra c â o J n.° D e P a rta m e n to , d e um s is t e m a e flc le n ta v e rs o s outro« na F o rd . O s is te m a n n A . In tro d u ziu a li um s is te m a s e m e h a n j0 d e p a rta m e n to s da A d m in lit ? » s m ° st,,a r s u a e f ic iê n c ia , fo i a d o ta d o em d l'

«•

Serv. púb, „

„ A d m in is tra ç ã o F e d e ra l A m e ric a n a . 04•»

Brasília 108 (2

)•

mat./ago. 1973

/

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tivos a longo prazo (plano) de uma determ inada atividade go­ vernam ental, d e lin e ar as d ive rsa s a lte rn a tiva s p o s s ív e is (pro­ grama de ação) para atin g ir e sse s o bjetivos, assim com o iden­ tific a r qu ais os re cu rso s n e ce ss á rio s para execução de cada U|ria d e s sa s a lte rn a tiva s (orçam entação). Na d e fin içã o de um e s ­ pecia lista, “ A a n á lise s is te m á tic a dos cam inh os alte rn ativo s Para alcan çar o b je tiv o s é o coração e a alm a do PPBS na e la ­ boração o rçam e n tária ". 5 Podem os enum erar com o as se g u in ­ tes as c a ra c te rís tic a s do PPBS:

a) orien ta ção baseada na produção e não nos g a sto s do se rviço considerado;

b) planejam ento e program ação para v á rio s anos;

c) uso de in stru m e n to s de an álise (an álise do cu sto /b e n e - fjcio) para o exam e, não só dos objetivos, com o tam bém dos

dive rso s program as alte rn ativo s para atingi-los.

A prim eira fa se do siste m a PPBS situa-se, portanto, no pla­ nejam ento a longo prazo das ativida des govern am entais. N essa |ase in icia l tem lugar a elaboração e a aprovação do plano glo ­ bal do G overno, no qual su as d ire triz e s são definid as, são fix a ­ dos os o b je tiv o s (m etas) a atin g ir e e sta b e le cid a s as h iera rq u ia s 6 as e sc a la s de prio rid ad e entre e s s e s objetivos.

A segunda fa se exige o detalham ento do plano global do ^ °verno nos d iv e rs o s program as a serem elaborados e e x e ­

cutados para a co n se cu ção dos o b je tivos e sta b e le cid o s . É nesta Segunda fa se que se torna im portante a u tilizaçã o de in stru ­ mentos, ta is com o a an á lise do custo/benefício, que perm ite esta b e le ce r co m pa raçõ e s entre os cu s to s e os re su lta d o s de

P.r ° g r a m a s a lte rn a tivo s de ação. C ita m o s abaixo as c a ra c te rís ­ ticas que nos pareceram as m ais im portantes da a n á lise custo/ benefício, na relação apresentada por um e sp e c ia lis ta , em um Manual c lá s s ic o sobre a m atéria. 6

1 O exam e s is te m á tic o e a com paração entre fo rm a s al- ernativas de ação que podem s e r adotadas para alcan çar obje­ t o s e s p e c ífic o s em um determ in ado período de tem po.

A .M . R iv lin — “'T h e P la n n in g P ro g ra m m ln g a n d B u d g e ta ry S y s te m in th e D e p a rtm e n t o t H e a lth , E d u c a t io n a n d W e lf a r e " . J o in t E c o n o m ic C o m m itte e , W a s h in g to n , D .C ., 1969.

H. F is c h e r, T h e R o le o f C o s t — U t ilit y A n a ly s is In P ro g ra m B u d g e tin g , in " M a n n u a l 0 r P ro g ra m m e a n d P e rfo r m a n c e B u d g e tin g , N e w Y o r k , 1965.

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2.') Uma análise c rític a de altern ativa s envolvendo num e­ rosas considerações, sendo as duas p rin cip ais: a) a avaliação dos custos (no sentido de custo de re cu rso s e co nô m ico s) e b) a utilidade (ganhos e b en efícios) deco rren tes de cada uma das alternativas.

3.a) O tempo a se considerar, ou seja o futuro, às v e ze s um futuro distante: cin co anos, dez anos ou m ais.

4.“) Um am biente de incerteza, às v eze s m esm o de grande incerteza, devido ao longo período de tem po v isu a liza d o , in­ certeza esta porém que, pelo fato de ser um fator im portante, deverá ser encarada de frente e exp licita m en te tratada na análise.

5.") Tema am plo e am biente m uito com plexo em torno do qual a análise se realiza, o que dá lugar a vária s in tera çõ es en­ tre as variáveis-chave do problem a, sig n ifica n d o que as solu- çoes sim p le s e diretas constituem a exceção e não a regra.

6.a) Uso ao m áxim o p o ssível de m étodos q u an tita tivos de análise, devendo e sse trabalho puram ente quantitativo, sem pre que necessário, se r suplem entado por uma an álise qu alitativa.

_ Cum pre, todavia, salie n ta r que a a n álise c u s to /b e n e fíc io nao é às vezes su ficiente, por si só, para levar a uma solução, ou seja a uma decisão sobre a adoção de determ inada p o lítica ou de determ inado curso de ação. A fin a lid a d e da a n álise c u s to / eneticio é a de qualquer outro m étodo orçam entário: co n se ­ guir o maximo de e ficiê n c ia nos gastos do G overno, da m esm a

orma que o indivíduo ou a em presa privada procura, tam bém , o maximo de e ficiê n c ia (resultados) em se u s disp ê n d io s. Ora, urna despesa, tenha ela lugar no se to r pú blico ou no se to r

pri-o, so pode ser considerada e ficien te: a) quando os benefí- i o s dela decorrentes têm uma relação com os c u s to s corres- j n entes de outras despesa s com ela com paráveis; e b) quan- rano6 ^ 0 ICa C*Ue ° .° b Íetivo por ela v isa d o não poderia se r al-

rií7P ° C° m Um dispên dio menor. Por exem plo, poderem os

0 cust0 de uma m aternidade de 200 le ito s m antida n Hp r*?te m ° 6 e^ciente: a) se e sse custo é com parável com

mpnçãn m atern'dades públicas ou privadas da m esm a di-

aup nãn ó ° m.e s ™° n íve ' de tratam ento; b) se for v e rifica d o mo nívpl ri p° s s ' m anter idên tico núm ero de le ito s e o m es­ mo mvel de tratam ento por um custo m enor.

(9)

A n te s de co n clu irm o s o presente trabalho, não será de- ais sa lie n ta r que o sis te m a PPBS e a a n álise c u s to /b e n e fíc io ao são in s titu iç õ e s genuinam ente ca p ita lista s, m odeladas ex- usivam ente na a d m in istra çã o de em presa s privadas, onde o jetivo do lu cro e lim in a qu aisqu er outras co n sid e ra çõ e s, nem Ac.e * ar a o pin ião de que ta is m étodos não são adequados à m in istração Pú blica, onde os o bjetivos a c o n sid e ra r são de ^arater e x clu siv a m e n te p o lítico -so cia l. A o contrário, o PPBS e análise c u s to /b e n e fíc io são in strum en tos neutros de traba- °- a ssim com o as té c n ic a s do planejam ento e da program a- 0 e, com o ta is, u tiliz á v e is em um Estado com o o b ra sile iro , g.Ue repousar na in ic ia tiv a e na propriedade privadas o seu . e m a econôm ico, com o tam bém em um Estado cuja econo- 'a se m ovim enta na base do d irig is m o total e da propriedade

e tiva dos m eios e in stru m en to s de produção.

O que se torna n e c e ss á rio é re con h e ce r a lim ita çã o de ta is

d e 0C*°S e a n e ce ss id a d e de sua com plem entação, com o o faz

r ? rrna d e c is iv a um dos m ais co n h e cid o s e reputados auto- s da m oderna te o ria das Fin an ças P ú b lica s e da P o lític a F isca l:

T é cn ica s com o as do PPBS e C B (an álise do c u s to /b e ­ n efício) são ú te is ao desven d ar as co n se q ü ê n cia s das e s ­ co lhas go vern am en tais, m as não ofe rece m razões para re­ m over e s s a s e sc o lh a s da arena p o lítica . De fato, a m elhor e stra té g ia para os devotos do PPBS é fazer com que os P o lític o s entendam in teira m ente se u s u sos e lim ita ç õ e s, com o, por exem plo, através de m o d ifica çõ e s adequadas dos p ro c e s s o s para o e x e rc íc io do co n tro le p o lític o das d e sp e sa s p ú b lica s. A m elhoria das in fo rm açõ e s fo rn e c i­ das à A d m in is tra ç ã o G o vern am ental pelas novas té c n ic a s Pode re ve la r tip o s de com portam ento, por parte de s e r­ v id o re s p ú b lico s, inadequados à co n se cu ção de e fic iê n c ia , m as e s s a s té c n ic a s, por si só, nada podem fazer d ire ta ­ m ente para a m o d ifica çã o de sse com portam ento. O s que acred itam no sis te m a do m ercado com o fo rça d is c ip lin a - dora desejam v e r e s s a s té c n ic a s su plem en tad as por m é­ todos ca pazes de e stim u la r o m ercado de trabalho para o se rv iç o p ú b lic o .” 7

^~Ãi---An»1 T' P e a c o c k , N e w M e th o d s o f A p p r a ls ln g G o v e rn m e n t E x p e n d itu re : A n E c o n o m ic " a ly s ls _ Y o r k — U .K ., 1971.

(10)

0 D ASP se in screveu na h istó ria ad m in istra tiva do Brasil como inovador e introdutor de novas té c n ic a s e novos m étodos para a m elhoria da e ficiê n c ia e dos resu ltad os do se rv iç o pú' blico. Dentre as suas grandes realizações, cre io que se in scre ­ ve, em prim eiro lugar, a p ro fissio n a liza çã o do se rv iç o público, a seleção e o recrutam ento de v a lo re s para o se rv iç o do Estado e a conservação d e sse s v a lo re s no se rv iç o do G overno, atra­ vés de rem uneração adequada e e stím u lo s id ên tico s aos que prevalecem em um m ercado de trabalho em perm anente desen­ volvim ento, com o é o nosso. Só uma p o lítica de pesso al assim orientada, pode garantir que m étodos e sis te m a s m odernos de a m inistração, com o o PPBS, a an álise c u s to /b e n e fíc io e ou­ ros, cuja im plantação e execução exigem té cn ica s, té c n ic o s e instrum ental esp ecializado s, possam ser u tilizad o s na fase, ora a ravessada, de expansão acelerada de n o ssas po ten cialidades econom icas e so cia is, sob o controle, o rien tação e e stím u lo go­ vernam entais.

Referências

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