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Alinhamento da cooperação dos Estados Unidos e da União Européia visàvis os países em :: Brapci ::

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RECIIS – R. Elet r. de Co m . Inf. Ino v. Saúde. Rio de Janeiro , v. 6 , n.1 , p. ,Mar., 2 0 1 2 [ w w w .reciis.icict .fio cruz .br] e- ISSN 1 9 8 1 - 6 2 7 8

* Ar t igo Or iginal

Alin h a m e n t o da coope r a çã o dos Est a dos Un idos e da

Un iã o Eu r opé ia v is- à - v is os pa íse s e m de se n v olv im e n t o

Pa u lo M a r ch ior i Bu ss

Ex- Pr esident e da Fundação Osw aldo Cr uz, Coor denador do Cent r o de Relações

I nt er nacionais em Saúde da Fundação Osw aldo Cr uz, Repr esent ant e do Br asil no Com it ê Ex ecut iv o da Or ganização Mundial da Saúde ( 2008- 2011) , Mem br o Tit ular da Academ ia Nacional de Medicina.

buss@fiocr uz. br

José Rob e r t o Fe r r e ir a

Coor denador do Cent r o de Relações I nt er nacionais em Saúde da Fundação Osw aldo Cr uz. Dout or Honor is Causa da ENSP. Ex- Dir et or do Depar t am ent o de Recur sos da OPAS ( 1974- 1995) .

fer r eir j @fiocr uz. br

Cla u d ia H oir isch

Pesquisador a do Cent r o de Relações I nt er nacionais em Saúde da Fundação Osw aldo Cr uz. Mest r e em Gest ão Em pr esar ial pela Escola Br asileir a de Adm inist r ação Pública e de Em pr esas da Fundação Get úlio Var gas.

claudiah@fiocr uz. br

DOI : 10. 3395/ r eciis. v 6i1. 507pt

Re su m o

A eficácia da aj uda t em se t or nado um a pr eocupação significat iv a ent r e alguns dos m aior es doador es, em r elação ao pr ogr esso que est á sendo alcançado na m aior iniciat iv a m undial sobr e cooper ação int er nacional, especificam ent e, os Obj et iv os de Desenv olv im ent o do Milênio ( ODMs) . As ev idências v êm dem onst r ando, a despeit o do pr ogr esso que j á foi alcançado, que se não for em t om adas m edidas m ais pr ont am ent e, não ser á possív el alcançar os m et as do Milênio at é 2015. O pr opósit o dest e est udo é analisar se a r eor ient ação das polít icas de saúde dos m aior es doador es est á aj ust ada aos Obj et iv os de Desenv olv im ent o do Milênio e t am bém v er ificar o dom ínio dos países- par ceir os sobr e os pr oj et os. Est e t r abalho diz r espeit o ao alinham ent o da cooper ação int er nacional de alguns dos doador es m ais im por t ant es – os Est ados Unidos e a União Eur opéia. Ele m ost r a que os nov os m odelos de cooper ação est ão aj ust ados às ODMs; que esses m odelos pr ior izam o for t alecim ent o de sist em as int egr ais de saúde, e que est ão focados na condução pelos países- par ceir os sobr e um det er m inado pr oj et o. As iniciat iv as dos Est ados Unidos e da União Eur opéia ofer ecem um a opor t unidade par a a m elhor ia da saúde global.

Pa la v r a s- ch a v e : cooper ação int er nacional em saúde; ODMs; saúde global; cooper ação Nor t e- Sul; alinham ent o

I n t rod u çã o e re t rosp e ct iv a h ist órica

A eficácia da aj uda pr est ada t em se t or nado, nos últ im os anos, um a gr ande pr eocupação ent r e os m aior es doador es, no que diz r espeit o ao pr ogr esso que t em sido alcançado na m ais im por t ant e iniciat iv a m undial – os Obj et iv os de Desenv olv im ent o do Milênio ( ODMs) .

As ev idências acum uladas em duas r odadas de m onit or am ent o, em pr eendidas em 2006 e 2008, v êm dem onst r ando, não obst ant e o pr ogr esso que j á foi alcançado, que est e av anço não t em sido suficient e, m ost r ando que sem um a r efor m a m ais abr angent e e sem ações m ais aceler adas, não ser á possív el alcançar as m et as at é 2015.

Um a r eor ient ação dest a cooper ação dev er á incluir a aceit ação por par t e dos doador es, de apoiar o for t alecim ent o dos ser v iços int egr ais de saúde em países- par ceir os, assum indo est es o dom ínio de t odo o pr ocesso, assim com o a r esponsabilidade por seus pr ópr ios obj et iv os de desenv olv im ent o.

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Unidas enfat izou que esses obj et iv os dependem de adot ar polít icas e m edidas v olt adas par a beneficiar os m ais necessit ados t om ando em cont a as desigualdades econôm icas e sociais par a elim inar a ex clusão social e a discr im inação assim com o as dispar idades ent r e as nações desenv olv idas e os países em desenv olv im ent o em especial as populações r ur ais e as ur banas ( UN, 2010a) .

A Assem bléia r econheceu, igualm ent e, hav er um a necessidade especial, de se pr opor cionar aos m ais necessit ados e àqueles que v iv em em sit uações v ulner áv eis, incluindo as pessoas com necessidades especiais, um acesso m ais equit at iv o a opor t unidades econôm icas e aos ser v iços sociais ( UN, 2010a) .

As iniqüidades em saúde são ev it áv eis dent r o dos países e ent r e eles ( WHI TEHEAD, 1990) . Não há um a ex plicação biológica par a a ex pect at iv a de v ida ser de 30 anos a m ais nos Est ados Unidos, no Reino Unido ou na Fr ança, do que em Angola, ou 6 anos a m enos em Lesot o, por ex em plo, do que na Áfr ica do Sul ( UN, 2010b) . Reduzir as desigualdades em saúde é um a quest ão de j ust iça social ( MARMOT, 2005) .

Há um cr escent e consenso de que os gov er nos e sociedades pr ecisam em pr eender os seus m elhor es esfor ços e m obilizar t odos os seus r ecur sos a fim de alcançar os ODMs. Por out r o lado, ex ist e um consenso absolut o de que m uit os países, pr incipalm ent e os m ais pobr es, pr ecisam de aj uda ex t er na par a alcançá- los. A iniciat iv a de colocar a saúde ( assim com o out r as polít icas sociais que sabidam ent e im pact am a saúde) sob o foco das polít icas ex t er nas dos países e blocos de países m ais desenv olv idos im plica em um a v isão r enov ada da Assist ência Oficial par a o Desenv olv im ent o ( AOD) , com pr om et ida em aj udar no desenv olv im ent o de polít icas econôm icas e sociais que ger am saúde e qualidade de v ida. Em sum a, a aj uda int er nacional par a o desenv olv im ent o env olv e apoiar os ODMs, r efor çando um desenv olv im ent o social int egr al e for t alecendo os sist em as de saúde t om ando em cont a os det er m inant es sociais da saúde.

Analogam ent e aos debat es sobr e " I nclusão da saúde em t odas as polít icas" , par a alcançar os ODMs ser á necessár io, de acor do com a 65ª Assem bléia Ger al das Nações Unidas, aum ent ar os esfor ços em t odos os nív eis, a fim de m elhor ar a coer ência das polít icas par a o desenv olv im ent o. O alcance dos Obj et iv os do Milênio dem anda a ex ist ência de polít icas int egr adas e de apoio m út uo, em r elação a um a am pla gam a de quest ões de nat ur eza econôm ica, social e am bient al, par a per m it ir um desenv olv im ent o sust ent áv el. Nest e sent ido, t odos os países pr ecisam for m ular e im plem ent ar polít icas com pat ív eis com os obj et iv os de um cr escim ent o econôm ico equit at iv o, inclusiv o e sust ent áv el, com a er r adicação da pobr eza e com um desenv olv im ent o sust ent áv el.

A m ais r ecent e Assem bléia Ger al das Nações Unidas t am bém r econheceu que a am pliação das abor dagens e polít icas bem sucedidas im plem ent adas ant er ior m ent e pr ecisar á ser com plem ent ada por um a par cer ia global r efor çada em pr ol do desenv olv im ent o t om ando em cont a o r ealinham ent o da cooper ação int er nacional na saúde e desenv olv im ent o, com base nas r eor ient ações adot adas por dois dos m ais im por t ant es doador es – os Est ados Unidos e a União Eur opéia.

Com o pr opósit o de aceler ar o pr ogr esso em r elação aos Obj et iv os de Desenv olv im ent o do Milênio, os Chefes de Est ado e de Gov er no se com pr om et er am a r edobr ar os esfor ços par a r eduzir a m or t alidade m at er na e infant il, assim com o par a m elhor ar a saúde de m ulher es e cr ianças, incluindo m ediant e o for t alecim ent o dos sist em as nacionais de saúde, esfor ços par a com bat er o HI V/ AI DS, m elhor ia da nut r ição, e acesso a água pot áv el e saneam ent o básico e ut ilizando par cer ias globais r efor çadas ( UN, 2010a) .

Foi igualm ent e enfat izado o im por t ant e papel das par cer ias globais par a o desenv olv im ent o, cham ando at enção que sem um apoio int er nacional v igor oso, div er sos Obj et iv os pr ovav elm ent e não ser ão alcançados. Por out r o lado, eles ex pr essar am a pr ofunda pr eocupação em r elação ao im pact o da cr ise econôm ica e financeir a - a pior desde a Gr ande Depr essão, a qual par a m uit os países em desenv olv im ent o r ev er t eu os ganhos ger ados at é ent ão e am eaça com pr om et er ser iam ent e o alcance das m et as em 2015 ( UN, 2010a) .

Nest e t r abalho, discut e- se o alinham ent o da cooper ação int er nacional de alguns dos m ais im por t ant es doador es – os Est ados Unidos e a União Eur opéia. Analisa- se em especial, a hipót ese de r eor ient ação nas polít icas de saúde dos pr incipais doador es est ar em aj ust adas aos Obj et iv os do Milênio, assim com o a aceit ação da condução dos países par ceir os dur ant e t odo o pr ocesso.

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A r e a çã o d os p r in cip a is d oa d or e s

As lim it ações descr it as na 65ª Assem bléia Ger al das Nações Unidas j á hav iam sido r egist r adas em av aliações ant er ior es sobr e os ODMs o que lev ou a um a cr ít ica r igor osa sobr e as at uais for m as de aj uda ex t er na par a o desenv olv im ent o, ofer ecidas pelos países desenv olv idos e por or ganizações m ult ilat er ais ( BUSS; FERREI RA, 2010) . Est a foi o pr incipal m ot iv o da r ealização em Par is do Fór um de Alt o Nív el sobr e Eficácia de Aj uda ( 2005) , com o pr opósit o de m elhor ar a aj uda ex t er na par a o desenv olv im ent o e, dest a for m a, t or ná- la m ais eficaz ( OECD, 2005) .

Foi enfat izada a necessidade de aum ent ar essa aj uda, com o t am bém de m elhor ar a sua eficácia, for t alecendo as est r at égias nacionais de desenv olv im ent o nos países- par ceir os e os pr ocessos oper acionais cor r espondent es, inclusiv e as m edidas e padr ões de desem penho e r esponsabilização, em confor m idade com as boas pr át icas am plam ent e aceit as. Foi t am bém enfat izada a necessidade de elim inar a duplicação de esfor ços, e de r acionalizar os esfor ços dos doador es, m elhor ando a sua econom icidade, r efor m ulando e sim plificando as suas polít icas e pr ocedim ent os, a fim de facilit ar as colabor ações e, pr ogr essiv am ent e, alinhá- las com as pr ior idades, sist em as e pr ocedim ent os dos países-par ceir os.

Mais r ecent em ent e, em 2009, o Conselho Econôm ico e Social das Nações Unidas ( ECOSOC, no acr ônim o em inglês) , r ealizou um a Reunião de Alt o Nív el, que abor dou a im plem ent ação dos com pr om issos e obj et iv os acor dados int er nacionalm ent e sobr e a saúde pública global, t endo ex pr essado a m esm a pr eocupação do im pact o adv er so da cr ise econôm ica e financeir a global, sobr e o alcance dos Obj et iv os do Milênio. Na ocasião r eit er ar am o com pr om isso das nações de cont inuar a for t alecer a par cer ia global em pr ol do desenv olv im ent o, com o um elem ent o v it al par a o alcance desses obj et iv os e, par t icular m ent e, os obj et iv os r elacionados à saúde ( UN, 2009) .

O ECOSOC r econheceu que pobr eza e saúde est ão int er ligados, e que o alcance dos obj et iv os r elacionados à saúde é de fundam ent al im por t ância par a um desenv olv im ent o sust ent áv el ( UN, 2009) . Nesse sent ido dest acou

“ o papel dos det er m inant es sociais nos r esult ados alcançados na ár ea de saúde, dev endo- se fazer o r egist r o das conclusões e r ecom endações for m uladas pela Com issão de Det er m inant es Sociais da Saúde, que v isam m elhor ar as condições de v ida; que é pr eciso lidar com a dist r ibuição não equit at iv a de r ecur sos; assim com o m ensur ar , com pr eender e av aliar o seu im pact o" ( UN, 2009) .

O Conselho t am bém fez um apelo à com unidade int er nacional, par a que apóie os esfor ços dos Est ados na abor dagem dos det er m inant es sociais da saúde, e par a que r efor ce as suas polít icas públicas, de m odo a pr om ov er o acesso pleno à pr ot eção social e à saúde, em benefício, ent r e out r os, dos set or es m ais v ulner áv eis da sociedade ( UN, 2009) .

A Confer ência enfat izou, especificam ent e, o int er câm bio das m elhor es pr át icas na ár ea de for t alecim ent o dos sist em as de saúde, t r einam ent o de pessoal par a a ár ea de saúde, t r ansfer ência de t ecnologia, pr odução de e acesso a m edicam ent os, segur os e de boa qualidade e com pr eços acessív eis, e acolheu fav or av elm ent e, a esse r espeit o, à cooper ação Sul- Sul, Nor t e- Sul, e a cooper ação t r iangular. Além disso, foi feit o um apelo pela pr om oção da pesquisa e desenv olv im ent o; pelo com par t ilham ent o do conhecim ent o; e pelo pr ov im ent o e uso de t ecnologias de infor m ação e com unicação par a a saúde, incent iv ando t odos os Est ados a aplicar m edidas e pr ocedim ent os par a a obser v ância dos dir eit os de pr opr iedade int elect ual, de for m a a ev it ar a cr iação de bar r eir as ao com ér cio legal de m edicam ent os ( UN, 2009) .

Os dois m ais im por t ant es doador es na ar ena da Saúde Global são os Est ados Unidos e a União Eur opéia, m as apenas cinco países da Eur opa alcançar am a m et a das Nações Unidas de Assist ência Oficial par a o Desenv olv im ent o ( AOD) de 0, 7% do Pr odut o I nt er no Br ut o ( PI B) [ ( UN, 2009; UN, 2010c) .

No que diz r espeit o aos insuficient es avanços dos ODMs, r ecent em ent e for am t om adas ações em separ ado t ant o pelo Gov er no dos Est ados Unidos, m ediant e a I niciat iva de Saúde Global ( GHI , 2009) , j á sob a lider ança do Pr esident e Obam a, e na Reunião do Conselho de Assunt os Ex t er nos da União Eur opéia ( UE) , que r edefiniu o papel da UE na Saúde Global ( EU, 2010) .

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alcançar m elhor ias significat iv as na saúde e sim ult aneam ent e, cr iar um a plat afor m a eficaz, eficient e, e conduzida pelos países- par ceir os, par a pr ov er cuidados básicos de saúde e pr ogr am as de saúde pública sust ent áv eis ( GHI , 2009) . Por out r o lado, o Conselho Eur opeu conv ocou seus Países- Mem br os par a agir em conj unt o, em t odas as ações e polít icas r elev ant es, sej am elas int er nas e ex t er nas, de m odo a pr ior izar o seu apoio no for t alecim ent o dos sist em as int egr ais de saúde nos países- par ceir os, fundam ent ais par a os desafios em saúde global ( EU, 2010) .

Em am bos os casos ( Est ados Unidos e União Eur opéia) , a ênfase se concent r ou nas m ulher es e nas cr ianças, por m eio da pr om oção do acesso e qualidade dos ser v iços de saúde em am bient es car ent es de r ecur sos. Nesse cont ex t o, at enção especial dev e ser dedicada aos t r ês desafios pr incipais em saúde: saúde sex ual e r epr odut iv a, saúde m at er na e infant il e, doenças t r ansm issív eis. Em seu plano est r at égico, a UE inclui as doenças não- t r ansm issív eis e abor da a nat ur eza m ult idim ensional da saúde, enfat izando as ligações com o gêner o; segur ança alim ent ar e nut r ição; com a água e o saneam ent o; e t am bém com a educação e com a pobr eza, abr angendo, de um a for m a am pla, t odos os ODMs ( Quadr o 1) .

Qu a d r o 1 - As est r at égias dos Est ados Unidos e da União Eur opéia na saúde global: r elação ent r e as ár eas de cada pr ogr am a

Fon t e : GHI , 2009; Whit e House, 2009.

Am bos os planos t am bém m encionam out r os pr incípios básicos, com o a condução pelo país dos pr ogr am as de saúde, o incent iv o à pesquisa e inov ação, assim com o o m onit or am ent o e a avaliação.

Adot ando t er m os ligeir am ent e dist int os, as abor dagens dos pr ogr am as de am bos os doador es seguem um padr ão r elat iv am ent e sim ilar, inclusiv e quant o à ênfase na obser v ância dos planos nacionais de saúde dos países- par ceir os, r efor çando a sua gov er nança e pr opor cionando aj uda na im plem ent ação de est r at égias específicas.

A abor dagem am er icana pr iv ilegia os cuidados básicos de saúde, m as t am bém pr ev ê r ecur sos significat iv os par a " pr ogr am as de aj uda v er t ical - específicos par a um a dada doença", abr angendo nov e ár eas- alv o: HI V/ AI DS, m alár ia, t uber culose, saúde m at er na, saúde infant il, nut r ição, planej am ent o fam iliar / saúde r epr odut iva, doenças t r opicais negligenciadas, e for t alecim ent o dos sist em as de saúde. A aj uda se baseia essencialm ent e nas dot ações do Plano de Em er gência do Pr esident e dos Est ados Unidos par a com bat er a AI DS ( PEPFAR) .

No ent ant o, sob os auspícios da I niciat iv a Global de Saúde, pr opost o pelo Pr esident e Obam a, o PEPFAR m odificou- se baseado na idéia de que o plano inicial não t er ia êx it o em seus esfor ços par a acabar com as m or t es pr ov ocadas pelo HI V/ AI DS, m alár ia e t uber culose, a m enos que m elhor asse o am bient e global, r efor çando os sist em as de saúde com um desenv olv im ent o int egr al de suas funções, naquilo que poder ia se denom inar de "abor dagem diagonal" ( WHI TE HOUSE, 2009) .

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sociedade civ il e out r as par t es int er essadas, inclusiv e o set or pr iv ado. A UE t am bém inclui em seu plano a pr ot eção da saúde pública, pr ev ist a no Acor do Relat iv o aos Aspect os do Dir eit o da Pr opr iedade I nt elect ual Relacionados com o Com ér cio ( Acor do TRI PS) , a fim de pr om ov er o acesso a m edicam ent os par a t odos, e gar ant ir que seus acor dos de com ér cio bilat er al apóiem plenam ent e est e obj et iv o. Lida igualm ent e com as m igr ações, incent iv ando o pr ocesso em dir eção à confor m idade com com pr om issos assum idos, dent r o da Est r at égia par a Enfr ent ar a Cr ise dos Tr abalhador es de Saúde nos Países em Desenv olv im ent o ( St r at egy for Act ions on t he Cr isis in Hum an Resouces for Healt h in Dev eloping Count r ies) ( EU, 2010) .

Além disso, o Conselho Eur opeu ( EU, 2010) ofer eceu um a or ient ação m ais det alhada dos esfor ços de pesquisa, assim com o um diálogo baseado em ev idências, assegur ando que as inovações e int er v enções ger em pr odut os, assim com o ser v iços acessív eis, o que dev er á ser alcançado por int er m édio de:

i. um sist em a global de P&D que abor de as pr ior idades de saúde dos países em desenv olv im ent o e dê pr ior idade às ações de pesquisa par a enfr ent ar os desafios globais de saúde em confor m idade com a Est r at égia Global de Pesquisa da OMS;

ii. aum ent o da capacidade de inv est igação em saúde pública;

iii. desv inculação do cust o de pesquisa e desenv olv im ent o, dos pr eços de m edicam ent os, no âm bit o da Est r at égia Global de Saúde Pública, I nov ação e Pr opr iedade I nt elect ual, incluindo a opor t unidade de t r ansfer ência de t ecnologia da UE par a os países em desenv olv im ent o;

iv. m elhor ia dos sist em as de infor m ação de saúde; e

v. gar ant ia de acesso ao conhecim ent o ger ado, com o um bem público global e o int er câm bio de boas pr át icas.

A UE se pr opõe a pr om ov er o diálogo com at or es globais e par t es int er essadas, inclusiv e Agências das Nações Unidas, I nst it uições Financeir as I nt er nacionais, Or ganizações Regionais e Redes de Saúde, a fim de ident ificar siner gias, coor denar ações e ev it ar a duplicação ou fr agm ent ação de esfor ços, v isando aum ent ar a eficácia ger al dos pr ocessos.

CON CLUSÃO

Em r esum o, pode- se dizer que a cooper ação int er nacional em saúde dos Est ados Unidos e da União Eur opéia est á aj ust ada aos ODMs. Am bas as polít icas abor dam os pr incipais elem ent os da saúde global, no ent ant o, as doenças não- t r ansm issív eis, com o o câncer, as doenças car diov ascular es e o diabet es, r esponsáv eis por cer ca de 60% das m or t es em t odo o m undo, não est ão ex plicit ados na I niciat iva Global dos Est ados Unidos ( SEFFRI N et al, 2009) .

Um dos pr incípios da iniciat iv a dos Est ados Unidos é incent iv ar a condução dos países-par ceir os em t odo o pr ocesso, o que est á alinhado com a Declar ação de Par is. Ent r et ant o, a definição e o escopo dest a ex pr essão não est ão clar os, assim com o não se indica com o est e pr incípio ser á colocado em pr át ica.

Am bas as iniciat iv as r efer em - se ao for t alecim ent o do sist em a de saúde. Consider ando que out r os esfor ços par a for t alecim ent o dos sist em as de saúde sem elhant es est ão em cur so, com o o Banco Mundial, o Fundo Global de Com bat e à AI DS, Tuber culose e Malár ia, a Aliança Global par a Vacinas e I m unizações ( GAVI , em inglês) – apoiadas pela Or ganização Mundial da Saúde ( OMS) ( WB, 2010) - , poder - se- ia adm it ir o est abelecim ent o de um a plat afor m a par a financiar os sist em as de saúde. Essa plat afor m a per m it ir ia que essas or ganizações m ult ilat er ais possam coor denar, m obilizar, or ganizar e canalizar os flux os de r ecur sos int er nacionais, de m odo a apoiar as est r at égias nacionais de saúde, const it uindo par t e de um am plo esfor ço int er nacional par a o for t alecim ent o dos sist em as de saúde, a fim de aceler ar o pr ogr esso em dir eção aos ODMs aum ent ando a eficácia da cooper ação.

Com o a pr esent e análise foi baseada em um a r ev isão docum ent al, não foi possív el v er ificar se os Est ados Unidos e a União Eur opéia est av am m ant endo diálogos no sent ido de coor denar esfor ços nas ár eas pr ogr am át icas e no apor t e de fundos. Cer t am ent e ser ia r ecom endáv el buscar a coor denação, ident ificar as siner gias par a ev it ar a duplicação e fr agm ent ação de esfor ços, com o t am bém par a se aum ent ar a eficácia.

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Os aut or es declar am que não t em conflit os de int er esse.

Re f e rê n cia s Bib liog rá f ica s

BUSS, P. M. ; FERREI RA, J. R., 2010. Cr it ica l e ssa y on in t e r n a t ion a l coop e r a t ion in h e a lt h . RECI I S, Ed. 4, n. 1, p. 86- 97, m ar. 2010. Disponív el em :

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