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II. Relatório Consolidado de Gestão-Criação de Valor e Crescimento. III. Demonstrações Financeiras Consolidadas

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R&C’ 09 Índice

Mensagem do Presidente

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I. O Grupo Jerónimo Martins

1. Perfil e Estrutura 10

2. Posicionamento Estratégico 27

3. Glossário Financeiro 38

4. Contactos 40

II. Relatório Consolidado de Gestão-Criação de Valor e

Crescimento

1. Factos Relevantes do Ano 43

2. Enquadramento 2009 45

3. Desempenho do Grupo 54

4. Desempenho das Áreas de Negócio 72

5. Perspectivas para 2010 93

6. Factos Subsequentes 101

7. Proposta de Aplicação de Resultados 102 8. Anexo ao Relatório Consolidado de Gestão 103

III. Demonstrações Financeiras Consolidadas

1. Demonstrações Financeiras Consolidadas 107 2. Declaração do Conselho de Administração 159 3. Certificação Legal de Contas e Relatório de Auditoria 160 4. Relatório da Comissão de Auditoria 162

IV. Governo da Sociedade

Introdução 167

Capítulo 0 –Declaração de Cumprimento 168

Capítulo 1 – Assembleia Geral 172

Capítulo 2 – Órgãos da Administração e Fiscalização 175

Capítulo 3 – Informação 208

V. Sustentabilidade na Criação de Valor

1. Factos Relevantes do Ano 218

2. Jerónimo Martins e o Desenvolvimento Sustentável 220

3. Compromisso com os Clientes 222

4. Compromisso com os Colaboradores 228

5. Compromisso com os Fornecedores 242

6. Qualidade e Segurança Alimentar 247

7. Responsabilidade Ambiental 255

8. Mecenato 272

VI. Relatório e Contas Individual

1. Relatório de Gestão 281

2. Demonstrações Financeiras Individuais 289 3. Certificação Legal de Contas e Relatório de Auditoria 324 4. Relatório da Comissão de Auditoria 326

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R&C’09 Mensagem do Presidente

Mensagem do Presidente

Caros Accionistas,

No ano de 2009 acentuou-se a debilidade do ambiente macroeconómico geral. Verificou-se, no entanto, alguma estabilização dos mercados financeiros, o que poderia anunciar a retoma da economia mundial e, por arrasto, da economia nacional. A estabilização dos mercados financeiros foi confirmada pela constância das taxas de referência dos Bancos Centrais, bem como pela recuperação das principais praças financeiras. A acção Jerónimo Martins foi um dos casos mais distintivos, ao valorizar 75,9% e ao ultrapassar a barreira dos 7 euros no final do ano.

Apesar destes indicadores positivos, a economia portuguesa não demonstrou sinais de retoma em 2009. Pelo contrário, Portugal atingiu o nível mais elevado de desemprego do ano no último trimestre e registou um crescimento negativo do Produto Interno Bruto na ordem dos 3%.

No entanto, para Jerónimo Martins, 2009 foi um bom ano, resultado dos projectos iniciados em 2007 e 2008, cujos benefícios se irão prolongar no tempo, contribuindo para o reforço da posição do Grupo nos mercados onde está presente, potenciando o seu crescimento e a sua expansão para os próximos anos.

A actividade operacional do Grupo caracterizou-se por um excelente desempenho generalizado. As vendas consolidadas atingiram os 7.317,1 milhões de euros e evidenciam uma evolução de 6,1% relativamente ao ano anterior, e não fosse a desvalorização do zloty, o crescimento seria de 18,4%, o que demonstra bem o potencial do Grupo. O resultado líquido atribuível a Jerónimo Martins ultrapassou os 200 milhões de euros, o que se traduz num crescimento de 22,8% face a 2008.

Na área de Retalho em Portugal, uma vez mais, o Pingo Doce respondeu cabalmente aos desafios que se propôs enfrentar: i) integração das médias superfícies Feira Nova; ii) reestruturação da sua área operacional e comercial; iii) nova identidade visual; e iv) consolidação das lojas Plus, adquiridas em Maio de 2008.

Todo este esforço culminou num crescimento de vendas de 8,3% em relação ao ano anterior, com um crescimento de like-for-like de 0,9%.

O Recheio aumentou a sua posição de liderança do mercado grossista com a integração de uma nova unidade, adquirida no final de 2008 em Santa Maria da Feira, e reforçou, desta forma, a sua presença na região norte do País. A Companhia demonstrou um desempenho notável e atingiu 688,5 milhões de euros de vendas, um crescimento de 5,2% sobre o ano transacto, contrariando a tendência do sector.

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R&C’09 Mensagem do Presidente

Na área de Retalho na Polónia, a Jeronimo Martins Dystrybucja viu reforçada a sua posição no mercado, mantendo um elevado ritmo de expansão orgânica ao abrir um total de 163 lojas. Foram ainda integradas com sucesso 167 lojas ex-Plus, adquiridas em Outubro de 2008.

As vendas, em 2009, cresceram 29,8% e ultrapassaram os 16 mil milhões de zlotys, o que faz da Companhia a maior cadeia de Retalho Alimentar a operar no mercado polaco.

É com imensa satisfação que vemos reconhecido o desempenho desta cadeia no ranking das marcas mais valiosas na Polónia, estabelecido e publicado pelo jornal de referência “Rzeczpospolita”, no qual a marca Biedronka ocupa a 9.ª posição.

Na área da Indústria, gostaria de destacar o contínuo enfoque no consumidor, e manutenção das quotas de mercado das principais categorias de produtos. Neste contexto, e de modo a potenciar o desenvolvimento da categoria de azeites e óleos alimentares, quer a nível nacional, quer internacional, foi concretizada a constituição de uma nova sociedade, a Gallo Worldwide, Lda., unidade de negócio autonomizada da Unilever Jerónimo Martins, Lda..

Na área de Serviços, manteve-se a dinâmica de reforçar o portefólio de representações através de novas marcas nos segmentos onde já opera e da entrada em novos segmentos de negócio.

Na área de Restauração, continuou-se a apostar na inovação, tendo prosseguido os testes de novos modelos de negócio e o consolidar das propostas de valor nos negócios já estabelecidos.

Os resultados alcançados são, por certo, do agrado dos Senhores Accionistas: em 2009, o nosso título valorizou-se 75,9%, a quinta maior subida entre as empresas do PSI-20, e a rendibilidade total assegurada no exercício atingiu 78,8%, compensando largamente o valor negativo apresentado em 2008.

Todos os sucessos alcançados em 2009 foram fruto de uma estratégia bem definida e do notável desempenho e envolvimento das Pessoas que trabalham no Grupo Jerónimo Martins. Pessoas que continuamente valorizamos e que são, sem dúvida, a nossa força motriz.

Foi pelas nossas Pessoas que a área de Responsabilidade Social interna “Jerónimo Martins Por Nós” realizou em Portugal um estudo profundo e detalhado que revelou a realidade social de todos os que connosco trabalham e identificou as suas reais necessidades. Foi com muita satisfação que constatei a elevadíssima adesão a este estudo (90%), no qual participaram mais de 21 mil Colaboradores.

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R&C’09 Mensagem do Presidente

Estamos hoje em condições de apoiar quem precisa, nas áreas de maior necessidade, pelo que elegi, neste âmbito, a Saúde e a Educação como as nossas prioridades para 2010.

Para além de todo o trabalho desenvolvido pela Escola de Formação Jerónimo Martins e pelas Academias Biedronka, foi para mim especialmente gratificante entregar mais 600 diplomas aos Colaboradores que concluíram o 9.º e o 12.º anos de escolaridade ao abrigo do nosso Programa Interno “Aprender e Evoluir – Iniciativa Novas Oportunidades”.

Em Jerónimo Martins, o rigor e o entusiasmo colocados neste Projecto permitiu a obtenção de resultados muito para além do esperado. É extraordinário constatar a vontade de aprender e a disponibilidade das pessoas para continuarem um percurso de aprendizagem ao longo da vida.

Num ano de profunda crise económica, o Grupo não esqueceu aqueles que dão a cara perante o consumidor. A minha mensagem foi clara e a promessa que fizemos aos nossos Colaboradores foi cumprida: não só foram mantidos os postos de trabalho, como foram contratados mais 1.700 novos colaboradores em Portugal. Orgulhamo-nos de ser hoje um Grupo com 53.797 colaboradores.

Quando analiso as diversas dimensões, tanto operacionais como de gestão, no contexto dos mercados onde o Grupo opera, não posso deixar de sentir uma grande satisfação pelos resultados alcançados em 2009. Espero que os Srs. Accionistas o sintam também.

Concluindo esta breve avaliação do desempenho operacional de Jerónimo Martins, gostaria de partilhar convosco algumas considerações sobre matérias que considero relevantes no desenvolvimento da Sociedade.

Por um lado, a CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários) publicou, no início do presente ano, o novo Código do Governo das Sociedades, bem como o Regulamento da CMVM n.º 1/2010 sobre o Governo das Sociedades Cotadas.

As alterações prendem-se essencialmente com o funcionamento das assembleias gerais, sistemas internos de controlo e gestão de riscos, comissões especializadas, auditoria, e divulgação da remuneração dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização.

Por outro lado, surgiu o Projecto do Código de Bom Governo das Sociedades promovido pelo Instituto Português de Corporate Governance (IPCG). O Grupo Jerónimo Martins comunga dos princípios estruturantes do IPCG, no que diz respeito à adopção das melhores práticas de governação e de transparência das Sociedades, visando o objectivo de um saudável funcionamento do mercado. As soluções

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R&C’09 Mensagem do Presidente

encontradas pelo IPCG no Código proposto podem, contudo, ser contraproducentes e afectar até o bom funcionamento das Sociedades e, consequentemente, o do próprio mercado.

Em qualquer dos Códigos supra referidos há um excessivo condicionamento da actividade do Conselho de Administração, quer no que diz respeito aos Administradores Executivos, quer aos Não Executivos. As recomendações são cada vez mais pesadas quanto à composição, funcionamento e funções atribuídas ao órgão de Administração, não atendem às especificidades da composição accionista mais usual em Portugal e parecem partir do princípio one size fits all, com o qual discordamos. Em particular, assiste-se a uma tendência para esquecer que a presença no Conselho de Administração de Administradores Não Executivos ligados aos Accionistas de referência é um traço da cultura societária de muitas sociedades cotadas em Portugal. Há que tirar o melhor deste traço distintivo ao qual associaria também o papel do Chairman na articulação entre interesses da sociedade e os dos seus accionistas. Sendo uma das mais antigas sociedades comerciais no país, cotada desde 1989, temo-nos caracterizado por princípios de rigor e transparência na forma de gerir o negócio e comunicar com o mercado. Temos uma cultura organizacional forte que sempre apreendeu princípios éticos próprios da sua sólida estrutura accionista e que têm conduzido à sustentabilidade da empresa e ao pioneirismo em matéria de governação. Fomos, aliás, das primeiras empresas cotadas a apresentar ao regulador e ao mercado uma informação consistente e transparente, facto publicamente reconhecido.

Entendo, assim, que as entidades de supervisão não devem tomar o papel de legislador, extrapolando as suas funções originárias, importando modelos de governo e espartilhando as sociedades com regras que não têm correspondência nas práticas de mercado, nem consideram as particularidades do país e do tecido empresarial. Uma supervisão atenta e uma auto-regulação consciente serão seguramente vectores mais recomendáveis para um mercado mais transparente e saudável.

Outra matéria que mereceu a minha especial reflexão foi o estado da iniciativa privada em Portugal.

Consciente de que a força e dinamismo de uma sociedade democrática podem ser integralmente medidos pelo espírito de empreendedorismo da sua iniciativa privada, constato com bastante consternação o papel a que se pretende remeter o tecido empresarial Português no recente contexto económico, político e social.

Uma rede empresarial viva, pró-activa e inovadora tem que ter uma profunda consciência do seu papel central na sustentação do progresso económico e,

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R&C’09 Mensagem do Presidente

consequentemente, na criação de valor para toda a sociedade. A iniciativa privada deve ser, assim, um fio condutor dos melhores estímulos individuais dos seus cidadãos, um bastião contra a inércia económica e social, um repositório de valores éticos fundamentais e, adicionalmente, capaz de um pensamento estratégico estruturado, que concilie uma visão empresarial de longo prazo, orientada para um mercado global cada vez mais complexo e competitivo, e com uma identidade sectorial que promova a sustentabilidade das economias onde opera.

Numa sociedade livre e evoluída cabe ao Estado fomentar a iniciativa privada, ao reconhecer que esta é a força motriz de desenvolvimento económico e renovação social. A criação de infra-estruturas que a suportem, de um enquadramento regulatório estável e previsível, que assegure o seu desenvolvimento estruturado e a potenciação de uma identidade sectorial e económica que a inspire e dignifique são, consequentemente, alguns dos vectores críticos a serem assimilados pelo Estado na perpetuação do espírito da iniciativa privada.

Só assim pode uma estrutura empresarial assumir, com responsabilidade, a sua missão essencial para a sociedade.

A avaliação que pode ser feita da vitalidade da iniciativa privada em Portugal, durante este último ano, não pode, infelizmente, ser positiva. O enquadramento económico que caracterizou 2009 não constituiu, já por si, um terreno fértil para o seu crescimento. As medidas de fomento e renovação da iniciativa privada em Portugal, tão necessárias e críticas para estimular o investimento e consequentemente a criação de emprego, continuaram aquém do que as circunstâncias específicas deste período exigiam.

Olhando para o ano que agora se inicia, é com expectativa que avalio a consistência dos primeiros indícios de retoma económica internacional. Ao acreditar que a retoma económica dificilmente será sustentável em Portugal sem a participação e o profundo envolvimento da sua iniciativa privada, é também com expectativa que procuro indícios do fortalecimento da sua identidade, pró-actividade e confiança.

A última década foi de grande importância para Jerónimo Martins. Foi uma década marcada pelo enfoque no desenvolvimento estratégico do seu core business, em Portugal e na Polónia. Foi tempo de repensar mercados e formatos e de lançar desafios de forma a garantir a expansão do Grupo nesse período.

Na década que se inicia, Jerónimo Martins está devidamente preparado para assumir o seu papel nos mercados internacionais, e o facto de estarmos entre as 100 maiores empresas de Retalho do mundo e no grupo restrito das 50 empresas que mais crescem e valor criam é a prova mais tangível deste facto.

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R&C’09 Mensagem do Presidente

Temos agora o desafio de definir, em concreto, qual o caminho a seguir para continuar a garantir a evolução e crescimento de Jerónimo Martins. Será tempo de estudar novos mercados, de alocar recursos e implementar a estratégia definida.

Para tal, contamos com o apoio dos nossos Accionistas, que nos têm acompanhado e sempre confiaram nas decisões tomadas pelo Conselho de Administração, e dos nossos Colaboradores, em quem confiamos e que, sabemos, nos acompanharão neste novo desafio.

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Índice

I - O Grupo Jerónimo Martins

1. Perfil e Estrutura 10

1.1. Identidade e Competências 10

1.1.1. Carteira de Activos 10

1.1.2. Competências-Chave 11

1.1.3. Inovação e Cultura de Pioneirismo 12

1.2. Indicadores Financeiros e Operacionais 14

1.3. Órgãos Sociais e Estrutura 18

1.3.1. Órgãos Sociais 18

1.3.2. Estrutura de Negócios e Estrutura Societária 20

1.3.3. Estrutura de Gestão 22

1.4. Reconhecimento Público 24

2. Posicionamento Estratégico 27

2.1. Missão 27

2.2. Visão Integrada de Desenvolvimento Sustentável 28

2.2.1. Avaliação da Envolvente Externa 28

2.2.2. Principais Impactes da Actividade de Jerónimo Martins 29 2.2.3. A Sustentabilidade na Gestão da Empresa 30

2.2.4. Relacionamento com Stakeholders 32

2.3. Compromisso de Criação de Valor e Crescimento 34 2.4. Compromisso de Sustentabilidade na Criação de Valor 35

3. Glossário Financeiro 38

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O Grupo Jerónimo Martins Perfil e Estrutura

1. Perfil e Estrutura

1.1. Identidade e Competências

1.1.1. Carteira de Activos

Jerónimo Martins é o maior Grupo Português de retalho alimentar, tendo registado em 2009 uma facturação de 7,3 mil milhões de euros, possuindo um total de 53.797 colaboradores no final do ano e a sexta capitalização bolsista na Euronext Lisboa. Acumulando uma experiência internacional de mais de catorze anos, o negócio fora de Portugal representa 50,9% das vendas e 50,5% dos colaboradores.

O Grupo detém um portefólio de negócios robusto, focado no ramo alimentar, e que conjuga a força das posições de mercado das operações de Retalho e Grosso, em Portugal, com o potencial de crescimento da operação da Biedronka, na Polónia, e com a maturidade e capacidade de libertação de cash flow proporcionadas pelos activos industriais da parceria com a Unilever em Portugal.

Em Portugal, Jerónimo Martins ocupou, no final de 2009, uma posição de liderança na Distribuição Alimentar, atingindo uma facturação agregada de 3,3 mil milhões de euros. A operar com as Insígnias Pingo Doce (334 supermercados em Portugal Continental e 13 na Madeira), Feira Nova (9 hipermercados) e Recheio (33 Cash & Carries e duas plataformas de Food Service em Portugal Continental; um Cash & Carry e uma plataforma de Food Service na Madeira), o Grupo continuou a ser o operador líder de mercado em supermercados e cash & carries, aliando a força das suas Insígnias à liderança em área de venda e em facturação. Ainda em Portugal, Jerónimo Martins tem apostado no desenvolvimento de novos projectos complementares ao negócio de Retalho Alimentar, através do lançamento da New Code (vestuário para adulto e criança), da Electric Co (electrodomésticos), da GET (livros, música, electrónica e telecomunicações), dos postos de abastecimento de combustível, das parafarmácias Bem-Estar e das áreas de Restauração No Sítio do Costume no Pingo Doce.

Na Polónia, a Biedronka, cadeia de lojas com um sortido de bens alimentares que conjuga a qualidade a uma prática constante de preços baixos, é líder no Retalho Alimentar e detém uma posição dominante no seu formato, através de um elevado número de lojas e da força da sua Insígnia. No final de 2009, a Biedronka detinha 1.466 lojas, tendo atingido os 720 milhões de actos de compra e os 3.725 mil milhões de euros de facturação no ano em análise. Ainda na Polónia, e na sequência da parceria celebrada em Fevereiro de 2006 com a Associação Nacional de Farmácias de Portugal, foram abertas, em 2009, mais cinco farmácias sob a Insígnia Apteka Na Zdrowie, a qual incrementou a sua rede para 24 unidades.

Jerónimo Martins é também o maior Grupo industrial de bens de grande consumo em Portugal, através da sua parceria com a Unilever, nas áreas Alimentar, de Cuidado Pessoal e Higiene Doméstica, e de Consumo Fora de Casa. Em 2007, esta parceria foi reforçada com a fusão da FimaVG, Bestfoods, LeverElida e IgloOlá numa única Companhia denominada Unilever Jerónimo

Martins. A Sociedade mantém as posições de liderança nos mercados de

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O Grupo Jerónimo Martins Perfil e Estrutura No ano 2009, a Unilever Jerónimo Martins autonomizou o negócio de Azeites e Óleos Vegetais, o que originou a criação da Gallo Worldwide, Lda.. Esta Companhia assumiu assim a posição de liderança da marca Gallo, quer no mercado Nacional, quer no Brasil.

O portefólio do Grupo inclui ainda uma área de negócio, em Portugal, vocacionada para Serviços de Marketing, Representações e Restauração, onde estão integrados os seguintes negócios:

Jerónimo Martins Distribuição de Produtos de Consumo, que

representa em Portugal marcas internacionais, algumas com posições de liderança no mercado alimentar de grande consumo, em Food Service (através da Caterplus), na cosmética selectiva e na cosmética de grande consumo (através de parceria com o Grupo Puig);

Hussel, cadeia de Retalho Especializado para comercialização de chocolates e confeitaria, com 24 lojas no final de 2009;

Jerónimo Martins Restauração e Serviços, que se dedica ao

desenvolvimento de projectos no sector da Restauração e que, no final de 2009, incluía a cadeia de quiosques e cafetarias Jeronymo, com 26 pontos de venda, a cadeia de geladariasOlá, com 33 lojas e mais cinco em regime de franchising, o restaurante Chili’s em Lisboa, franchising do Grupo

Brinker, e a loja Ben & Jerry’s.

1.1.2. Competências-Chave

Durante a sua longa história, Jerónimo Martins tem vindo a interiorizar valores e a demonstrar competências-chave que lhe permitem olhar o futuro com confiança e determinação.

O Grupo possui um ADN de que muito se orgulha, o qual tem sido determinante tanto nos períodos de crescimento mais acelerado, como nas conjunturas mais difíceis.

GRUPO JM FOCO NO S RESU LTAD OS EFIC ÁCI A PESS OAL LIDERANÇA INICIATIVA GES TÃO DA S PRIORID ADES O RIEN TA ÇÃO PA RA O C LIEN TE AUTO -MO TIVA ÇÃO GEST ÃO D A PRES SÃO E DA MUD ANÇA RELACION AMENTO INTERPES SOAL DISP ONIBILIDA DE PARA APREND IZAGEM M OB ILIZ ÃO CA PA CIDA D D E D EC ISÃ O COM UNIC AÇÃO ATIT UDE RESOLU ÇÃO DE PROBLE MAS Valores Rigor Transparência Inovação Compromisso com o Grupo Exemplaridade Integridade GRUPO JM FOCO NO S RESU LTAD OS EFIC ÁCI A PESS OAL LIDERANÇA INICIATIVA GES TÃO DA S PRIORID ADES O RIEN TA ÇÃO PA RA O C LIEN TE AUTO -MO TIVA ÇÃO GEST ÃO D A PRES SÃO E DA MUD ANÇA RELACION AMENTO INTERPES SOAL DISP ONIBILIDA DE PARA APREND IZAGEM M OB ILIZ ÃO CA PA CIDA D D E D EC ISÃ O COM UNIC AÇÃO ATIT UDE RESOLU ÇÃO DE PROBLE MAS Valores Rigor Transparência Inovação Compromisso com o Grupo Exemplaridade Integridade

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O Grupo Jerónimo Martins Perfil e Estrutura Jerónimo Martins possui ainda uma longa experiência no ramo alimentar, rica em termos de sectores de actividade, mercados, geografias e cadeias de valor.

A capacidade para concretizar parcerias estratégicas tem sido determinante em vários períodos da história do Grupo e na entrada em novas áreas de negócio. Também a experiência em operações de fusão e aquisição e a capacidade para concretizar processos de integração bem sucedidos são uma das suas mais-valias.

No seu passado recente, Jerónimo Martins ganhou novas competências com a internacionalização dos seus negócios para mercados de grande dimensão, muito dinâmicos e competitivos, onde concorre directamente com vários operadores de renome internacional.

O portefólio de negócios de Jerónimo Martins apresenta características de robustez, encontra-se focado no ramo alimentar e equilibrado em termos de perspectivas de crescimento e libertação de cash flow.

Os modelos de negócio estão adequados aos mercados e às tendências de consumo e apostam, sobretudo, em formatos de proximidade, muito competitivos em preço e com uma dinâmica comercial centrada na Marca Própria e nos Perecíveis (áreas em que o Grupo se tem destacado desde sempre) e no desenvolvimento de novos projectos. Os negócios-chave são sustentados por Insígnias fortes que detêm a liderança de mercado nos seus formatos.

A actividade operacional está ancorada na optimização contínua dos custos, na produtividade, na exploração da escala e sinergias de grupo e na constante actualização tecnológica.

A capacidade de gestão em ambientes de incerteza e volatilidade tem vindo a ser reforçada através de mecanismos de planeamento cada vez mais dinâmicos, flexíveis e pró-activos, que conduzem ao estabelecimento de prioridades bem definidas e ao alinhamento da Organização à volta das mesmas.

1.1.3. Inovação e Cultura de Pioneirismo

Desde sempre, Jerónimo Martins tem dado provas de pioneirismo no contexto empresarial português.

Inovação e Cultura de Pioneirismo nas Práticas de Gestão

No período mais recente da sua história, Jerónimo Martins destacou-se, entre outros aspectos, por ter sido o primeiro Grupo de Distribuição Alimentar em Portugal a implementar diversas práticas de gestão inovadoras.

Esta motivação para inovar tem-se mantido, sendo já parte integrante da cultura de gestão de Jerónimo Martins e neste contexto, no ano de 2009, o Grupo melhorou substancialmente os seus processos de Supply Chain em termos tecnológicos.

Em Portugal, Jerónimo Martins optimizou os seus automatismos logísticos com a tecnologia de voice picking, ao mesmo tempo que reforçou os seus processos de reaprovisionamento com o desenvolvimento de soluções próprias.

(13)

O Grupo Jerónimo Martins Perfil e Estrutura Na Polónia, inovou a sua infra-estrutura de rádio-frequência logística, da qual já havia sido pioneira neste mercado, e com ela incrementou a produtividade dos seus Centros de Distribuição.

Inovação e Pioneirismo de Mercado

Jerónimo Martins tem-se também destacado pelo seu forte dinamismo e liderança de mercado, através de inúmeras iniciativas que, ao longo dos anos, têm contribuído para fortalecer a sua posição de liderança no mercado, ao conquistarem a preferência de um número crescente de consumidores.

Neste campo, em 2009, foi lançada, em Portugal, a inovadora gama de Ready Meals “Pingo Doce à Casa”, refeições frescas de qualidade a preços acessíveis.

O Pingo Doce reforçou a aposta na excelência das suas Marcas Próprias e iniciou, neste âmbito, um programa pioneiro de melhoria contínua do perfil nutricional dos seus produtos, com o objectivo de alcançar composições e ingredientes mais saudáveis, através dos seguintes parâmetros:

ƒ Redução gradual do teor de sal, açúcar e gordura; ƒ Remoção total de corantes potencialmente alergénicos;

ƒ Revisão de ingredientes, matérias-primas, aditivos e tamanho das porções. Na Polónia, a Insígnia Biedronka implementou o sistema Guideline Daily Amount (GDA), disponibilizando nos seus produtos etiquetas com informação sobre o valor calórico e quantidade de cada nutriente, face ao valor de referência diário de uma dieta saudável e equilibrada.

(14)

O Grupo Jerónimo Martins Perfil e Estrutura

1.2. Indicadores Financeiros e Operacionais

4.407 3.828 7.317 6.894 5.350 4,6% 4,9% 7,2% 6,9% 6,6% 7,2% 8,1% 4,2% 5,4% 4,8% 0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000 8.000 2005 2006 2007 2008 2009 0% 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 10% 11%

Vendas & Serviços Margem EBITDA Margem EBITA Margem EBITDA e EBITA

€' 000.000

2009 2008 Δ % Distribuição Portugal 3.321 3.093 7,4% Distribuição Polónia 3.725 3.521 5,8% Indústria, Serviços e Outros 272 280 -2,9% Vendas Consolidadas 7.317 6.894 6,1% €' 000.000 2.222 2.421 2.687 3.093 3.321 1.348 1.715 3.725 3.521 2.392 259 271 272 280 270 0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000 8.000 2005 2006 2007 2008 2009

Distribuição Portugal Distribuição Polónia Indústria, Serviços e Outros €' 000.000

Vendas & Serviços

1.249 1.358 1.510 1.762 1.929 0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 2005 2006 2007 2008 2009 0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% 16% 18% 20%

Cap. Inv. Médio Margem EBITA ROIC Pre-Tax ROIC €' 000.000 2009 2008 Res. Líquido JM 200,3 163,2 Cash Flow 434,1 344,7 N.º Acções Ordinárias 629.293.220 629.293.220 N.º Acções Próprias 859.000 859.000

Valores por Acção (€)

Resultado Líquido 0,32 0,26

Cash Flow 0,69 0,55

Cotação (final ano) 6,99 3,97

€' 000.000 146 151 151 176 223 246 255 266 345 434 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 2005 2006 2007 2008 2009

Resultado Líquido * Cash Flow * Resultado Líquido e Cash Flow

€' 000.000

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O Grupo Jerónimo Martins Perfil e Estrutura 506 579 846 692 497 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 2005 2006 2007 2008 2009 0% 50% 100% 150% 200%

Dívida Dívida/EBITDA Gearing €' 000.000

Dívida Líquida

2009 2008

Capital Investido 1.757,7 1.777,0

Dívida Financeira * 911,8 1.069,5

(Títulos Negociáveis e Depósitos Bancários) -219,8 -223,6

Dívida Líquida 692,0 845,9

Interesses Minoritários 287,6 281,3

Fundos Próprios 778,1 649,8

Fundos Próprios 1.065,7 931,1

Gearing 64,9% 90,8%

Cobertura de Encargos Financeiros 5,11 3,70

* incluindo leasings e juros em Balanço e operações de cobertura

€' 000.000 Balanço Consolidado 2009 2008 N.º Colaboradores Final do Ano 53.797 53.375 Média 52.156 47.608 Núm ero de Colaboradores 19. 184 21. 951 24 .903 26. 621 13. 472 15. 491 19. 349 28. 472 27. 176 17. 281 0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 2005 2006 2007 2008 2009 Portugal Polónia

(16)

O Grupo Jerónimo Martins Perfil e Estrutura Margem EBITDA % das Vendas 9, 7% 6, 7% 8, 0% 5, 1% 8, 2% 6, 0% 5, 5% 5, 3% 7, 0% 6, 0% 4, 6% 5, 9% 6, 7% 6, 1% 3, 6% 6, 9% 7, 0% 6, 0% 4, 8% 7, 3% 0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% 12,0%

Retalho Cash & Carry Madeira Biedronka

2005 2006 2007 2008 2009 5, 9 4, 9 8, 0 5, 4 14, 9 6, 4 4, 8 8, 2 5, 5 16, 1 6, 3 4, 6 8, 9 5, 7 18 ,6 6, 2 4, 4 8, 9 5, 7 20, 8 6, 3 3, 7 9, 2 20, 8 6, 0 0 5 10 15 20 25

Supermercados Hipermercados Madeira Recheio Biedronka

2005 2006 2007 2008 2009 Vendas / m2 Moeda Local ('000) 40 4 10 5 57 8 39 7 11 1 60 2 1. 715 1. 558 38 0 12 3 626 2. 392 1. 94 4 366 12 8 65 4 3. 52 1 2. 19 4 30 7 13 2 68 9 3. 72 5 1. 134 1. 348 1. 31 1 0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 4.000

Supermercados Hipermercados M adeira Recheio Biedronka

2005 2006 2007 2008 2009 Vendas €' 000,000 2009 2008 2007 2006 2005 Pingo Doce* 334 334 210 189 179 m2 352.276 350.396 183.770 161.279 149.158 Feira Nova* 9 9 46 38 29 m2 82.468 82.653 172.039 150.189 130.684 Madeira 15 15 15 15 15 m2 14.300 14.626 14.626 13.697 13.697 Recheio 35 35 33 33 32 m2 114.410 115.724 109.634 110.005 107.202 Biedronka 1.466 1.359 1.045 905 805 m2 814.493 753.531 536.729 452.952 394.536

* Em 2008 considera-se a conversão de 37 lojas compactas de Feira Nova para Pingo Doce

(17)

O Grupo Jerónimo Martins Perfil e Estrutura

Supermercados (Líder) **

Hipermercados (3.º operador) ** 51% I 307,2 365,6 -16,0% 9 82.468 3,7 -10,7%

Cash & Carry (Líder) 100% I 688,5 654,5 5,2% 6,0% 6,1% 35 114.410 6,0 1,7%

(Lidosol) Supermercados

75,5% I 131,6 128,4 2,5% 4,8% 3,6% 15 14.300 9,2 1,1% (J.G.Camacho) Cash & Carry

Margarina

Chá Gelado e Caldos Knorr Higiene Doméstica e Higiene Pessoal Gelados

Azeite, Óleos Alimentares

Serviços de Marketing, Representação 100% I Restauração

Chocolates e Confeitaria 51% I

7.317,1 6.893,7 6,1% 7,2% 6,9%

* em milhares (mo eda lo cal) I - Integral

** Inclui a co nversão de 37 lo jas co mpactas de Feira No va para P ingo Do ce P - P ro po rcio nal

45% 324,9 335,7 -3,2% P 51% I 6,7% 1.944,6 12,8% 7,0% 2.193,6 P o rt ug a l M a de ir a P o lóni a 5,8% 7,3% 6,9% 3.724,7 CONSOLIDADO 20,8 I 3.520,9 11,2% D is tr ib u ã o A lim e n ta r P o rt ug a l C o n tine n ta l P o rt u g a l I ndús tr ia e S e rv os 11,6% 8,3% 1.466 814.493 334 352.276 6,3 2,7% Margem EBITDA 09 08 N.º lojas 09 Área vendas (m2) 09 Vendas/ m2 * 09 LFL Δ % 09/08

Lojas alimentares (Líder) 100%

Consolidação Participação

Vendas (Mi. Euro) 09 08 Δ%

(18)

O Grupo Jerónimo Martins Perfil e Estrutura

1.3. Órgãos Sociais e Estrutura

1.3.1. Órgãos Sociais

Data de eleição: 30 de Março de 2007

Composição do Conselho de Administração eleito para o triénio 2007-2009 Presidente do Conselho de Administração

Elísio Alexandre Soares dos Santos 75 anos;

Presidente do Grupo, desde Fevereiro de 1996. Administradores Executivos:

CEO e Responsável pela Área Financeira (CFO) Luís Maria Viana Palha da Silva

54 anos;

Presidente da Comissão Executiva, desde 2004;

Administrador Executivo de Jerónimo Martins, SGPS, S.A., desde 2001.

Responsável pelas Operações de Distribuição Alimentar Pedro Manuel de Castro Soares dos Santos

50 anos;

Membro da Comissão Executiva;

Administrador Executivo de Jerónimo Martins, SGPS, S.A., desde 1995.

Responsável pelas Operações da Indústria, Serviços, Representações e Retalho Especializado

José Manuel da Silveira e Castro Soares dos Santos 47 anos;

Membro da Comissão Executiva;

Administrador Executivo de Jerónimo Martins, SGPS, S.A., desde 2004.

Administradores Não-Executivos:

António Mendo Castel-Branco Borges 61 anos;

Administrador Não-Executivo de Jerónimo Martins, SGPS, S.A., desde 2001.

Hans Eggerstedt 71 anos;

Administrador Não-Executivo de Jerónimo Martins, SGPS, S.A., desde 2001.

Rui de Medeiros d’Espiney Patrício 77 anos;

Administrador Não-Executivo de Jerónimo Martins, SGPS, S.A., desde 2001.

(19)

O Grupo Jerónimo Martins Perfil e Estrutura Artur Eduardo Brochado dos Santos Silva

68 anos;

Administrador Não-Executivo de Jerónimo Martins, SGPS, S.A., desde 2004.

Nicolaas Pronk 47 anos;

Administrador Não-Executivo de Jerónimo Martins, SGPS, S.A., desde 2007.

Marcel L. Corstjens 59 anos;

Administrador Não-Executivo de Jerónimo Martins, SGPS, S.A., desde 2009.

Revisor Oficial de Contas e Auditor Externo:

PricewaterhouseCoopers & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda..

Palácio Sottomayor, Rua Sousa Martins, 1 – 3.º, 1050-217 Lisboa Representada por:

Jorge Manuel Santos Costa, R.O.C. Suplente:

José Manuel Henriques Bernardo Secretário da Sociedade:

Henrique Manuel da Silveira e Castro Soares dos Santos Suplente:

António Neto Alves

Presidente da Assembleia Geral: João Vieira de Castro Secretário da Assembleia Geral:

(20)

O Grupo Jerónimo Martins Perfil e Estrutura

1.3.2. Estrutura de Negócios e Estrutura Societária

Estrutura de Negócios

PINGO DOCE - Supermercados

FEIRA NOVA - Hipermercados PORTUGAL

RECHEIO - Cash & Carry DISTRIBUIÇÃO

POLÓNIA

BIEDRONKA - Lojas Alimentares

BLISKA (Apteka Na Zdrowie) - Farmácias

UNILEVER JERÓNIMO MARTINS - Margarinas, Chá Gelado, Sopas, Caldos, Higiene Doméstica e Pessoal, e Gelados

INDÚSTRIA PORTUGAL

GALLO WORLDWIDE - Azeite e Óleos Vegetais

JMD - Representação e Serviços - Alimentar e Cosmética

JM RESTAURAÇÃO - Retalho Especializado - Quiosques de Café, Geladarias, Lojas de Sanduíches, e Restauração

SERVIÇOS PORTUGAL

(21)

O Grupo Jerónimo Martins Perfil e Estrutura

Estrutura Societária

OPERAÇÕES DISTRIBUIÇÃO

100% ►JMR - Prestação de Serviços 100% ►Pingo Doce

para a Distribuição 51% ►JMR 100% ►JG Camacho 50% ►Funchalgest 41,5% ▲ ▼ 58,5% ►Lidosol II 50% 100% ►Recheio C&C JERÓNIMO MARTINS, 100% ►RECHEIO SGPS, S.A.

100% ►Tand B.V. 100% ► JM Dystrybucja (Biedronka)

50% ►BLISKA (Apteka Na Zdrow ie)

INDÚSTRIA & SERVIÇOS

100% ►Fima

45% ►UNILEVER JM 100% ►Lever

100% ►Olá

45% ►GALLO WORLDWIDE 100% ► Victor Guedes

49% ►Caterplus

100% ►JM Restauração e Serviços

100% ►JMDPC

51% ►Hussel

(22)

O Grupo Jerónimo Martins Perfil e Estrutura

1.3.3.

Estrutura de Gestão

Jerónimo Martins, SGPS, S.A. é a Holding do Grupo que integra três áreas de negócio distintas: Distribuição Alimentar, Indústria e Serviços de Marketing, Representações e Restauração.

A Distribuição Alimentar encontra-se dividida por áreas geográficas de actuação em Portugal e na Polónia.

A estrutura da Distribuição Alimentar segue um modelo próximo do matricial, sendo de salientar ainda a existência de Direcções Funcionais do Retalho, agregadas na JMR, que prestam serviços, de forma transversal, às Companhias Operacionais. A JMR encontra-se organizada em cinco eixos de negócio: Operações, Comercial, Financeira, Recursos Humanos e Sistemas de Informação.

As Companhias Operacionais e as Direcções Funcionais da Distribuição Alimentar estão representadas na Direcção Executiva da Distribuição Portugal, órgão que preside à coordenação e concertação das decisões estratégicas relativas ao negócio.

Em Portugal, a Direcção de Operações do Pingo Doce está organizada por regiões, integrando cada Direcção de Região as áreas de Marketing, Controlo Operacional, Recursos Humanos, Higiene e Segurança no Trabalho, Manutenção e Técnica. Estas áreas reportam em linha ao Director de Operações da Região e, funcionalmente, às respectivas Direcções Funcionais de JMR, com vista, assim, a garantir uma maior proximidade ao negócio. Os hipermercados que operam sob a insígnia Feira Nova são as únicas unidades comerciais com uma Direcção de Operações própria e única a nível nacional.

Na Companhia Recheio, para além da Direcção de Operações, destacam-se as Direcções: Comercial, Marketing, Financeira, Recursos Humanos e Sistemas de Informação.

Considerando a operação existente na Madeira, salienta-se a necessidade de as áreas Logística, Comercial, Financeira, Controlo de Qualidade e Recursos Humanos se encontrarem também representadas na estrutura, assumindo uma escala adaptada à menor dimensão do negócio. Em qualquer um dos casos, as áreas funcionais mencionadas reportam, em linha, ao Director-Geral da Companhia.

Na estrutura organizacional da Biedronka, o modelo adoptado concilia a autonomia das Unidades de Negócio Regionais com a função de coordenação da Estrutura Central da Companhia.

Cada uma das oito Unidades de Negócio Regionais é responsável pelo desempenho de um conjunto de 150 a 200 lojas e respectiva infra-estrutura logística. Deste modo, estas Unidades integram, na sua organização regional, estruturas próprias de Operações, Logística e Reaprovisionamento, Expansão e Técnica, Contabilidade e Financeira, Recursos Humanos, Higiene e Segurança no Trabalho, Suporte de Sistemas de Informação e Segurança. Assim, todas as regiões estão autonomizadas na sua gestão operacional.

A Estrutura Central da Companhia, na responsabilidade directa do Director-Geral da mesma, assegura o suporte e a coordenação de todas as Unidades Regionais, via Directores de Operações e restantes Direcções Funcionais Centrais da Companhia:

(23)

O Grupo Jerónimo Martins Perfil e Estrutura Financeira, Jurídica, Marketing, Relações Públicas, Sourcing e Gestão de Categorias, Controlo de Qualidade, Recursos Humanos e Sistemas de Informação.

Na área da Indústria é de referir a Unilever Jerónimo Martins e a Gallo Worlwide. A estrutura de gestão da Unilever Jerónimo Martins baseia-se num Conselho de Gerência, constituído por membros nomeados pelos parceiros Jerónimo Martins SGPS, S.A. e Unilever.

A este Órgão reporta uma Direcção Executiva, composta pelas Direcções das Unidades de Negócio de Alimentação, de Cuidado Pessoal e Higiene Doméstica, e de Consumo Fora de Casa, bem como pelas Direcções Funcionais de Vendas, Recursos Humanos, Supply Chain (que integra Compras, Planeamento, Logística, Serviço ao Cliente, Controlo de Qualidade e Unidades Produtivas), Financeira, Jurídica, Comunicação e Sistemas de Informação.

A estrutura de gestão da Gallo Worldwide, Lda. baseia-se num Conselho de Gerência próprio, constituído por membros nomeados pelos parceiros Jerónimo Martins SGPS, S.A. e Unilever.

A este Órgão reporta uma Direcção Executiva, composta pelas Direcções funcionais e de negócio: Financeira, Customer Service e Sistemas de Informação, Vendas (Mercado Interno), Marketing, Compras e Planeamento, Fabril e Logística e Exportação. A Direcção de Recursos Humanos é acumulada pelo CEO da Companhia. Na área dos Serviços, a Jerónimo Martins Distribuição tem sob a sua responsabilidade a Jerónimo Martins Distribuição de Produtos de Consumo, a Jerónimo Martins Restauração e Serviços, bem como as parcerias com a Puig Portugal, Caterplus e Hussel.

As várias Companhias asseguram toda a vertente operacional e de gestão do negócio, sendo que a Jerónimo Martins Distribuição presta serviços às suas congéneres nas áreas Financeira, de Sistemas de Informação, Recursos Humanos e Logística.

O topo da estrutura de gestão de Jerónimo Martins, SGPS, S.A. é assegurado pelo seu Conselho de Administração. Este Órgão é composto por dez membros, dos quais três integram a Comissão Executiva. Cabe aos membros Não-Executivos do Conselho de Administração a avaliação do desempenho dos administradores que integram a Comissão Executiva e das restantes comissões existentes.

Da estrutura de Jerónimo Martins, SGPS, S.A. faz ainda parte um conjunto de Direcções Funcionais que prestam apoio e aconselhamento à Comissão Executiva, ao Conselho de Administração e às restantes Companhias do Grupo, nas matérias específicas de cada área: Estratégia e Planeamento, Operações Financeiras e Gestão de Risco, Consolidação e Contabilidade, Auditoria Interna, Relações com os Investidores, Fiscalidade, Assuntos Jurídicos, Comunicação, Recursos Humanos e Segurança.

A cada Direcção Funcional da Holding do Grupo cabe a responsabilidade de assegurar a consistência entre os diferentes objectivos definidos. As suas actividades encontram-se desenvolvidas, em capítulo específico, no âmbito da abordagem ao Governo da Sociedade.

(24)

O Grupo Jerónimo Martins Perfil e Estrutura

1.4. Reconhecimento Público

Ao longo do ano de 2009, o Grupo, as Companhias e as Insígnias de Jerónimo Martins viram a sua actividade reconhecida e premiada por diversas entidades nos mercados em que operam.

Jerónimo Martins

ƒ O Sr. Soares dos Santos, Presidente do Conselho de Administração, recebeu o Prémio “Personalidade do Ano”, pelos Prémios RH 2009, cujo objectivo é distinguir profissionais e empresas pela sua actuação na área de Recursos Humanos;

ƒ Jerónimo Martins foi distinguida com o “Prémio da Empresa Familiar”, galardão atribuído pela Associação Portuguesa de Empresas Familiares (APEF), que premiou a forma exemplar como o Grupo tem conduzido os seus negócios em Portugal e na Polónia, permitindo um crescimento sólido e sustentado;

ƒ Jerónimo Martins é o maior Grupo português entre as empresas de Retalho, ocupando a 94.ª posição no ranking das 250 maiores retalhistas mundiais, o que representa uma subida de 22 lugares face ao ano anterior, de acordo com a edição mais recente do Relatório “Global Powers of Retailing”, preparado pela Deloitte; ƒ Jerónimo Martins foi distinguida pela revista Forbes como uma das cinco empresas

que em todo o Mundo apresentaram, nos últimos cinco anos, um melhor desempenho e um maior potencial de crescimento no sector do Retalho Alimentar; ƒ Jerónimo Martins foi agraciada com o Prémio para o Melhor Gabinete de Relações

com Investidores, atribuído pela Deloitte, Diário Económico e Semanário Económico;

ƒ Jerónimo Martins recebeu o prémio Melhor Gabinete de Relações com Investidores em Portugal, atribuído nos IR Magazine Continental Europe Awards;

ƒ Jerónimo Martins foi distinguida com os Prémios de Melhor Gabinete Europeu de Relações com Investidores e Melhor Gabinete Português de Relações com Investidores, atribuídos pela Institutional Investor.

Distribuição em Portugal

ƒ O Recheio foi reconhecida em 2009, pela revista Distribuição Hoje, como o melhor grossista português;

ƒ O Pingo Doce conquistou os prémios “Rebranding” e “Distribuição”, atribuídos na primeira edição dos Prémios da revista Marketeer;

ƒ Na sequência da nova campanha publicitária, o Pingo Doce foi a marca mais recordada nos últimos meses do ano, segundo um estudo Publivaga - Marktest.

(25)

O Grupo Jerónimo Martins Perfil e Estrutura

Distribuição na Polónia

ƒ A Jeronimo Martins Dystrybucja encontra-se na 20.ª posição na lista das 500 maiores empresas da Europa Central e de Leste, publicada pela Revista Newsweek, e na 8.ª posição na lista das 500 maiores empresas polacas em termos de vendas, publicada pela revista Polityka;

ƒ A Jeronimo Martins Dystrybucja foi distinguida com o prémio de “Entidade Patronal Mais Confiável” na categoria de “Cadeias de Retalho”. O objectivo deste ranking é premiar empresas líderes de mercado nos diferentes sectores da economia, que adoptam políticas de emprego merecedoras de destaque;

ƒ A Jeronimo Martins Dystrybucja recebeu o prémio de Líder do Mercado Alimentar, atribuído pela Revista Rynek Spozywczy e pelos portais www.dlahandlu.pl e

www.portalspozywczy.pl;

ƒ A Biedronka venceu, pela segunda vez consecutiva, o prémio “Trade and Services MasterCard 2009”, na categoria “My Favorite Store”, atribuído com base num estudo de mercado realizado na Polónia, que premeia empresas de retalho que determinam e moldam as tendências futuras deste mercado;

ƒ A Biedronka recebeu o “Trade Crown Award”, um prémio atribuído na Polónia pela revista de retalho FMCG, desde 1997, a empresas que implementam novas soluções com impacte na actividade comercial a nível local e nacional;

ƒ A Marca Biedronka encontra-se na 9.ª posição no ranking das marcas com maior valor da Polónia, preparado pelo Jornal Rzeczpospolita. Nas categorias “Marca Mais Escolhida” e “Marca Top of Mind”, a Biedronka ficou na 1.ª posição;

ƒ A Revista Forbes distinguiu a Biedronka com o título de “Leader of Polish transformation in the last 20 years”, para a melhor empresa do Mercado Alimentar e de produtos de consumo;

ƒ A Biedronka recebeu o prémio “Ubi Caritas”, com distinção nas categorias “Doadores” e “Cooperação com a Caritas”, em resultado da cooperação desenvolvida nos últimos anos com a Caritas Polska no âmbito de acções de Responsabilidade Social;

ƒ A Biedronka ganhou, pela segunda vez consecutiva, o prémio “Golden Consumer’s Laurel 2009”, na categoria “Customer-Friendly Stores”, atribuído com base em questionários e inquéritos de mercado a leitores da revista;

ƒ A campanha de publicidade da Biedronka “Produtos que se recomendam” viu ser-lhe atribuída o certificado Euromarka, programa promocional de empreendedorismo e exportação promovido pelo Ministério da Economia Polaco e pela Agência Polaca de Desenvolvimento das Empresas;

ƒ A campanha de publicidade da Biedronka “Produtos que se recomendam” foi novamente distinguida com a Estatueta de Prata no EFFIE Awards, símbolo por excelência da eficácia de campanhas de Marketing.

(26)

O Grupo Jerónimo Martins Perfil e Estrutura

Indústria e Serviços

ƒ A Unilever Jerónimo Martins recebeu o Prémio Melhor Solução de Utilização Criativa Multimeios, atribuído pelo Clube de Criativos de Portugal, pela campanha “Ideal Night Out” da linha Dove Go-Fresh;

ƒ A campanha publicitária Dove Go-Fresh recebeu o Prémio de Prata Eficácia 2009 na Categoria de Produtos de Consumo não Alimentar, atribuído pela Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN) e pelo Grupo Consultores;

ƒ A Marca Knorr/Sopas Refrigeradas foi galardoada com o prémio “Masters da Distribuição” na categoria de Refeições Refrigeradas;

ƒ As marcas Dove, Becel, Confort e Skip, da Unilever Jerónimo Martins, receberam a nomeação de “Marcas de Confiança” nas respectivas categorias, pelos leitores das Selecções do Reader’s Digest;

ƒ O Azeite Gallo Colheita ao Luar foi escolhido como um dos Melhores Azeites Virgem Extra do Mundo por Marco Oreggia, no Guia Flos Oleis 2010, editado em 2009; ƒ O Azeite Gallo foi eleito um dos Melhores Azeites Virgem Extra do Mundo na

publicação Der Feinschmecker Magazin 2009;

ƒ A Gallo foi a vencedora do concurso de “Marcas mais Magnéticas”, na categoria de Azeites, iniciativa da Brandia Central em parceria com a Marklab - Laboratório de Investigação Aplicada às Ciências do Marketing, que avalia a notoriedade e capacidade de atracção das marcas junto dos consumidores;

ƒ A Gallo foi distinguida pelo Jornal Folha de São Paulo, na Categoria de Azeites, com o prémio “Top of Mind”;

ƒ A Marca Heinz Ketchup Top and Down, representada em Portugal pela Jerónimo Martins Distribuição de Produtos de Consumo, Lda., foi galardoada com o prémio “Masters da Distribuição” na categoria de Molhos e Condimentos;

ƒ A Marca Kellogg’s, representada em Portugal pela Jerónimo Martins Distribuição de Produtos de Consumo, Lda., foi eleita Marca de Excelência 2009 pela Superbrands.

(27)

O Grupo Jerónimo Martins Posicionamento Estratégico

2. Posicionamento Estratégico

2.1. Missão

No quadro da sua missão, são objectivos do Grupo:

ƒ Promover a máxima eficiência operacional em todas as áreas de negócio, no sentido de optimizar os resultados gerados pelos seus recursos financeiros, materiais e humanos;

ƒ Assegurar a satisfação e a fidelização dos seus clientes, mediante a melhoria da qualidade de vida destes, quer através de um firme compromisso em matéria de inovação, quer através da melhor relação possível em termos de qualidade e preço nos produtos e serviços que oferece;

ƒ Pautar a actuação de toda a Organização pelos mais elevados padrões de conduta e de Responsabilidade Social, através da construção de relações de confiança com todos os stakeholders do Grupo;

ƒ Conduzir os negócios através de organizações dinâmicas e flexíveis, dotadas de capital humano que saiba aliar a experiência e o conhecimento acumulados à necessidade permanente de mudança;

ƒ Apostar na formação contínua e em práticas de gestão actuais que garantam que a Organização está apta para enfrentar os desafios estratégicos do presente e do futuro.

Jerónimo Martins é um grupo Português com projecção internacional que actua no ramo alimentar, nos sectores da Distribuição e da Indústria, visando satisfazer os legítimos interesses dos seus Accionistas a curto, médio e longo prazo, ao mesmo tempo que contribui para o desenvolvimento sustentável das regiões onde opera.

(28)

O Grupo Jerónimo Martins Posicionamento Estratégico

2.2. Visão Integrada de Desenvolvimento Sustentável

No quadro da sua visão, o Grupo assume quatro eixos de desenvolvimento:

ƒ A avaliação da envolvente externa, que permite ter o conhecimento do sector e dos mercados em profundidade e a capacidade para antever o quadro de tendências que vai determinar a robustez dos negócios no futuro;

ƒ A avaliação dos impactes económicos, sociais e ambientais da actividade, que no limite dão sustentabilidade à sua licença para operar e determinam as grandes prioridades de desenvolvimento;

ƒ A sustentabilidade na gestão da empresa, reflectida no modelo de governo do Grupo;

ƒ A existência de mecanismos eficientes de comunicação com os

stakeholders estratégicos, determinantes no alinhamento de expectativas e na construção de compromissos sólidos.

2.2.1. Avaliação da Envolvente Externa

Jerónimo Martins tem uma forte “identidade” alimentar, por via da sua presença nos sectores da Distribuição e da Indústria de bens de grande consumo, sectores que apresentam uma grande diversidade e dinamismo, mas que são também muito sensíveis às conjunturas macroeconómicas.

As economias estão cada vez mais interligadas pelo efeito da globalização e esta é uma realidade que oferece riscos e oportunidades com uma relevância e materialidade por vezes extrema, o que requer um acompanhamento e monitorização constantes. No mundo alimentar, a crescente exigência do consumidor dita ciclos de desenvolvimento cada vez mais rápidos, privilegiando marcas que ofereçam confiança e sólidas propostas de valor.

Por outro lado, a generalidade dos operadores do sector alimentar tem vindo a enfrentar sucessivos processos de restruturação e optimização do seu portefólio de negócios, o que provoca constantes mutações no panorama competitivo e incrementa a agressividade concorrencial.

Neste ambiente, o investimento em desenvolvimento tecnológico, inovação e diferenciação de modelos de negócio são factores críticos no posicionamento dos operadores de sucesso.

O crescimento orgânico, as operações de fusão e aquisição e a expansão internacional são temas centrais nas estratégias de crescimento dos operadores do sector

Jerónimo Martins assume na sua visão um objectivo de sustentabilidade centrado na criação contínua de valor, na preservação do ambiente e recursos naturais, na melhoria da qualidade de vida das comunidades onde os seus negócios estão inseridos, na defesa prioritária dos direitos humanos e das condições de trabalho, e na promoção de um tecido social mais justo e equilibrado.

(29)

O Grupo Jerónimo Martins Posicionamento Estratégico alimentar, em função do posicionamento e escala local, regional ou mesmo global que cada um ambiciona.

O relacionamento entre retalhistas e industriais é, cada vez mais, caracterizado por uma visão que promove a interdependência, a colaboração e o desenvolvimento de parcerias estratégicas na procura de mais eficiência, produtividade e inovação. Também as parcerias desenvolvidas no âmbito de associações sectoriais assumem um papel progressivamente mais relevante no desenvolvimento tecnológico do sector e na promoção de interesses comuns.

Simultaneamente, os operadores de mercado estão a integrar, de uma forma cada vez mais atenta, o desenvolvimento sustentável nas suas estratégias de negócio, em função de cinco prioridades-chave:

ƒ Entender como é que as questões ambientais e sociais afectam as decisões de compra dos seus clientes e consumidores;

ƒ Traçar uma estratégia de comunicação que promova as suas credenciais de sustentabilidade, de modo a reforçar a força das suas Marcas e Insígnias; ƒ Introduzir critérios ambientais e sociais na selecção e negociação com os seus

parceiros de negócio;

ƒ Identificar os pontos críticos na sustentabilidade da sua cadeia de valor e traçar planos de desenvolvimento em conformidade;

ƒ Implementar acções com resultados imediatos a par de projectos estruturantes orientados para horizontes temporais mais dilatados.

2.2.2. Principais Impactes da Actividade de Jerónimo Martins

Ao actuar no mundo alimentar e ao comercializar bens e serviços de grande consumo, torna-se pertinente para Jerónimo Martins assumir o “Consumo Sustentável” como uma das suas orientações estratégicas e, nessa perspectiva, identificar os principais impactes da sua actividade.

Importa mencionar que os impactes económicos, ambientais e sociais estão identificados em função do conhecimento profundo da Organização quanto à natureza do seu negócio e de acordo com a relevância que as Divisões Operacionais e Funcionais a estes atribuem no desempenho da sua actividade.

A identificação dos impactes apresentada neste Relatório está elaborada na perspectiva do negócio da Distribuição Alimentar, o qual representa mais de 95% da facturação do Grupo.

Impactes Económicos

Jerónimo Martins é um dos maiores empregadores nacionais, concentrando um elevado volume de emprego directo e indirecto em diversas áreas e funcionando igualmente como um agente dinamizador da economia local das comunidades onde está presente.

É, também, um dos maiores operadores no abastecimento de bens alimentares de grande consumo, com um impacte relevante na actividade produtiva nacional, e funciona como catalisador da competitividade, do desenvolvimento tecnológico e da inovação.

(30)

O Grupo Jerónimo Martins Posicionamento Estratégico É, ainda, detentor de uma vasta carteira de activos imobiliários e explora um conjunto significativo de lojas em regime de arrendamento.

O Grupo desenvolve um esforço permanente de investimento que gera mais emprego e receita fiscal e que promove, simultaneamente, o crescimento das empresas com quem trabalha.

Por fim, Jerónimo Martins exerce uma influência directa sobre a cadeia de valor ao assumir o desenvolvimento tecnológico como uma prioridade, seja em parceria com os seus fornecedores, seja no âmbito das associações sectoriais a que pertence. A promoção de iniciativas que visam a optimização de processos, a redução de consumos, a utilização de embalagens mais ecoeficientes ou a exploração de simbioses industriais, entre outras, podem ter impactes económicos muito relevantes para todas as partes quando aplicadas à cadeia de valor no seu todo.

Impactes Ambientais

Dada a natureza e dimensão da actividade do Grupo, os impactes ambientais mais relevantes ao nível da operação são os seguintes: consumos de recursos, nomeadamente, energia, água e papel; colocação de embalagens no mercado; geração de resíduos e efluentes líquidos equiparados a urbanos; emissões resultantes de transporte; e emissões e ruído de equipamentos de frio, aquecimento, ventilação e ar condicionado.

Impactes Sociais

Jerónimo Martins tem colocado os direitos, as condições de trabalho e o desenvolvimento profissional dos colaboradores no centro das suas preocupações em termos de gestão de recursos humanos, integrando-os, simultaneamente, numa cultura que promove a excelência profissional e o espírito de equipa.

A actividade de Jerónimo Martins tem um impacte directo na qualidade de vida das comunidades locais, através da gama de produtos que disponibiliza, dos serviços que presta e da consequente dinâmica económica que promove.

2.2.3. A Sustentabilidade na Gestão da Empresa

Jerónimo Martins enfrentou as mais diversas conjunturas políticas, económicas e sociais e soube assegurar a continuidade saudável do seu negócio.

No presente, defronta-se com o fenómeno da globalização, a volatilidade e incerteza dos cenários macroeconómicos, as novas tecnologias de informação, o dinamismo tecnológico dos mercados e a agressividade comercial dos operadores, entre outros factores.

Jerónimo Martins pretende continuar a construir um futuro sustentável, preservando a solidez da sua identidade corporativa e detendo Marcas e Insígnias robustas e de confiança.

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O Grupo Jerónimo Martins Posicionamento Estratégico Tendo consciência das implicações de todos estes desafios, o Grupo tem vindo a implementar os mecanismos de gestão que considera mais adequados para assegurar a sua sustentabilidade nesta nova realidade global.

Cultura e Modelo de Gestão

A cultura organizacional de Jerónimo Martins, pautada, entre outros, por valores de rigor, transparência e inovação e por princípios de integridade, lealdade e Responsabilidade Social, está reflectida nos vários níveis do seu modelo de gestão.

Garantir a Coesão e Atender às Diferenças

No conjunto dos seus negócios, o Grupo defronta-se com alguma diversidade relevante, nomeadamente, com:

ƒ A presença em Portugal e na Polónia, dois países com realidades económicas distintas e diferentes graus de desenvolvimento tecnológico e social;

ƒ A presença no Retalho e no Grosso, dois canais distintos da Distribuição Alimentar em Portugal;

ƒ Um portefólio de formatos e modelos de negócio diferenciados na Distribuição Alimentar: supermercados, discounts, hipermercados e cash & carries;

ƒ A presença na Indústria Alimentar, através da joint venture com a Unilever; ƒ A presença na Restauração Alimentar em Portugal;

ƒ A presença e parceria em negócios não alimentares como os Postos de Abastecimento de Combustível Prio, as lojas de entretenimento GET, as lojas de Electrodomésticos Electric Co, as lojas de Retalho Têxtil New Code, as parafarmácias em Portugal e as farmácias na Polónia.

Esta multiplicidade exige uma articulação eficaz entre “integração e autonomia”. Por um lado, é crucial ter uma visão e objectivos estratégicos transversais a todos os negócios de Jerónimo Martins, por outro, é necessário respeitar as especificidades de cada mercado e de cada modelo de negócio e dar espaço às Companhias para desenvolverem as suas propostas de valor de forma diferenciada.

Evolução Contínua e Equilibrada

As políticas, as regras e as boas práticas que pautam a actuação do Grupo devem acompanhar, de forma pró-activa e ponderada, a evolução da sociedade em geral. Jerónimo Martins acredita que os seus negócios devem evoluir no sentido que os consumidores mais valorizam, com as Marcas e Insígnias a deverem incorporar, de forma consistente e determinada, os valores económicos, ambientais e sociais relevantes.

É este posicionamento que reforça a confiança dos consumidores nas Marcas e Insígnias do Grupo.

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O Grupo Jerónimo Martins Posicionamento Estratégico

2.2.4. Relacionamento com Stakeholders

O conhecimento profundo que Jerónimo Martins possui sobre a sociedade em geral, bem como sobre a actividade, as cadeias de valor, os mercados, os clientes, as tendências de consumo, os riscos e as oportunidades no sector em que se insere advêm, em larga medida, dos inúmeros pontos de contacto diário do Grupo com todos os interlocutores, aos mais diversos níveis.

É neste contacto diário que são construídas as relações de confiança que dão sustentabilidade ao crescimento saudável, à inovação e ao desenvolvimento, em especial nas conjunturas mais exigentes.

Stakeholders

Jerónimo Martins considera como stakeholders todos aqueles que são determinantes na continuidade saudável do negócio no quadro da missão do Grupo, nomeadamente:

ƒ Os Clientes e Consumidores, porque sem eles não existe negócio. Para tal, é fundamental que estes valorizem as ofertas e confiem nas Marcas e Insígnias de Jerónimo Martins;

ƒ Os Accionistas e Investidores Potenciais, uma vez que são eles que suportam a existência da empresa. Neste sentido, é essencial ter uma boa prestação de contas sobre o desempenho do Grupo. É também importante reforçar a confiança dos Accionistas e Investidores Potenciais quanto ao desempenho futuro, demonstrando que estão a ser tomadas as medidas relevantes para assegurar a continuidade saudável do negócio;

ƒ Os Colaboradores, porque representam a grande força motriz da actividade e a grande mais-valia do Grupo face aos seus concorrentes no mercado;

ƒ Os Fornecedores, Parceiros de Negócio e Prestadores de Serviços, porque são parte essencial na construção das propostas de valor das Insígnias; ƒ Os Organismos Oficiais, Entidades de Supervisão e Autarquias Locais,

com quem o Grupo se relaciona no âmbito da sua actividade;

ƒ Os representantes da Comunidade que promovem interesses que importam, igualmente, aos consumidores e aos cidadãos das comunidades locais em geral;

ƒ As ONG e Associações que promovem interesses comuns, seja na regulação dos mercados e defesa dos interesses do sector, seja no desenvolvimento tecnológico e social ou na preservação do Ambiente e recursos naturais, entre outros.

O negócio do Grupo é, acima de tudo, uma actividade de relacionamento interpessoal.

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O Grupo Jerónimo Martins Posicionamento Estratégico

Interlocutores Privilegiados

O Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC): disponibilizado através de linhas verdes, está integrado nas Direcções de Marketing das Companhias.

A Provedoria do Cliente, no Pingo Doce e Feira Nova: tem como principal função a defesa e promoção dos direitos, garantias e interesses legítimos dos clientes, gozando de total independência no exercício das suas funções. A sua actividade é apresentada no capítulo Sustentabilidade na Criação de Valor do presente relatório.

O Gabinete de Relações com Investidores: a sua actividade é apresentada no capítulo Governo da Sociedade do presente relatório.

A Direcção de Recursos Humanos: a sua actividade é apresentada no capítulo Sustentabilidade na Criação de Valor do presente relatório.

A Comissão de Ética: é um interlocutor à disposição dos colaboradores e restantes stakeholders para acompanhar e garantir, com independência e isenção, a divulgação e o cumprimento do Código de Conduta do Grupo. A sua actividade é apresentada no capítulo Governo da Sociedade do presente relatório.

A Direcção de Comunicação: a sua actividade é apresentada no capítulo Governo da Sociedade do presente relatório.

Neste relatório, são disponibilizados os contactos dos interlocutores acima mencionados e, ainda, os contactos do Presidente do Conselho de Administração, dos Administradores Executivos e do Secretário da Sociedade.

Canais de Comunicação

Ao estabelecer interlocutores privilegiados e canais formais de comunicação, o Grupo pretende prestar informação com rigor e transparência e promover um diálogo eficaz com os seus stakeholders.

O sítio www.jeronimomartins.pt é o canal de prestação de informação mais abrangente e ao qual todos podem ter acesso. Nele, a informação está organizada em vários níveis de especialização, com os stakeholders a poderem consultá-la em função dos seus interesses. Por forma a garantir a eficácia do sítio do Grupo na Internet, é dada especial atenção aos seus conteúdos e actualizações frequentes.

O Relatório e Contas, igualmente disponível no sítio na Internet, apresenta, por iniciativa do Grupo, informação sobre o desempenho económico, social e ambiental de Jerónimo Martins em cada ano. Neste âmbito, é disponibilizado, todos os anos, um questionário para recolher dados sobre a qualidade da prestação de informação. O Grupo dispõe também de um leque variado de instrumentos ao seu dispor para comunicar com frequência com todos os seus colaboradores - plataformas Web (entre as quais se destaca a My.JM), revistas internas, reuniões globais, encontros diversos,

mensagens escritas, brochuras, suportes audiovisuais - e accionando, deste modo, os canais necessários para uma comunicação eficaz.

A auscultação de colaboradores é uma preocupação do Grupo, em particular durante o processo de avaliação anual de desempenho e desenvolvimento pessoal. Existem,

Referências

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