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III Demonstrações Financeiras Consolidadas

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA PARA O PERÍODO INTERCALAR

31 Compromissos de capital

Os compromissos relativos a investimentos a realizar eram de m EUR 84.402 e respeitam a obras não concluídas, contratos de empreitada e a contratos-promessa de aquisição de terrenos, edifícios e equipamentos celebrados e cujas escrituras irão ocorrer oportunamente.

31 de Dezembro de 2009 e 2008

32 Contingências

• Do montante em devedores não correntes (nota 20), encontra-se reflectido nas demonstrações financeiras, o montante de m EUR 60.799, relativo a liquidações adicionais de imposto apresentadas pela Administração Tributária.

A Administração do Grupo, com o apoio dos seus consultores fiscais e conselheiros jurídicos, entende que lhe assiste inteira razão e mantém as reclamações que apresentou contra essas liquidações, não prescindindo do seu legítimo direito de contestação e da expectativa de recuperação integral.

Neste contexto, foi solicitado de imediato o reembolso da totalidade das importâncias pagas, bem como dos juros indemnizatórios à taxa legal, pelo período decorrido entre a data do seu pagamento e da sua efectiva restituição.

Seguindo o princípio da prudência, o Grupo não está a reconhecer o valor dos juros indemnizatórios sobre este crédito.

• Para além de diversas situações litigiosas, próprias dos negócios em que o Grupo opera, estão pendentes de resolução as seguintes questões materialmente relevantes:

a) Em 1999, na sequência da aquisição de duas sociedades que detinham estabelecimentos anteriormente propriedade de ex-franquiados da ITMI Norte-Sul Portugal – Sociedade de Desenvolvimento e Investimento, S.A., esta sociedade, conjuntamente com a Regional de Mercadorias – Sociedade Central de Aprovisionamento, S.A., accionou várias sociedades do Grupo, responsabilizando-as pelo alegado incumprimento daqueles ex-franquiados do contrato que haviam celebrado com ITMI, já resolvido à data das referidas aquisições, reclamando uma indemnização de m EUR 14.600. O julgamento tem datas marcadas para Março e Abril de 2010. Atendendo à sua complexidade e ao facto de ainda não ter sido efectuada a produção de parte relevante da prova, não é possível, com segurança, determinar o seu resultado. É, no entanto, convicção da Administração que o montante peticionado dificilmente será aceite, pelo que, conforme referido nos relatórios e contas de anos transactos das associadas do Grupo, não foi constituída qualquer provisão para indemnizações.

b) A empresa Leirimundo – Construção Civil, Lda. reclamou o pagamento de uma indemnização de JMR - Prestação de Serviços para Distribuição, S.A. (anteriormente denominada por Gestiretalho - Gestão e Consultoria para a Distribuição a Retalho, S.A.), no montante de m EUR 8.196, em resultado da denúncia do contrato de arrendamento celebrado entre as partes. Esta acção foi submetida à decisão de árbitros de acordo com o Regulamento do Tribunal Arbitral do Centro de Arbitragem Comercial da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa/Associação Comercial de Lisboa. Após um longo processo, que se prolongou por quase cinco anos, os árbitros julgaram - por unanimidade - improcedentes os pedidos da Autora. Sucede que a Leirimundo, inconformada com o resultado da decisão, pretende agora - sem qualquer fundamento - servir-se do mecanismo da anulação judicial das decisões arbitrais para postergar a decisão final e definitiva do litígio, pelo que apresentou uma acção com esta causa de pedir no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa. A JMR – Prestação de Serviços para Distribuição, S.A. está convicta que lhe assiste razão e que a decisão do Tribunal Arbitral, que lhe foi favorável não será judicialmente anulada, pelo que não foi constituída qualquer provisão.

c) A empresa Proherre Internacional, Lda. reclama o pagamento de uma indemnização ao Pingo Doce – Distribuição de Produtos Alimentares, S.A., no montante de m EUR 2.500, alegando a

denúncia do contrato de arrendamento por parte do Pingo Doce, sem que tenha decorrido o período mínimo acordado entre as partes. O Pingo Doce contestou este pedido pelo facto do contrato ter sido cessado por mútuo acordo. O processo encontra-se em fase embrionária, tendo sido realizada a audiência preliminar e emitido o respectivo despacho. O Autor requereu, no início de 2009, o aumento do pedido, devido ao tempo decorrido entre a proposição da acção sem que tenha arrendado o imóvel. O Pingo Doce opôs-se a este pedido, por falta de fundamentação legal.

d) A empresa Sodisnasa, fornecedora de serviços de transporte reclama o pagamento de uma indemnização de m EUR 1.423, acrescido de juros, às sociedades do Grupo, Lidosol II – Distribuição de Produtos Alimentares, S.A. e João Gomes Camacho S.A., alegando que estas rescindiram ilegitimamente diversos contratos de transporte e logística. A Lidosol II – Distribuição de Produtos Alimentares, S.A. e a João Gomes Camacho S.A. apresentaram no início do corrente ano a sua contestação, estando plenamente convictas de que procederam legal e tempestivamente à rescisão dos referidos contratos, não tendo, por isso, sido constituída qualquer provisão. A primeira data de Julgamento está designada para Maio de 2010.

e) A sociedade Tengelmann KG interpôs uma acção arbitral contra as sociedades Jerónimo Martins, SGPS, S.A. e Pingo Doce – Distribuição de Produtos Alimentares, S.A., que corre os seus termos no Instituto Alemão de Arbitragem, em Colónia. A autora invoca que o preço pago pelo Pingo Doce no âmbito do contrato de cessão de quotas respeitante à sociedade Plus Portugal, Lda. deverá ser ajustado positivamente em m EUR 4.437, relativo a uma suposta incorrecção detectada na determinação no preço de referência a 30 Abril de 2008.

A autora reclama ainda m EUR 120 e m EUR 107 relativos a juros, alegadamente devidos pelo Pingo Doce, pelo facto de os cheques usados para pagar as quotas só terem sido creditados na sua conta alguns dias

31 de Dezembro de 2009 e 2008

Em ambos os casos a Jerónimo Martins, SGPS, S.A. e o Pingo Doce – Distribuição Alimentar, S.A. entendem que as invocações feitas não têm fundamento, tendo contestado a acção. Foram submetidos os depoimentos escritos das testemunhas e a audiência para ouvir essas mesmas testemunhas ocorreu no dia 30 de Outubro. As partes submeteram, no dia 15 de Janeiro de 2010, as suas alegações escritas tendo em consideração o testemunho prestado. Uma conferência telefónica teve lugar no dia 27 de Janeiro, na qual foi decidida realizar uma outra em 16 de Fevereiro, na qual o Tribunal dará a sua opinião preliminar sobre os factos e o direito. As partes bloquearam o dia 23 de Fevereiro para outra audição de testemunhas, caso seja necessário.

f) A Administração Fiscal reclama do Recheio, SGPS, S.A. o montante de m EUR 2.503 relativo a liquidações oficiosas de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), que têm como fundamento a utilização do método de dedução do IVA de afectação real. A Administração do Recheio, com o apoio dos seus consultores fiscais, considera que lhe assiste inteira razão nesta matéria, facto reforçado pela jurisprudência emanada pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa sobre a matéria em causa.

g) A Administração Fiscal reclama do Recheio Cash & Carry, S.A. o montante de m EUR 751 relativo a liquidações oficiosas de IVA, por considerar não estarem cumpridos determinados requisitos comprovativos de isenção de IVA em transacções intracomunitárias. A Administração do Recheio, com o apoio dos seus consultores fiscais, já contestou aquelas liquidações e considera que lhe assiste inteira razão nesta matéria.

h) A Administração Fiscal informou o Recheio, SGPS, S.A., que deveria proceder à requalificação fiscal de dividendos recebidos, no montante total de m EUR 81.952, de uma sua participada na Zona Franca da Madeira, durante os exercícios de 2000 a 2003, que, na opinião daquela entidade, deveriam ser tratados como juros recebidos os quais estão sujeitos a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC), ao contrário dos dividendos, que estão isentos. Na sequência daquela informação, veio agora a Administração Fiscal liquidar o correspondente valor de imposto – m EUR 20.888. A Administração do Recheio, com o apoio dos seus consultores fiscais e jurídicos, considera não existir qualquer validade, nem fundamento no relatório da Administração fiscal, pelo que accionou os meios de defesa de que dispõe para contrariar as decorrências deste.

i) A Administração Tributária reclama do Feira Nova – Hipermercados, S.A. o montante de m EUR 743 relativo a liquidações oficiosas de Contribuição Especial, que têm como fundamento a valorização registada nos lotes de terreno que constituem o complexo da Bela Vista. A Administração do Feira Nova, com o apoio dos seus advogados e consultores fiscais, já contestou aquelas liquidações considerando que não assiste razão à Administração Tributária nesta matéria.

j) A Administração Tributária reclamou do Feira Nova – Hipermercados, S.A. e do Pingo Doce – Distribuição Alimentar, S.A. os montantes de m EUR 325 e m EUR 499, respectivamente, relativamente a IRC, referente aos exercícios de 2002 e 2003, relativos a pagamentos efectuados a entidades não residentes, para efeitos fiscais, em Portugal, sem que as sociedades dispusessem na data estipulada pela Administração Tributária dos formulários que permitiam a redução/eliminação da retenção na fonte. As Administrações do Feira Nova e do Pingo Doce, com o apoio dos seus advogados e consultores fiscais, já contestaram aquelas liquidações, considerando que não assiste razão à Administração Tributária nesta matéria.

No que respeita a esta matéria, importa referir que a Administração Tributária já deferiu todas as reclamações graciosas apresentadas pelo Pingo Doce – Distribuição Alimentar, S.A. (anos de 2001 a 2003) – no total de m EUR 999, e na sua quase totalidade as apresentadas pelo Feira Nova – Hipermercados, S.A. (anos 2002 e 2003), no total de m EUR 600.

k) A Administração Tributária liquidou, relativamente aos anos de 2002, 2003 e 2004, ao Feira Nova – Hipermercados, S.A. e ao Pingo Doce – Distribuição Alimentar, S.A., os montantes de m EUR

2.966 e m EUR 2.324, respectivamente. Estas liquidações são respeitantes a valores registados por estas Companhias como quebras (perdas em existências resultantes de deterioração ou roubo), que não estão a ser aceites como custos fiscais em IRC, assim como ao IVA em falta, resultante na inexistência de evidência que os bens não foram vendidos. As Administrações do Feira Nova e do Pingo Doce, com o apoio dos seus advogados e consultores fiscais, já contestaram aquelas liquidações, considerando que não assiste razão à Administração Tributária nesta matéria.

l) A Administração Tributária procedeu a algumas correcções em sede de IRC, em empresas pertencentes ao perímetro do Grupo tributado pelo Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (RETGS) liderado pela sociedade JMR – Gestão de Empresas de Retalho, SGPS, S.A. (JMR), as quais originaram liquidações adicionais de imposto, relativamente aos anos de 2002 a 2007, no montante total de m EUR 33.487. A Administração da JMR, com o apoio dos seus advogados e consultores fiscais, já contestou aquelas liquidações considerando que não assiste razão à Administração Tributária nesta matéria.

m) A Administração Fiscal informou a Jerónimo Martins, SGPS, S.A., que deveria proceder à requalificação fiscal de dividendos recebidos, no montante total de m EUR 10.568, de uma sua participada na Zona Franca da Madeira, durante os exercícios de 2004 e de 2005, que, na opinião daquela entidade, deveriam ser tratados como juros recebidos os quais estão sujeitos a tributação em sede de IRC, ao contrário dos dividendos, que estão isentos. A Administração de JMH, com o apoio dos seus consultores fiscais, considera não existir qualquer validade, nem fundamento no relatório da Administração fiscal, pelo que já accionou

31 de Dezembro de 2009 e 2008

n) A Administração Fiscal reclamou da Jerónimo Martins, SGPS, S.A. o montante de m EUR 989, referente a IRC, relativo a uma indemnização paga pela Sociedade em virtude de um acordo alcançado em tribunal arbitral e que aquela entidade considerou tratar-se de um pagamento a uma entidade sujeita a regime fiscal mais favorável, e como tal não aceite para efeitos fiscais. A Administração da Jerónimo Martins, com o apoio dos seus consultores fiscais, considera não existir qualquer validade e fundamento no relatório da Administração Fiscal, pelo que já accionou os meios de defesa de que dispõe para contrariar as decorrências deste.

o) A Administração Fiscal liquidou à JMR – Gestão de Empresas de Retalho, SGPS, S.A. o montante de m EUR 16.078, relativamente à requalificação fiscal de dividendos recebidos de uma sua participada na Zona Franca da Madeira, durante os exercícios de 2003 e 2004, que, na opinião daquela entidade, deveriam ser tratados como juros recebidos os que estão sujeitos a tributação em sede de IRC, ao contrário dos dividendos, que estão isentos. A Administração da JMR, com o apoio dos seus consultores fiscais e jurídicos, considera não existir qualquer validade e fundamento no relatório da Administração Fiscal, pelo que já accionou os meios de defesa de que dispõe para contrariar as decorrências deste.

p) A Administração Tributária liquidou, relativamente aos anos de 2005 a 2007 ao Feira Nova – Hipermercados, S.A. e ao Pingo Doce – Distribuição Alimentar, S.A., os montantes de m EUR

1.193 e m EUR 1.081, respectivamente. Estas liquidações respeitam à correcção da taxa de IVA aplicada a determinados bens e, no caso do Feira Nova, a descontos em talão de venda, por parte da Administração Fiscal. As Administrações do Feira Nova e do Pingo Doce, com o apoio dos seus consultores fiscais, já contestaram aquelas liquidações, considerando que não assiste razão à Administração Tributária nesta matéria.

q) A Administração Fiscal liquidou à Imoretalho - Gestão de Imóveis, S.A. o montante de m EUR 532, relativo a uma suposta falta de entrega do IVA, contudo tal dívida foi gerada por lapso da Administração Fiscal no tratamento de declarações de substituição daquele imposto submetidas pela Sociedade e que não geravam qualquer impacte ao nível do imposto a pagar. A Administração da Imoretalho – Gestão de Imóveis, S.A., com o apoio dos seus consultores fiscais, considera não existir qualquer validade na correcção da Administração Fiscal, pelo que já accionou os meios de defesa de que dispõe para contrariar as suas decorrências. A Administração Fiscal reconheceu que a razão assistia à Imoretalho, tendo o processo sido deferido a favor da sociedade.

r) A Administração Fiscal reclama da Unilever Bestfoods Portugal - Produtos Alimentares, S.A., o montante de m EUR 4.343 respeitante a não aceitação, da isenção de retenção na fonte feita pela empresa, no pagamento de dividendos no ano de 2002. A Administração da empresa, com o apoio dos seus advogados e consultores fiscais, já contestou aquelas liquidações considerando que não assiste razão à Administração Tributária nesta matéria.

s) A Administração Fiscal reclamava da LeverElida – Distribuição de Produtos de Limpeza e Higiene Pessoal, Lda., o montante de m EUR 1.448 respeitante a não aceitação de determinados custos fiscais de IRC respeitantes ao exercício de 2000. O indeferimento judicial com confirmação de sentença foi proferido em Novembro de 2007 por acórdão do Tribunal Central Administrativo do Sul. Em Dezembro de 2009 a empresa foi notificada para proceder à liquidação do montante de m EUR 1.579. Em resultado da liquidação da dívida, foi cancelada a garantia bancária existente para suspensão da execução fiscal.

Ainda em 2009, a Divisão de Justiça Contenciosa, chamada a pronunciar-se no âmbito dos processos de reclamação graciosa e/ou impugnação judicial interpostas pela JMR - Gestão de Empresas de Retalho, SGPS, S.A., com vista a contestar liquidações adicionais de IRC, relativas a 1998, 1999 e 2001, revogou parcialmente as referidas liquidações emitidas pela própria Administração Tributária, prosseguindo as reclamações/impugnações o seu normal curso, pelo facto de a sociedade não concordar com a totalidade das liquidações em causa.