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III Demonstrações Financeiras Consolidadas

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA PARA O PERÍODO INTERCALAR

2 Políticas contabilísticas

2.1. Bases de apresentação

Os valores apresentados, salvo indicação em contrário, são expressos em milhares de euros (m EUR). Os montantes relativos aos trimestres, bem como as correspondentes variações, não se encontram auditados. As demonstrações financeiras consolidadas da JMH foram preparadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) tal como adoptadas na União Europeia.

As demonstrações financeiras consolidadas da JMH foram preparadas segundo o princípio do custo histórico excepto no que respeita a terrenos incluídos em activos fixos tangíveis, propriedades de investimento, instrumentos financeiros derivados, investimentos financeiros detidos para negociação e investimentos financeiros disponíveis para venda onde se incluem as partes de capital referidas na nota 2.8, os quais se encontram registados ao respectivo justo valor (valor de mercado).

A preparação de demonstrações financeiras em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites requer o uso de estimativas e assunções que afectam as quantias reportadas de activos e passivos, assim como as quantias reportadas de proveitos e custos durante o período de reporte. Apesar destas estimativas serem baseadas no melhor conhecimento da gestão em relação aos eventos e acções correntes, em última análise, os resultados reais podem diferir dessas estimativas. No entanto, é convicção da gestão que as estimativas e assunções adoptadas não incorporam riscos significativos que possam causar, no decurso do próximo exercício, ajustamentos materiais ao valor dos activos e passivos (nota 2.25).

A gestão de riscos financeiros, tal como previsto no IFRS 7 – Instrumentos Financeiros: Divulgações, encontra-se detalhada no relatório do Governo da Sociedade.

Alteração de Políticas Contabilísticas e Bases de Apresentação

O Grupo adoptou, em 2009, um conjunto de normas e alterações a normas emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), assim como interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC), as quais são de aplicação obrigatória em 2009 e já haviam sido adoptadas pela União Europeia.

A IFRS 8 – Segmentos Operacionais, veio substituir a IAS 14 – Relato por Segmentos, estabelece os princípios para a divulgação de informação sobre os segmentos operacionais de uma entidade, os quais devem ser apresentados na mesma base da informação reportada internamente pela gestão. Apesar de as alterações introduzidas conduzirem a divulgação adicional de informação sobre cada segmento de negócio, não altera significativamente a forma como os mesmos têm vindo a ser apresentados.

A revisão da IAS 1 – Apresentação de Demonstrações Financeiras, vem exigir que todas as alterações aos capitais próprios dos accionistas sejam apresentadas separadamente das respeitantes a interesses minoritários. Esta alteração não tem qualquer impacte nas Demonstrações Financeiras do Grupo, dado que as mesmas já haviam sido incorporadas em anos anteriores.

A revisão da IAS 23 – Custos de Empréstimos Obtidos, determina que os custos de empréstimos que sejam directamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de um activo qualificável, sejam considerados como parte do custo de aquisição. Esta alteração não tem qualquer impacte nas Demonstrações Financeiras do

31 de Dezembro de 2009 e 2008

Grupo, dado que ao longo do exercício de 2009, não existiram activos qualificáveis, nem foram contraídos financiamentos que possam qualificar para efeitos de capitalização.

A revisão da IFRS 2 – Pagamentos baseados em acções, esclarece sobre o que são as condições de aquisição e sobre como ter em conta as condições acessórias de aquisição e as anulações de acordo de pagamento com base em acções pela entidade ou pela contraparte. Esta alteração não tem qualquer impacte nas Demonstrações Financeiras do Grupo uma vez que não possui planos de acções.

A IFRIC 13 – Programas de Fidelização de Clientes, clarifica que quando os bens ou serviços são vendidos, associados a programas de fidelização de clientes, as transacções de venda são consideradas como “multi-elementos” pelo que o produto da venda tem de ser alocado aos diferentes componentes com base no seu

justo valor. Apesar de a referida interpretação ter aplicação directa no sector de actividade de Jerónimo Martins, de acordo com a actual estratégia seguida pelas empresas do Grupo, não existem programas de fidelização de clientes que se enquadrem nos termos desta interpretação.

A IFRIC 14 – IAS 19 – O Limite sobre um Activo de Benefícios Definidos, Requisitos de Financiamento Mínimo e Respectiva Interacção. Esta interpretação clarifica sobre a avaliação do limite que, de acordo com a IAS 19, pode ser reconhecido como um activo, assim como os activos e passivos com pensões podem ser afectados por requisitos específicos de contribuições mínimas. Esta interpretação não tem aplicação no Grupo, nem os planos existentes estão sujeitos a requisitos de financiamento mínimo.

Em 2009 foram adoptadas pela Comissão Europeia um conjunto de interpretações emitidas pelo IFRIC, as quais não têm impacte significativo nas demonstrações financeiras, ou não têm sequer aplicação às actividades desenvolvidas pelo Grupo.

A IFRIC 12 - Acordo de Concessão de Serviços, vem esclarecer a forma como deve ser reconhecida nas contas do concessionário a infra-estrutura subordinada ao acordo de concessão de serviços. Esta interpretação foi adoptada através do Regulamento n.º254/2009, sendo a sua aplicação obrigatória para exercícios que se iniciem após Março de 2009.

A IFRIC 15 – Acordos para a Construção de Imóveis, consiste numa interpretação que visa proporcionar clarificações e orientações sobre o momento em que o rédito da construção de imóveis deve ser reconhecido. Esta interpretação foi adoptada pelo Regulamento n.º 636/2009, sendo a sua aplicação obrigatória para exercícios que se iniciem após 31 de Dezembro de 2009.

A IFRIC 16 – Coberturas de um Investimento Líquido numa Unidade Operacional Estrangeira, é uma interpretação que vem clarificar o modo como devem ser aplicados os requisitos das IAS 21 e IAS 39 nos casos em que uma entidade cobre o risco cambial decorrente dos seus investimentos líquidos em unidades operacionais estrangeiras, incluindo diferenças entre as moedas funcionais que não a moeda de reporte e instrumentos de cobertura detidos por diferentes companhias do Grupo. Esta interpretação foi adoptada pelo Regulamento n.º 460/2009, sendo a sua aplicação obrigatória para exercícios que se iniciem após 30 de Junho de 2009.

A IFRIC 17 – Distribuições aos Proprietários de Activos que Não São Caixa, vem clarificar e orientar o tratamento contabilístico das distribuições de activos que não são caixa, como dividendos aos seus accionistas. Esta interpretação foi adoptada pelo Regulamento n.º 1142/2009, sendo a sua aplicação obrigatória para exercícios que se iniciem após 31 de Outubro de 2009.

A IFRIC 18 – Transferências de Activos Provenientes de Clientes, vem clarificar o tratamento contabilístico das transferências de itens de activos fixos tangíveis provenientes de clientes, e por conseguinte do rédito que lhe está associado. Esta interpretação foi adoptada pelo Regulamento n.º 1164/2009, sendo a sua aplicação obrigatória para exercícios que se iniciem após 31 de Outubro de 2009.

Ainda em 2009, a União Europeia adoptou um conjunto de alterações aos normativos contabilísticos internacionais emitidos pelo IASB, os quais, da avaliação efectuada pelo Grupo, não têm impacte significativo nas Demonstrações Financeiras do Grupo, pelo que foram adoptadas neste exercício apenas as alterações de aplicação obrigatória a partir de 1 de Janeiro de 2009.

O Regulamento n.º 53/2009 veio adoptar as alterações introduzidas à IAS 32 – Instrumentos Financeiros: Apresentação e IAS 1 – Apresentação de Demonstrações Financeiras, as quais exigem que certos instrumentos emitidos pelas empresas, actualmente classificados como passivos, quando cumpram com determinadas condições, sejam classificados como capital próprio. A sua aplicação é obrigatória para exercícios que se iniciaram após 31 de Dezembro de 2008, sendo que não teve qualquer impacte nas Demonstrações Financeiras do Grupo.

O Regulamento n.º 69/2009 veio adoptar as alterações introduzidas à IFRS 1 - Adopção pela Primeira Vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro e IAS 27 – Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas, as quais vêm estabelecer os métodos de valorização de investimentos em subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas, aquando da adopção pela primeira vez das normas, assim como clarificar a forma de determinação do custo de um investimento, o qual poderá ser pelo seu justo valor na data da transição ou ao valor contabilístico pelo qual se encontrava registado. A sua aplicação é obrigatória para exercícios que se iniciaram após 31 de Dezembro de 2008, sendo que não tem qualquer aplicação no Grupo.

31 de Dezembro de 2009 e 2008

10, IAS 16, IAS 19, IAS 20, IAS 23, IAS 27, IAS 28, IAS 29, IAS 31, IAS 34, IAS 36, IAS 38, IAS 39, IAS 40 e IAS 41. Os referidos melhoramentos incluem 35 emendas que introduzem alterações para efeitos de apresentação, reconhecimento e mensuração, assim como alterações de terminologia e emendas a nível da redacção. A sua aplicação é obrigatória para exercícios que se iniciem após 31 de Dezembro de 2008, excepto as alterações efectuadas ao IFRS 5, cuja aplicação é obrigatória para exercícios que se iniciem após 30 de Junho de 2009. Da adopção destes melhoramentos não resultaram impactes significativos nas Demonstrações Financeiras do Grupo.

O Regulamento n.º 494/2009 veio adoptar as alterações introduzidas à IAS 27 – Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas, as quais vêm especificar que os efeitos de todas as transacções com interesses que não controlam são reconhecidos no capital próprio, se não existir perda de controlo, sendo que essas transacções deixam de resultar no reconhecimento de Goodwill ou de ganhos e perdas. A sua aplicação é obrigatória para os exercícios que se iniciem após 30 de Junho de 2009.

O Regulamento n.º 495/2009 veio adoptar as alterações introduzidas à IFRS 3 – Concentração de Actividades Empresariais, o qual foi sujeito a alterações significativas, salientando-se o facto de todas as componentes do preço de compra serem valorizadas ao justo valor e de todas as despesas incorridas com aquisição passarem a ser reconhecidas como custos do exercício. A sua aplicação é obrigatória para os exercícios que se iniciam após 30 de Junho de 2009.

O Regulamento n.º 824/2009 adoptou as emendas à IAS 39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração e IFRS 7 – Instrumentos Financeiros: Divulgações, as quais clarificam a data efectiva de aplicação e as medidas de transição aplicáveis no que respeita às emendas a essas normas adoptadas pelo IASB em 13 de Outubro de 2008. Estas alterações não têm qualquer impacte no Grupo.

O Regulamento n.º 839/2009 adoptou as alterações introduzidas à IAS 39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, as quais clarificam a aplicação da contabilidade de cobertura à componente inflação dos instrumentos financeiros e aos contratos de opções, quando utilizados como instrumentos de cobertura. A sua aplicação é obrigatória para os exercícios que se iniciam após 30 de Junho de 2009.

O Regulamento n.º 1136/2009 adoptou as alterações ao IFRS 1 – Adopção pela Primeira Vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro, a qual vem suprimir da norma algumas orientações de transição ultrapassadas e foi reestruturada a fim de facilitar a sua utilização e alteração no futuro. A sua aplicação é obrigatória para os exercícios que se iniciem após 31 de Dezembro de 2009.

O Regulamento n.º 1165/2009 adoptou as alterações à IFRS 4 – Contratos de Seguro e IFRS 7 – Instrumentos Financeiros: Divulgações, as quais visam exigir divulgações mais pormenorizadas sobre as mensurações pelo justo valor e o risco de liquidez associado aos instrumentos financeiros. A sua aplicação é obrigatória para os exercícios que se iniciaram após 31 de Dezembro de 2008, pelo que as referidas alterações foram adoptadas pelo Grupo no exercício de 2009.

O Regulamento n.º 1171/2009 adoptou as alterações à IFRIC 9 – Reavaliação dos Derivados Embutidos e ao IAS 39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, as quais vêm esclarecer o tratamento dado aos instrumentos financeiros derivados embutidos noutros contratos quando um activo financeiro híbrido é reclassificado mediante retirada da categoria de justo valor através dos resultados. A sua aplicação é obrigatória para os exercícios que se iniciaram após 31 de Dezembro de 2008, não tendo qualquer impacte nas Demonstrações Financeiras do Grupo.

O Regulamento n.º 1293/2009 adoptou as alterações introduzidas ao IAS 32 – Instrumentos Financeiros: Apresentação, que vem clarificar a forma como devem ser contabilizados certos direitos quando os instrumentos emitidos são denominados numa moeda diferente da moeda funcional do emitente. A sua aplicação é obrigatória para os exercícios que se iniciem após 31 de Janeiro de 2010.

Para além dos normativos já adoptados pela União Europeia, foram emitidos ainda em 2009, pelo IASB e IFRIC, os seguintes normativos e interpretações:

Em Abril de 2009, o IASB publicou alterações aos IFRS, tendo sido efectuadas algumas melhorias aos IFRS 2, IFRS 5, IFRS 8, IAS 1, IAS 7, IAS 17, IAS 18, IAS 36, IAS 38, IAS 39, IFRIC 9 e IFRIC 16.

Em Junho de 2009, alteração ao IFRS 2 – Pagamento com Base em Acções, vem clarificar o tratamento contabilístico dos pagamentos baseados em acções do Grupo nas contas individuais de uma entidade que recebe os bens ou serviços, quando essa entidade não tem a obrigação de efectuar esse pagamento baseado em acções.

Em Julho de 2009, alteração ao IFRS 1 – Adopção pela Primeira Vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro, tendo sido integradas isenções adicionais para entidades a aplicar as normas pela primeira vez. Em Novembro de 2009, alteração ao IAS 24 – Partes Relacionadas, vem simplificar a definição de partes relacionadas, eliminando as inconsistências e clarificando o seu significado pretendido.

Em Novembro de 2009, alteração à IFRIC 14 – IAS 19 o Limite sobre um Activo de Benefícios Definidos, Requisitos de Financiamento Mínimo e Respectiva Interacção, vem clarificar a classificação contabilística de um pagamento antecipado para cobertura do requisito de financiamento mínimo.

31 de Dezembro de 2009 e 2008

Em Novembro de 2009, foi emitida uma nova interpretação IFRIC 19 – Extinção de Passivos Financeiros com Instrumentos de Capital. Esta interpretação vem clarificar o tratamento contabilístico quando um passivo financeiro é renegociado resultando na entrega de instrumentos de capital emitidos pela entidade.