• Nenhum resultado encontrado

barbaragarridodepaivaschlaucher

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "barbaragarridodepaivaschlaucher"

Copied!
248
0
0

Texto

(1)UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL. Jornalismo, identidade e narrativa audiovisual: consumo e experimentação de conteúdos telejornalísticos por jovens universitários e trabalhadores no contexto da convergência midiática. Juiz de Fora Fevereiro de 2014.

(2) Bárbara Garrido de Paiva Schlaucher. Jornalismo, identidade e narrativa audiovisual: consumo e experimentação de conteúdos telejornalísticos por jovens universitários e trabalhadores no contexto da convergência midiática. Dissertação Apresentada como requisito para obtenção do título de Mestre em Comunicação Social no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora. Orientadora: Profª. Drª. Iluska Maria da Silva Coutinho. Juiz de Fora Fevereiro de 2014.

(3) Schlaucher, Bárbara Garrido de Paiva. Jornalismo, identidade e narrativa audiovisual: consumo e experimentação de conteúdos telejornalísticos por jovens universitários e trabalhadores no contexto da convergência midiática / Bárbara Garrido de Paiva Schlaucher. – 2014. 246f. : il. Dissertação (Mestrado em Comunicação) – Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2014. Orientação: Profª. Drª Iluska Coutinho. 1. Telejornalismo. 2. Juventude. 3. Público. 4. Identidade. 5. Convergência. I. Título..

(4) Bárbara Garrido de Paiva Schlaucher. Jornalismo, identidade e narrativa audiovisual: consumo e experimentação de conteúdos telejornalísticos por jovens universitários e trabalhadores no contexto da convergência midiática. Dissertação apresentada como requisito para obtenção do título de Mestre em Comunicação Social no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora.. Orientadora: Profª. Drª. Iluska Maria da Silva Coutinho. Dissertação aprovada em 21/02/2014 pela banca composta pelos seguintes membros:. ____________________________________________________ Profª. Drª. Iluska Maria da Silva Coutinho (UFJF) – Orientadora. ____________________________________________________ Prof. Dr. Paulo Roberto Figueira Leal (UFJF) – Convidado. ____________________________________________________ Profª. Drª. Cristiane Finger Costa (PUCRS) – Convidada. Juiz de Fora Fevereiro de 2014.

(5) Com amor, Ao meu avô Justino “Nininho” Garcia de Paiva Junior (in memorian), homem de fibra e de fé, e à minha avó Edwiges “Filinha” Garrido de Paiva, pelas orações e por seu exemplo de vida..

(6) AGRADECIMENTOS. Por mais essa conquista, agradeço.... A Deus, pois “tudo é do Pai, toda honra e toda a glória. É Dele a vitória, alcançada em vida. Se sou fraco e pecador, bem mais forte é Meu Senhor, que me cura por amor”. Ele sabe bem o que tenho vivido, pois permanece ao meu lado. Ele me leva em seus braços, pois é meu melhor amigo. Sem Ele, nada disso poderia ter se realizado. À minha mãe, minha melhor amiga, minha confidente. Sempre me escutou e me deu “colo” com amor e paciência. São dela os melhores conselhos e as melhores palavras de incentivo. Obrigada por todo sacrifício dedicado a mim. Se hoje sou mais madura e independente, devo isso a você! Ao meu pai, meu maior exemplo de determinação, superação e persistência. Seu amor, dedicação e experiência de vida me ensinaram a confiar mais em mim mesma e me ajudaram a caminhar com minhas próprias pernas. Obrigada por nos colocar sempre em primeiro lugar! À minha irmã, “my best friend forever”! Graças à nossa parceria, meus dias foram coloridos com muitos risos e gargalhadas, em alguns momentos fundamentais para aliviar o peso do dia-a-dia. Obrigado por sempre estar disposta a me ajudar (em tudo)! Sua amizade e apoio foram, sem dúvida, muito importantes para eu chegar até aqui. Ao meu querido avô Nininho (in memorian), meu segundo pai, que sempre vibrou com minhas conquistas. O ano de 2013 deixou um vazio em nossas vidas, preenchido com muita saudade. Está sendo difícil caminhar sem ele, mas sei que lá de cima ele olha e ora por nós todos os dias. À minha avó Filinha, minha segunda mãe. Seu amor, seu carinho e suas orações são fonte de conforto e aconchego. Obrigada por ter me ensinado a caminhar na fé. Você e meu avô são meus maiores exemplo de perseverança. Ao meu namorado André. Obrigada por todo o amor devotado a mim. Sem ele teria sido muito mais difícil minha caminhada até aqui. Nesses últimos cinco anos, descobri em você minha melhor versão, por mais contraditório que isso pareça. Seu apoio e paciência nesses tempos tão corridos foram essenciais. Obrigada por nunca ter se ausentado! Aos meus primos e tios, que sempre alegraram os meus dias. Ao lado deles aprendi a valorizar uma família unida e a enxergar o lado bom de tudo. A confiança que depositaram em mim foi uma grande motivação para buscar meus ideais. Aos meus verdadeiros amigos que, estando perto ou longe, nunca me faltaram. Ao lado deles, meus dias ganharam um colorido diferente e um frescor essencial para que eu pudesse seguir em frente. A todos os professores que passaram por mim, principalmente aos da Facom e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFJF (PPGCom-UFJF): seus ensinamentos.

(7) abriram meus olhos para uma forma muito mais humana de ver o mundo. De modo especial, agradeço ao professor Paulo Roberto, por sua dedicação aos alunos, pelas reflexões, por aceitar fazer parte de minha banca de qualificação e de defesa e por ter cedido parte de sua aula na graduação para a aplicação de questionários. Seus apontamentos, sempre sensatos, contribuíram muito para a realização desse trabalho. Christina Musse, Wedencley Alves, Christina Brandão e Aluizio Trinta, obrigada pelas discussões e trocas enriquecedoras no Mestrado, elas tiveram papel fundamental em minha caminhada acadêmica. Aos funcionários da Facom e do PPGCom-UFJF, em especial à Ana, por sempre estar disposta a nos ajudar, e ao sempre prestativo Gilmar, pelo auxílio na realização do grupo focal. Aos amigos do Mestrado e do Grupo de Pesquisa Jornalismo, Imagem e Representação. Nossos encontros, leituras, debates e produções impulsionaram meus estudos e me ajudaram a vencer cada etapa dessa caminhada. Em especial, agradeço à Roberta Braga e ao Allan Gouvêa, por terem reservado um pedacinho de seus dias para me auxiliar como documentadores no grupo focal. As anotações de vocês foram valiosíssimas! Agradeço também à Renata Vargas pelos conselhos, trocas e por me apresentar aos alunos do curso de Comunicação Social do CES/JF, onde conheci parte dos jovens dessa pesquisa. Aos professores Edson Dalmonte, por ter participado de minha banca de qualificação e pelos direcionamentos evidenciados nesse encontro, e Cristiane Finger, por compor minha banca de defesa e pela contribuição para o desenvolvimento dessa dissertação por meio de sua pesquisa. À professora, orientadora e amiga Iluska Coutinho, por ter me inserido na pesquisa acadêmica desde a graduação e ter me proporcionado amadurecimento intelectual e pessoal. Sua orientação foi além da academia, obrigada pelo apoio e carinho que sempre teve comigo. Agradeço pela presença, pelos ensinamentos, pelas trocas, pelas conversas e pelo acompanhamento ao longo do estágio docência. Obrigada pelo tempo dedicado a mim, sua experiência estimulou minhas reflexões mais profundas e me instigaram a olhar para o mundo e para nossa pesquisa de forma mais crítica. Aproveito para agradecer ao professor e amigo Jorge Felz, pelos conselhos e pelo tempo cedido na aula de Planejamento Visual para a aplicação dos questionários. Aos amigos do Number One Idiomas, em especial, Leila, Paulo e Amanda, pela compreensão e disposição em ajudar. O apoio de vocês ao longo do Mestrado me deu forças para ir até o fim. Aos jovens que integraram esta pesquisa, pois, sem eles, nada disso seria possível. Agradeço pelo interesse em participar e por terem abdicado de uma parte do tempo para discutir o telejornalismo em tempo de redes sociais. Por fim, a todos aqueles que, de alguma maneira, contribuíram para essa dissertação!.

(8) RESUMO. O atual cenário de convergência dos meios favorece a participação e o diálogo, fazendo com que o público se relacione de modo diferente com o conteúdo veiculado por empresas jornalísticas. Nesse sentido, a presente pesquisa propõe um estudo de recepção entre jovens trabalhadores e jovens estudantes de jornalismo da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF). Em linhas gerais, pretendemos apontar como esses sujeitos consomem/ experimentam a informação telejornalística na era da convergência midiática, partindo do pressuposto de que essa geração de telespectadores/usuários não mais se submete ao fluxo televisual da mesma maneira que seus antecedentes. Além disso, buscamos identificar as críticas em relação ao conteúdo jornalístico veiculado na TV aberta brasileira e verificar quais formatos e narrativas audiovisuais do gênero despertam o interesse dos futuros jornalistas/consumidores.. Palavras-chave: Telejornalismo. Juventude. Público. Identidade. Convergência..

(9) ABSTRACT. The current scenario of media convergence promotes participation and dialogue, leading the audience to establish different relations with the content transmitted by news organizations. In this context, this dissertation proposes a reception study among young workers and young journalism students of Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) and Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF). Broadly speaking, we aim to point out how these subjects consume audiovisual information (especially those originally broadcasted by newscasts) in the age of media convergence, assuming that this generation of viewers/users no longer submits to the television flow the same way as their antecedents. In addition, we seek to identify their criticism about journalistic content transmitted in Brazilian free-to-air television channels and see which formats and audiovisual journalistic narratives arouse the interest of future journalists/ consumers.. Keywords: Television Journalism. Youth. Audience. Identity. Media Convergence..

(10) LISTA DE GRÁFICOS. Gráfico 01 – Jovens estudantes / Facom-UFJF (1º período) – Gráfico Faixa Etária..............108 Gráfico 02 – Jovens estudantes / Facom-UFJF (1º período) – Gráfico Gênero......................108 Gráfico 03 – Jovens estudantes / Facom-UFJF (1º período) – Gráfico Atividade Extracurricular........................................................................................................109 Gráfico 04 – Jovens estudantes / Facom-UFJF (1º período) – Gráfico Renda Familiar.........110 Gráfico 05 – Jovens estudantes / Facom-UFJF (5º período) – Gráfico Faixa Etária..............112 Gráfico 06 – Jovens estudantes / Facom-UFJF (5º período) – Gráfico Gênero......................112 Gráfico 07 – Jovens estudantes / Facom-UFJF (5º período) – Gráfico Atividade Extracurricular I.....................................................................................................113 Gráfico 08 – Jovens estudantes / Facom-UFJF (5º período) – Gráfico Atividade Extracurricular II....................................................................................................113 Gráfico 09 – Jovens estudantes / Facom-UFJF (5º período) – Gráfico Renda Familiar.........114 Gráfico 10 – Jovens estudantes / Curso de Comunicação Social – CES/JF – Gráfico Faixa Etária.............................................................................................................................115 Gráfico 11– Jovens estudantes / Curso de Comunicação Social – CES/JF – Gráfico Gênero.....................................................................................................................................115 Gráfico 12 – Jovens estudantes / Curso de Comunicação Social – CES/JF – Gráfico Atividade Extracurricular I.....................................................................................................116 Gráfico 13 – Jovens estudantes / Curso de Comunicação Social – CES/JF – Gráfico Atividade Extracurricular II....................................................................................................116 Gráfico 14 – Jovens estudantes / Curso de Comunicação Social – CES/JF – Gráfico Renda Familiar.......................................................................................................................117 Gráfico 15 – Jovens trabalhadores – Gráfico Faixa Etária.....................................................118.

(11) Gráfico 16 – Jovens trabalhadores – Gráfico Gênero.............................................................118 Gráfico 17 – Jovens trabalhadores – Gráfico Nível de Escolaridade......................................119 Gráfico 18 – Jovens trabalhadores – Gráfico Renda Familiar................................................119 Gráfico 19 – Jovens estudantes / Facom-UFJF (1º período) – Gráfico Meios de Comunicação...........................................................................................................120 Gráfico 20 – Jovens estudantes / Facom-UFJF (5º período) – Gráfico Meios de Comunicação...........................................................................................................122 Gráfico 21 – Jovens estudantes / Curso de Comunicação Social – CES/JF – Gráfico Meios de Comunicação...........................................................................................................124 Gráfico 22 – Jovens trabalhadores – Gráfico Meios de Comunicação...................................126 Gráfico 23 – Jovens estudantes / Facom-UFJF (1º período) – Gráfico Consumo Televisivo...............................................................................................................128 Gráfico 24 – Jovens estudantes / Facom-UFJF (1º período) – Gráfico TV por assinatura....................................................................................................................128 Gráfico 25 – Jovens estudantes / Facom-UFJF (5º período) – Gráfico Consumo Televisivo...............................................................................................................129 Gráfico 26 – Jovens estudantes / Facom-UFJF (5º período) – Gráfico TV por assinatura....................................................................................................................129 Gráfico 27 – Jovens estudantes / Curso de Comunicação Social – CES/JF – Gráfico Consumo Televisivo..............................................................................................................130 Gráfico 28 – Jovens estudantes / Curso de Comunicação Social – CES/JF – Gráfico TV por assinatura...................................................................................................................130 Gráfico 29 – Jovens trabalhadores – Gráfico Consumo Televisivo........................................131 Gráfico 30 – Jovens trabalhadores – CES/JF – Gráfico TV por assinatura............................131 Gráfico 31 – Jovens estudantes de jornalismo – Gráfico Consumo Televisivo......................132.

(12) Gráfico 32 - Jovens trabalhadores – Gráfico Consumo Televisivo........................................132 Gráfico 33 – Jovens estudantes / Facom-UFJF (1º período) – Gráfico Atividades Associadas ao Hábito de Ver TV..........................................................................135 Gráfico 34 – Jovens estudantes / Facom-UFJF (5º período) – Gráfico Atividades Associadas ao Hábito de Ver TV..........................................................................136 Gráfico 35 – Jovens estudantes / Curso de Comunicação Social – CES/JF – Gráfico Atividades Associadas ao Hábito de Ver TV............................................................137 Gráfico 36 – Jovens trabalhadores – Gráfico Atividades Associadas ao Hábito de Ver TV................................................................................................................................137 Gráfico 37 – Jovens estudantes e trabalhadores – Gráfico Atividades Associadas ao Hábito de Ver TV..............................................................................................................138 Gráfico 38 – Jovens estudantes / Facom-UFJF (1º período) – Gráfico Programas mais assistidos.......................................................................................................139 Gráfico 39 – Jovens estudantes / Facom-UFJF (1º período) – Gráfico Programas mais importantes...................................................................................................139 Gráfico 40 – Jovens estudantes / Facom-UFJF (5º período) – Gráfico Programas mais assistidos.......................................................................................................140 Gráfico 41 – Jovens estudantes / Facom-UFJF (5º período) – Gráfico Programas mais importantes...................................................................................................140 Gráfico 42 – Jovens estudantes / Curso de Comunicação Social – CES/JF – Gráfico Programas mais assistidos.........................................................................................141 Gráfico 43 – Jovens estudantes / Curso de Comunicação Social – CES/JF – Gráfico Programas mais importantes......................................................................................141 Gráfico 44 – Jovens trabalhadores – Gráfico Programas mais assistidos...............................142 Gráfico 45 – Jovens trabalhadores – Gráfico Programas mais importantes...........................142.

(13) Gráfico 46 – Gráfico Conversas sobre o Referencial Televisivo I.........................................147 Gráfico 47 – Gráfico Conversas sobre o Referencial Televisivo II........................................147 Gráfico 48 – Jovens estudantes – Gráfico Consumo de telejornais........................................155 Gráfico 49 – Jovens trabalhadores – Gráfico Consumo de telejornais...................................155 Gráfico 50 – Gráfico – Conversas sobre notícias de telejornais I...........................................158 Gráfico 51 – Gráfico – Conversas sobre notícias de telejornais II.........................................159 Gráfico 52 – Gráfico – Necessidade de complementar informações obtidas em Telejornais...............................................................................................................................160 Gráfico 53 – Gráfico – Meios utilizados para complementar informações obtidas em Telejornais...............................................................................................................................160 Gráfico 54 – Jovens estudantes / Facom-UFJF (1º período) – Gráfico Tempo de navegação...............................................................................................................163 Gráfico 55 – Jovens estudantes / Facom-UFJF (1º período) – Gráfico Páginas mais acessadas...........................................................................................................163 Gráfico 56 – Jovens estudantes / Facom-UFJF (5º período) – Gráfico Tempo de navegação...............................................................................................................164 Gráfico 57 – Jovens estudantes / Facom-UFJF (5º período) – Gráfico Páginas mais acessadas...........................................................................................................164 Gráfico 58 – Jovens estudantes / Curso de Comunicação Social – CES/JF – Gráfico Tempo de navegação...............................................................................................................165 Gráfico 59 – Jovens estudantes / Curso de Comunicação Social – CES/JF – Gráfico Páginas mais acessadas...........................................................................................................165 Gráfico 60 – Jovens trabalhadores – Gráfico Tempo de navegação.......................................166 Gráfico 61 – Jovens trabalhadores – Gráfico Páginas mais acessadas...................................166 Gráfico 62 – Jovens estudantes e jovens trabalhadores – Gráfico Consumo televisivo.........167.

(14) Gráfico 63 – Jovens estudantes e jovens trabalhadores – Gráfico Tempo de navegação................................................................................................................................167 Gráfico 64 – Jovens estudantes e jovens trabalhadores – Gráfico Páginas mais acessadas.................................................................................................................................168 Gráfico 65 – Gráfico Consumo de vídeos jornalísticos na Internet........................................171 Gráfico 66 – Gráfico Sites acessados para o consumo de vídeos jornalísticos.......................171 Gráfico 67 – Gráfico Interação com conteúdo telejornalístico e profissionais na Internet I..................................................................................................................................173 Gráfico 68 – Gráfico Interação com conteúdo telejornalístico e profissionais na Internet II.................................................................................................................................173 Gráfico 69 – Gráfico Necessidade de confirmar informações da Internet..............................176 Gráfico 70 – Gráfico Meios para confirmação de informações da Internet............................176 Gráfico 71 – Gráfico Produção de conteúdo na Internet........................................................179 Gráfico 72 – Gráfico Tipo de conteúdo produzido.................................................................179 Gráfico 73 – Gráfico Categoria do conteúdo produzido.........................................................179 Gráfico 74 – Gráfico Local de publicação do conteúdo produzido........................................180.

(15) LISTA DE TABELAS. Tabela 01 – Grupos de renda da população............................................................................111 Tabela 02 – Meios de comunicação disponíveis em casa (1º período Facom – UFJF)..........120 Tabela 03 – Meios de comunicação – consumo (1º período Facom – UFJF).........................121 Tabela 04 – Meios de comunicação disponíveis em casa (5º período Facom – UFJF)..........123 Tabela 05 – Meios de comunicação – consumo (5º período Facom – UFJF).........................123 Tabela 06 – Meios de comunicação disponíveis em casa (Comunicação Socail – CES/JF).............................................................................................125 Tabela 07 – Meios de comunicação – consumo (Comunicação Social – CES/JF).................125 Tabela 08 – Meios de comunicação disponíveis em casa (jovens trabalhadores)..................126 Tabela 09 – Meios de comunicação – consumo (jovens trabalhadores).................................127 Tabela 10 – Programas mais assistidos...................................................................................143 Tabela 11 – Consumo de telejornais.......................................................................................156.

(16) SUMÁRIO. 1 INTRODUÇÃO. 16. 2 IDENTIDADES CULTURAIS E NARRATIVAS MIDIÁTICAS: UMA RELAÇÃO DE PRODUÇÃO SIMBÓLICA. 22. 2.1 JORNALISMO, IDENTIDADE E PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO. 29. 2.2 OLHARES SOBRE O TELEJORNALISMO ENQUANTO PRÁTICA. 36. 3 TELEVISÃO E TELEJORNALISMO: PASSADO, PRESENTE E NOVAS PERSPECTIVAS. 44. 3.1 ENTRETER, EDUCAR E INFORMAR: O DESENVOLVIMENTO DA TELEVISÃO E DO TELEJORNALISMO NO BRASIL E SEUS PRINCIPAIS PARADIGMAS. 45. 3.1.1 A tão sonhada integração nacional. 53. 3.1.2 O Jornal Nacional como paradigma e o lugar social do telejornalismo no Brasil. 57. 3.2 TELEVISÃO, TELEJORNALISMO E CONVERGÊNCIA: MUDANÇAS, MODELOS E ESTRATÉGIAS NA ERA DIGITAL. 62. 3.2.1 As mudanças no modo de ver TV. 67. 3.2.2 Em busca de um lugar ao sol: as estratégias adotadas pelos telejornais na era digital. 72. 4 OLHARES SOBRE A JUVENTUDE. 78. 4.1 OS JOVENS E OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO NO SÉCULO XXI. 81. 4.2 A(S) JUVENTUDE(S) NA TV. 86. 4.2.1 A inserção dos jovens no telejornalismo brasileiro. 88. 4.2.2 Telejornais em busca da juventude: algumas experiências. 91. 5 EM FRENTE À TV? COMO JOVENS ESTUDANTES DE JORNALISMO E JOVENS TRABALHADORES CONSOMEM A INFORMAÇÃO JORNALÍSTICA AUDIOVISUAL. 97. 5.1 OS MÉTODOS DE ANÁLISE: AS ETAPAS DO ESTUDO DE RECEPÇÃO. 98.

(17) 5.2 ROTINA E HÁBITOS DE CONSUMO: AS ENTREVISTAS FECHADAS E OS PRIMEIROS RESULTADOS. 102. 5.2.1 A elaboração do questionário “Jovens e telejornalismo na era digital”. 107. 6 LUZ, CÂMERA, AÇÃO: A EXPERIÊNCIA DO GRUPO FOCAL. 182. 6.1 ENTRE O SCRIPT E O IMPROVISO: A ELABORAÇÃO DO ROTEIRO. 183. 6.2 A ESCOLHA DO ELENCO. 186. 6.3 CONSUMO, FORMATOS E NARRATIVAS: COMO OS FUTUROS PROFISSIONAIS E TELESPECTADORES EXPERIMENTAM A NOTÍCIA DE TV EM PLENA ERA DIGITAL. 189. 6.3.1 Tudo junto e misturado? Um novo modelo de informação. 191. 6.3.2 Hora da notícia? O consumo de telejornais no tempo dos jovens. 194. 6.3.3 Quem são os jovens do Brasil? A representação da juventude nos telejornais. 200. 6.3.4 Quando os jovens assumem a profissão “repórter”. 205. 6.3.5 TV e internet: será que dá liga?. 208. 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS. 220. 8 REFERÊNCIAS. 228. APÊNDICE. 238.

(18) 16 1 INTRODUÇÃO. O fenômeno da convergência de meios de comunicação e linguagens ganha maior destaque na contemporaneidade, muito em função do advento de novas tecnologias digitais que possibilitaram um fluxo mais intenso de informação através de múltiplas plataformas. Esse cenário representaria uma transformação cultural, já que agiria sobre as percepções de tempo e espaço dos indivíduos, reorganizando suas vidas em torno de mensagens enviadas e recebidas, cada vez mais abundantes. A mídia, com destaque para a televisão, sempre se fez presente em nosso dia-adia, seja nos momentos dedicados à sua fruição, e/ou por meio do repertório coletivo muitas vezes por ela abastecido, sendo uma das instituições a nos guiar e orientar no convívio diário em sociedade. Entretanto, no contexto atual, quando muitos de nós se declaram “viciados em tecnologia”, passando parte considerável do dia habitando dois mundos, o “real” e o “virtual”, o contato com os meios de comunicação e seus referenciais vem crescendo exponencialmente, assim como as possibilidades de uma postura mais ativa e participativa por parte dos consumidores. Segundo Henry Jenkins (2009), cada vez mais seríamos levados a estabelecer conexões em meio a produtos midiáticos dispersos – sendo que, muitas vezes, apenas assistir a um programa não seria suficiente, principalmente quando temos ao alcance das mãos recursos e ferramentas de interação e produção de conteúdos. Como consequência do acesso mais rápido e fácil a uma quantidade abundante de informação, o comportamento do público e das empresas informativas passaria por mudanças profundas. Nesse cenário, o decorrente processo de transformação do relacionamento entre pessoas e meios de comunicação afetaria não só a forma com que os conteúdos jornalísticos são produzidos e experimentados pela sociedade, mas também os próprios indivíduos e suas identidades. Cientes do lugar de referência ocupado pelo telejornalismo no Brasil (VIZEU; CORREIA, 2008) e da função de socialização desempenhada pela TV em nosso país (WOLTON, 1996), consideramos relevante a busca por uma melhor compreensão acerca dos processos de experimentação de conteúdos telejornalísticos na era digital. Trata-se de um terreno ainda pouco explorado, portanto, em parte desconhecido, onde as relações estabelecidas entre público e telejornais ganhariam novos contornos em meio às transformações em curso no campo da comunicação..

(19) 17 Sendo assim, a presente dissertação propõe um estudo de recepção entre universitários e jovens trabalhadores de Juiz de Fora, Minas Gerais. Em linhas gerais, pretendemos apontar como esses sujeitos específicos experimentam a informação telejornalística na era da convergência midiática, partindo do pressuposto de que essa geração não mais se submete à rotina de consumo da grande massa. Em outras palavras, temos como objetivo diagnosticar como se dá o consumo da informação noticiosa produzida em formato audiovisual para a televisão, e originalmente veiculada em telejornais, entre jovens telespectadores, no caso, trabalhadores e estudantes de jornalismo da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF). Como temos a recepção como foco, interessa-nos averiguar quais formatos e narrativas atrairiam a atenção desses sujeitos: que fatores relacionados aos produtos jornalísticos apontados como preferenciais e/ou mais consumidos pelos jovens pesquisados promoveriam uma relação de proximidade e identificação como o universo juvenil? Esse diagnóstico nos permitiria evidenciar quais aspectos, sejam eles relacionados ao conteúdo, ao meio e/ou à recepção, colaborariam para o estabelecimento de vínculos entre telejornais e jovens, ainda que em diferentes suportes. Num movimento contrário, buscamos, também, conhecer as críticas desses sujeitos acerca dos materiais jornalísticos atualmente veiculados na televisão aberta brasileira. Com isso, poderíamos verificar a existência, ou não, de fatores que contribuiriam para um possível afastamento da audiência juvenil em relação ao gênero e seus formatos tradicionais. Quanto aos nossos objetivos específicos, almejamos observar como os jovens em questão se sentem em relação ao lugar ocupado pela juventude nos telejornais brasileiros: eles se veem representados ou não? Como esses conteúdos atenderiam, na visão dessa parcela da população, às demandas dos telespectadores de acesso à informação e maior participação no processo comunicativo? Em síntese, esperamos apreender se (e de que modo) esses jovens, que já nasceram “conectados”, se reconhecem no conteúdo transmitido, além de como as mensagens telejornalísticas chegam até eles e agem na construção identitária dos mesmos, seja enquanto membros das coletividades juvenis e/ou enquanto futuros profissionais da área. A escolha de jovens como sujeitos de nosso estudo se deve ao fato de considerarmos essa parcela da população um grupo com elevado potencial de transformação. Embora não constituam de modo predominante a audiência dos telejornais, ainda assim representam uma parte importante, principalmente por serem considerados uma prévia do novo telespectador/usuário. Logo, conhecer o processo de recepção experimentado por eles.

(20) 18 seria fundamental para a definição dos próximos passos de qualquer emissora no contexto de convergência midiática (TEMER et al., 2010). Nosso interesse em pesquisar os hábitos de consumo de jovens estudantes de jornalismo também deve ser ressaltado. Além de terem crescido na era digital, como os demais, o processo de formação acadêmica e as suas aspirações profissionais, fariam desses sujeitos um grupo de receptores diferenciado do conteúdo midiático. Um grupo que, a priori, teria mais interesse em refletir sobre o telejornalismo e sua expressão em diferentes suportes e que apresentaria um olhar crítico sobre a prática e os produtos veiculados. É importante ressaltar também o fato de que, potencialmente, esses mesmos jovens estudantes irão atuar no mercado como editores e/ou emissores de conteúdos jornalísticos em um futuro próximo. No atual contexto de acesso e troca ilimitada de informações, em que as tecnologias evoluem em um ritmo acelerado e estão em constante transformação, o olhar dos “futuros profissionais”, ainda em processo de formação, possibilitaria a prospecção de rumos e tendências na produção de informação (tele)jornalística. Isso se justifica em função de essa leva de estudantes pertencer a uma geração de usuários nativos da internet, tendo, portanto, a capacidade de conceber a estruturação da informação jornalística em formato apropriado aos meios digitais (MIELNICZUKZ et al., 2011). Além disso, de modo geral, esses sujeitos já estariam habituados ao cada vez mais recorrente processo de apropriação de conteúdos por parte do público e ao cenário “multi” – multimídia, multiplataforma, multitarefa, etc –, aspectos a cada dia mais experimentados no cotidiano dos jovens telespectadores e, no caso específico dos estudantes de jornalismo, explorados em sala de aula. Para a realização desse estudo recorremos à pesquisa bibliográfica, à aplicação de questionários e a uma sessão de grupo focal. Os próximos três capítulos foram dedicados ao referencial teórico, no qual embasamos nossa investigação. No capítulo dois introduzimos os fundamentos teóricos da pesquisa. A partir de uma abordagem construcionista, com base nos Estudos Culturais e no Interacionismo Simbólico, trabalhamos os conceitos de identidade e diferença, além dos processos de produção e circulação de sentidos e de identificação. Sendo assim, refletimos sobre as identidades culturais no contexto da modernidade tardia, enfatizando o papel dos meios de comunicação como mediadores da realidade social – com destaque para o jornalismo e, mais especificamente, o telejornalismo..

(21) 19 Em seguida, no capítulo três, partimos para uma reflexão acerca da TV e da prática telejornalística no Brasil. Além de um percurso histórico, discutimos a televisão e seu papel nos processos de (re)construção, transformação e manutenção das identidades culturais de diferentes grupos sociais, com destaque para sua função de laço social e os processos de identificação por ela suscitados. Em um segundo momento, voltamo-nos para o telejornalismo e suas relações com o público. Para isso, trabalhamos o gênero enquanto um lugar de referência para a sociedade brasileira, como proposto por Alfredo Vizeu (2009). Por fim, a partir do conceito de convergência dos meios de comunicação, refletimos acerca das mudanças nos hábitos de consumo de informação por parte do público e dos esforços dos telejornais para manter a audiência e fidelizar a nova geração de telespectadores/usuários. No capítulo quatro, apresentamos conceitos para se compreender a juventude enquanto uma construção social. Refletimos sobre a(s) identidade(s) juvenil(is) e enfatizamos o lugar da televisão e do telejornalismo no cotidiano dos jovens brasileiros. Para além disso, evidenciamos as relações estabelecidas entre jovens e telejornais, ressaltando: a busca pela promoção de diálogo entre essa parcela da população e os programas em questão; os novos hábitos de consumo de informação por parte desse público; as formas de representação das coletividades juvenis nas narrativas telejornalísticas; e o atual lugar de protagonismo ocupado pelos jovens no que diz respeito ao domínio das tecnologias e mídias digitais. Os capítulos cinco e seis foram dedicados à apresentação e análise dos dados resultantes do estudo de recepção realizado com jovens trabalhadores e estudantes de jornalismo da UFJF e do CES/JF. No capitulo cinco, explicitamos as técnicas de pesquisa adotadas para tentarmos diagnosticar como os sujeitos do presente estudo consomem a informação jornalística audiovisual no atual contexto de convergência dos meios de comunicação. Apresentamos, também, os resultados obtidos com a aplicação de 89 questionários entre jovens trabalhadores, alunos do curso de Comunicação Social do CES/JF e em duas turmas da Faculdade de Comunicação Social da UFJF. Esses dados nos ajudaram a traçar o perfil dos respondentes e a conhecer melhor suas rotinas de consumo de informação, com destaque para a experimentação de conteúdos telejornalísticos. Já no capítulo seis, descrevemos os critérios utilizados para a realização do grupo focal, ressaltando o processo de seleção dos participantes, o roteiro previsto para o encontro, as atividades propostas e a interpretação dos dados obtidos a partir dos debates travados entre os participantes. Levantamos questões diretamente relacionadas aos objetivos gerais e específicos da pesquisa, à luz do referencial teórico mobilizado para o presente estudo..

(22) 20 Por fim, o capítulo sete foi dedicado à apresentação de nossas considerações finais acerca do problema de pesquisa aqui proposto. Refletimos sobre as mudanças no comportamento dos jovens pesquisados no que diz respeito à exposição ao fluxo televisual, com destaque para o consumo de conteúdos telejornalístico, e evidenciamos uma relação de complementaridade entre TV e internet no que diz respeito à experimentação da informação em formato audiovisual. Vale ressaltar que a presente pesquisadora integra, desde 2008, o Grupo de Pesquisa Jornalismo, Imagem e Representação, coordenado pela professora doutora Iluska Coutinho e composto por professores e alunos de graduação e pós-graduação em Comunicação Social.. As atividades realizadas no âmbito do grupo motivaram e. impulsionaram a concretização desse trabalho. Entre 2008 e 2010, a atuação no projeto de pesquisa “TV e imaginário urbano: a incorporação do público no telejornalismo brasileiro” possibilitou a reflexão sobre a relação entre público e produção jornalística em televisão a partir de quatro grandes aspectos: a recuperação/ discussão dos conceitos de interesse e jornalismo públicos; a avaliação da produção jornalística em TV como expressão do interesse público na programação televisiva por meio da análise de edições de telejornais e de sua apreensão por um grupo de telespectadores; a incorporação do (interesse) público como tema de pauta e interlocutor no discurso de telejornais veiculados em rede nacional; e a compreensão da dimensão do público no processo de constituição das identidades de produtos (tele)jornalísticos nacionais e locais. Já entre 2008 e 2010, a participação no projeto de extensão e pesquisa “Comunicação para a Cidadania: tecnologias, identidade e ação comunitária” nos permitiu contribuir para o exercício efetivo da Comunicação como um direito entre jovens da periferia de Juiz de Fora. O projeto buscou a promoção desses sujeitos enquanto produtores de sua própria comunicação, a fim de que exercessem plenamente a cidadania. A investigação associada à intervenção social foi articulada a partir de atividades de leitura crítica dos meios; da produção de jornais comunitários impressos e programas de rádio; e de oficinas de fotografia, vídeo e inclusão digital. Essas experiências reforçaram o interesse da presente pesquisadora nos estudos acerca da audiência juvenil no que diz respeito a seus hábitos de consumo de informação e às relações estabelecidas entre esse público e a produção telejornalística vigente. Esse percurso levou-nos em direção, em 2011, ao projeto “Telejornalismo, juventude e representação: quais formatos e narrativas dialogam com os novos telespectadores”, cujas reflexões foram essenciais para o desenvolvimento dessa dissertação. Os capítulos apresentados a seguir.

(23) 21 dialogam com a proposta central do projeto: investigar a forma de representação da juventude nos telejornais; analisar o consumo desse modelo de narrativa e construção identitária por telespectadores jovens; e discutir as eventuais mudanças de formato e linguagem no jornalismo audiovisual, assim como o investimento dos profissionais de TV em redes sociais disponíveis na web, como forma de aproximar-se do imaginário juvenil..

(24) 22 2 IDENTIDADES CULTURAIS E NARRATIVAS MIDIÁTICAS: UMA RELAÇÃO DE PRODUÇÃO SIMBÓLICA. Desde o início de suas vidas, homens e mulheres se encontram imersos em processos comunicativos. Na infância, diferentes narrativas explicam o mundo, a existência humana em comunidade e os vários papéis sociais – até que os próprios indivíduos passem também a produzir discursos sobre si mesmos e sua realidade, ainda que sob influência da cultura e de seu lugar na sociedade. A todo o momento, seja a partir do contato face a face ou mediado com o Outro, os sujeitos buscam definir sua “natureza” e “essência”, a fim de transitar em um mundo social e linguisticamente codificado. Com base nas concepções sociológicas e culturais propostas respectivamente pelo Interacionismo Simbólico e pelos Estudos Culturais é possível pensar o processo de construção de identidades – a nosso ver, produção de percepções e narrativas a respeito de quem se é (e/ou de um grupo) e de seu entorno em relação ao Outro e vice-versa. Tal processo, marcado pela afirmação da semelhança e da diferença e pelas disputas de poder, pode estabelecer diferentes relações de unidade, aceitação, negação e exclusão, demarcando fronteiras. A discussão acerca do conceito de identidade é ponto chave para as reflexões propostas no presente capítulo. A partir de uma revisão bibliográfica sobre identidade e mídia, buscamos refletir a respeito da prática jornalística enquanto uma instituição cujo conhecimento produzido e veiculado socialmente interfere na percepção de realidade dos indivíduos. Assim, buscamos destacar as particularidades da informação noticiosa – com destaque para os produtos telejornalísticos –, tendo em vista seu papel de “guia” no dia-a-dia dos cidadãos das “aldeias globais”. Desse modo, consideramos o jornalismo um “campo de forças”1, onde disputas internas e externas influenciam o modo com que a realidade é (re)apresentada aos sujeitos e, consequentemente, a (auto)imagem que os indivíduos percebem e projetam de si mesmos.. 1. Em linhas gerais, podemos conceber um campo como um espaço social dotado de regras específicas e marcado por disputas (dominação, subordinação). Nesse espaço, seriam estabelecidas relações sociais entre agentes que possuem interesses em comum, mas que ocupam posições distintas na concorrência por troféus específicos, ou seja, não compartilham os mesmos recursos e competências. Em sociedades mais complexas, o espaço social, ou cosmos social, seria constituído de microcosmos sociais relativamente autônomos, regidos por lógicas e necessidades específicas, como, por exemplo, os campos artísitico, religioso, político, econômico, etc. Para mais detalhes, ver BOURDIEU, 1983..

(25) 23 Além disso, ao buscar compreender o processo de construção identitária dos indivíduos, muitas vezes mediado pela mídia, com foco na atividade telejornalística no atual contexto de convergência de meios e suas relações com o público jovem – que assume lugar de destaque na era digital –, se torna possível apreender um olhar crítico e revelador sobre as transformações na forma com que essa parcela da população experimenta o conteúdo difundido na mídia tradicional, proposta do presente estudo. O destaque dado à informação jornalística em formato audiovisual colabora ainda com a discussão e o aperfeiçoamento das práticas profissionais, principalmente no que diz respeito à representação dos jovens e à adequação do gênero à nova realidade digital. Sendo assim, torna-se importante refletir acerca do conceito de socialização proposto por Peter Berger e Thomas Luckmann (2007), a ser retomado mais à frente, tendo em vista as interações sociais travadas por meio dos veículos de comunicação de massa, com ênfase no papel do (tele)jornalismo. Por mais que pareça evidente e independente da vontade dos homens, a objetividade do mundo e sua ordem social são construídas também a partir das ações/ interpretações dos indivíduos. Os produtos exteriorizados da atividade humana, incluindo visões, crenças e valores, adquirem materialidade e se naturalizam, sendo compartilhados socialmente como reais – quando, na verdade, são construções simbólicas. Desse modo, configura-se uma relação dialética, em que o indivíduo, em coletividade, age sobre o mundo social e este, por sua vez, age sobre o homem, principalmente a partir de sua interiorização na consciência humana. Isto é, ao mesmo tempo em que o indivíduo produz e constrói o mundo no qual está inserido, ele o experimenta como algo diferente a partir de sua reintrodução na consciência no curso da socialização. Berger e Luckmann (2007) apontam dois processos de socialização: a primária e a secundária. Num primeiro momento, ainda crianças, os sujeitos são apresentados ao mundo de maneira não propriamente reflexiva, o que não implica passividade ou ausência de conflitos. Os indivíduos, ao interiorizarem aquilo que lhes é mostrado, ou seja, ao se apropriam da visão dos outros significativos, adquirem uma espécie de “óculos”, com os quais olharão para si mesmos e para a sociedade a sua volta – e qualquer semelhança com os óculos dos jornalistas, citados por Bourdieu (1997), não é mera coincidência, afinal, os profissionais observam o mundo a partir de lentes provenientes de diferentes processos de socialização ao longo de sua vida: sua formação, as empresas da qual fez e faz parte, suas disposições políticas, são apenas alguns exemplos. Desse modo, na socialização primária, o olhar da criança estaria impregnado de critérios e valores construídos por aqueles que os antecederam. Já em um segundo momento,.

(26) 24 na socialização secundária, esses sujeitos são introduzidos a outros mundos possíveis, os institucionais, resultantes da divisão do trabalho e da distribuição do conhecimento em sociedades complexas. Entram, dessa forma, em contato com outros núcleos, que não o familiar, regidos por outras lógicas e valores. O encontro com esses novos espaços pode gerar conflitos e rupturas, possibilitando assim a construção de novos significados. Sendo assim, não podemos ignorar a importância das narrativas na construção da sociedade e das identidades. A identidade é formada a partir de processos sociais que são transmitidos, explicados, legitimados e experimentados por intermédio da linguagem compartilhada pelos seres. Em outras palavras, podemos constatar que, por meio das relações sociais intermediadas pela linguagem, atualizamos o mundo social, conservamos, alteramos e remodelamos nossas identidades. É importante destacar que as relações sociais podem também se estabelecer a partir dos meios de comunicação, que constroem narrativas sobre a realidade cotidiana e representam diferentes identidades nos conteúdos que disseminam na sociedade. Sendo assim, a identidade do indivíduo se deve não só às formas de contato concretas entre os seres humanos, mas também às relações, simbólicas, construídas entre esses por meio da mídia – potencial mediadora da realidade que atua no desenvolvimento de sentidos culturais e visões de mundo. Conforme afirma Thompson em seus estudos, o uso dos meios é capaz de transformar a organização social, possibilitando o surgimento de novas formas de ação, interação e exercício do poder. Por meio da mídia, os indivíduos construiriam novas redes de significação para si mesmos (CORREIA, 2012)2. Nesse sentido, reforça-se a noção de que as interações entre os indivíduos, incluindo aquelas intermediadas pelos veículos de comunicação de massa, têm papel fundamental no processo de construção identitária. O sociólogo canadense Erving Goffman (1985) toma a metáfora da dramaturgia como base para a análise das relações sociais travadas em situações comuns do dia-a-dia. Sob essa perspectiva, o homem é visto como um ator que encena um papel para o Outro, com o propósito de ser uma pessoa de determinado tipo, estabelecer o que dele podem esperar e como os demais devem agir em relação a ele. Em sociedades complexas, a divisão dos indivíduos em classes, grupos ou categorias facilitaria as interações no espaço social, já que o estabelecimento de um sistema de identificações e. 2. Discutiremos esse aspecto mais adiante, levando em consideração o fato de que, atualmente, a mídia se faz presente desde o processo de socialização primária dos sujeitos..

(27) 25 tratamentos torna as definições menos complicadas (RADCLIFFE-BROWN apud GOFFMAN, 1985). Dessa forma, conforme expõe Goffman, as representações do eu são moldadas para se ajustarem aos padrões da sociedade em que o indivíduo se insere e encenadas de modo que o Outro acredite sermos aquilo que desejamos aparentar. Por conseguinte, para que uma encenação seja eficiente, ela deve oferecer impressões idealizadas. Em outras palavras, o ator deve reafirmar em suas ações os valores reconhecidos pela sociedade e compatíveis com o personagem que representa, a fim de que seja aceito. Logo, é válido constatar que tais representações, apoiadas em valores ideais, tentam suscitar tipos com alto grau de estabilidade, os estereótipos, para que a impressão de realidade transmitida seja bem sucedida e de amplo alcance. Atualmente, a mídia oferece parte significativa desses modelos identitários, nos quais os sujeitos se inspiram para construir seus personagens. No entanto, diariamente, os seres humanos frequentam diferentes contextos sociais, fazendo com que sua encenação varie de acordo com a situação que vivenciam. O ator busca adequar-se a cada palco e platéia de sua experiência cotidiana. Assim sendo, os indivíduos assumem variados papéis, elaborados a partir dos estímulos de seu entorno e das diversas mensagens recebidas – inclusive as veiculadas pelos meios de comunicação. Tal constatação é fundamental para a reflexão acerca do processo de construção de identidades proposta nesse capítulo, já que “a própria estrutura do ‘eu’ pode ser considerada segundo o modo como nos arranjamos para executar estas representações na nossa sociedade angloamericana” (GOFFMAN, 1985, p 230). Todo homem, esteja ele consciente ou não, está sempre representando papéis e são nesses papéis que nos reconhecemos e enxergamos o Outro. A partir dessas colocações, buscamos apontar o caráter não natural e plural das identidades. As narrativas identitárias são socialmente construídas e negociadas todos os dias, ainda que o homem procure estabilizar sua experiência cotidiana por meio do estabelecimento de laços sociais concretos e mediados. Stuart Hall (2000) evidencia tal processo de construção das identidades ao examinar três diferentes concepções do sujeito: a iluminista, a sociológica e a pós-moderna. No Iluminismo, a noção de indivíduo se baseava em um ser centrado, unificado e racional. Suas ações e consciência partiam de um núcleo interior, cuja essência permanecia a mesma ao longo da vida. Desse modo, a identidade era percebida a partir de uma perspectiva individualista e de caráter fixo. Já o sujeito sociológico, conforme discutimos anteriormente, era formado na relação com os outros significativos. Essa perspectiva contemplava a.

(28) 26 percepção de um mundo moderno cada vez mais complexo, de forma que a identidade do indivíduo se baseava na interação com os demais. Assim, o núcleo interior do sujeito não era auto-suficiente, mas sim, influenciado por visões de mundo externas ao ser; visões essas capazes de mediar valores, normas, símbolos e seus significados. Vale ressaltar que as duas concepções expostas acima promovem a estabilidade dos sujeitos e dos mundos culturais em que estão inseridos, “tornando ambos reciprocamente mais unificados e predizíveis” (HALL, 2000, p. 12). Entretanto, tal noção entra em colapso, principalmente na segunda metade do século XX. A terceira concepção de sujeito explicitada por Hall aponta para mudanças estruturais em escala global que tornariam instáveis os processos de identificação. Assim, as identidades tradicionais, que antes estabilizavam a sensação de pertencimento do indivíduo ante o mundo social, sofrem fragmentações, dando origem a várias identidades, por vezes contraditórias, não-resolvidas e provisórias. Configurase, dessa forma, o sujeito pós-moderno e a crise de identidade, segundo Hall. A identidade torna-se uma “celebração móvel”: formada e transformada continuamente em relação às formas pelas quais somos representados ou interpelados nos sistemas culturais que nos rodeiam. [...] O sujeito assume identidades diferentes em diferentes momentos, identidades que não são unificadas ao redor de um “eu” coerente. Dentro de nós há identidades contraditórias, empurrando em diferentes direções, de tal modo que nossas identificações estão sendo deslocadas. [...] A identidade plenamente unificada, completa, segura e coerente é uma fantasia (Hall, 2000, p. 12-13).. Nesse sentido, podemos considerar as identidades como construções fluidas, instáveis e transitórias, sendo que um mesmo indivíduo seria capaz de lançar mão de diferentes facetas, nem sempre convergentes, ao longo de sua vida ou, até mesmo, em um único dia. Contudo, nem sempre a fluidez dos discursos identitários foi tão evidente e manifesta. Somente com a intensificação do processo de globalização a partir da década de 1970, a noção de que as identidades não são fixas, tão pouco puras, ganha destaque. Os indivíduos passam a experimentar novas relações entre tempo e espaço; cruzar fronteiras, fisicamente ou a partir de mediações, torna-se praticamente parte do cotidiano das sociedades. Os seres humanos, seja por meio de viagens internacionais, movimentos migratórios, acesso a bens de consumo ou programas de TV, entram em contato com o “diferente” e reavaliam suas respostas à pergunta “quem sou eu?”. O que até então era considerado estável e sólido passa a ser questionado, graças à constatação de outros possíveis modos de ser. Sendo assim, saímos de nossa “zona de conforto” e nos deslocamos em direção ao “além”. Com o crescimento desordenado das cidades e dos sistemas de telecomunicações somado à migração e consequente infiltração/fragmentação de valores, somos confrontados.

(29) 27 com o Outro, que coloca nossa ilusória definição de nós mesmos em xeque. Trata-se de um período de desorientação e negociação: “encontramo-nos no momento de trânsito em que tempo e espaço se cruzam para produzir figuras complexas de diferença e identidade, passado e presente, interior e exterior, inclusão e exclusão” (BHABHA, 1998, p. 19). Desse modo, as antigas identidades, como classe, nacionalidade, religião e gênero, antes capazes de estabilizar o mundo social, entram em declínio. O presente momento de transformação nas estruturas e processos das sociedades modernas abala os referenciais dos indivíduos. O mundo se torna uma aldeia global marcada pela interdependência econômica e pela presença de redes mundiais de telecomunicações. Segue-se a essa compressão de distâncias e escalas temporais mudanças significativas nas identidades culturais. De modo que, Quanto mais a vida social se torna mediada pelo mercado global de estilos, lugares e imagens, pelas viagens internacionais, pelas imagens da mídia e pelos sistemas de comunicação globalmente interligados, mais as identidades se tornam desvinculadas – desalojadas – de tempos, lugares, histórias e tradições específicos e parecem “flutuar livremente” (HALL, 2000, p. 75, grifo do autor).. Zygmunt Bauman (2005) ressalta que a questão da identidade enquanto problema e tarefa só emerge socialmente quando os sujeitos experimentam a crise do pertencimento. Nesse contexto, Bauman destaca as identidades nacionais. Nascer em um determinado território seria o primeiro passo para compartilhar a identidade de um Estado-nação. Passado, tradições, valores e condutas seriam forçosamente transmitidos de geração para geração como “fatos da vida”, exigindo “muita coerção e convencimento para se consolidar e se concretizar numa realidade (mais corretamente: na única realidade imaginável)” (p. 26). Porém, em nossa “época líquido-moderna”, as afiliações sociais conferidas aos indivíduos como definição de identidade – por exemplo: país, família, classe social, gênero, raça, etc – estão se “liquefazendo”, principalmente nas áreas do globo mais desenvolvidas do ponto de vista tecnológico e econômico.. Em um mundo cada vez mais acelerado, a. instabilidade das estruturas de referência faz com que os seres humanos se tornem conscientes de que a solidez das identidades não é garantida. Pelo contrário, elas são extremamente negociáveis e revogáveis. Assim, evidencia-se a necessidade de encontrar novos grupos e criar novas identidades, que possibilitem a frágil sensação de pertencimento no contexto da modernidade tardia (BAUMAN, 2005). As principais razões de as identidades serem estritamente definidas e desprovidas de ambiguidade [...] e de manterem o mesmo formato reconhecível ao longo do tempo, desapareceram ou perderam muito do poder constrangedor que um dia tiveram. As.

(30) 28 identidades ganharam livre curso, e agora cabe a cada indivíduo, homem ou mulher, capturá-las em pleno vôo, usando os seus próprios recursos e ferramentas. (BAUMAN, 2005, p. 35). Nesse cenário marcado pela transitoriedade e pelos sentimentos de insegurança e instabilidade, o ser humano busca, a todo o momento, (re)estabelecer a ilusória sensação de unidade perdida, ou melhor, desmascarada, com a acentuação das infiltrações culturais e consequente fragmentação das instituições tradicionais. A partir da constatação de que as identidades são as posições que o sujeito deve assumir e que estas só existem e adquirem sentido por meio da representação (HALL, 2000; SILVA, 2008), torna-se relevante destacar a atuação da mídia nesse processo, em especial o lugar do (tele)jornalismo – que desempenha papel central na sociedade contemporânea no que diz respeito ao direito de acesso à informação por parte dos cidadãos e à orientação dos indivíduos na vida urbana. É por meio das representações que as diferenças em relação ao Outro são ressaltadas e as semelhanças e discrepâncias entre membros de um mesmo grupo são suturadas em prol de um discurso totalizante, veiculado também via (tele)jornalismo. No entanto, os sistemas de representação não são estáveis. Cientes de que a identidade é cultural e socialmente atribuída – e, portanto, não são naturais –, suas representações apresentam um caráter arbitrário e estão sujeitas a relações de poder assimétricas – também presentes dentro das instituições jornalísticas. Desse modo, em uma sociedade, aqueles que têm “o poder de representar têm o poder de definir e determinar a identidade” (SILVA, 2008, p. 91), juntamente com o lugar do indivíduo no espaço social. Dentro desse contexto, os meios de comunicação de massa podem ser apontados como um dos principais expoentes na luta pelo poder de atuar na construção de identidades, cujo domínio é constantemente alvo de disputas. Atualmente, somos socializados em uma cultura midiática; desde a infância aprendemos a ler os significados próprios de sua narrativa e interiorizamos as representações e os modelos identitários por ela transmitidos. Mesmo que a mídia não seja a única responsável pela configuração de nossa sociedade e definição de nossas identidades, não podemos negar sua capacidade de criar, transformar, alterar e reforçar valores, crenças e condutas. Considerada pelos sujeitos como uma espécie de “âncora social” na contemporaneidade, a mídia, com destaque para o (tele)jornalismo, promoveria a.

(31) 29 identificação por meio das imagens veiculadas. Ainda que frágeis, os “laços virtuais” proporcionados por ela seriam fonte de segurança e estabilidade, ao menos temporariamente3. Sendo assim, podemos dizer que os meios de comunicação de massa e, por conseguinte, a atividade (tele)jornalística, constroem narrativas simbólicas sobre o mundo por meio de determinados enquadramentos (dentre vários possíveis). Tais representações, constituídas a partir de chaves de leitura mobilizadas pelas próprias instituições, atuam na formação de nosso imaginário acerca do ambiente em que estamos inseridos e de nós mesmos, se tornando cada vez mais influentes no cotidiano daquele que habita o mundo pósmoderno. No cenário contemporâneo, muitas vezes são os veículos de informação aqueles que guiam e orientam o indivíduo no convívio em sociedade. Ao oferecer narrativas que explicam o homem e o mundo, os meios se tornam vitrines que contribuem para o estabelecimento de uma “continuidade identitária imaginada” através do tempo. Oferecem alívio em meio ao caos e exercem fascínio entre o público. A seguir, discutiremos a prática jornalística e seu papel na construção de identidades.. 2.1 JORNALISMO, IDENTIDADE E PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO. A construção de identidade do/no cidadão enquanto membro de um organismo social está na contemporaneidade atrelada à produção jornalística, já que, a todo o momento, os indivíduos se nutrem de conteúdos mediados pelas grandes empresas de comunicação a fim de saberem o que está acontecendo. Uma vez compreendidas, as narrativas midiáticas passam a influenciar o olhar do homem sobre si mesmo, isto é, atuam nas ponderações reflexivas que este faz a respeito de sua natureza e localização na ordem social. Atualmente, sua influência vai além das experiências imediatas dos indivíduos. Com a desvinculação entre espaço e informação possibilitada pelos avanços tecnológicos a partir do século XX, os veículos de comunicação tornaram-se aptos a nos apresentar realidades fora de nosso contexto sociocultural, estabelecendo, assim, percepções sobre fatos, 3. No capítulo três, exploraremos esse aspecto com foco na prática telejornalística a partir do conceito de telejornalismo como um “lugar de referência”, proposto por Alfredo Vizeu e João Carlos Correia (2008). Segundo os autores, o gênero representaria um lugar para os brasileiros, como o ocupado pela família e outras instituições sociais, e cujo conhecimento socialmente produzido atuaria de modo relevante na construção social da realidade..

Referências

Documentos relacionados

A presença em diversas redes sociais serve como extensão do conteúdo, tanto para ajudar os parceiros com dicas quanto para gerar engajamento e sanar dúvidas. O blog do Hotmart

Será eliminado da lista de candidatos com deficência, o candidato cuja deficiência assinalada na Ficha de Inscrição não se confirme, o qual passará a

Os tratamentos escarificação química com ácido sulfúrico por 10 minutos e 20 minutos, utilizando-se substrato umedecido com a solução de nitrato de potássio a 0,04% e a embebição

Por isso, este trabalho visa comparar os resultados obtidos em um monitoramento de um sistema anaeróbio com reator de bancada, mas operado com as condições reais

O presente trabalho foi desenvolvido objetivando inventariar um fragmento florestal e indicar espécies arbóreas para a recuperação das áreas de reserva legal e

É um Fundo Público, instituído pela Lei 8069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente) e pela Lei Federal 8242/91 para os três níveis de.. governo (Municipal, Estadual

13) Para tal fim cada Parte deverá comunicar a outra por escrito da existência e o objeto da controvérsia, para a resolução da mesma. 14) Caso isto não aconteça em até 60

O início do estudo da economia comportamental não é bem delimitado, pois, como visto no capítulo anterior, os economistas tradicionais 10 de alguma forma já começam