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Um Plano de Negócios para um projeto de excelência - Estágio Profissionalizante realizado na Futebol Clube do Porto-Futebol, SAD

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Academic year: 2021

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(1)Um Plano de Negócios para um projeto de excelência. Estágio Profissionalizante realizado na Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD. Relatório de Estágio Profissionalizante apresentado à Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, com vista à obtenção de grau de Mestre em Ciências do Desporto – Área de especialização em Gestão Desportiva, de acordo com o Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de Março. Orientador: Dr. José Castro Supervisora: Prof.ª Doutora Maria José Carvalho. Rui Miguel Oliveira Silva Porto, setembro de 2013.

(2) II.

(3) Silva, R. M. O. (2013). Um Plano de Negócios para um projeto de excelência. Porto: R. Silva. Relatório de estágio profissionalizante para obtenção do grau de Mestre em Gestão Desportiva, apresentado na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.. Palavras-chave: PLANO DE NEGÓCIOS, ORGANIZAÇÃO DESPORTIVA, GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS, PLANEAMENTO ESTRATÉGICO, SCOUTING. III.

(4) IV.

(5) “A tarefa das lideranças é a de criar um alinhamento dos pontos fortes de uma tal maneira que as nossas fraquezas se tornem irrelevantes.” (Peter Drucker). V.

(6) Dedicatória Aos meus pais, por todo o apoio, dedicação e educação, bem como à memória do colega e amigo Marlon Correia.. VI.

(7) Agradecimentos Neste espaço limitado gostaria de agradecer a todos que de alguma forma contribuíram para o concretizar desta nova etapa da minha vida. Estes vão deixando marcas indeléveis que contribuem para o meu crescimento. Aos meus pais, por acreditarem e apoiarem incondicionalmente a persecução dos meus objetivos. São a força sempre presente que me acompanha em cada nova etapa. Um reconhecimento especial aos amigos Miguel Leite, Joel Luz e Duarte Costa, sempre prontos a prestar a sua preciosa colaboração. O vosso contributo através de uma visão crítica construtiva foi fundamental para o culminar deste plano. De salientar e agraciar o voto de confiança da enorme instituição que me concedeu a oportunidade de estagiar, o Futebol Clube do Porto, sendo indescritível a hospitalidade, a simpatia e o apoio sentido por parte dos seus incansáveis colaboradores. Ao meu orientador de estágio, Dr. José Castro, agradeço a forma rigorosa, determinada e sugestiva como pautou a sua ação, ajudando e transmitindo ideias de forma a delinear o melhor caminho para a elaboração do relatório de estágio. Ao Luís Pinho, que mais que um coordenador é um amigo, sempre empenhado e disponível a ajudar em tudo, bem como à sua extraordinária equipa, onde os laços de amizade imperam. Aos meus colegas de mestrado, pela amizade criada e pelos valiosos conhecimentos e troca de ideias que partilhamos. À. Prof.ª. Dr.ª. Maria. José. Carvalho,. Supervisora. do. Estágio. Profissionalizante, por todo o seu apoio e recetividade na procura de coadjuvar nos melhores caminhos a percorrer, um agradecimento especial pelo tempo despendido com os seus ensinamentos.. VII.

(8) Uma peculiar menção à minha passagem pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto, onde guardo amigos para a vida, e à sua Tuna Académica. Gratifico, ainda, a colaboração das pessoas que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização do Estudo da Viabilidade da Implementação da Escola de Futebol Dragon Force em Aveiro através de informação sobre os mais diversos clubes.. VIII.

(9) Índice Agradecimentos ............................................................................................................................................................... VII Índice .......................................................................................................................................................................................IX Índice de Figuras ...............................................................................................................................................................XI Índice de Gráficos ........................................................................................................................................................... XII Índice de Quadros ......................................................................................................................................................... XIII Índice de Ilustrações ...................................................................................................................................................... XV Resumo ............................................................................................................................................................................... XVI Abstract.............................................................................................................................................................................XVIII Abreviaturas ...................................................................................................................................................................... XIX A. Introdução.................................................................................................................................................................... - 1 A.1. Razões e justificações para o Estágio................................................................................................. - 1 A.2. Estrutura do trabalho .................................................................................................................................... - 2 A.3. Objetivos primordiais do Estágio ............................................................................................................ - 3 A.4. Finalidade e processo de realização do relatório .......................................................................... - 4 A.5. Planeamento Pessoal de Estágio .......................................................................................................... - 4 B. Revisão de Literatura ......................................................................................................................................... - 11 B.1. Desporto .......................................................................................................................................................... - 11 B.2. Organização ................................................................................................................................................... - 13 B.2.1. Estrutura Organizacional ................................................................................................................- 15 B.2.2. Tipos de Estrutura Organizacional................................................................................................- 16 -. B.3. Organograma ................................................................................................................................................ - 19 B.3.1. Tipos de Organogramas .................................................................................................................- 19 -. B.4. Gestão de Recursos Humanos ............................................................................................................ - 21 B.5. Plano de Negócios (Business Plan)..........................................................................................- 22 B.6. Planeamento Estratégico ........................................................................................................................ - 32 C. Caracterização da Organização Desportiva ........................................................................................... - 35 C.1. Retrato histórico........................................................................................................................................... - 35 C.2. Instalações do Futebol Clube do Porto............................................................................................ - 38 C.3. Órgãos Sociais do Futebol Clube do Porto ................................................................................... - 41 C.4. A conceção da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD ......................................................... - 42 C.5. Caracterização do Modelo Operativo ............................................................................................... - 44 C.5.1. Unidades funcionais e departamentos .........................................................................................- 45 -. C.6. FC Porto Desporto...................................................................................................................................... - 48 D. Realização da Prática Profissional .............................................................................................................. - 53 D.1 Plano de Negócios para a implantação de uma Escola de Futebol Dragon Force no Distrito de Aveiro............................................................................................................................................. - 53 D.2. Pesquisa, organização e análise de dados quantitativos.....................................................- 116 D.2.1 Criação de uma base de dados com todos os futebolistas que passaram pelo FC Porto desde a época 2006/07 .......................................................................................................................................- 116 D.2.2. Criação de Base de Dados dos Futebolistas dos Campeonatos Seniores e da Formação em Portugal ......................................................................................................................................................- 120 D.2.2.1. Protocolo dos Futebolistas dos Campeonatos Seniores e da Formação em Portugal ...- 120 D.2.2.2. Análise da Sugestão de Jogos dos Campeonatos Seniores tendo por base os Jogadores Prioritários ..................................................................................................................................................- 125 D.2.2.3. Protocolo do Mapa de Jogos da Formação ...........................................................................- 129 D.2.3. Criação de Base de Dados dos Futebolistas presentes nas Seleções Nacionais Jovens e nas Seleções Distritais ....................................................................................................................................- 131 -. D.3 Projeto Dragon Dream .............................................................................................................................- 133 D.4 Team Manager ............................................................................................................................................- 135 E. Reflexão Crítica e Competências Adquiridas.......................................................................................- 138 F. Conclusões ............................................................................................................................................................- 142 Bibliografia ...................................................................................................................................................................- 144 Outros documentos .................................................................................................................................................- 148 -. IX.

(10) Anexo A. Escolas de Futebol Dragon Force ........................................................................................................ ii Anexo B. Principais infraestruturas apelativas no Distrito de Aveiro ........................................................v Anexo C. Exemplo padrão do Estudo feito a cada um dos 108 clubes do Distrito de Aveiro.................................................................................................................................................................................... viii Anexo D. Legislação Desportiva................................................................................................................................ xi Anexo E. Dados da Envolvente Contextual ........................................................................................................ xv Anexo F. Comparação entre Distritos similares .............................................................................................xvii Anexo G. Dados Gerais de Aveiro.......................................................................................................................... xix Anexo H. Avaliação Financeira do Plano de Negócios ........................................................................... xxviii Anexo I. Documento exemplo com a Seleção Nacional de Sub-19 ..................................................... xxx Anexo II. Documento exemplo com a Seleção Distrital de Sub-14 da AF Guarda......................xxxi Anexo III. Questionário de Avaliação de Satisfação do Open Day .................................................... xxxii Anexo IV. Calendarização Anual da Liga e da Taça Costa Soares ................................................. xxxiv Anexo V. Modelo proposto para o Briefing da Liga Costa Soares ......................................................xxxv. X.

(11) Índice de Figuras Figura 1 - Plano: análise, comunicação, síntese e acção ................................. - 24 Figura 2 - Órgãos Sociais do Futebol Clube do Porto ....................................... - 41 Figura 3 - Organograma e Visão Global do Modelo Operativo do Futebol Clube do Porto. .................................................................................................................... - 45 Figura 4 - Organograma Geral do FC Porto Desporto ...................................... - 51 Figura 5 - Planeamento Estratégico ..................................................................... - 60 Figura 6 - Localização da Escola de Futebol Dragon Force em Aveiro ......... - 64 Figura 7 - Estrutura e disposição dos campos de futebol em Aveiro .............. - 65 Figura 8 - Organigrama da Escola de Futebol DF no Distrito de Aveiro ...... - 100 Figura 9 - Símbolo do Clube Desportivo de Estarreja .......................................... viii. XI.

(12) Índice de Gráficos Gráfico 1 - Evolução dos Setores de Atividade .................................................. - 71 Gráfico 2 - Indicador de confiança dos consumidores....................................... - 72 Gráfico 3 - Evolução da Proporção de indivíduos entre os 10 e os 15 anos que utilizam Computador ............................................................................................... - 75 Gráfico 4 - Evolução da Proporção de indivíduos entre os 10 e os 15 anos que utilizam Internet ........................................................................................................ - 75 Gráfico 5 - Evolução da Proporção de indivíduos entre os 10 e os 15 anos que utilizam Telemóvel ................................................................................................... - 76 Gráfico 6 - Naturalidade dos atletas convocados para as Seleções Nacionais (Sub15 a Sub19) na primeira metade da época 2012-13 ................................. - 79 Gráfico 7 - Proporção de indivíduos com idade entre 10 e 15 anos que utilizaram computador em 2012 ............................................................................... xvi Gráfico 8 - Proporção de indivíduos com idade entre 10 e 15 anos que utilizaram telemóvel em 2012 ................................................................................... xvi Gráfico 9 - Proporção de indivíduos com idade entre 10 e 15 anos que utilizaram Internet em 2012 ....................................................................................... xvi Gráfico 10 - População Residente Total por Município em Aveiro ..................... xix Gráfico 11 - Alunos no Ensino Básico por Concelho em Aveiro ....................... xxiii Gráfico 12 - Equipas inscritas na AF Aveiro por época (Futebol e Futsal) ...... xxv Gráfico 13 - Meio de conhecimento do Open Day realizado em 27-01-2013 ................................................................................................................................... xxxiii. XII.

(13) Índice de Quadros Quadro 1 - Estruturação do Planeamento Pessoal de Estágio .......................... - 5 Quadro 2 - Planeamento Pessoal de Estágio - Outubro ..................................... - 5 Quadro 3 - Planeamento Pessoal de Estágio - Novembro ................................. - 6 Quadro 4 - Planeamento Pessoal de Estágio - Dezembro ................................. - 6 Quadro 5 - Planeamento Pessoal de Estágio - Janeiro ...................................... - 7 Quadro 6 - Planeamento Pessoal de Estágio - Fevereiro................................... - 8 Quadro 7 - Planeamento Pessoal de Estágio - Março ........................................ - 8 Quadro 8 - Planeamento Pessoal de Estágio - Abril ........................................... - 9 Quadro 9 - Taxa de variação do PIB em Portugal em 2012 ............................. - 69 Quadro 10 - Projeções Financeiras do Banco de Portugal para a Economia Portuguesa em 2013 e 2014 .................................................................................. - 70 Quadro 11 - Evolução populacional por concelho do Distrito de Aveiro na faixa etária de referência para o Estudo ........................................................................ - 73 Quadro 12 - Praticantes de Futebol e Futsal em Aveiro e em Braga ............. - 80 Quadro 13 - Contabilização das Competições e Equipas em Aveiro e em Braga nos escalões de Infantis, Benjamins e Traquinas .............................................. - 81 Quadro 14 - Caracterização do CFT Benfica em Aveiro ................................... - 84 Quadro 15 - Caracterização do Sport Clube Beira-Mar .................................... - 86 Quadro 16 - Caracterização do Grupo Desportivo da Gafanha ....................... - 87 Quadro 17 - Preços ponderados para a EF DF em Aveiro ............................... - 92 Quadro 18 - Descontos praticados por pagamento antecipado: ..................... - 92 Quadro 19 - Planeamento Semanal por Turma da DF no Distrito de Aveiro. - 103 Quadro 20 - Relação dos Treinadores e Turmas na DF no Distrito de Aveiro ..... 104 Quadro 21 - Volume de Negócios orçamentado para a EF DF em Aveiro .. - 107 Quadro 22 - Fornecimentos e Serviços Externos orçamentado para a EF DF em Aveiro ................................................................................................................ - 110 Quadro 23 - Custos com o Pessoal orçamentado para a EF DF em Aveiro- 111 Quadro 24 - Demonstração de Resultados Previsional para a EF DF em Aveiro 112 Quadro 25 - Indicadores Económicos e Financeiros previstos para a EF DF em Aveiro ....................................................................................................................... - 112 Quadro 26 - Avaliação Financeira....................................................................... - 114 Quadro 27 - Ficha de Atleta ................................................................................. - 126 Quadro 28 - Denominação do Jogo e dos Atletas ........................................... - 128 Quadro 29 - Ficha de Caracterização de Atleta da Seleção Nacional Sub-19..... 131 Quadro 30 - Distribuição da População por Sector................................................ xv Quadro 31 - Praticantes Desportivos em Portugal por Distrito e RA .................. xv Quadro 32 - Inscrições por Competição em Aveiro ............................................. xvii Quadro 33 - Inscrições Detalhadas por Competição em Aveiro ........................ xvii Quadro 34 - Panorama Geral da Competição em Aveiro ................................... xvii Quadro 35 - Inscrições por Competição em Braga .............................................. xvii Quadro 36 - Inscrições Detalhadas por Competição em Braga........................ xviii. XIII.

(14) Quadro 37 - Panorama Geral da Competição em Braga ................................... xviii Quadro 38 - População por Município no Distrito de Aveiro................................ xix Quadro 39 - Número de Escolas por Município em Aveiro................................... xx Quadro 40 - Alunos matriculados no Ensino Básico por Município em Aveiro ..................................................................................................................................... xxiii Quadro 41- Equipas inscritas na AF Aveiro por época ...................................... xxiv Quadro 42 - Jogos realizados na AF Aveiro por época...................................... xxvi Quadro 43 - Jogadores inscritos na AF Aveiro por época ................................ xxvii Quadro 44 - Pressupostos Gerais para a Avaliação Financeira ..................... xxviii Quadro 45 - Mapa de Cash Flows Operacionais .............................................. xxviii Quadro 46 - Seleção Nacional de Sub-19 ............................................................. xxx Quadro 47 - Seleção Distrital de Sub-14 da AF Guarda .................................... xxxi Quadro 48 - Calendarização Anula da Liga e da Taça Costa Soares ........... xxxiv. XIV.

(15) Índice de Ilustrações I - Estádio Dr. Tavares da Silva .................................................................................. ix II - Campo de Treinos ................................................................................................... x. XV.

(16) Resumo As novas dinâmicas da sociedade são transversais a todas as suas áreas de conhecimento. O Desporto tende a profissionalizar-se, necessitando de uma maior capacitação dos seus gestores para uma maior eficácia da sua organização e, nomeadamente, da elaboração e concretização dos seus projetos. Neste sentido, o presente relatório de estágio ilustra o trabalho desenvolvido na Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD, cujo enfoque principal visou a elaboração de um Plano de Negócios relativamente à conceção e desenvolvimento da Escola de Futebol Dragon Force no Distrito de Aveiro. Contudo, é evidenciado também no presente relatório toda a atividade remanescente elaborada no estágio profissionalizante. O documento acima mencionado apresenta como um projeto se pode dimensionar e diferenciar estrategicamente da concorrência, contendo apenas a informação essencial e revelando-se de fácil e rápida atualização, por forma a ser uma preciosa ferramenta de controlo de gestão do Projeto referido. O mesmo provém da elaboração de um levantamento exaustivo e respetiva análise aos clubes e infraestruturas do Distrito de Aveiro, gerando posteriormente informação relevante para a composição desse Plano de Negócios. Apronta-se que numa conjuntura organizacional em permanente mudança e na procura contínua da excelência, a vantagem competitiva sustentada de um empreendimento é uma condição decisiva para o seu sucesso, revelando-se essencial a incessante melhoria dos seus processos, por forma a tornar-se uma mais-valia para os seus clientes bem como para o seu público-alvo. A contínua avaliação das oportunidades de negócio consubstanciada com a inovação e desenvolvimento dos seus serviços bem como a qualificação constante, a todos os níveis, dos seus recursos humanos, são determinantes para a diferenciação e êxito de um empreendimento deste género.. XVI.

(17) Palavras-chave: PLANO DE NEGÓCIOS, ORGANIZAÇÃO DESPORTIVA, GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS, PLANEAMENTO ESTRATÉGICO, SCOUTING. XVII.

(18) Abstract The new dynamics of society are transversal to all areas of knowledge. Sport tends to be more professionalized, requiring more training and qualifications of their managers toward greater effectiveness and, in particular, the development and implementation of their projects. In this sense, this internship report illustrates the work done at FC Porto Futebol, SAD, whose primary goal was to develop a Business Plan regarding the design and development of a “Dragon Force” Soccer School in the District of Aveiro. However, it is also shown in this report all the remaining activities done within the internship period. The document mentioned above shows how a project can scale and strategically differentiate from the competition, with only the essential information, and be, at the same time, easy and fast to update, in order to be a valuable tool for management control. This comes from the development of a comprehensive survey and analysis of the respective clubs and infrastructure of the District of Aveiro, generating further information relevant to the composition of this Business Plan. In an environment in constant organizational change and continuous search for excellence, sustained competitive advantage of an enterprise is a decisive condition for its success. Therefore, continuous improvement of its processes is an essential requirement, in order to become an added value for the customers and for the target audience. The ongoing evaluation of business opportunities embodied with innovation and development of its services, as well as the constant qualification, at all levels, of their human resources, are keys to differentiation and success of a venture of this kind. Keywords:. BUSINESS. PLAN,. SPORTS. ORGANIZATION,. RESOURCES MANAGEMENT, STRATEGIC PLANNING, SCOUTING. XVIII. HUMAN.

(19) Abreviaturas AF Aveiro – Associação de Futebol de Aveiro CFT – Centro de Formação e Treino CIVA – Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado DF – Dragon Force EF – Escola de Futebol FC Porto – Futebol Clube do Porto FC Porto – Futebol, SAD – Futebol Clube do Porto – Futebol, Sociedade Anónima Desportiva FPF – Federação Portuguesa de Futebol IVA – Imposto sobre o Valor Acrescentado PEST – Políticos, Económicos, Sociais e Tecnológicos PIB – Produto Interno Bruto SAD – Sociedade Anónima Desportiva SWOT – Strengths, Weaknesses, Opportunities & Threats TIC – Tecnologias da Informação e Comunicação TIR – Taxa Interna de Rentabilidade VAL – Valor Actual Líquido WACC – Custo Médio Ponderado de Capital. XIX.

(20) XX.

(21) A. Introdução “Eu não tenho nenhum talento especial. Apenas sou apaixonadamente curioso.” Albert Einstein Após um percurso académico que contemplou a licenciatura em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto e um percurso profissional de ano e meio relacionado com a obtenção deste grau nesta ciência exata, uma profunda reflexão aliada ao interesse e gosto pelo fenómeno desportivo projetou-me para a impetração de conhecimentos nesta área específica. Por forma a conciliar saberes de ambas as áreas, a opção pela especialização em Gestão Desportiva foi concretizada. Como nos diz o Filósofo e Professor Catedrático Manuel Sérgio “Toda a identidade é relacionada e o Todo é um sistema de relações internas”1, consciencializando-nos para interdisciplinaridade entre as diversas ciências, não nos limitando ao conhecimento de apenas um saber científico. Esta frase anterior vem de encontro a uma frase mítica de José Mourinho: “O treinador que apenas de futebol sabe, de futebol nada sabe”, sendo que tal afirmação se aplica a todas as ciências. O presente documento consiste na elaboração do relatório de estágio, efetivado como parte integrante e conclusiva do Segundo Ciclo em Gestão Desportiva, ministrado pela Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. O foco centrar-se-á na elaboração de um Plano de Negócios para uma Escola de Futebol Dragon Force em Aveiro. Contudo, as diversas atividades efetuadas para a excelência do Desporto no Futebol Clube do Porto também serão alvo de caracterização e reflexão.. A.1. Razões e justificações para o Estágio Os fenómenos de rápida mutação social, económica, tecnológica e política conduzem as organizações para uma cultura de eficiência e inovação constante, necessitando de recursos humanos cada vez mais especializados e 1. Manuel Sérgio, Jornal A Bola de 16/08/2013 (Pág.38), em artigo de Opinião intitulado “As lições do Prof. José Neto ou o trabalho interdisciplinar” Relatório de Estágio Profissionalizante. -1-. Silva, Rui Miguel Oliveira.

(22) hábeis a todo este processo. Ciente desta profunda transformação a que os maiores clubes de futebol estão naturalmente sujeitos e da sua necessidade de manter uma gestão de qualidade, pensa-se que uma organização deste calibre revelar-se-á indicada para a promoção de sinergias processuais e para o desenvolvimento do autor na área. A opção pela realização do estágio profissionalizante no Futebol Clube do Porto deve-se pela grandeza desta instituição e pela sua enorme ascensão nas últimas décadas, certamente alicerçadas numa estrutura bastante forte. Tem um historial desportivo de vitórias nas mais diversas modalidades e reconhecimento e prestígio, tanto a nível nacional como internacional. Também foi decisivo para esta opção, o facto de o autor ser adepto e associado do Futebol Clube do Porto, podendo assim acrescentar valor ao clube do coração e sentir-se identificado com a missão e os valores do clube, contribuindo para a sua contínua excelência a todos os níveis. Se estes fatores já seriam suficientes para ambicionar estagiar nesta grandiosa organização desportiva, junte-se o facto de o autor também ter algum grau de afinidade com os colaboradores do Departamento de Scouting decorrente da colaboração contínua com o mesmo desde a época desportiva 2011-12.. A.2. Estrutura do trabalho O trabalho encontra-se estruturado em seis capítulos. Para além deste primeiro ponto introdutório, no capítulo dois é descrito o enquadramento teórico que serve de base a esta intervenção. Através desta incursão pela literatura, procura-se evidenciar o pensamento de diversos autores. Na terceira parte, expõe-se a caracterização da organização acolhedora do estágio profissionalizante, passando pela sua nobre história até à área específica onde decorreu a formação do autor. A quarta fase do relatório de estágio é a descrição da prática profissional, com a sua ênfase no Plano de Negócios para a possível implementação de uma Escola de Futebol Dragon Force em Aveiro. Neste estudo são enunciados e analisados os principais resultados do mesmo, sendo Relatório de Estágio Profissionalizante. -2-. Silva, Rui Miguel Oliveira.

(23) que para a sua elaboração estiveram sempre presentes as fundamentações teóricas descritas no segundo capítulo. A quinta parte é destinada à apresentação da reflexão crítica e das competências adquiridas pelo autor, ao passo que a última, a sexta, é referente às conclusões do estudo.. A.3. Objetivos primordiais do Estágio De uma forma sucinta, expõe-se os objetivos primordiais delineados para o cumprimento do estágio profissionalizante na entidade acolhedora do mesmo, por forma a elaborar um Relatório condizente com essa nobre instituição bem como findar o segundo ano do segundo ciclo em Gestão Desportiva. da. Faculdade. de. Desporto. da. Universidade. do. Porto.. Seguidamente, elucidam-se os mesmos: - Elaboração de um Plano de Negócios para a possível implementação de uma Escola de Futebol Dragon Force no Distrito de Aveiro precedido do Estudo de Análise dos seus Clubes e Infraestruturas; - Criação de uma base de dados de potenciais alvo para o FC Porto em divisões secundárias e em escalões jovens: •. Ponderação quanto à sua relevância para o estudo dos parâmetros a mencionar. •. Definição do melhor programa para a realização deste trabalho. •. Clarificação da incidência fulcral do trabalho. •. Recolha exaustiva de dados. - Maior abrangência de outros aspetos organizacionais no Projeto Dragon Dream; - Papel de Team Manager na Liga e na Taça Costa Soares e consequente Análise e Sugestões das Competições.. Relatório de Estágio Profissionalizante. -3-. Silva, Rui Miguel Oliveira.

(24) A.4. Finalidade e processo de realização do relatório A elaboração do presente relatório tem como objetivos a descrição das atividades desenvolvidas durante o estágio na entidade acolhedora bem como a sua reflexão crítica. Com o intuito de gerar um Relatório distinto, decidiu-se pela produção de um Plano de Negócios para a possível implementação de uma Escola de Futebol Dragon Force no Distrito de Aveiro, revestindo-se este como o ponto primordial do relatório de estágio. Com a disseminação dos estudantes pela obtenção de graus académicos superiores à licenciatura e a massificação de relatórios de estágio na última década, ponderou-se e executou-se um que incidisse na Gestão Desportiva na sua vertente mais financeira. Arbitra-se que um trabalho deste género poderá acrescentar valor, dado que incide na caracterização de um parâmetro de investigação diferente do comummente estudado. Usufruindo dos conhecimentos económicos e idealizando ser uma maisvalia, tanto para o FC Porto – Futebol, SAD como para a envolvente académica, procedeu-se à conceção deste precioso utensílio para a estruturação de um projeto de sucesso. Através da investigação, análise e sistematização do conceito da Escola de Futebol e de todo o seu meio que se pretende envolvente, procurou-se transpô-los para um projeto conciso que caracteriza-se a realidade do Distrito alvo de análise. Elaborou-se um plano de negócios para expor a coerência e solidez da ideia.. A.5. Planeamento Pessoal de Estágio Para a elaboração de um planeamento de Estágio é crucial a delimitação correta desta intervenção, as atividades a serem realizadas, a sua articulação assim como o objetivo final delineado para o mesmo, tendo sempre presente o fator tempo. O gráfico de Gantt é uma ferramenta utilizada para o controlo da gestão de projetos, tendo como finalidade o planeamento e a monitorização do. Relatório de Estágio Profissionalizante. -4-. Silva, Rui Miguel Oliveira.

(25) percurso dos produtos pela empresa (Chase et al., 2003). Através deste, elaboram-se barras de tarefas e marcos que delineiam a sequência e a duração das tarefas para um determinado projeto. Na elaboração do Planeamento Pessoal de Estágio, procede-se à utilização de uma ferramenta simples e de fácil acesso, demonstrando as atividades a cumprir em cada um dos dias do Estágio Profissionalizante. Quadro 1 - Estruturação do Planeamento Pessoal de Estágio. O Planeamento Pessoal de Estágio é reproduzido neste documento por mês e fazendo alusão a um número que representa a área, o assunto e a atividade retratadas no quadro supramencionado, por forma a permitir uma melhor adaptação e visualização do seu conteúdo. Os dias preenchidos com a cor verde expressam o período cronológico planeado para determinada área e assunto. Não houve recurso a técnicas de planificação sofisticadas, tendo sido elaborado um planeamento simples, mas extremamente minucioso. Quadro 2 - Planeamento Pessoal de Estágio - Outubro N.º 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13. Seg 1. Ter 2. Qua 3. Qui 4. Sex Sáb Dom Seg 5 6 7 8. Ter 9. Qua 10. Relatório de Estágio Profissionalizante. Qui 11. OUTUBRO Sex Sáb Dom Seg Ter Qua 12 13 14 15 16 17. -5-. Qui 18. Sex Sáb Dom Seg 19 20 21 22. Ter 23. Qua 24. Qui 25. Sex Sáb Dom Seg 26 27 28 29. Ter 30. Silva, Rui Miguel Oliveira. Qua 31.

(26) No mês inicial de estágio, iniciado sensivelmente a meio de Outubro, planeia-se uma dedicação exclusiva ao Plano de Negócios, na sua vertente de Estudo da Viabilidade de Implantação de uma Escola de Futebol Dragon Force no Distrito de Aveiro.. Quadro 3 - Planeamento Pessoal de Estágio - Novembro. N.º 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13. Qui 1. Sex Sáb Dom Seg 2 3 4 5. Ter 6. Qua 7. Qui 8. Sex Sáb Dom Seg 9 10 11 12. Ter 13. Qua 14. NOVEMBRO Qui Sex Sáb Dom Seg 15 16 17 18 19. Ter 20. Qua 21. Qui 22. Sex Sáb Dom Seg 23 24 25 26. Ter 27. Qua 28. Qui 29. Sex 30. No mês de Novembro, o Plano de Negócios continua a ser uma área decisiva no Estágio Profissionalizante, com a primeira fase do mês dedicada à vertente elucidada no mês de Outubro e a segunda fase com o início da elaboração do Plano de Negócios descrito no capítulo D.1 desta intervenção. Paralelamente proceder-se-á à realização do Projeto Dragon Dream, na área dedicada ao Torneio Scouting, delineando-se a semana anterior para o seu planeamento e organização e a semana posterior para a sua análise. É neste mês que se inicia a participação como Team Manager na Liga e na Taça Costa Soares aos Domingos à tarde.. Quadro 4 - Planeamento Pessoal de Estágio - Dezembro Sáb Dom Seg N.º 1 2 3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13. Ter 4. Qua 5. Qui 6. Sex Sáb Dom Seg 7 8 9 10. Relatório de Estágio Profissionalizante. Ter 11. Qua 12. Qui 13. DEZEMBRO Sex Sáb Dom Seg 14 15 16 17. -6-. Ter 18. Qua 19. Qui 20. Sex Sáb Dom Seg 21 22 23 24. Ter 25. Qua 26. Qui 27. Sex Sáb Dom Seg 28 29 30 31. Silva, Rui Miguel Oliveira.

(27) O Plano de Negócios continuará a fazer parte integrante das atividades a realizar no mês de Dezembro bem como nos posteriores três meses. O mesmo sucede com a função de Team Manager. Iniciar-se a Pesquisa, Organização e Análise de dados quantitativos, primeiramente com os Jogadores do Futebol Clube do Porto e, posteriormente, com os Campeonatos Seniores e a Formação a nível nacional. Em Dezembro, haverá lugar à realização de uma área específica do Dragon Dream, dedicado somente aos Guarda-redes, sendo que a participação do autor será mais diminuta na sua organização e análise. Quadro 5 - Planeamento Pessoal de Estágio - Janeiro. N.º 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13. Ter 1. Qua 2. Qui 3. Sex Sáb Dom Seg 4 5 6 7. Ter 8. Qua 9. Qui 10. Sex Sáb Dom Seg 11 12 13 14. JANEIRO Ter Qua Qui 15 16 17. Sex Sáb Dom Seg 18 19 20 21. Ter 22. Qua 23. Qui 24. Sex Sáb Dom Seg 25 26 27 28. Ter 29. Qua 30. Qui 31. Como referido no Planeamento Pessoal de Estágio de Dezembro, o Plano de Negócios e a função de Team Manager farão parte das áreas de intervenção. Existirá um especial enfoque na Pesquisa, Organização e Análise dos dados quantitativos dos Campeonatos de Seniores e da Formação, dado que as épocas estarão sensivelmente a meio da sua atividade, revelando-se uma altura importante para a elaboração deste tipo de documento. Em Janeiro, desenrolar-se o último Dragon Dream em que o Estagiário fruirá de participação ativa, com o planeamento, organização e análise do mesmo, sendo este nos moldes de Open Day.. Relatório de Estágio Profissionalizante. -7-. Silva, Rui Miguel Oliveira.

(28) Quadro 6 - Planeamento Pessoal de Estágio - Fevereiro Sex Sáb Dom Seg N.º 1 2 3 4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13. Ter 5. Qua 6. Qui 7. Sex Sáb Dom Seg 8 9 10 11. Ter 12. Qua 13. FEVEREIRO Qui Sex Sáb Dom Seg 14 15 16 17 18. Ter 19. Qua 20. Qui 21. Sex Sáb Dom Seg 22 23 24 25. Ter 26. Qua 27. Qui 28. No mês de Fevereiro, para além das duas áreas de trabalho rotineiras focados anteriormente (Plano de Negócios e função de Team Manager), proceder-se-á a uma incidência na Pesquisa, Organização e Análise dos dados quantitativos dos Jogadores do FC Porto. Registe-se que à quinta-feira, elaborar-se-á o planeamento de jogos e de futebolistas alvo para as jornadas futebolísticas do fim-de-semana. Quadro 7 - Planeamento Pessoal de Estágio - Março. N.º 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13. Sex Sáb Dom Seg 1 2 3 4. Ter 5. Qua 6. Qui 7. Sex Sáb Dom Seg 8 9 10 11. Ter 12. Qua 13. Qui 14. MARÇO Sex Sáb Dom Seg 15 16 17 18. Ter 19. Qua 20. Qui 21. Sex Sáb Dom Seg 22 23 24 25. Ter 26. Qua 27. Qui 28. Sex Sáb Dom 29 30 31. O mês de Março será de término da principal área de intervenção do Estágio Profissionalizante, o Plano de Negócios para a implantação de uma Escola de Futebol Dragon Force no Distrito de Aveiro. A função de Team Manager também finda neste período, decorrente do final da competição. O documento dos jogadores do FC Porto deverá ter o seu término, com a entrega final de todos os dados bem como da Análise final aos mesmos. Como descrito em Fevereiro, à quinta-feira, elaborar-se-á o planeamento de jogos e de futebolistas alvo para as jornadas futebolísticas do fim-desemana.. Relatório de Estágio Profissionalizante. -8-. Silva, Rui Miguel Oliveira.

(29) Quadro 8 - Planeamento Pessoal de Estágio - Abril. N.º 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13. Seg 1. Ter 2. Qua 3. Qui 4. Sex Sáb Dom Seg 5 6 7 8. Ter 9. Qua 10. Qui 11. ABRIL Sex Sáb Dom Seg Ter 12 13 14 15 16. Qua 17. Qui 18. Sex Sáb Dom Seg 19 20 21 22. Ter 23. Qua 24. Qui 25. Sex Sáb Dom Seg 26 27 28 29. Ter 30. No último mês de estágio, o autor desta intervenção elaborará um documento de Análise e Sugestões à competição onde efetuou o papel de Team Manager. Procederá ainda à criação de documentos relativos às Seleções Nacionais e Distritais por forma a estes se tornarem meios importantes para os recursos humanos do FC Porto tanto presentemente como futuramente. Como já vem sendo hábito, elaborará o planeamento de jogos e de futebolistas alvo para as jornadas futebolísticas do fim-de-semana.. Relatório de Estágio Profissionalizante. -9-. Silva, Rui Miguel Oliveira.

(30) Relatório de Estágio Profissionalizante. - 10 -. Silva, Rui Miguel Oliveira.

(31) B. Revisão de Literatura B.1. Desporto O desporto possui uma importância apreciável em todos os locais do Mundo, independentemente do seu nível económico e de desenvolvimento, mobilizando, de uma forma regular, a atenção dos mais variados estratos sociais. Esta afirmação é corroborada por Morais (2001), que nos diz que o fenómeno desportivo, nas suas diversas facetas e modalidades, possui uma importância extraordinariamente relevante nas sociedades de quase todos os países. O desporto é suscetível de mobilizar, ocupar e controlar a juventude contribuindo para o seu bem-estar físico e psíquico bem como para a sua educação. Esta importância é patenteada por Bento (1998, p. 127), declarando que “ (…) a capacidade de acção no desporto elege como indispensável o seu contributo para a formação do homem (…)”. Elias e Dunning (1992) referemnos que este pode funcionar como uma emoção agradável e libertadora das tensões vividas no dia-a-dia. Para Bento (1991, p. 27), “(…) o desporto funciona – consciente ou inconscientemente – como um meio educativo que, de uma forma aparentemente lúdica e como espaço pretensamente livre, reproduz os valores e princípios válidos nos outros domínios sociais.” A globalização é um dos fatores da contínua expansão do Desporto pelos mais diversos lugares à face da Terra, sendo que Esteves (1999) anuncia que. o. fenómeno. desportivo. subjaz. como. elemento. fundamental. e. caracterizador da própria sociedade em que se insere e desenvolve. Citando Pires (2003, p. 46), “ (…) têm sido realizadas diversas tentativas para definir a palavra desporto”, não havendo ainda um consenso sobre uma definição criteriosa sobre o termo. Todavia, importa revelar algumas definições que ilustrem o significado do Desporto. Através da Carta Europeia do Desporto, na sua alínea a) do ponto 1 do artigo 2.º, “Entende-se por “desporto” todas as formas de actividades físicas que, através de uma participação organizada ou não, têm por objectivo a. Relatório de Estágio Profissionalizante. - 11 -. Silva, Rui Miguel Oliveira.

(32) expressão. ou. o. melhoramento. da. condição. física. e. psíquica,. o. desenvolvimento das relações sociais ou a obtenção de resultados na competição a todos os níveis.”2 O desporto pode ser caracterizado por uma forma de competição que ocorre sob condições formais e organizadas. Bento (1998, p. 67) considera “ (…) desporto como uma tecnologia do corpo, como uma forma, historicamente datada e social e culturalmente contextualizada, de lidar com a corporalidade. Como um sistema de comportamento corporal determinado por conceitos, finalidades, normas, regras e convenções socioculturais, assente nas potencialidades biomecânicas do corpo.” Ainda Bento (2013, p. 82) refere-nos que “o desporto é um palco onde entra em cena a representação do corpo, das suas possibilidades e limites, do diálogo e relação com a nossa natureza interior e exterior, com a vida e o mundo.” Ainda sobre esta temática, Bento (2013, p. 109) elucida-nos que “é o corpo que é promovido, que transcende a realidade carnal e animal e atinge a dimensão espiritual e humana, indo até onde é possível e tornando-se espírito encarnado. Trata-se de libertar o homem dos ditames de um corpo inculto, inábil e bruto; de dobrar a sua resistência, de o tornar ágil, espiritual e moral; de alargar o corpo e o protocorpo motor em corpo de símbolos, sentidos e significados.” Depreende-se que este se revela determinante para uma mente e um corpo sãos e saudáveis que contribuirão para uma vida harmoniosa. Para De la Vega Marcos et al. (2008), o desporto é uma manifestação de conduta motora que deve ser aprendida e educada. Nos dias de hoje, há uma consciencialização das pessoas sobre os benefícios inerentes da prática desportiva para a sua saúde física e mental, contribuindo para o aumento da sua qualidade de vida. Para além destas benesses, o desporto desempenha também uma função social, cultural e recreativa, sendo que este deve ser para todos.. 2. Consult. 13 de Maio de 2013, disponível em: http://www.idesporto.pt/DATA/DOCS/LEGISLACAO/doc120.pdf Relatório de Estágio Profissionalizante. - 12 -. Silva, Rui Miguel Oliveira.

(33) Sobre esta temática, importa citar Constantino (1999, p. 11), que nos transmite que “Um desporto que por vezes reflecte o sentido do tempo que vivemos, é volátil, é efémero, é instantâneo e é consumista.” Depreende-se que o Desporto é muito mais do que o sentido do tempo que se vive, revestindo-se de uma enorme influência em vários campos da sociedade, sendo também mais do que uma mera recreação lúdica. Bento (2007, p. 21) expõe-nos que “ (…) o desporto alicerça-se hoje num entendimento plural; constitui um fenómeno polissémico e manifesta-se numa realidade polimorfa.” No desporto e em tudo na vida, os valores éticos e morais devem estar sempre presentes. “Um desportista, mesmo sendo profissional, quando cultiva esta dimensão de «diletante», beneficia a sociedade, constrói o bem comum a partir dos valores da gratuidade, da camaradagem e da beleza.”3 Sua Santidade declara ainda, nesse mesmo discurso às Seleções de futebol da Itália e da Argentina, que “embora sejais personagens, permanecei sempre homens, no desporto e na vida. Homens, portadores de humanidade.”. B.2. Organização Não é de hoje que existem as organizações, dado que elas já vêm desde o início da humanidade. Porém, a sociedade está cada vez mais informada, educada e viajada e, como tal, exige mais das organizações, o que conduz a que estas se devam adaptar ao ambiente em que vivem, atentas sempre às mudanças globais que ocorrem a todo o momento. Com a globalização e fatores mais recentes como o aumento da concorrência e a crise económica que assola todos os setores, é essencial a capacidade de aprendizagem, de busca de maior conhecimento e inovação, aceitação e adaptação às mudanças bem como o dinamismo, pro-atividade e eficiência de todos os funcionários de uma organização.. 3. Consult. 16 de Agosto de 2013, disponível em http://www.vatican.va/holy_father/francesco/speeches/2013/august/documents/papafrancesco_20130813_squadre-nazionali-argentina-italia_po.html Relatório de Estágio Profissionalizante. - 13 -. Silva, Rui Miguel Oliveira.

(34) Segundo Chiavenato (2008), a palavra organização pode assumir vários significados. Podemos. definir. uma. organização. como. uma. unidade. social. conscientemente coordenada, composta de duas ou mais pessoas, que funciona de maneira relativamente contínua, visando o alcance de objetivos e resultados estabelecidos. Tendo por base Maximiano (1992), uma organização é uma combinação de esforços individuais que têm por finalidade alcançar objetivos coletivos, que seriam inatingíveis para uma pessoa isolada. Segundo Srour (1998) as organizações podem ser descritas como coletividades especializadas na produção de um determinado bem ou serviço. Combinam agentes sociais e recursos e se convertem em instrumentos da economia de esforço. Para. Etzioni. (1973),. as. “organizações. são. unidades. sociais. intencionalmente construídas para atingir objetivos específicos”. Com base nos autores acima citados, concluímos que uma organização visa sempre o alcance de determinados objetivos, sendo que, para tal, é necessária uma combinação intencional de pessoas e de tecnologia. Tal conclusão é comprovada por Montana (2003), quando nos diz que “organizar é o processo de reunir recursos físicos e humanos essenciais à consecução dos objetivos de uma empresa”. De acrescentar Kunsch (1997), que nos refere que as organizações fazem parte do sistema social global, estando sujeitas a todas as inquietações ambientais provocadas por uma sociedade envolvida no fenómeno da globalização, exigindo respostas cada vez mais céleres no que se refere à comunicação. Saliente-se que não devemos confundir organização com empresa, dado que, segundo Tachizawa e Scaico (1997), empresa é uma sociedade económica que garante a satisfação dos que nela trabalham, apresentando um. Relatório de Estágio Profissionalizante. - 14 -. Silva, Rui Miguel Oliveira.

(35) conjunto de valores que orientam as ações e o comportamento dos funcionários, para a obtenção dos objetivos económicos, ou seja, o lucro. Contudo, podemos referir que uma empresa é uma organização com fins lucrativos. Atualmente, a formação e o fator motivacional são aspetos que fazem a diferença quando comparamos duas organizações, fazendo com que as organizações invistam tempo e dinheiro na evolução contínua dos seus funcionários. Segundo Bilhim (2001), devem ser tidas em atenção três características na estrutura da organização: a complexidade, a formalização e a centralização. Na primeira inserem-se os níveis hierárquicos da organização e a parte funcional a eles alocada, ao passo que na formalização estão presentes as suas regras e os seus procedimentos e na centralização o poder de decisão. B.2.1. Estrutura Organizacional Segundo Stoner e Freeman (1992), a estrutura organizacional pode ser entendida como a forma pela qual as atividades de uma organização são divididas, organizadas e coordenadas. Naturalmente, que a estrutura organizacional deve ser delineada de acordo com os objetivos e as estratégias estabelecidos, podendo ser vista como um conjunto ordenado de responsabilidades, autoridades, comunicações e decisões das unidades organizacionais de uma empresa. Analisando estudos anteriores, observamos que Galbraith (1977) argumentava que o conceito de estrutura organizacional resultava da combinação da definição de organização e do conceito de escolha estratégica. Já Vasconcellos (1989), tem uma definição mais para conjugação com a de Stoner e Freeman, proferindo que a estrutura de uma organização pode ser definida como resultado de um processo através do qual a autoridade é distribuída, as atividades desde os níveis mais baixos até aos mais altos são especificadas e um sistema de comunicação é delineado, permitindo que as. Relatório de Estágio Profissionalizante. - 15 -. Silva, Rui Miguel Oliveira.

(36) pessoas realizem as atividades e exerçam a autoridade que lhes compete para atingir os objetivos organizacionais. Mintzberg (2003) classifica em seis as partes básicas de uma organização que estão em constante comunicação. •. Cúpula Estratégica (Strategic Apex): Constituída pelos dirigentes que têm a responsabilidade global da organização. Esta é encarregada de assegurar que a organização cumpra a sua missão de modo eficaz assim como tenha em atenção as necessidades dos que controlam ou dos que detêm poder sobre ela;. •. Linha Intermediária (Middle Line): É o ponto de ligação entre a cúpula estratégica e o núcleo operacional. O gerente desta linha intermediária executa várias tarefas no fluxo de supervisão direta acima e abaixo dele;. •. Núcleo Operacional (Operating Core): São todas as pessoas que executam os trabalhos relacionados diretamente à fabricação de produtos ou prestação de serviços;. •. Tecnoestrutura (Techno Structure): responsável pela formatação do núcleo operacional, ou seja, desempenha atividades de planeamento e controlo;. •. Assessoria de Apoio (Support Staff): Área especializada, que pode ser terceirizada ou não, com a função de apoiar a organização fora do fluxo de produção em si, ou seja, concede suporte às operações da empresa;. •. Ideologia (Ideology): Nas palavras de Mintzberg, é a "parte viva" da organização. Responsabilidade ao nível da elaboração, manutenção, disseminação e interiorização de suas ideologias e doutrinas.. B.2.2. Tipos de Estrutura Organizacional Como demonstrado na secção anterior, a estrutura organizacional é utilizada fundamentalmente para delinear as estratégias e os objetivos de uma organização. Pode ser considerada formal ou informal.. Relatório de Estágio Profissionalizante. - 16 -. Silva, Rui Miguel Oliveira.

(37) A estrutura formal é deliberadamente planeada e representada formalmente, normalmente pelo organograma (abordado posteriormente), sendo que todas as relações são formais. As suas componentes decisivas para o bom funcionamento são o Sistema de Responsabilidade (constituído pela departamentalização e especialização), o Sistema de Autoridade (a distribuição de poder), o Sistema de Comunicação e o Sistema de Decisão. Por seu turno, a estrutura informal surge espontaneamente, dado advir da interação social das pessoas e as suas relações não estarem previstas. Pode ajudar a empresa, facilitando o trabalho, mas também pode dificultar, ao se realizarem procedimentos errados, dado ser de difícil controlo esta estrutura informal. As suas vantagens são a maior rapidez no processo, a redução da carga de comunicação e de possíveis distorções daí decorrentes e a possibilidade de motivação e integração das pessoas da organização. Se por um lado, as estruturas informais não são organizadas, as formais são-no, o. que perfaz com. sejam de diversos. tipos.. Retrataremos,. seguidamente, alguns dos tipos de estruturas formais: •. Funcional: é agrupada de acordo com as funções da empresa, sendo bastante utilizada pelas empresas, por ser muito racional;. •. Divisional: o agrupamento de recursos é baseado na divisão por unidades de negócio, sendo que proporciona maior velocidade de resposta e autonomia;. •. Matricial: há uma utilização simultânea de critérios de funções e de unidades de negócios, ou seja, trata-se de uma alternativa híbrida que envolve estruturação funcional e divisional. Assim sendo, cada agrupamento de recursos tem duas linhas de subordinação: a do superior funcional e a do superior divisional;. •. Staff & Line: existência de órgãos de staff com função de prestar serviços especializados e consultoria técnica. Assim, existem. Relatório de Estágio Profissionalizante. - 17 -. Silva, Rui Miguel Oliveira.

(38) órgãos de linha (execução) e de assessoria (apoio e de consultoria) mantendo relações entre si. Bastante empregue nos dias de hoje.. Segundo Vasconcellos (1989), a departamentalização é um processo através do qual as unidades são agrupadas em unidades maiores e assim sucessivamente até o topo da organização, dando origem aos diversos níveis hierárquicos. Por outras palavras, é o agrupamento, de acordo com um critério específico de homogeneidade, das atividades e correspondentes recursos em unidades organizacionais. Formas mais comuns de departamentalização: •. Departamentalização por Função: É a organização feita na base das funções que requerem atividades similares e que são agrupadas juntas e identificadas de acordo com alguma classificação funcional;. •. Departamentalização por Produto: Divide algumas ou todas as unidades com base nos produtos ou serviços. Muito utilizada quando cada produto exige uma tecnologia de produção diferente e métodos diferentes de Marketing;. •. Departamentalização por Área Geográfica: Divide as unidades com base em elementos geográficos. Muito utilizada quando uma instalação de produção deve localizar-se o mais perto possível das fontes de matéria prima, de grandes mercados ou de pessoal especializado;. •. Departamentalização por Cliente: Divide as unidades de modo que cada uma sirva a segmentos de clientes diferentes. Muito usada quando existe grande volume de venda para determinados clientes ou segmentos;. Relatório de Estágio Profissionalizante. - 18 -. Silva, Rui Miguel Oliveira.

(39) •. Departamentalização por Processo: Divide as unidades de acordo com as etapas de um processo. Muito utilizada no nível operacional. das. empresas. industriais. e. de. serviços,. principalmente nas áreas produtivas ou de operações, sendo a sua principal vantagem a maior especialização e, consequente, rapidez técnica.. B.3. Organograma Para uma melhor compreensão da estrutura da organização é normalmente elaborada a sua representação gráfica através de um organograma, o qual permite visualizar rápida e facilmente os diversos órgãos componentes da estrutura, a hierarquia, as comunicações formais e a interdependência entre as partes. Segundo Baterman (1998), organograma é a representação gráfica de certos aspetos da estrutura organizacional da empresa, podendo-se visualizar todos os cargos e funções e como se estabelece a hierarquia de poder. Definimos organograma como a representação gráfica ou descritiva da estrutura da organização, onde podemos observar aspetos como as relações hierárquicas, a distribuição dos setores, as unidades funcionais e a comunicação entre estas. Convém salientar que um organograma deve ser simples, claro e preciso. B.3.1. Tipos de Organogramas O tipo de organograma pode ser: •. Clássico: É o mais conhecido tipo de organograma, construído com retângulos que representam os órgãos e as linhas que fazem a ligação hierárquica e de comunicação entre eles, sendo também conhecido por organograma vertical. Representa de forma clara a hierarquia dentro da organização;. •. Não clássico: são todos os restantes tipos de organogramas.. Relatório de Estágio Profissionalizante. - 19 -. Silva, Rui Miguel Oliveira.

(40) Mencionaremos, abaixo, alguns desses tipos de organogramas não clássicos: o Em barras: apresentados por longos retângulos a partir de uma base vertical, onde o tamanho do retângulo é diretamente proporcional à importância da autoridade que o representa; o Piramidal: possui o formato de uma pirâmide, onde mostra a importância hierárquica do cargo, com os mais importantes a ocuparem as partes superiores da estrutura; o Circular: são elaborados através de círculos concêntricos, os quais representam os diversos níveis de autoridade a partir do círculo central, onde se localiza a autoridade maior da empresa; o Radial: mais usado em instituições modernas onde o se quer ressaltar a importância do trabalho em grupo, não havendo preocupação em representar a hierarquia.. De referir algumas diferenças entre o organograma vertical e o horizontal. Ambos são criados com base na hierarquia da empresa, mas o organograma horizontal tem essa característica amenizada pelo facto de essa relação ser representada horizontalmente, ou seja, o cargo mais baixo na hierarquia não está numa posição abaixo dos outros, mas ao lado. Por outro lado, o organograma vertical tem muitas vezes subjacente uma hierarquia grande, ao passo que o horizontal não, sendo por isso adotado por empresas que querem simplificar as relações internas, diminuindo as barreiras entre o topo e a base da hierarquia. Tal situação é devido à necessidade de respostas cada vez mais rápidas, sendo que no organograma horizontal a velocidade na passagem das informações e na tomada de decisões torna-se maior.. Relatório de Estágio Profissionalizante. - 20 -. Silva, Rui Miguel Oliveira.

(41) B.4. Gestão de Recursos Humanos A Gestão de Recursos Humanos vem assumindo uma grande relevância, enquanto área que define e implementa estratégias para aumento da. eficácia. dos. seus. recursos. humanos. e,. consequentemente,. da. produtividade. Através de Chiavenato (2008), percebemos que a gestão de recursos humanos consiste em diversas funções e atividades, como descrever e analisar os cargos, planear os recursos humanos, recrutamento e seleção, avaliação de desempenho, remunerações e incentivos, higiene e segurança no trabalho, formação profissional e desenvolvimento pessoal a ainda a análise, controlo e auditoria dos recursos humanos. Tal situação conduz-nos a afirmar que estas funções e atividades visam a maximização do potencial do capital humano no ambiente de trabalho. Realce para o facto de a qualificação e a motivação dos recursos humanos ser uma das maiores garantias de sucesso de uma organização. Estes são um elemento prioritário a desenvolver pois são o único capaz de tornar as empresas verdadeiramente flexíveis, potenciando a sua capacidade de antecipação e de reação à mudança. Por fim, refira-se que a atuação da Gestão de Recursos Humanos tem efeito a quatro níveis distintos: •. Social: contribui para o bem-estar social, respondendo às necessidades e desafios da sociedade;. •. Organizacional: gere pessoas como meio de atingir os objetivos da própria organização;. •. Funcional: promove uma articulação de funções que maximiza o aproveitamento do potencial individual;. •. Individual: auxilia as pessoas na obtenção dos seus objetivos individuais e no alcance da satisfação.. Relatório de Estágio Profissionalizante. - 21 -. Silva, Rui Miguel Oliveira.

(42) Um gestor deve ser um líder, possuindo atributos como: •. Definir e conhecer as políticas e objetivos da empresa;. •. Motivar e dar valor à sua equipa;. •. Aptidão para delegar tarefas;. •. Promover a comunicação.. B.5. Plano de Negócios (Business Plan) A conceção de um Plano de Negócios é procedente da necessidade de associar o planeamento com a organização e gestão de uma empresa. O seu desígnio principal é a especificação detalhada das características e fases de um determinado negócio a executar. Com a elaboração deste é possível desenvolver uma melhor estratégia para converter uma ideia de negócio numa empresa rentável. Para Dolabela (1999), um Plano de Negócios é uma ferramenta que contém informações técnicas sobre o negócio, através da qual o empreendedor, segue um caminho. Citando Harrison (2003), este é um plano que contem pormenores acerca da forma como o negócio é desenvolvido. Conforme Hisrich & Peters (2004), trata-se de um documento que descreve todos os elementos e estratégias internos e externos relevantes para a iniciação de um projeto, permitindo uma melhor perceção de todas as características pertinentes do negócio. O plano de negócios é de vital importância para a estruturação de um projeto novo nos seus primeiros anos de vida, revelando-se relevante na redução dos riscos inerentes a este. Dornelas (2001, p.95) afirma que “ (…) o plano de negócios é parte fundamental do processo empreendedor, seguindo o caminho lógico e racional. Relatório de Estágio Profissionalizante. - 22 -. Silva, Rui Miguel Oliveira.

(43) que se espera de um bom administrador.” Refira-se que este é uma estratégia importante para a otimização de um projeto. “ O plano de negócios – business plan – é um conjunto de dados e informações sobre o futuro empreendimento, que define suas principais características e condições para proporcionar uma análise da sua viabilidade e dos seus riscos, bem como para facilitar a sua implementação. É uma espécie de plano de viabilização de uma ideia, um pequeno check list para não deixar passar nada despercebido (Chiavenato, 2004, p. 128). ” A sua relevância é superior, no caso do mesmo apresentar um forma simples e concisa mas coerente e completa. Critérios de clareza, realismo e objetividade devem estar permanentemente presentes. Contudo, este não deve apenas enfatizar os aspetos positivos de uma empresa, mas também ser realista sobre os seus riscos e obstáculos, propondo simultaneamente soluções para estes quesitos. Perfaz-se que a sua elaboração deve ser suficientemente concludente, sustentada e realista a longo prazo. Um plano de negócios eficiente demonstra a viabilidade da implantação do empreendimento bem como pode minimizar os riscos de insucesso. Através deste, o empreendedor consegue administrar as constantes transformações do mercado. Bernardi (2009) menciona cinco fases para o desenvolvimento de um Plano de Negócios: 1) a ideia e conceção do negócio; 2) a recolha e preparação dos dados; 3) a análise dos dados; 4) a composição do plano; 5) a avaliação do plano. Um Plano de Negócio é um importante instrumento de gestão, permitindo a planificação do crescimento da empresa assim como a previsão das mudanças de uma forma estruturada.. Relatório de Estágio Profissionalizante. - 23 -. Silva, Rui Miguel Oliveira.

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