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Sines. Interpretação das relações urbanas entre cidade, porto e paisagem. Paisagens metropolitanas. Morfogénese e projecto de grande escala na cidade europeia actual

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Academic year: 2021

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(5) UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA – FACULDADE DE ARQUITECTURA | I. Título da Dissertação: Sines. Interpretação das Relações Urbanas entre Cidade, Porto e Paisagem.. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. Nome do Aluno: Cátia Cristina Pinto Assunção Orientador: Prof.ª Dr.ª Sofia Morgado Mestrado: Mestrado Integrado em Arquitectura com Especialização em Planeamento Urbano e Territorial. Data: Outubro de 2010. RESUMO. A interpretação de um território do ponto de vista da sua formação urbana, exige o conhecimento das diversas lógicas que lhe estão subjacentes, e implica a identificação dos elementos determinantes que justificam a sua evolução e fundamentam os seus vários estádios de formação.. É neste sentido que surge a vontade de reflexão sobre a formação urbana da área de Sines, bem como a sua interpretação e leitura compreensiva, elaboradas a partir de três elementos-chave – cidade, porto e paisagem -, que constituem efectivamente as grandes determinantes da formação urbana deste território e determinam a sua matriz de. in e. s.. leitura a qual resulta do entendimento da importância que o oceano, o desenvolvimento. "S. urbano e a paisagem florestal, detêm na formação urbana deste território e da interpretação das relações que estes estabelecem entre si, mais ou menos próximas, e que justificam e caracterizam a sua expressão temporal conceptualizada em vários estádios da sua formação – 1940, 1970, 1980, 1990, 2000. A metodologia adoptada, permitiu definir um critério de análise rigoroso, coerente, harmonioso e transversal aos vários períodos identificados e às leituras teóricas e cartográficas apresentadas. Esta investigação tem particular interesse pela inovação do processo de interpretação e caracterização de Sines, um território em crescente transformação.. Palavras-Chave: Morfogénese, Interpretação Urbana, Porto, Cidade, Paisagem, Sines..

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(7) UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA – FACULDADE DE ARQUITECTURA | III. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. Title of the Dissertation: Sines. Interpretation of the Urban Relationship Between City, Port and Landscape.. ABSTRACT. The interpretation of the territory from the point of view of urban formation, requires knowledge of the various logics that underlie it, and involves identifying of the critical factors that justify their evolution and their underlying various stages of development. In this way arises the desire to reflect about the urban formation of the area of Sines, as well as is interpretation and comprehension reading, prepared from three key elements - city, harbor and landscape -, that are indeed the major determinants of the urban formation of this area and determine their reading frame which results from the understanding of the importance of the ocean, the urban development and the forest landscape, it holds in the urban structure of this territory and its interpretation of the relationships that they establish between themselves, more or less close, and that justify. in e. s.. and characterize its temporal expression, conceptualized in various stages of its formation. "S. - 1940, 1970, 1980, 1990, 2000.. The methodology adopted, allowed to defining a criterion for rigorous analysis,. coherent, harmonious and transverse across the various periods identified and to theoretical interpretations and cartographic presented. This research has particular interest in the innovation process of interpretation and characterization of Sines, a growing area in transformation.. Key-Words: Morphogenesis, Urban Interpretation, City, Port, Landscape, Sines..

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(9) Agradecimentos. À Professora Sofia Morgado,. orientadora científica deste. projecto, pela. disponibilidade, sugestões, rigor e motivação. Às várias instituições e aos seus respectivos técnicos e especialistas, que para. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. além do profissionalismo, demonstraram uma enorme disponibilidade e simpatia, nomeadamente: ao Tenente Paulo Maia Marques, à Subtenente Sónia Godinho e restante equipa do Instituto Hidrográfico da Marinha; aos Sargentos Ricardo Sousa e José Guerreiro do Instituto Geográfico do Exército; ao Sr. Luís Miguel Silva, da Direcção dos Sistemas de Planeamento e Comunicação da Administração do Porto de Sines; às Sras. Elsa Mendes e Eugénia Santa Bárbara, da Câmara Municipal de Sines; ao Director da Zona Industrial e Logística de Sines, Sr. Miguel Borralho; ao Sr. Fabre dos Reis, ao Centro de Cartografia da Faculdade de Arquitectura de Lisboa. Aos amigos. À Cláudia, Tânia, Daniel e Marta.. À família. Aos meus pais, Saudade e José Assunção. Aos pequenotes João, Inês,. "S. in e. s.. Nônô, Raquel e Rafael.. | V.

(10) en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. s.. in e. "S. !.

(11) Índice Geral INTRODUÇÃO. 1. ESTADO DA ARTE. 7! 11 !. TRÊS VARIÁVEIS EM CAUSA. 19 !. UMA ESTRUTURA FORTEMENTE RURALIZADA. 35 !. A INSERÇÃO DA INDÚSTRIA E O DESENVOLVIMENTO PORTUÁRIO. 53 !. OS NOVOS DESAFIOS. 77 !. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA DO TERRITÓRIO. O PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO E A EMERGÊNCIA DE ESTRATÉGIAS TRANSNACIONAIS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO. 105 !. NOVAS TERRITORIALIDADES. 123 !. CONCLUSÃO. 155 !. in e. s.. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. 165. APÊNDICE DOCUMENTAL. 1.1 !. INSTRUMENTOS DE GESTÃO TERRITORIAL. 7.1 !. FONTES CARTOGRÁFICAS. 9.1 !. "S. DADOS ESTATÍSTICOS. DOCUMENTOS DE APOIO AO CORPO TEÓRICO. 91.1 !. SÍNTESES CARTOGRÁFICAS. 99.1 !. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. 123.1. | VII.

(12) en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. s.. in e. "S. !.

(13) Índice de Conteúdo 1. A Interpretação do Território. 1. A Temática. 2. Justificação Metodológica e Técnica. 3. ESTADO DA ARTE. 7!. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. INTRODUÇÃO. LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO BIOFÍSICA DO TERRITÓRIO. 11 !. Três Variáveis em Causa. 19. O Mar Como Pretexto. 21. O Desenvolvimento Urbano Como Subordinado. 25. A Paisagem Florestal. 32. UMA ESTRUTURA FORTEMENTE RURALIZADA. 35 !. Base Infra-Estrutural Incipiente. 35. Sistema Urbano Rural e Pouco Dinâmico. 38. Estrutura da Propriedade e os seus Usos Principais. 41. Síntese. 44. in e. s.. Síntese Cartográfica. "S. A INSERÇÃO DA INDÚSTRIA E O DESENVOLVIMENTO PORTUÁRIO. 48. 53. Definição de uma Nova Política Económica Nacional. 53. O Plano Geral da Área de Sines e a Nova Conspecção sobre o Mar. 56. Impactos do Projecto Portuário-Industrial no Desenvolvimento Urbano. 60. A Nova Cidade. 67. Paisagem Florestal e Protecção Ambiental. 72. Síntese. 74. OS NOVOS DESAFIOS. 77 !. Grande Transformação Territorial. 77. | IX.

(14) 79. Redefinição do Sistema de Desenvolvimento Urbano. 84. Um Continuum Verde. 89. Síntese. 94 100. O PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO E A EMERGÊNCIA DE ESTRATÉGIAS TRANSNACIONAIS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO. 105 !. O Porto de Sines e a Europa das Mega-Regiões. 105. Os Primeiros Instrumentos de Gestão Territorial. 112. Protecção e Consciência Ambiental. 117. Síntese. 120. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. Síntese Cartográfica. NOVAS TERRITORIALIDADES. 123 !. O Mar como Substrato para o Desenvolvimento Local, Nacional e Comunitário. 123. Novos Modelos de Desenvolvimento Urbano. 137. Paisagem Florestal Enquanto Espaço Emergente. 145. Síntese. 147. Síntese Cartográfica. 150. 155 !. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. 165 !. Bibliografia e Fontes Documentais Citadas. 165. Bibliografia e Fontes Documentais Específicas. 193. Bibliografia e Fontes Documentais de Referência. 198. in e. s.. CONCLUSÃO. "S. | X. O Emergir da Questão Regional e a Infra-Estrutura Portuária.

(15) Índice de Fotografias 11. | Fotografia 2 | Praia Vasco da Gama – Baía de Sines | Sines. 12. | Fotografia 3 | Praia de São Torpes (arriba) | Sines. 13. | Fotografia 4 | Monte do Paio | Lagoa de Santo André. 14. | Fotografia 5 | Vista sobre São Torpes | Sines. 19. | Fotografia 6 | Vista sobre Santiago do Cacém (Lagoa da Sancha) | Sines. 20. | Fotografia 7 | Porto de Sines (vista do Terminal Multipurpose) | Sines. 22. | Fotografia 8 | Praia da Vieirinha | Sines. 23. | Fotografia 9 | Castelo de Sines e Igreja Matriz | Sines. 26. | Fotografia 10 | Vista (Este) do Castelo de Santiago do Cacém | Santiago do Cacém. 27. | Fotografia 11 | Moinho de Vento | Sines. 28. | Fotografia 12 | Centro Histórico de Sines | Sines. 29. | Fotografia 13 | Bairro do Pica-Pau Cor-de-Rosa | Vila Nova de Santo André. 30. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. | Fotografia 1 | Praia do Norte – Canto Mosqueiro | Sines. | Fotografia 14 | Vista sobre o Pinhal (Pinheiro Bravo) – Barragem de Morgavel | Sines 32 33. | Fotografia 16 | Porto de Sines | Sines. 35. | Fotografia 17 | Porto de Pesca de Sines e Calheta Antiga | Sines. 36. | Fotografia 18 | Antiga Lota do Porto de Sines | Sines. 37. | Fotografia 19 | Ocupações Rurais | Sines. 38. | Fotografia 20 | Espaço Rural – Aldeia de Santo André | Vila Nova de Santo André. 39. | Fotografia 21 | Cortiça - Relvas Verdes | Santiago do Cacém. 41. | Fotografia 22 | Cultivo de Cereais - Morgavel | Sines. 42. | Fotografia 23 | Montado - Quinta da Ortiga | Relvas Verdes. 43. | Fotografia 24 | Cegonha - Morgavel | Sines. 44. | Fotografia 25 | Paisagem Rural | Relvas Verdes. 45. | Fotografia 26 | Praia do Porto das Carretas | Vila Nova de Santo André. 46. | Fotografia 27 | Contraponto Rural e Industrial | Sines. 53. "S. in e. s.. | Fotografia 15 | Pinhal (Pinheiro Bravo) – Lagoa da Sancha. | XI.

(16) 54. | Fotografia 29 | Carbogal – Indústria Carbonos de Portugal | Sines. 55. | Fotografia 30 | Porto de Sines - Terminal Multipurpose | Sines. 56. | Fotografia 31 | Cidade e Porto de Sines (vista do Terminal Multipurpose) | Sines. 57. | Fotografia 32 | Terminal Multiporpose - Cais Mineraleiro | Sines. 58. | Fotografia 33 | Bairros de Vila Nova de Santo André - Bairros do Liceu e Serrotes | Vila 60. | Fotografia 34 | Bairro dos Caixotes | Vila Nova de Santo André. 61. | Fotografia 35 | Bairro Azul | Vila Nova de Santo André. 62. | Fotografia 36 | Bairro das Flores | Vila Nova de Santo André. 63. | Fotografia 37 | Bairro do Pinhal | Vila Nova de Santo André. 64. | Fotografia 38 | Bairro Pôr-do-Sol | Vila Nova de Santo André. 65. | Fotografia 39 | Bairro dos Serrotes | Vila Nova de Santo André. 66. | Fotografia 40 | Bairro Azul | Vila Nova de Santo André. 67. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. Nova de Santo André. | Fotografia 41 | Vista sobre a Avenida de Santiago e o Bairro das Panteras Cor-de-Rosa | Vila Nova de Santo André. 68. | Fotografia 42 | Vista sobre a Avenida de Santiago e o Bairro das Torres | Vila Nova de Santo André. | Fotografia 43 | Vista sobre o Bairro do Pica-Pau Amarelo | Vila Nova de Santo André. 69 70 71. in e. s.. | Fotografia 44 | Bairro dos Serrotes - Moradias Unifamiliares | Vila Nova de Santo André | Fotografia 45 | Instalações da Indústria Petrolífera Repsol, YPF e Pinhal de Protecção | Sines. "S. | XII. | Fotografia 28 | Porto de Sines | Sines. 72. | Fotografia 46 | Vista sobre Tanques da Refinaria Petrogal SA. e o extenso Pinhal e Santiago do Cacém | Sines. 73. | Fotografia 47 | Bairro do Liceu | Vila Nova de Santo André. 74. | Fotografia 48 | Pedreira | Sines. 77. | Fotografia 49 | Praia de São Torpes | Sines. 78. | Fotografia 50 | Vista sobre a Praia Vasco da Gama, Marina de Sines e Instalações Portuárias. | Sines. 79.

(17) | Fotografia 51 | Vista sobre Sines e os Terminais Petroleiro e Petroquímico | Sines. 80. | Fotografia 52 | Carvão - Terminal Multiporpose | Sines. 81. | Fotografia 53 | Linha Ferroviária de Mercadorias de Ligação ao Porto de Sines | Relvas Verdes. 82. | Fotografia 54 | Bairro das Panteras e Centro de Saúde de Santo André | Vila Nova de. | XIII. Santo André. 84. | Fotografia 55 | Bairro da Atalaia | Vila Nova de Santo André. 85. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. | Fotografia 56 | Bairro do Pinhal - Zona Verde entre Blocos | Vila Nova de Santo André 86 | Fotografia 57 | Bairro Pôr-do-Sol | Vila Nova de Santo André. 87. | Fotografia 58 | Pinhal | Lagoa da Sancha | Sines. 89. | Fotografia 59 | Barragem de Morgavel | Sines. 90. | Fotografia 60 | Lagoa de Santo André (junto à Praia do Porto das Carretas) | Vila Nova de Santo André. 91. | Fotografia 61 | Eucaliptal | Sines. 92. | Fotografia 62 | Pinhal - Antiga Via de Ligação Rodoviária Sines/Santiago do Cacém (Traçado Paralelo ao IP8) | Relvas Verdes. 93. | Fotografia 63 | Vista sobre o a Industria e a Paisagem Florestal (a partir da Lagoa da Sancha). | Sines. 94. | Fotografia 64 | Vista sobre Zona Industrial, a Paisagem Florestal e Santiago do Cacém | Sines. 95 96. | Fotografia 66 | Estrada Nacional 261-5 | Vila Nova de Santo André. 97. in e. s.. | Fotografia 65 | Vista sobre Sines | Sines. 105. | Fotografia 68 | Vista sobre o Porto de Sines | Sines. 106. | Fotografia 69 | Terminal Multiporpose e Terminal XXI. 107. "S. | Fotografia 67 | Vista sobre o Porto e a Baía de Sines (a partir do Castelo) | Sines. | Fotografia 70 | Praia de São Torpes com Vista para os Terminais XXI e Multipurpose | Sines. 108. | Fotografia 71 | Terminal Petroleiro| Sines.. 109. | Fotografia 72 | Porto de Sines | Sines. 110. | Fotografia 73 | Avenida Vasco da Gama | Sines. 111.

(18) 112. | Fotografia 75 | Fortificação do Castelo de Sines. 113. | Fotografia 76 | Centro Histórico de Sines | Sines. 114. | Fotografia 77 | Praia de São Torpes (APPSACV) | Sines. 115. | Fotografia 78 | Porto de Pesca | Sines. 116. | Fotografia 79 | Pinhal (Costa de Santo André junto à Praia da Fonte do Cortiço) | Vila 117. | Fotografia 80 | Vista sobre a Costa de Santo André | Vila Nova de Santo André. 118. | Fotografia 81 | Vista sobre o Cordão Dunar (a partir do Canto Mosqueiro) | Sines. 119. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. Nova de Santo André. | Fotografia 82 | Vista sobre o Porto de Sines - Terminais XXI e Multiporpose (a partir da Praia de São Torpes). 120. | Fotografia 83 | Vista sobre Sines (a partir da Praia Vasco da Gama) | Sines. 121. | Fotografia 84 | Terminal XXI | Sines.. 123. | Fotografia 85 | Vista sobre o Terminal XXI, a Central Termoeléctrica e São Torpes | Sines. 124. | Fotografia 86 | Vista sobre a Zona de Actividades Logísticas | Sines. 125. | Fotografia 87 | Terminal Multipurpose e Terminal de Gás Natural Liquefeito | Sines. 126. | Fotografia 88 | Expansão do Terminal de Gás Natural Liquefeito | Sines. 127. | Fotografia 89 | Expansão do Terminal de Gás Natural Liquefeito | Sines. 128. in e. pedreira) | Sines. s.. | Fotografia 90 | Vista sobre Terminal de Gás Natural Liquefeito e Terminal XXI (a partir da | Fotografia 91 | Vista sobre o Complexo Industrial da Refinaria Petrogal SA | Sines. "S. | XIV. | Fotografia 74 | Vista sobre o Castelo e o Porto de Sines. | Fotografia 92 | Terminal XXI | Sines. 129 130 131. | Fotografia 93 | Navio de Transporte de Gás Natural Liquefeito – Terminal de Gás Natural Liquefeito | Sines. 132. | Fotografia 94 | Terminal XXI | Sines. 133. | Fotografia 95 | Terminal de Gás Natural Liquefeito (em expansão) | Sines. 134. | Fotografia 96 | Terminal XXI e Infra-Estrutura Ferroviária | Sines. 135. | Fotografia 97 | Zona de Actividades Mistas e Zona de Actividades Ligeiras | Vila Nova de Santo André. 137.

(19) | Fotografia 98 | Centro de Artes de Sines | Sines. 138. | Fotografia 99 | Desenvolvimento Urbano de Baixa Densidade | Vila Nova de Santo André 139 | Fotografia 100 | Avenida Vasco da Gama (Marginal) | Sines. 140. | Fotografia 101 | Urbanização do Pinheiro Manso - Desenvolvimento Urbano de Baixa Densidade | Vila Nova de Santo André. | XV. 141. | Fotografia 102 | Urbanização Vila Plátano - Desenvolvimento Urbano de Baixa Densidade 142. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. | Vila Nova de Santo André. | Fotografia 103 | Desenvolvimento Urbano de Baixa Densidade | Vila Nova de Santo André 143. | Fotografia 104 | Desenvolvimento Urbano de Baixa Densidade | Vila Nova de Santo André 144. | Fotografia 105 | Pinhal (Junto à Praia da Fonte do Cortiço) | Vila Nova de Santo André 145. | Fotografia 106 | Pinhal (Estrada Nacional 261-5) | Vila Nova de Santo André. 146. | Fotografia 107 | Combinação de Escalas – Industrial/Rural | Sines. 147. | Fotografia 108 | Desenvolvimento Urbano de Baixa Densidade | Vila Nova de Santo André 149. Índice de Fotografias Panorâmicas. "S. in e. s.. | Fotografia 109 | Pinhal | Vila Nova de Santo André. 148. | Fotografia Panorâmica 1| Baía de Sines | Sines. 21. | Fotografia Panorâmica 2 | Ruínas do Forum da Cidade Celto Romana de Miróbiga | Santiago do Cacém. 25.

(20) Índice de Imagens. 15. | Imagem 2 | Bacias Hidrográficas de Portugal. 16. | Imagem 3 | Esquema Morfoestrutural de Portugal. 16. | Imagem 4 | Índice de Conforto Bioclimático Verão. 16. | Imagem 5 | Índice de Conforto Bioclimático Inverno. 16. | Imagem 6 | Precipitação de Portugal segundo Número de Dias. 17. | Imagem 7 | Insolação Média Anual de Portugal segundo Número de Horas. 17. | Imagem 8 | Temperatura Média do Ar Anual de Portugal. 17. | Imagem 9 | Intensidade Sísmica de Portugal. 17. | Imagem 10 | Intensidade Sísmica de Portugal. 17. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. | Imagem 1 | Carta Geológica de Portugal. | Imagem 11 | Esquema de Localização e Cartograma Representativo da Data das Cartas Militares de Base.. | Imagem 12 | Esquema de Localização.. 48 50. | Imagem 13 | Esquema de Localização e Cartograma Representativo da Data das Cartas Militares de Base.. | Imagem 14 | Esquema de Localização.. 100 102. | Imagem 15 | Esquema de Localização e Cartograma Representativo da Data das Cartas. in e. s.. Militares de Base.. | Imagem 16 | Esquema de Localização.. "S. | XVI. 150 152. Índice de Cartografia. | Cartografia 1 | Síntese Cartográfica 1940.. 49. | Cartografia 2 | Esquema Síntese 1940.. 51. | Cartografia 3 | Síntese Cartográfica 1980.. 101.

(21) | Cartografia 4 | Esquema Síntese 1940.. 103. | Cartografia 5 | Síntese Cartográfica 2000.. 151. | Cartografia 6 | Esquema Síntese 2000.. 153. "S. in e. s.. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. | XVII.

(22) en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. s.. in e. "S. !.

(23) Lista de Acrónimos. AML – Área Metropolitana de Lisboa APLSSA – Área de Protecção Litoral Sines entre Sines e a Lagoa de Santo André APPSACV – Área de Paisagem Protegida do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina APS – Administração do Porto de Sines. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. CIMAL – Comunidade Intermunicipal Alentejo Litoral CCR – Comissão de Coordenação Regional CCR – Comissão de Coordenação Regional CEE – Comunidade Económica Europeia. CEMAT – Conferência Europeia dos Ministros de Ordenamento do Território CIAM – Congresso Internacional de Arquitectura Moderna DL – Decreto-Lei. DPCU – Departamento de Projecto do Centro Urbano DR – Decreto Regulamentar. EFTA – European Free Trade Association (Associação Europeia de Livre Comércio) EN – Estrada Nacional. ESPON – European Observation Network, Territorial Development and Cohesion (Rede Europeia de Observação do Ordenamento do Território). s.. ETA – Estação de Tratamento de Águas. in e. ETAR – Estação de Tratamento de Águas Residuais. "S. FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional GAS – Gabinete da Área de Sines IC – Itinerário Complementar. IGAPHE – Instituto de Gestão e Alienação do Património Habitacional do Estado INE – Instituto Nacional de Estatística IP – Itinerário Principal LBPOTU – Lei de Bases da Política de Ordenamento do Território e de Urbanismo MOPTC – Ministério das Obras Públicas, Transporte e Comunicações NUT – Nomenclatura das Unidades Territoriais. | XIX.

(24) OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico PBH – Plano de Bacia Hidrográfica PDM – Plano Director Municipal PEOT – Planos Especiais de Ordenamento do Território PEZESSC – Plano Estratégico da Zona Económica de Sines/Santiago do Cacém PF – Plano de Fomento PGAS – Plano Geral da Área de Sines. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. PIQUR – Programa de Qualificação Urbana. PNPOT – Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território PNSACV – Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. PO PNSACV – Plano de Ordenamento do Parque Natura do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. POOC – Planos de Ordenamento da Orla Costeira. PORTMOS – Portuguese Motorway of Sea (Auto-Estrada do Mar Portuguesa) PROF – Plano Regional de Ordenamento Florestal. PROT – Plano Regional de Ordenamento do Território. PROT ALI – Plano Regional de Ordenamento do Território do Alentejo Litoral. PROT AML – Plano Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa. PROTA – Plano Regional de Ordenamento do Território do Alentejo. s.. PSA – Port Singapore Authority. in e. PU ZILS – Plano de Urbanização da Zona Industrial e Logística de Sines RAN – Reserva Agrícola Nacional. "S. | XX. RCM – Resolução do Concelho de Ministros REFER – Rede Ferroviária Nacional REN – Reserva Ecológica Nacional RJIGT – Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial RNLSAS – Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha RTE-T – Rede Transeuropeia de Transportes SSS – Short Sea Shipping (Transporte Marítimo de Curta Distância) TEU – Twenty-Foot Equivalent Unit; Truck Equivalent Units.

(25) TGNL – Terminal de Gás Natural Liquefeito UE – União Europeia ZESSC – Zona Económica de Sines/Santiago do Cacém ZIL – Zona Industrial Ligeira ZILS – Zona Industrial e Logística de Sines. "S. in e. s.. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. ZPE – Zonas de Protecção Especial. | XXI.

(26) en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. s.. in e. "S. !.

(27) !. !. !. !. !. !. !. !. !. !. s.. !. !. !. !. !. !. !. !. !. !. !. !. !. !. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. !. in e. !. "S. !. !. !. !. !. !. !. !. !.

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(29) | Sines. Interpretação das Relações Urbanas entre Cidade, Porto e Paisagem Cátia Assunção. Introdução A Interpretação do Território | 1. Num primeiro momento apenas existiam espaços naturais e rurais, bem como pequenos aglomerados urbanos que apesar dos seus limites nem sempre bem definidos, se instituíam já como motores do desenvolvimento urbano. A morfologia do território, seja. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. ele mais urbano ou rural, constituía o reflexo das condições geográficas, físicas e estruturais, que por sua vez se impõem ao desenvolvimento urbano do território, determinando a sua estrutura de parcelamento e até mesmo os principais eixos e formas de expansão urbana. Deste modo, e até ao desenvolvimento portuário e inserção da indústria, a estrutura urbanística do território de Sines 1, sintetizava a base morfológica do espaço, as relações com o oceano, as necessidades defensivas e o aproveitamento das áreas mais produtivas.. O desenvolvimento portuário e industrial, bem como a evolução da estrutura florestal, estabeleceu novas formas, orientações e motivações de crescimento urbano, determinando diferentes relações e novos agentes determinantes na sua formação urbanística.. É perante esta constatação que surge a motivação e o interesse pelo estudo da formação deste território, através da interpretação de três subsistemas influentes na sua composição – a cidade, o porto e a indústria -, e que constituem a matriz do estudo. Mais do que a simples interpretação territorial a partir das três estruturas referidas, pretende-se. in e. s.. estabelecer relações causa/efeito entre o desenvolvimento particular de cada uma delas, e o todo, ou seja, o desenvolvimento geral do território. Neste sentido, mais do que. "S. estabelecer uma matriz de análise que permita interpretar a formação urbana do território a partir da Cidade, Porto e Paisagem, pretende-se fundamentar e justificar o presente, conhecendo e interpretando estádios anteriores. Pretende-se assim, a explicitação e explicação das transformações territoriais, desde a década de 1940 até à actualidade, através do conhecimento das transformações. Entenda-se território de Sines, não apenas como o território circunscrito ao limite administrativo do concelho de Sines. Na delimitação do território foram considerados não somente os limites administrativos, como a área integrada no Plano Geral da Área de Sines e ainda a área de influência do Projecto de Sines, ou seja uma área de estudo distinta de limites previamente estabelecidos, mais coerente do ponto de vista funcional. Para melhor conhecimento dos limites de estudo consultar Apêndice Documental – Documentos de Apoio ao Corpo Teórico – p. 90.1. 1. Introduç ão A Interpretação do Território.

(30) | Sines. Interpretação das Relações Urbanas entre Cidade, Porto e Paisagem Cátia Assunção. que as marcaram no passado, mas sobretudo das que se começam a verificar nas várias cidades e metrópoles contemporâneas. Deste modo, e de forma resumida, o objecto consiste na interpretação da formação urbanística do território de Sines, através de uma matriz de leitura constituída por três estruturas determinantes – Cidade, Porto e Paisagem -, com base no conhecimento dos vários estádios territoriais, determinados com recurso à produção de uma cartografia especificamente organizada, complementada com o conhecimento de alguns projectos e acções que embora não representados cartograficamente, se demonstram determinantes. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. para a sua interpretação.. A Temática. O âmbito científico do estudo insere-se na temática “Paisagens Metropolitanas. Morfogénese e Projecto de Grande Escala na Cidade Europeia Actual”, e pretende a interpretação da formação urbanística de um território concreto, considerando as dinâmicas territoriais e a diversidade das formas de crescimento urbano que se têm verificado nos últimos trinta/quarenta anos, e que reflectem a progressiva transformação dos modelos produtivos, dos âmbitos sociais, económicos e políticos, entre outros. Neste sentido, no âmbito do estudo são consideradas as mudanças paradigmáticas do conceito de urbano, verificadas desde o início do período pós-industrial, até aos nossos dias, considerando a inovações e mudanças dos modelos e opções de planeamento, ordenamento e do próprio projecto urbano.. O estudo tem em conta as novas configurações e os novos fenómenos urbanos e. in e. s.. metropolitanos que tendem a desenvolver-se, como por exemplo La Città Diffusa de Indovina ou La Città Elementare, de Viganò, tendo como base, o conhecimento e estabelecimento de comparações entre fenómenos verificados em outras cidades e. "S. | 2. territórios. Mais do que uma abordagem territorial, pretende-se aqui a identificação de fenómenos metropolitanos em desenvolvimento, e a abordagem cada vez mais multiescalar dos territórios. Neste sentido, é de salientar o contributo de estudos e de projectos de investigação científica, que não só motivaram o desenvolvimento desta dissertação como ainda constituíram um referencial importantíssimo, na definição de estratégias e metodologias. Destacam-se neste domínio, a “Interpretación Urbanística de la Formación Metropolitana de Lisboa desde lo Desocupado”, de Sofia Morgado e os estudos de várias metrópoles compilados em “L' explosió de la ciutat: morfologies, mirades i mocions sobre Introduç ão A Temática.

(31) | Sines. Interpretação das Relações Urbanas entre Cidade, Porto e Paisagem Cátia Assunção. les transformacions territorials recents en les regions urbanes de l' Europa Meridional”, de Antonio Font. A escolha da temática, para além de um interesse pela aprendizagem e na optimização das aptidões e capacidades de leitura e interpretação dos territórios, cada vez mais intrincados e complexos, surge na sequência de um interesse crescente pelas temáticas abordadas e pelos conteúdos programáticos desenvolvidos no âmbito das Unidades Curriculares de Laboratório Urbano I e II 2, que apesar de não incidirem na área geográfica agora em estudo, estimularam o interesse para a compreensão de organismos. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. urbanos complexos, quer na sua escala local, quer nas suas relações territoriais mais amplas. Estas unidades curriculares, estimularam ainda, o interesse pela análise e visão prospectiva sobre os impactos que as intervenções de grande escala induzem no confronto com o ordenamento do território, nos seus vários níveis.. A escolha da localização tem em conta as dinâmicas e as características intrínsecas do território mas também, um certo interesse e motivação pessoal, enquanto residente.. O conhecimento adquirido, para além de tal como anteriormente referido pretender desenvolver uma maior capacidade de leitura e interpretação territorial, do ponto de vista urbano, tem também subjacente o desenvolvimento de competências, estratégias e conhecimentos, a integrar em projectos futuros.. Justificação Metodológica e Técnica. s.. O estudo, interpretação e compreensão de um território, do ponto de vista da sua. in e. formação urbana e territorial, exige o conhecimento das diversas lógicas que lhe estão. "S. subjacentes, ou seja, uma abordagem transescalar e multinível das suas várias componentes, que resultam de um conjunto complexo e multidisciplinar, que envolve domínios como a sociologia, filosofia, a evolução do próprio planeamento urbano e territorial, mas também os progressivos estádios e alterações dos modelos produtivos, políticos, económicos e sociais. Neste sentido, e de acordo com o objecto de estudo definido, importa em primeira instância demonstrar que a Cidade, o Porto e a Paisagem, constituem efectivamente, as. Unidades Curriculares leccionadas no segundo ciclo do Mestrado Integrado em Arquitectura com especialização em Planeamento Urbano e Territorial, da Faculdade de Arquitectura de Lisboa – Universidade Técnica de Lisboa. 2. Introduç ão J us tific aç ão Metodológic a e Téc nic a. | 3.

(32) | Sines. Interpretação das Relações Urbanas entre Cidade, Porto e Paisagem Cátia Assunção. determinantes da formação territorial, não esquecendo porém, o suporte físico base, determinante no desenvolvimento de qualquer território. A interpretação da formação urbanística de um território constitui uma abordagem ambiciosa, cuja conceptualização obriga ao conhecimento da expressão temporal do território, em vários estádios da sua formação. Deste modo, como suporte para a representação da expressão temporal, física e material do território, estabelece-se a produção de uma cartografia específica, que interpreta o território segundo os três elementos, indissociáveis e complementares,. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. definidos na matriz de estudo – Cidade, Porto e Paisagem -, considerando ainda, as várias infra-estruturas e o suporte físico do território.. A produção e interpretação cartográfica têm como suporte a cartografia produzida e publicada pelos Serviços Cartográficos do Exército, nomeadamente, as Cartas Militares da Série M888, à escala 1:25.000 3, correspondentes a três períodos cartográficos, compilados, no âmbito do estudo, em três décadas cartográficas, respectivamente – 1940, 1980 e 2000.. A cartografia produzida, pretende traduzir de forma rigorosa e clara as conclusões apresentadas ao longo do estudo. Os momentos cartografados são determinados pela cartografia oficial existente, sendo porém representativos de momentos determinantes da formação territorial de Sines. Porém, a representação cartográfica é complementada com análises intermédias, que explicitam não só projectos e intervenções geograficamente integrados no âmbito de estudo, como também iniciativas e projectos que de forma mais ou menos directa se reflectem na expressão territorial referenciada.. A cartografia produzida, mais do que um novo elemento de análise baseado numa. s.. matriz de leitura pré definida, institui-se como o reflexo das conclusões apresentadas,. in e. ilustrando a evolução das três estruturas, individualmente e no seu conjunto, com o objectivo principal de responder conceptualmente à organização da dissertação, temporal. "S. | 4. e morfologicamente. A sequência cartográfica pretende representar, simultaneamente as alterações e mudanças registadas, mas sobretudo as motivações subjacentes a essas alterações. Para tal é indispensável o estabelecimento de dicotomias entre as vertentes teóricas e gráficas do estudo.. Folhas 505 (correspondentes aos anos de 1944, 1988, 2000), 515-A (correspondentes aos anos de 1947,1986 e 2000), 516 (correspondentes aos anos 1945, 1989, 2000) e 526 (correspondentes aos anos de 1945, 1987 e 2000). 3. Introduç ão J us tific aç ão Metodológic a e Téc nic a.

(33) | Sines. Interpretação das Relações Urbanas entre Cidade, Porto e Paisagem Cátia Assunção. Contudo, e tendo em conta o suporte cartográfico utilizado, há que ter em conta as alterações ao nível da representação cartográfica, que vão manifestando pequenos ajustes relativamente ao detalhe das categorias apresentadas 4. Este facto justifica que as categorias apresentadas nem sempre obedeçam aos mesmos padrões e níveis de detalhe. Para além de uma produção cartográfica própria, pretende-se com este estudo, a compilação, tão completa quanto possível de elementos cartográficos relativos e representativos da região de estudo. O estudo organiza-se então segundo cinco estádios/períodos, que tal como. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. anteriormente referido, não são estáticos, e representam a expressão territorial e os projectos e planos de um determinado período. De um modo transversal e constante, são estabelecidas comparações e relações com outros estudos, escalas e âmbitos o que traduz a abordagem transescalar, multinível e pluridisciplinar pretendida.. O estudo pretende integrar uma visão prospectiva do território e contribuir de forma positiva para o desenvolvimento de projectos futuros, fornecendo conhecimentos de utilidade pessoal, mas também um acervo para a utilização geral de interessados no. "S. in e. s.. planeamento urbano deste e de outros territórios.. A título de exemplo, a cartografia produzida na década de 1940 demonstra-se mais precisa e detalhada no que concerne aos elementos de paisagem, referenciados por espécies e classes.. 4. Introduç ão J us tific aç ão Metodológic a e Téc nic a. | 5.

(34) | Sines. Interpretação das Relações Urbanas entre Cidade, Porto e Paisagem Cátia Assunção. "S. in e. s.. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. | 6. Introduç ão J us tific aç ão Metodológic a e Téc nic a.

(35) | Sines. Interpretação das Relações Urbanas entre Cidade, Porto e Paisagem Cátia Assunção. Estado da Arte. As cidades e as metrópoles, caracterizam-se por significativas e paradigmáticas mudanças, ao longo do tempo, considerando-se que, nestes últimos trinta anos, assistimos ao estabelecimento e desenvolvimento de um novo conceito – o da cidade pós-industrial -, caracterizado pela reestruturação da concepção urbana e pela definição de novos modelos. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. e estratégias de planeamento urbano e territorial.. Face a esta constatação, e considerando o desfasamento da prática e disciplina do ordenamento português relativamente a outros países europeus, o objecto de estudo adquire particular relevância, por deter uma base intrinsecamente industrial, quando grande parte da Europa, se encontrava já na década de 1970, a experienciar os paradigmas da cidade pós-fordista. Embora alguns autores refiram que o Projecto de Sines constitui uma estratégia de descentralização do porto de Lisboa, este não pode ser considerado como pós-industrial, o que conduz a que o objecto de estudo adquira especial relevância pela possibilidade de estabelecimentos comparativos e de identificação de fenómenos e configurações face a outras cidades europeias, contextualmente mais avançadas, possibilitando até o estabelecimento de perspectivas de intervenção face a experiências observadas.. Neste sentido, e de forma consentânea com as novas abordagens desenvolvidas, sobretudo desde o início do novo milénio, é possível identificar um conjunto diverso de fenómenos urbanos e opções de desenvolvimento urbano e territorial, os quais reflectem,. s.. essencialmente, as transformações progressivas dos sistemas e modelos produtivos. Cada. in e. vez mais desenvolvido, no campo do conhecimento, da especialização, da informática e. "S. das relações de longa distância, o modelo produtivo que marca a nossa actividade reflecte-se de forma veemente na determinação de estratégias de planeamento e crescimento urbano. Neste contexto, os modelos de ordenamento e de planeamento, bem como a expansão das cidades e metrópoles, mais ou menos fundamentadas por instrumentos de gestão territorial, tendem a diversificar-se, constituindo formas de desenvolvimento cada vez mais complexas, nas quais se estabelecem relações das mais variadas ordens, escalas e amplitudes. Surgem assim, conceitos como o de territórios resilientes, que por sua vez, pode ainda ser considerado como uma forma de abordagem conceptual de carácter. Es tado da Arte. | 7.

(36) | Sines. Interpretação das Relações Urbanas entre Cidade, Porto e Paisagem Cátia Assunção. interdisciplinar. Enquanto conceito, a resiliência refere-se à capacidade de absorção e reorganização de um sistema urbano que, mantendo a sua estrutura e identidade básicas, é capaz de se adaptar a novas exigências e a forças de mudança; enquanto abordagem, pode ser entendido pela sua vertente integradora, colaborativa e multidisciplinar, com vista a um desenvolvimento mais equilibrado e sustentável (SANTOS, 2009). O interface entre âmbitos, escalas e usos díspares é uma constante cada vez mais comum nas cidades e metrópoles europeias actuais, reflectindo não só a ocorrência de novos usos e cenários urbanos, como um crescimento das ligações funcionais e espaciais. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. ao nível do território. As novas lógicas de desenvolvimento e expansão das cidades são traduzidas em várias conceptualizações teóricas como “Città Diffusa” de Indovina 5, “La Città Elementare”, de Viganò 6, a “Cidade Extensiva”, de Portas, o “Polycentrism”, de Faludi ou a “Dispersão Urbana”, de Ascher 7. De forma transversal aos vários autores, demonstra-se a tendência crescente para que o desenvolvimento das cidades se caracterize, cada vez mais, por uma configuração espacial dispersa, marcada pela diluição dos limites tradicionalmente apreendidos, entre espaços edificados e espaços não edificados. Estas. novas. configurações. espaciais,. traduzem-se. normalmente. por. um. afastamento face à estrutura física de suporte, ou seja, face às características morfológicas de cada lugar, caracterizando-se ainda por uma certa dificuldade no estabelecimento e na transparência das suas lógicas organizacionais.. Neste domínio não se pretende um desenvolvimento sobre as potencialidades ou contrariedades destas lógicas e conceitos de desenvolvimento urbano, mas sim a definição de um âmago de referência que permita identificar e explicitar algumas. s.. dinâmicas e sinergias com o território de estudo, considerando as suas características e. in e. particularidades, que aliam projectos de grande escala, com estruturas e tecidos preexistentes, de base rural, que persistem até hoje.. "S. | 8. Assim, o território de estudo torna-se particularmente interessante por integrar estruturas que obedecem a diferentes lógicas e níveis, sendo dotado de uma lógica. 5. INDOVINA, F. (1990). La Città Diffusa. In Á. M. RAMOS, Lo Urbano en 20 Autores Contemporáneos (pp. 49-59).. Barcelona: UPC. 6. VIGANÒ, P. (1999). La Città Elementare. Milão: Skira Editore.. 7. ASCHER, F. (2010). Novos Princípios do Urbanismo/Novos Compromissos Urbanos, um Léxico. Lisboa: Livros. Horizonte.. Es tado da Arte.

(37) | Sines. Interpretação das Relações Urbanas entre Cidade, Porto e Paisagem Cátia Assunção. funcionalmente dependente da indústria e do porto, pontilhada por sistemas urbanos de índole rural, em cujas previsões de desenvolvimento se integram as dinâmicas da “Terceira Revolução Urbana Moderna”, de Ascher 8. Esta complexidade, deve ser entendida, não como um processo estático, mas sim através das suas dinâmicas e dos | 9. diversos estádios de formação urbana. Deste modo, importa ainda evidenciar o conjunto de sinergias entre o território/objecto de estudo, e as práticas e políticas urbanas, em crescente desenvolvimento e estabelecimento, não só a nível europeu, como também a nível. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. nacional. Neste domínio verifica-se que, sobretudo a partir de 1980, acentuando-se com a adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia, a disciplina urbana, conheceu significativo estabelecimento ao nível legislativo e regulamentador.. Fruto da evolução do sistema de planeamento urbano, floresce não só uma maior consciência da importância do urbanismo, ao nível dos vários estados e até mesmo dos próprios cidadãos, como também surgem novas territorialidades e novas formas de governança. O solo passa a ser entendido como um bem de valor, e o território passa a obedecer a sinergias que não são somente as locais, regionais e centrais, mas são também comunitárias e globais.. Estas dinâmicas territoriais, induzem novas dimensões pelo que se demonstra necessário aclarar as novas realidades, cada vez mais diversas, articulando estruturas urbanas e infra-estruturais com tecidos rústicos. Esta articulação de escalas, fomentada por um interface crescente de estruturas dimensionalmente díspares, é fomentada não só pelos novos sistemas produtivos, mas sobretudo pelo facto das principais actividades já não se restringirem somente aos núcleos urbanos principais e às estruturas. s.. metropolitanas.. in e. A policentralidade tende a induzir-se de forma crescente no estabelecimento de. "S. redes de centros alternativos, conectados e complementares entre si, não só como um reflexo das novas dinâmicas económicas e produtivas, mas também pela presença veemente que têm ao nível dos vários instrumentos de planeamento. Da identificação das várias transformações das cidades e metrópoles europeias, e das adaptações naturais dos modelos de planeamento e ordenamento territorial, surge o interesse pelo estudo das várias modalidades urbanas e pelos vários estádios de desenvolvimento do território, com vista ao estabelecimento de sinergias e abordagens. ASCHER, F. (2010). Novos Princípios do Urbanismo/Novos Compromissos Urbanos, um Léxico. Lisboa: Livros Horizonte.. 8. Es tado da Arte.

(38) | Sines. Interpretação das Relações Urbanas entre Cidade, Porto e Paisagem Cátia Assunção. comparativas que permitam não só um entendimento paulatino, como também uma observação e um entendimento prospectivo dos estádios futuros.. "S. in e. s.. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. | 10. Es tado da Arte.

(39) | Sines. Interpretação das Relações Urbanas entre Cidade, Porto e Paisagem Cátia Assunção. Localização e Caracterização Biofísica do Território. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. | 11. | Fotografia 1 | Praia do Norte – Canto Mosqueiro | Sines | 20.Set.2008 | Fotografia de Cátia Assunção.. Geograficamente localizado a Sul do país, na zona limítrofe (Sul) da região natural do Sado e Ribatejo, privilegia das condições de excelência de um Portugal atlântico por posição, mas mediterrânico por natureza, tal como defendido por Orlando Ribeiro 9. A fachada atlântica contínua, que delimita a região a Oeste, é marcada pelo contraste entre as enseadas relativamente acidentadas da chamada Costa do Norte da península de Sines, pelo extenso areal de praias em cuja ondulação oscila entre moderada, a Sul, e forte a Norte, e pelas águas calmas da baía de Sines, ilustrando as características da costa portuguesa.. Representando o relevo tradicional da metade meridional do país, no qual o Tejo é. s.. assumido como linha de separação, o território é marcado por um relevo pouco acentuado. in e. (inferior aos 300 m), sendo delimitado a Este pelo maciço da Serra do Cercal 10, a Norte. "S. pela Lagoa de Santo André e a Sul pela Ribeira de Morgavel.. No que respeita à estrutura geológica, a região é marcada, de forma mais intensa,. pela presença de depósitos de aluviões, praias, dunas e terraços, no limite Oeste e por areias, arenitos e argilitos (características do período Cenozóico, <65 milhões de anos) no interior e ao longo de toda a costa a Sul do promontório de Sines, constituindo a ponta. Expressão utilizada por Pequito Rebelo, em “ A Terra Portuguesa” (1929) e imortalizada por Orlando Ribeiro em “Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico” (1986), que traduz de forma indiscutivelmente concisa a identidade geográfica portuguesa, bem como as características socioculturais do seu povo. 10 A Serra do Cercal pertence ao Maciço Antigo, percorre o Alentejo Litoral no sentido Norte-Sul (de Santiago do Cacém em direcção a Odemira), numa extensão de cerca de 35 km, com uma altitude máxima que ronda os 378 m. 9. Loc aliz aç ão e Carac teriz aç ão Biofís ic a do Território.

(40) | Sines. Interpretação das Relações Urbanas entre Cidade, Porto e Paisagem Cátia Assunção. mais ocidental deste, uma espécie de elemento divisor entre as duas estruturas geológicas. Tal destaque justifica-se dada a singularidade da zona mais ocidental do cabo de Sines que, do ponto de vista geológico é designada por Maciço de Sines, o qual resulta da acentuada actividade magmática registada na passagem do Mesozóico 11 para o Cenozóico, da qual resultam também os maciços de Sintra e Monchique. Este maciço é caracterizado por rochas sedimentares e magmáticas, essencialmente gabros de cor escura e granulação grosseira, visíveis e expostos no território de Sines, constituindo um prolongamento dos aforamentos que ocorrem entre Santiago do Cacém e Grândola.. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. Inserido na área de influência da bacia hidrográfica do Sado, os reflexos da sua presença vão muito além do extenso cordão dunar que tem origem na foz e se estende até Sines, barrando lagoas e formando extensas praias cujas areias se alternam entre grãos finos e médios, na grande maioria dos casos, fortemente acompanhados por fragmentos de conchas.. s.. | Fotografia 2 | Praia Vasco da Gama – Baía de Sines | Sines | 16.Abr.2005 | Fotografia de Cátia Assunção.. in e. As rochas que afloram ao longo deste litoral, traduzem o efeito das várias tensões sofridas pela crosta continental, da qual resulta a sua deformação e que reflectem o. "S. | 12. resultado da tectónica das placas com efeitos globais. Do ponto de vista morfoestrutural 12, Portugal inclui três áreas distintas às quais correspondem diferentes estruturas e naturezas litológicas, cada uma delas caracterizada pelas suas especificidades paisagísticas e geográficas – (1) a região de Cascais a Espinho (Centro Oeste) bem como toda a costa algarvia (Sul), desde o cabo de S. Vicente a Vila Real de Santo António, correspondem às Orlas Sedimentares, nos quais os. O período Mesozóico reporta-se à era compreendida entre os 251 milhões e os 65 milhões de anos atrás (Fonte: Wikopédia, http://pt.wikipedia.org/wiki/Mesozoico, consultado a 20 de Julho de 2010). 12 Termo utilizado de acordo com o Atlas de Portugal, do Instituto Geográfico Português. 11. Loc aliz aç ão e Carac teriz aç ão Biofís ic a do Território.

(41) | Sines. Interpretação das Relações Urbanas entre Cidade, Porto e Paisagem Cátia Assunção. sedimentos se caracterizam por se estabelecerem num substrato pouco profundo, muito marcado pela erosão (BRITO R. S., A Terra que Habitamos, Unidades Morfoestruturais, 2005); (2) as Bacias Cenozóica do Tejo e do Sado, caracterizadas pelas suas áreas de abatimento compensadas por preenchimentos de materiais detríticos predominantemente continentais nomeadamente, arenosos, calcários lacustres, cascalhetos e argilosos (BRITO R. S., A Terra que Habitamos, Unidades Morfoestruturais, 2005); (3) por último, e ocupando a maior percentagem do território nacional desde Trás-os-Montes e Minho ao Alentejo ocupando ainda grande parte da Beira, apresenta-se o Maciço Antigo, a maior. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. unidade morfoestrutural da Península Ibérica caracterizada quer pelas suas rochas metamórficas e eruptivas, quer pelo seu conjunto de troços aplanados (BRITO R. S., A Terra que Habitamos, Unidades Morfoestruturais, 2005).. O território em estudo insere-se no Maciço Antigo muito embora, se encontre muito próximo da zona limítrofe das bacias Cenozóicas do Tejo e Sado.. | Fotografia 3 | Praia de São Torpes (arriba) | Sines | 25.Abr.2010 | Fotografia de Cátia Assunção.. in e. s.. Do ponto de vista climático, em Portugal, e um pouco por toda a Península Ibérica,. reinam, sobretudo no Verão, as condições naturais de um território mediterrânico. "S. (RIBEIRO, 1993). Tratando-se de um agente principal na formação da paisagem e dos solos, actuando de forma activa sobre diversos contextos como a agricultura e vegetação, o clima é, em si mesmo, fruto da combinação de vários agentes como o relevo ou a presença do mar. Do ponto de vista bioclimático, o território em estudo regista, nos meses de Verão índices que oscilam entre o quente e o confortável quente, sendo que, a temperatura aumenta à medida que nos aproximamos da raia. No Inverno, os índices de conforto bioclimático apontam para o frio moderado/fresco, sendo que, no total do ano, a temperatura média registada, oscila entre os 16ºC no interior e os 18ºC na faixa litoral. No que concerne à precipitação, registam-se valores inseridos no primeiro tercil da tabela. Loc aliz aç ão e Carac teriz aç ão Biofís ic a do Território. | 13.

(42) | Sines. Interpretação das Relações Urbanas entre Cidade, Porto e Paisagem Cátia Assunção. (mais baixos, correspondentes a cerca de 90 dias no total do ano) de Portugal Continental. Por, sua vez, ao nível da insolação, o território regista valores intermédios na escala de Portugal continental, com cerca de 2700 horas de Sol por ano. Tal como anteriormente referido, os solos, elementos abióticos 13, resultam da combinação de diversos agentes, nomeadamente de alterações químicas, físicas e biológicas sofridas pelas formações geológicas (BRITO R. S., 2005, p. 64). Deste conjunto de factores resultam, na área de estudo, podzois como solos predominantes caracterizados pela mineralização lenta da matéria orgânica e pela sua textura ligeira,. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. sendo característicos das florestas resinosas degradadas (BRITO R. S., 2005, p. 64). O conhecimento deste conjunto de elementos torna-se fundamental para a compreensão do território no âmbito do planeamento urbano, uma vez que traduz as condicionantes e/ou motivações que levaram à ocupação do território, expondo as razões dos vários tipos ou modos de ocupação do território e das actividades humanas. Sem dúvida que a síntese fisiográfica constitui o elemento fundamental na explicitação dos motivos de ocupação ou, por outro lado, da não ocupação dos territórios.. No caso de estudo, e apesar de condições hidrográficas e climáticas de excepção, a constituição arenosa, em combinação com outros factores (endógenos e exógenos) são sem dúvida responsáveis pelo escasso desenvolvimento urbano da região, sobretudo até à década de 70, no qual a agricultura constituía a segunda principal actividade económica, deste território, à semelhança do restante país, mesmo apesar da tendência geral para o. in e. s.. abandono da actividade.. "S. | 14. | Fotografia 4 | Monte do Paio | Lagoa de Santo André | 16.Fev.2009 | Fotografia de Cátia Assunção.. Para além dos solos, fazem parte do conjunto de factores abióticos (1) o clima – temperatura, precipitação, vento, humidade relativa -, (2) a morfologia do terreno – hipsometria, linhas de água, festos e talvegues, declive e exposição -, (3) a geologia – litologia, hidrogeologia e geomorfologia.. 13. Loc aliz aç ão e Carac teriz aç ão Biofís ic a do Território.

(43) | Sines. Interpretação das Relações Urbanas entre Cidade, Porto e Paisagem Cátia Assunção. "S. in e. s.. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. | 15. | Imagem 1 | Carta Geológica de Portugal, Fonte: Atlas de Portugal, Instituto Geográfico Português, 2005 (Categorias Simplificadas e Adaptadas ao Estudo).. Loc aliz aç ão e Carac teriz aç ão Biofís ic a do Território.

(44) | Sines. Interpretação das Relações Urbanas entre Cidade, Porto e Paisagem Cátia Assunção. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. | 16. "S. in e. s.. | Imagem 2 | Bacias Hidrográficas de Portugal, Fonte: Atlas de Portugal, Instituto Geográfico Português, 2005 (Categorias Simplificadas e Adaptadas ao Estudo). | Imagem 3 | Esquema Morfoestrutural de Portugal, Fonte: Atlas de Portugal, Instituto Geográfico Português, 2005 (Categorias Simplificadas e Adaptadas ao Estudo).. | Imagem 4 | Índice de Conforto Bioclimático Verão, Fonte: Atlas de Portugal, Instituto Geográfico Português, 2005 | Imagem 5 | Índice de Conforto Bioclimático Inverno, Fonte: Atlas de Portugal, Instituto Geográfico Português, 2005. Loc aliz aç ão e Carac teriz aç ão Biofís ic a do Território.

(45) | Sines. Interpretação das Relações Urbanas entre Cidade, Porto e Paisagem Cátia Assunção. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. | 17. "S. in e. s.. | Imagem 6 | Precipitação de Portugal segundo Número de Dias, Fonte: Atlas de Portugal, Instituto Geográfico Português, 2005. | Imagem 7 | Insolação Média Anual de Portugal segundo Número de Horas, Fonte: Atlas de Portugal, Instituto Geográfico Português, 2005.. | Imagem 8 | Temperatura Média do Ar Anual de Portugal, Fonte: Atlas de Portugal, Instituto Geográfico Português, 2005. | Imagem 9 | Intensidade Sísmica de Portugal, Fonte: Atlas de Portugal, Instituto Geográfico Português, 2005.. Loc aliz aç ão e Carac teriz ação Biofís ic a do Território.

(46) | Sines. Interpretação das Relações Urbanas entre Cidade, Porto e Paisagem Cátia Assunção. "S. in e. s.. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. | 18. Loc aliz aç ão e Carac teriz aç ão Biofís ic a do Território.

(47) | Sines. Interpretação das Relações Urbanas entre Cidade, Porto e Paisagem Cátia Assunção. Três Variáveis em Causa. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. | 19. | Fotografia 5 | Vista sobre São Torpes | Sines | 01.Abr.2010 | Fotografia de Cátia Assunção.. Como consequência da definição do objecto de estudo e tendo em conta o âmbito científico do mesmo, tornou-se necessário definir uma matriz de análise deste território, única embora dinâmica, passível de ser utilizada, transversalmente a todos os capítulos e períodos temporais estudados.. Deste modo, tornou-se imperativo definir um modelo de estudo, constituído por diferentes variáveis, que permitissem uma abordagem clara e concisa, das relações entre cidade, porto e paisagem, permitindo, simultaneamente, a definição de uma metodologia comum, quer da componente mais teórica do estudo, quer da sua componente gráfica, que resulta na produção de uma nova cartografia, adaptada ao âmbito e contexto do estudo. A definição do modelo terá de responder de forma clara e precisa às várias sequências. in e. s.. temporais cartografadas, impondo-se de forma transversal ao tempo.. Esta necessidade, mais que metodológica, impõe-se como imperativo na. "S. compreensão e explicitação das relações causa efeito da formação urbana deste território. Assim, após uma leitura e interpretação do território e da cartografia utilizada no. estudo, definiram-se três variáveis, determinantes na sua formação, transversais ao tempo e cuja presença é praticamente inteligível/apreensível visualmente, ao percorrer a região. As três determinantes que servem de suporte metodológico ao desenvolvimento teórico e à produção cartográfica são assim: (1) o mar, (2) o desenvolvimento urbano, e (3) a paisagem florestal. Estes elementos impõem-se no território respondendo às premissas estabelecidas a priori, mostrando-se porém bastante dinâmicos no seu contexto, na relação que mantêm. Três Variáv eis em Caus a.

(48) | Sines. Interpretação das Relações Urbanas entre Cidade, Porto e Paisagem Cátia Assunção. entre si e com outros campos de investigação que vão além do campo do planeamento urbano e territorial. Cada uma destas determinantes se impõem, de diferentes modos, nas diferentes sequências cartografadas pelo que, é possível estabelecer relações causa/efeito, apreendendo os diferentes papéis que desempenham na formação do território. Estes três elementos serão abordados transversalmente em todos os capítulos, que correspondem, em si mesmos, a sequências ou períodos temporais, sendo que a cartografia produzida, com base nos mesmos, constitui uma síntese dos fenómenos. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. observados. Para além disso, cada capítulo integrará uma síntese, ilustrativa de cada elemento, em determinado contexto, contribuindo para a elaboração de uma síntese final, em jeito de conclusão.. in e. s.. | Fotografia 6 | Vista sobre Santiago do Cacém (Lagoa da Sancha) | Sines | 02.Abr.2010 | Fotografia de Cátia Assunção.. "S. | 20. Três Variáv eis em Caus a.

(49) | Sines. Interpretação das Relações Urbanas entre Cidade, Porto e Paisagem Cátia Assunção. O Mar Como Pretexto. en Int tre erp C ret id a ad çã e, o Po da rto s R e ela Pa çõ is es ag U em rb ." an as. | 21. | Fotografia Panorâmica 1| Baía de Sines | Sines | 09.Mai.2009 | Fotografia de Cátia Assunção.. Portugal constitui um território predominantemente litoral no qual o mar assume um papel de destaque em vários domínios motivando, desde os tempos mais remotos, o desenvolvimento de assentamentos urbanos, pesqueiros e portuários, arrogando-se como fonte de abastecimento de alimento, potenciador de trocas comerciais, movimento de pessoas e bens e como ponto de partida para horizontes desconhecidos.. Desde cedo se percebeu que é perto da costa e dos rios que se encontram as melhores condições para o desenvolvimento agrícola, em cujo atlântico actua como agente regulador do clima, evitando frios intensos, propiciando temperaturas relativamente estáveis e amenas.. Destacando-se na geografia da costa atlântica portuguesa, designada como uma. in e. s.. espécie de finisterra da Europa, num pequeno promontório localizado a meia distância. "S. entre o Cabo de Sagres e o Estuário do Sado, a região de Sines constituiu um bom exemplo das características morfológicas da costa, integrando falésias rochosas, extensas praias de areia clara bem como pequenos pontos onde a incursão do oceano dialoga consentâneamente com pequenas lagoas de água doce. O oceano e sobretudo a baía natural, côncava, de águas calmas e naturalmente abrigada pelo cabo de Sines, estabelecem a primeira grande oportunidade urbanística da região, tendo as populações como principal motivação não só a actividade piscatória como também a possibilidade de comunicação e de comércio, dada a sua localização no contexto das rotas comerciais, nomeadamente nas descritas entre o Algarve e a capital. A relação com o mar é também potenciada pela actividade agrícola e florestal das áreas circundantes, uma vez que é sobretudo através dele, que se faz o seu transporte e Três Variáv eis em Caus a O Mar Como Pretex to.

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