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de Sines185, e a sua leitura compreensiva, é elaborada a partir de três elementos ou subsistemas – cidade, porto e paisagem – que se instituem como uma matriz de leitura transversal aos cinco momentos identificados, que representam diferentes e significantes estádios da transformação territorial.

A definição da matriz de leitura resulta do entendimento da importância que o mar, o desenvolvimento urbano e a paisagem florestal, detêm na formação urbanística deste território e da possibilidade de serem apresentadas as suas relações, mais ou menos próximas e a forma como influíram no desenvolvimento urbanístico, não só através da vertente teórica, mas também através da cartografia, estabelecendo-se assim, um critério de análise harmónico entre as várias leituras apresentadas.

A interpretação cartográfica segundo os três elementos que fundamentam o estudo, estabelece, por si só, um quadro esclarecedor do desenvolvimento e evolução urbana deste território, justificando simultaneamente quer o modelo de análise e a perspectiva que levou ao desenvolvimento do estudo, quer os fenómenos apresentados.

Na realidade, os três subsistemas constituem um verdadeiro guião de leitura de todo o sistema – o território em estudo -, em cinco momentos distintos, cujo estabelecimento deriva não só da existência de uma base cartográfica oficial de suporte, como resultam também da identificação de momentos determinantes na formação urbanística deste território. Estes três elementos, em conjunto ou individualmente, determinam os vários estádios de formação e desenvolvimento urbano apresentados, desde um período indubitavelmente rural, à sua condição actual, na qual articula, simultaneamente, estruturas rurais e estruturas de escala internacional.

A evolução verificada, ao longo do tempo e as várias configurações que a cidade, o porto e a paisagem vão adquirindo, determinam leituras autónomas, ao longo dos cinco momentos referenciados e em cuja maior ou menor combinação, determina a actual configuração do território.

185 Embora englobe parte do território do concelho de Santiago do Cacém, é adoptada esta nomenclatura em

consonância com o termo utilizado aquando do desenvolvimento do Plano Geral da Área de Sines.

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Interpretação

das Relações

Urbanas

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Cidade,

Porto

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Conclusão

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1| 1940 – Uma Estrutura Fortemente Ruralizada

No segundo quartel do século XX, o território em estudo era, do ponto de vista urbano, bastante incipiente, sendo os seus assentamentos determinados principalmente pelas formas da terra e da água e, naturalmente, pelos recursos delas provenientes.

Do ponto de vista territorial, destaca-se a existência de uma fachada atlântica rica e diversificada, representada na costa portuguesa por um pequeno promontório, recortado por uma baía natural, de águas tranquilas e por duas lagoas, de água doce.

Até meados do século XX, o Oceano Atlântico constituiu uma das principais motivações para o estabelecimento e desenvolvimento de urbanização, neste território, competindo com as terras férteis, também elas pontuadas por povoamento. O porto de Sines constituía um importante recurso económico, atribuindo ao oceano o papel de principal fornecedor de matéria-prima bem como o de importante via de comunicação, com grande relevância para o escoamento de produtos regionais e ainda um papel fundamental na formação urbana deste território. Todavia, a obsolescência das infra-estruturas portuárias, conduziu a uma acentuada diminuição das industrias, conjuntamente com o abandono da agricultura e a migração populacional para meios urbanos registada na década de 1940, conduziu a uma relativa estagnação no desenvolvimento dos aglomerados urbanos deste território.

Do ponto de vista urbanístico, a manutenção e continuidade dos povoamentos pré- existentes, estabelecidos em locais de excepção morfológica e/ou defensiva, constituiu, conjuntamente, com os locais de maior produtividade, agrícola, florestal ou piscatória, as principais motivações para o desenvolvimento urbano. Paralelamente, verifica-se uma tendência para o desenvolvimento de assentamentos rurais, de cariz mais ou menos disperso/difuso, junto às infra-estruturas rodo e ferroviárias, que asseguram a ligação entre os aglomerados urbanos principais, e que simultaneamente se apresentam mais férteis. Neste sentido, estas infra-estruturas, embora nitidamente subdesenvolvidas, instituem-se como eixos direccionais ao desenvolvimento urbano deste território, o qual demonstra uma tendência convergente para a união dos dois aglomerados.

Porém verifica-se que a tendência para o desenvolvimento para NNE de Sines, em direcção a Santiago do Cacém, é motivado não somente pela existência de infra-estruturas de comunicação, mas também pela existência de uma vasta área a Norte (entre a Ribeira de Moinhos e a Lagoa de Santo André), que apesar das suas planuras propícias à localização de aglomerados urbanos, se demonstra bastante inculta pela sua constituição arenosa.

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A estrutura e dimensão da propriedade, tendencialmente maior no interior, face ao litoral, constituem em si mesmas, uma justificação para a estrutura e forma urbana, verificando-se uma tendência para o estabelecimento de grandes propriedades, junto aos principais eixos infra-estruturados, apesar da grande maioria das propriedades ser de pequena dimensão, ligada ao cultivo e produção familiares.

Ao nível da paisagem florestal, verifica-se a presença de arborização e vegetação autóctone, caracteristicamente mediterrânica, concluindo-se que a exploração agrícola, florestal e pecuária, influem bastante no desenvolvimento urbano deste território

Deste modo, verifica-se que até ao momento da inserção da indústria e salvo pontuais excepções186 os três elementos que integram a matriz de análise, mantêm relações causa/efeito relativamente homogéneas, ou seja, estão intimamente dependentes entre si, sendo porém, intrinsecamente determinados pelo suporte físico primário – a morfologia do território.

2 | 1970 – A Inserção da Indústria e o Desenvolvimento Portuário

A definição de um novo modelo económico com vista ao desenvolvimento de estratégias passíveis de aproximar Portugal do grande mercado europeu, conjuntamente com a vontade de desenvolvimento de uma área concentrada de indústrias base, associada a um porto de águas profundas, dá origem ao chamado “projecto de Sines”.

A vila de Sines e as suas imediações, foram apontadas como a localização mais indicada para o estabelecimento de um projecto desta envergadura, não só pelas características morfológicas dos fundos, como também pela disponibilidade de solo e a possibilidade de adaptação e desenvolvimento de infra-estruturas de apoio, bem como pela sua posição geoestratégica face às principais rotas marítimas entre a Europa, América Latina, África e o Mediterrâneo.

O Gabinete do Plano de Desenvolvimento da Área de Sines, ou GAS, constituiu a entidade responsável pela elaboração do Plano Geral da Área de Sines, que após aprovação do Governo em 1972, e a constituição da base legal e reunião dos meios financeiros, dá início às obras do complexo portuário, industrial e respectivas infra- estruturas, nomeadamente as de domínio urbano.

186 De que são exemplo os incentivos à florestação, fomentados pelo Estado e por outras entidades, implementadas

neste território, a partir de 1960.

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A implementação deste projecto apenas foi possível devido à política de expropriações intensiva e sistemática, aplicada a cerca de 18 800 hectares de terreno.

O estabelecimento da área concentrada de indústrias base associada ao porto de Sines, tinha inerente uma forte intenção de desenvolvimento urbano, pelo que foram desenvolvidos vários estudos e previsões relativas aos valores populacionais envolvidos, e consequentemente, analisadas as possibilidades e hipóteses de expansão urbana. Resultado destes estudos, suportados por modelos de programação linear, foi apontada como melhor solução, o desenvolvimento urbano concentrado numa nova cidade, independente dos aglomerados urbanos existentes, localizada a cerca de 15 km de Santiago do Cacém, nas imediações da Lagoa de Santo André.

Fruto de um certo entusiasmo tecnológico/científico, a metodologia utilizada pelo Gabinete da Área de Sines, fortemente influenciada por princípios da urbanística moderna, determina um modelo caracterizado pela fragmentação, dispersão e pelas lógicas funcionalistas. Do ponto de vista urbano, o território é a partir de então, constituído pela justaposição de fragmentos, cuja correlação e lógica de localização nem sempre é perceptível, aparentando uma simples coexistência de usos e estruturas.

O Oceano Atlantico, agora visto numa perspectiva portuária, acentua o seu papel principal nos domínios económicos e urbanístico, motivando porém, devido ao modelo de desenvolvimento aplicado e à inserção de novos usos com lógicas e escalas diferenciadas, uma redução da homogeneidade territorial.

Neste sentido, não são contempladas, no Plano Geral da Área de Sines, quaisquer lógicas pré-existentes relativas à estrutura da propriedade, aos principais eixos de oportunidade ou desenvolvimento urbano, nem mesmo relativamente ao suporte físico primário do território. Assim, com excepção da paisagem florestal, que segue lógicas de antropização e transformação anteriores ao projecto, verifica-se um completo afastamento face às estruturas urbanas e ao substrato morfológico pré-existentes, o que motiva o afastamento dos dois subsistemas principais – o porto e a cidade. Este território passa a constituir um espaço de resposta primordial, às exigências portuárias e industriais e às suas particularidades de espacialização.

3| 1980 – Os Novos Desafios

A conjuntura política, económica e social marcada pela instabilidade de um processo revolucionário, em conjunto com o primeiro choque petrolífero, marcaram os primeiros anos do desenvolvimento do projecto de Sines, reflectindo-se intensamente na

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sua prossecução, conduzindo ao questionamento da sua viabilidade e consequente reajuste.

Porém, o início da década de 1980, e com recurso à cartografia, é possível identificar o grande processo de transformação territorial, inerente ao desenvolvimento do porto, essencialmente dedicado ao sector energético, e que nos primeiros anos de actividade se conseguiu equiparar, no que respeita à movimentação de carga, ao porto de Lisboa, o principal porto do país.

Para além dos novos assentamentos resultantes do estabelecimento da indústria e do novo centro urbano, denota-se um incremento de infra-estruturas sobretudo rodoviárias, que por si mesmas estabelecem um novo conjunto de centralidades territoriais. Desde cedo que estas infra-estruturas, pela sua escala se apresentam como condicionantes/obstáculos ao desenvolvimento urbano, devido à falta de uma função urbana subsequente ao princípio básico de acessibilidade.

Consequentemente, no final da década de 1980, é possível identificar um desfasamento entre as lógicas e as escalas que compõem o território e naturalmente uma forte perda da identidade urbana, pelo fomento de um modelo de desenvolvimento policentrado, assente em Sines, Santiago do Cacém e Santo André. A ausência de uma estrutura urbana contínua, marcada por uma pulverização de assentamentos, funcionalmente espacializados, demonstra a falta de integração entre os novos valores territoriais, ancorados no desenvolvimento de um porto de águas profundas e as estruturas de carácter rural preexistentes.

Neste sentido, é possível afirmar que o projecto de Sines, apesar de deter objectivos muito bem definidos ao nível nacional, sobretudo nos domínios económico, político e estratégico, se instituiu neste território como uma consequência da morfologia dos fundos e da costa bem como da posição geoestratégica face às principais rotas marítimas de mercadorias, demonstrando à escala local e regional, um conjunto de motivações relativamente incipientes. Assim, verifica-se que ao desenvolvimento urbano de todo este complexo portuário, industrial e urbano, esteve subjacente uma estratégia top-down em cujos níveis inferiores, ou seja, regionais e locais, estão intrinsecamente dependentes dos superiores, de âmbito nacional e internacional. O confronto de escalas e de níveis de planeamento começa a demonstrar-se bastante presente, sobretudo enquanto enclave/entropia, a um desenvolvimento mais homogéneo e menos fragmentado. A representação cartográfica deste território passa a apresentar um verdadeiro patchwork, formado pelas várias estruturas portuárias, industriais e urbanas, intercaladas por áreas técnicas de apoio e infra-estruturas viárias, no qual a paisagem florestal começa a

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instituir-se como um verdadeiro espaço oportunidade pelas potencialidades de articulação e interligação dos restantes subsistemas.

O complexo de Sines, incrementa ainda mais o fenómeno de litoralização do país, estimulando e direccionando, a área de influência da Área Metropolitana de Lisboa para Sul. Apesar das grandes alterações territoriais, verifica-se que o Oceano Atlântico mantém o seu papel de agente principal no desenvolvimento urbano, e que apesar da perda de outros agentes de grande importância neste domínio, como a agricultura e as estrutura morfológica, a estrutura de base rural está ainda muito presente.

4| 1990 – O Processo de Globalização e a Emergência de Estratégias Transnacionais de Ordenamento do Território

A partir de 1990 e enquanto reflexo da adesão portuguesa à Comunidade Económica Europeia, em 1986, começa a desenvolver-se uma crescente consciencialização da importância do solo enquanto recurso e a necessidade de desenvolvimento equitativo do espaço, que se traduz numa crescente preocupação com o ordenamento do território e num esforço na determinação de políticas e estruturas que o orientem.

Neste sentido, verifica-se um esforço no desenvolvimento do quadro legislativo correspondente ao ordenamento do território e uma tendência para a descentralização das competências da Administração Central neste domínio, generalizando-se assim, uma visão territorial entendida através dos instrumentos de planeamento e gestão territorial.

Surgem assim, as primeiras gerações de instrumentos de gestão territorial, sob a figura dos Planos Regionais de Ordenamento do Território e os Planos Directores Municipais. No contexto destes instrumentos, são de destacar as directrizes que apontam para a necessidade de gerar complementaridades a nível regional (PROT ALI) e consciência de que o desenvolvimento dos concelhos de Sines e Santiago do Cacém, está intimamente dependente do porto e da sua capacidade competitiva e atractiva face à instalação de actividades e empresas (PDM).

Contudo, verifica-se que os instrumentos que envolvem a área de estudo se demonstram relativamente frágeis no conhecimento das especificidades e estruturas do lugar, revelando-se essencialmente programáticos, normativos e generalistas. Neste contexto é de referir ainda, que a elaboração dos PDM veio acentuar a fragmentação territorial e os efeitos nocivos que a extinção do Gabinete da Área de Sines, enquanto organismo de gestão independente de divisões administrativas concelhias, induziu no

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território. A visão deste território como um todo foi destrinçada por estratégias e programas diferenciados, sob a alçada de cada uma das autoridades locais.

Fruto de vários factores, endógenos e exógenos, o projecto de Sines apresentava, vinte anos após a sua implementação, resultados que ficavam aquém das expectativas, em vários domínios, sobretudo no urbano. Porém, há que destacar o despoletar de uma visão estratégica sobre este porto e sobre este território, que apesar de subdesenvolvido, pode constituir uma grande mais-valia na colocação do país ao nível dos restantes Estados- Membros da Comunidade e no desenvolvimento da região do Alentejo.

5| 2000 – Novas Territorialidades

O novo milénio introduz de forma mais assertiva a dimensão internacional do porto de Sines e a sua excelência enquanto infra-estrutura passível de colocar o país ao nível dos índices de mercado e de desenvolvimentos dos restantes países da Comunidade. A infra-estrutura portuária traduz não somente um esforço no desenvolvimento da oferta de serviços, mas sobretudo uma iniciativa crescente na especialização e na diversificação da oferta, baseada no conhecimento e tecnologia.

Na sequência do que se tem vindo a demonstrar nos estádios de formação territorial anteriores, verifica-se que para além de uma evolução natural, aliada aos novos sistemas produtivos e à evolução tecnológica, a estrutura territorial reflecte já um novo conjunto de hierarquias, que não são mais as de carácter local/regional, mas sim as de um território de transição entre a Europa e o resto do mundo.

Opostamente à estrutura portuária, a expansão urbana regista, índices de desenvolvimento relativamente incipientes, verificando-se porém, uma tendência generalizada para que este, embora comedido, se dedique quase exclusivamente ao uso habitacional, normalmente associado a baixas densidades e a moradias unifamiliares. No que respeita à qualificação urbana e desenvolvimento de equipamentos e serviços públicos, e apesar do esforço verificado nos últimos anos, neste sentido, verifica-se ainda um significativo subdesenvolvimento.

Como reflexo das novas hierarquias e da crescente cultura e prática de planeamento territorial, verifica-se uma tendência, ao nível regulamentar para que os três aglomerados se desenvolvam enquanto um núcleo, policentrado, assente em relações de proximidade e complementaridade. Neste sentido, denota-se uma tendência para a definição de novas formas e níveis de governança, reflexo não só de instrumentos

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regulamentares, mas de novas relações que vêm a desenvolver-se, como por exemplo a relação com a Área Metropolitana de Lisboa.

Neste estádio, mais até que nos anteriores, é possível identificar o desfasamento de escalas entre as estruturas que compõem o território, verificando-se que a retaguarda urbana e paisagística da nova grande porta atlântica da Europa não foi capaz de acompanhar o seu desenvolvimento.

Embora se deposite a esperança de uma maior concertação estrutural, com a redefinição dos instrumentos de gestão territorial de domínio municipal, considera-se necessário assinalar a paisagem florestal como grande espaço de oportunidade, passível de definir novo léxico territorial, aproximando as três estruturas não de um modo saudosista, mas com vista ao aproveitamento das suas potencialidades, sinergias e complementaridades.

Definitivamente este não é mais um território em cujas estruturas se desenvolvem segundo as formas da terra, porém o porto continua a ser o grande motor de desenvolvimento devendo apoiar-se na estrutura da paisagem florestal enquanto mecanismo para um desenvolvimento mais equilibrado e com uma maior identidade urbana.

Face ao exposto nos cinco estádios de formação urbana apresentados e de acordo com o leque de projectos em que se encontra envolvido o porto de Sines e toda a sua infra-estrutura, bem como de um conhecimento que vai mais além da simples representação cartográfica, é possível identificar um conjunto significativo de novas hierarquias que não são somente metropolitanas. Neste sentido, e considerando que a integração em redes de níveis superiores, introduz uma maior diversidade de usos e estruturas, o espaço da paisagem florestal impõe-se ainda mais enquanto espaço de oportunidade passível de conferir alguma homogeneidade a este território, articulando de forma mais coesa, a escala da plataforma logística, com a estrutura rural de baixa densidade que ainda subsiste.

Acredita-se assim, que é nesta estrutura, passível de adquirir novos significados, que reside a oportunidade dos três elementos constituintes, que definem a matriz de estudo, continuem a traduzir a evolução da formação urbana, através de uma maior concertação. A escala metropolitana, global e internacional do território não deve associar-se apenas ao porto, mas sim aos vários elementos que compõem a estrutura territorial. Embora o porto continue a ser o motor do desenvolvimento territorial, as

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restantes estruturas devem aproveitar o seu dinamismo e procurar o estabelecimento de sinergias. Apesar das novas escalas e hierarquias, a matriz de leitura continua ainda, e de acordo com o conhecimento actual face ao futuro, a assentar no porto, cidade e paisagem enquanto elementos estruturantes do território.

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Referências Bibliográficas

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