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les transformacions territorials recents en les regions urbanes de l' Europa Meridional”, de Antonio Font.

A escolha da temática, para além de um interesse pela aprendizagem e na optimização das aptidões e capacidades de leitura e interpretação dos territórios, cada vez mais intrincados e complexos, surge na sequência de um interesse crescente pelas temáticas abordadas e pelos conteúdos programáticos desenvolvidos no âmbito das Unidades Curriculares de Laboratório Urbano I e II2, que apesar de não incidirem na área geográfica agora em estudo, estimularam o interesse para a compreensão de organismos urbanos complexos, quer na sua escala local, quer nas suas relações territoriais mais amplas. Estas unidades curriculares, estimularam ainda, o interesse pela análise e visão prospectiva sobre os impactos que as intervenções de grande escala induzem no confronto com o ordenamento do território, nos seus vários níveis.

A escolha da localização tem em conta as dinâmicas e as características intrínsecas do território mas também, um certo interesse e motivação pessoal, enquanto residente.

O conhecimento adquirido, para além de tal como anteriormente referido pretender desenvolver uma maior capacidade de leitura e interpretação territorial, do ponto de vista urbano, tem também subjacente o desenvolvimento de competências, estratégias e conhecimentos, a integrar em projectos futuros.

Justificação Metodológica e Técnica

O estudo, interpretação e compreensão de um território, do ponto de vista da sua formação urbana e territorial, exige o conhecimento das diversas lógicas que lhe estão subjacentes, ou seja, uma abordagem transescalar e multinível das suas várias componentes, que resultam de um conjunto complexo e multidisciplinar, que envolve domínios como a sociologia, filosofia, a evolução do próprio planeamento urbano e territorial, mas também os progressivos estádios e alterações dos modelos produtivos, políticos, económicos e sociais.

Neste sentido, e de acordo com o objecto de estudo definido, importa em primeira instância demonstrar que a Cidade, o Porto e a Paisagem, constituem efectivamente, as

2 Unidades Curriculares leccionadas no segundo ciclo do Mestrado Integrado em Arquitectura com especialização em

Planeamento Urbano e Territorial, da Faculdade de Arquitectura de Lisboa – Universidade Técnica de Lisboa.

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das Relações

Urbanas

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Cidade,

Porto

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determinantes da formação territorial, não esquecendo porém, o suporte físico base, determinante no desenvolvimento de qualquer território.

A interpretação da formação urbanística de um território constitui uma abordagem ambiciosa, cuja conceptualização obriga ao conhecimento da expressão temporal do território, em vários estádios da sua formação.

Deste modo, como suporte para a representação da expressão temporal, física e material do território, estabelece-se a produção de uma cartografia específica, que interpreta o território segundo os três elementos, indissociáveis e complementares, definidos na matriz de estudo – Cidade, Porto e Paisagem -, considerando ainda, as várias infra-estruturas e o suporte físico do território.

A produção e interpretação cartográfica têm como suporte a cartografia produzida e publicada pelos Serviços Cartográficos do Exército, nomeadamente, as Cartas Militares da Série M888, à escala 1:25.0003, correspondentes a três períodos cartográficos, compilados, no âmbito do estudo, em três décadas cartográficas, respectivamente – 1940, 1980 e 2000.

A cartografia produzida, pretende traduzir de forma rigorosa e clara as conclusões apresentadas ao longo do estudo. Os momentos cartografados são determinados pela cartografia oficial existente, sendo porém representativos de momentos determinantes da formação territorial de Sines. Porém, a representação cartográfica é complementada com análises intermédias, que explicitam não só projectos e intervenções geograficamente integrados no âmbito de estudo, como também iniciativas e projectos que de forma mais ou menos directa se reflectem na expressão territorial referenciada.

A cartografia produzida, mais do que um novo elemento de análise baseado numa matriz de leitura pré definida, institui-se como o reflexo das conclusões apresentadas, ilustrando a evolução das três estruturas, individualmente e no seu conjunto, com o objectivo principal de responder conceptualmente à organização da dissertação, temporal e morfologicamente.

A sequência cartográfica pretende representar, simultaneamente as alterações e mudanças registadas, mas sobretudo as motivações subjacentes a essas alterações. Para tal é indispensável o estabelecimento de dicotomias entre as vertentes teóricas e gráficas do estudo.

3 Folhas 505 (correspondentes aos anos de 1944, 1988, 2000), 515-A (correspondentes aos anos de 1947,1986 e

2000), 516 (correspondentes aos anos 1945, 1989, 2000) e 526 (correspondentes aos anos de 1945, 1987 e 2000).

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Contudo, e tendo em conta o suporte cartográfico utilizado, há que ter em conta as alterações ao nível da representação cartográfica, que vão manifestando pequenos ajustes relativamente ao detalhe das categorias apresentadas4. Este facto justifica que as categorias apresentadas nem sempre obedeçam aos mesmos padrões e níveis de detalhe.

Para além de uma produção cartográfica própria, pretende-se com este estudo, a compilação, tão completa quanto possível de elementos cartográficos relativos e representativos da região de estudo.

O estudo organiza-se então segundo cinco estádios/períodos, que tal como anteriormente referido, não são estáticos, e representam a expressão territorial e os projectos e planos de um determinado período. De um modo transversal e constante, são estabelecidas comparações e relações com outros estudos, escalas e âmbitos o que traduz a abordagem transescalar, multinível e pluridisciplinar pretendida.

O estudo pretende integrar uma visão prospectiva do território e contribuir de forma positiva para o desenvolvimento de projectos futuros, fornecendo conhecimentos de utilidade pessoal, mas também um acervo para a utilização geral de interessados no planeamento urbano deste e de outros territórios.

4 A título de exemplo, a cartografia produzida na década de 1940 demonstra-se mais precisa e detalhada no que

concerne aos elementos de paisagem, referenciados por espécies e classes.

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