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Carteira Semanal de Ações Mirae

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Academic year: 2021

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Carteira Semanal de Ações – Mirae

A semana anterior começou com feriado na última segunda-feira nos EUA e em Londres. Em relação á Guerra Comercial, o Presidente Trump voltou novamente a pressionar os mercados com diversas declarações a respeito desse tema. Começou a semana afirmando que não espera uma decisão no curto prazo, indicando que a Guerra Comercial com a China deverá ser mais longa do que o esperado e na última quinta-feira, partiu para cima do México, afirmando que começará a taxar os produtos mexicanos a partir do próximo dia 10 de junho e caso não diminua o fluxo de imigrantes ilegais, aumentará a taxação mensalmente, até atingir 25% em outubro/19. Na China foram divulgados os lucros das indústrias, que mostrou em abril/19, uma queda de 3,7% anualizada. Saíram também os dados da indústria (PMI), que ficou em 49,4 versus 50,1 em abril/19 e contra uma expectativa de 49,9. Já no setor de serviços o PMI ficou estável em 54,3. Nesse cenário de Guerra comercial se ampliando e com riscos de uma retaliação chinesa, gera impasse para a reunião do G20, que ocorre no final do próximo mês. A aversão ao risco se amplia com o temor de uma recessão global e está levando os investidores globais a serem mais seletivos com posicionamento em ativos de risco, priorizando os menos arriscados como o ouro e o iene, uma vez que os juros também estão caindo. Ainda nesse cenário, o petróleo também seguiu em queda. Nos EUA, foi divulgado o PIB americano do 1T19 que ficou em 3,1% (taxa anualizada), superando as expectativas de mercado de 3,0%. Internamente, no domingo passado (26) ocorreram diversas passeatas pelo Brasil, com a população manifestando apoio as medidas propostas pelo Presidente Bolsonaro e cobrando atitudes dos membros do Congresso para a aprovação das reformas necessárias para tirar o Brasil do engessamento / paralisação econômica. Como esperado, o PIB do 1T19 ficou negativo em 0,2% e a inflação media pelo IGP-M ficou em 0,45%, abaixo do IGP-M de abril/19 e abaixo das expectativas de mercado. Na última terça-feira, dia 28, ocorreu uma reunião entre o Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o Presidente do Senado, Davi Alcolumbre e do STF, DiasToffoli, para assinarem um pacto, em resposta aos anseios da população / passeata. Ao mesmo tempo tem diminuído os twitters do presidente Bolsonaro e o Congresso tem aumentado o numero de votações e propostas / MP. No Senado foi aprovada a MP 870, que reduz o tamanho dos ministérios de 29 para 22. Em relação a liminar dada pelo Ministro Edson Fachin, contrário a venda da TAG, da Petrobras para um consórcio, a decisão ficou para a próxima quinta-feira, dia 4 de junho. Em relação ao Boletim Focus, mais uma vez mostrou queda na expectativa de PIB para 2019 e aumento da inflação. No Brasil, o Ibovespa descolou das Bolsas globais, com a melhora de humor político em Brasília e consequentemente um sentimento mais positivo para a reforma da Previdência.

Carteira Recomendada:

(*) Semana passada

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A Próxima Semana:

Nessa semana esperamos novamente que o impasse em relação à Guerra Comercial EUA x China siga no radar, aumentando ainda mais o temor de uma desaceleração global e no Brasil o relatório Focus do Banco Central deverá continuar mostrando deterioração da economia interna, com as projeções do PIB mostrando nova queda. Na próxima semana nos EUA, saem os dados do PMI Industrial, seguro desemprego e dados de emprego. Na Zona do Euro / Alemanha, saem dados de PMI, vendas no varejo, produção industrial, além da decisão do BCE sobre juros. No Brasil saem dados da Pesquisa Focus, produção industrial, indústria automobilística, IPCA (inflação). Da mesma forma como o Ibovespa se descolou de seus pares no exterior por conta da melhora das expectativas sobre o andamento da reforma da Previdência, não podemos descartar que este movimento seja replicado nesta nova semana, já que este é o principal gatilho para o comportamento de nosso mercado acionário.

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Carteira Recomendada:

(*) Semana atual

BRADESCO PN: O Bradesco divulgou bom resultado no 1T19, com dados dentro do esperado e

confirmando a continuidade da melhora de seus números estruturais. A carteira de crédito segue em evolução, sem alterar sua política de seletividade e conservadorismo na linha de liberação de crédito. A margem financeira mostrou recuo de 4,7% em relação ao 4T18, apontado como fator sazonal, mas evoluiu 4,2% sobre o 1T18. Sua taxa de retorno (ROE) mostrou evolução importante no trimestre analisado, superando a marca obtida entre os trimestres comparáveis.

BR DISTRIBUIDORA PN: Apesar da economia mais fraca no 1T19, a Petrobras Distribuidora conseguiu

entregar no geral um resultado em linha com o esperado, beneficiado pelo aumento de preços, mix e margens. Somos otimistas com a recuperação da economia no final do 2S19 e em 2020 e continuamos acreditando nos esforços da empresa em novamente entregar margens crescentes e ganhos de

market-share. Com a estratégia da controladora Petrobras, de vender/reduzir a sua participação, esperamos

mudanças no management da empresa e uma postura ainda mais agressiva para melhorar as suas margens.

FLEURY ON: O resultado do 1T19 veio dentro da expectativa e influenciado pelo programa de expansão

iniciado ao final de 2016 e que segue até 2021, que considera a abertura de 73 a 90 unidades. Até o 1T19 foi concluído 73% do plano, o que corresponde a 53 novas unidades, ou seja, 19,4 mil m² de área de atendimento. A receita líquida aumentou 7% em relação mesmo período do ano anterior e se posicionou em R$ 700 milhões. O saldo Ebitda do 1T19 atingiu R$ 197 milhões, +6% sobre o 1T18, mas com a margem Ebitda se reduzindo de 28,5% no 1T18 para 28,1% no 1T19. O resultado final do 1T19 foi contabilizado como lucro líquido de R$ 97 milhões, no mesmo nível do 1T18. Estamos incluindo a ação em nossa carteira da semana por conta de seu perfil defensivo.

GERDAU METALURGIA PN: A Gerdau Metalurgia é a holding que controla da Metalúrgica Gerdau. A

Gerdau apresentou bom resultado no 1T19, com destaque para o Ebitda superando as expectativas dos investidores. A empresa registrou queda nas vendas físicas de aço, decorrente do menor volume de produção e vendas (sazonalidade) e pela desconsolidação de ativos ao longo do ano. Apesar do volume ter decrescido 8% em relação ao 4T18 e de -3,5% sobre o 1T18, os maiores preços praticados em todas as suas unidades e o efeito cambial minimizaram o impacto no faturamento do 1T19. Seguindo o mesmo comportamento em relação ao 1T18, a evolução dos negócios no mercado doméstico mostrou

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LOCALIZA ON: A Localiza divulgou bom resultado no 1T19, com forte crescimento de faturamento,

geração operacional de caixa e lucratividade. Suas características em mesclar receita com locação de veículos e revenda de usados lhe permite dosar resultados na melhor condição possível para cada trimestre e no 1T19 a venda de usados foi o principal gatilho da formação do faturamento do trimestre. Acreditamos que a empresa apresente grande potencial de evolução de receitas em um cenário de retomada da economia doméstica, o que aponta para uma melhora de resultados ao longo do 2S19 e principalmente em 2020.

MARFRIG ON: No geral, o resultado da Marfrig no 1T19 ficou abaixo do esperado, impactado pelo fraco

desempenho da operação América do Sul. Por outro lado a operação América do Norte veio forte e esperamos que seja ainda melhor no 2T19 e que a operação América do Sul se recupere principalmente nas exportações (impactando ambos os mercados) devido ao problema sanitário na China, que acarretou forte redução no rebanho de porcos naquele país. O guidance da Marfrig para o ano de 2019 está acima dos números que estamos projetando e também esperamos revisão dos números de mercado para patamar superior. Com a intenção de fusão com a BRF, nos próximos 90 dias, acreditamos que a empresa seja beneficiada, principalmente no mercado interno.

PÃO DE AÇÚCAR PN: A receita líquida do 1T19 foi de R$ 12,604 bilhões, com aumento de 12% em,

relação ao 1T18. As vendas mesmas lojas (SSS) subiram 7,2%, impactadas por ganho de market-share, marketing / estratégias de fidelização e ligeira inflação de alimentos. As vendas no Assái subiram 10,3%. O multivarejo registrou um aumento de 1,3% na receita líquida. O Ebitda ajustado foi de R$ 642 milhões, com aumento de 17,5% em relação ao 1T18 e a margem passou de 4,8% para 5,1%. O lucro líquido foi de R$ 178 milhões, com aumento de 64,2% em relação ao 1T18. No geral o resultado foi bom, sólido e ligeiramente acima da expectativa. Somos otimistas com o setor e com o PCAR4, que deve continuar entregando bons resultados ao longo do ano. Esperamos resultados ainda melhores no final do 2S19 e em 2020, quando esperamos uma economia mais aquecida. Junto com a divulgação do resultado o preço das suas ações caiu forte no B3, com notícias sobre possível reestruturação das operações do Cassino na América Latina. O GPA soltou fato relevante afirmando que em relação a essa notícia não tem nada para comentar. Continuamos recomendando a compra.

PETROBRAS PN: A produção de óleo e gás da Petrobras alcançou 2,460 milhões de barris de barris de

óleo equivalente por dia (boed), queda de 4% na comparação com os últimos três meses de 2018. A estatal atribuiu a redução à usual concentração de paradas de manutenção no primeiro trimestre. As vendas líquidas do 1T19 atingiram R$ 80 bilhões, ficando -14% sobre o 4T18. A queda do faturamento está relacionado a queda do preço do petróleo em 7% na comparação entre estes dois períodos, pelo menor volume colocado de derivados com a fragilidade da economia doméstica e pela queda de receita com exportações, decorrente do preço menor do petróleo. O Ebitda ajustado do 1T19 se posicionou em R$ 27 bilhões, +7% sobre o saldo do 4T18, mas excluindo os efeitos do IFRS 16 e dos itens especiais, o Ebitda do trimestre teria sido de R$ 25,2 bilhões, queda de 14% sobre o 4T18. Decorrente da atualização destas normas contábeis ocorreu importantes mudanças na contabilização de contratos de arrendamento mercantil (leasing) de suas plataformas e embarcações usadas na exploração de petróleo, levando a ajustes de R$ 602 milhões. Houve também o reconhecimento de perdas com a empresa Sete Brasil no valor de R$ 1,4 bilhão. O resultado final foi de R$ 4 bilhões, contra lucro de R$ 2 bilhões no 4T18 e de R$ 7 bilhões no 1T18. A melhora em relação ao resultado do 4T18 foi gerada pelo uso de crédito prejuízo fiscal. O grande evento para essa semana será o julgamento da liminar, na quinta-feira, sobre a suspensão da venda da TAG.

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USIMINAS PNA: A atividade de siderurgia no Brasil tem relação direta com o fluxo de crescimento da

economia e dos investimentos realizados em bens de capital e infraestrutura. Com uma correlação de 2,5x contra o PIB, a demanda por aço no Brasil ainda segue prejudicada, desde a crise do biênio 2015/16, mas continuamos observando uma gradativa melhora trimestre a trimestre. Este foi o cenário em que a Usiminas atuou no 1T19 com seu braço de siderurgia. Para minimizar o impacto do cenário ainda negativo em siderurgia, a Usiminas ampliou os negócios em seu braço de minério de ferro, que por sinal atravessou um período de forte alta de preços, decorrente da redução da oferta do produto com o acidente na unidade Brumadinho da Vale e pelo fato de outras unidades mineradoras locais precisaram ser paralisadas no 1T19 por conta de segurança. O gatilho para a retomada de grandes números para a empresa têm relação com o sucesso do governo em implementar suas reformas na economia, com poder para gerar grande fluxo de pedidos nos dois braços em que atua. A ação encontra-se defasada em Bolsa.

VALE ON: A Vale divulgou o resultado do 1T19 e com ele uma boa parte de valores negativos

relacionados ao acidente de Brumadinho. Decorrente do acidente naquela unidade, a Vale registrou forte queda de produção de minério de ferro e pelotas no período. Apesar deste fator determinar queda das vendas físicas destes produtos no 1T19, ocorreu uma substancial mudança na relação oferta x procura por estes produtos no mercado transoceânico, já que com a redução da oferta ocorreu forte alta no preço destes dois produtos. O preço do minério de ferro saiu de US$ 65/tonelada (antes do acidente) para US$ 95/tonelada ao final do trimestre, o que fez com que o preço médio de venda da Vale se situasse em US$ 82,7/tonelada no 1T19. Este substancial aumento de preço acabou minimizando a redução das vendas físicas. Na teleconferência os representantes da empresa citaram ter contabilizado grande parcela das perdas previstas com o acidente, inclusive a baixa deste ativo, mas novos processos podem surgir ao longo do ano. O que podemos citar que o pior do lado financeiro já ocorreu. Nos ultimos dias, o preço do minério de ferro continua superando os US$ 100/ton no porto de Qingdao.

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Referências

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