• Nenhum resultado encontrado

A efetividade da educação a distância para o desenvolvimento do capital humano no Banco do Brasil

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "A efetividade da educação a distância para o desenvolvimento do capital humano no Banco do Brasil"

Copied!
201
0
0

Texto

(1)

Universidade

Católica de

Brasília

PRÓ – REITORIA DE PÓS – GRADUAÇÃO E PESQUISA

PROGRAMA DE PÓS – GRADUAÇÃO

STRICTU SENSU

MESTRADO EM EDUCAÇÃO

Mestrado

A

EFETIVIDADE DA

E

DUCAÇÃO A

D

ISTÂNCIA PARA O

DESENVOLVIMENTO DO CAPITAL HUMANO NO

B

ANCO

DO

B

RASIL

AUTOR: RICARDO COSTA MACEDO

ORIENTADOR: MARIA CÂNDIDA BORGES DE MORAES

(2)

A EFETIVIDADE DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA PARA O DESENVOLVIMENTO DO CAPITAL HUMANO NO BANCO DO BRASIL.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação da Universidade Católica de Brasília, como requisito para obtenção do Título de Mestre em Ensino-Aprendizagem.

Orientadora: Maria Cândida Borges de Moraes – Professora Doutora em Educação.

(3)

Ficha elaborada pela Biblioteca Central da UCB

Dissertação (mestrado) – Universidade Católica de Brasília, 2009. Orientação: Maria Cândida Borges de Moraes

1. Educação à distância. 2. Aprendizagem organizacional. 3. Tecnologia da informação- comunicação. I. Moraes, Maria Cândida Borges de, orient. II.Título.

(4)

HUMANO NO BANCO DO BRASIL, apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre no Programa de Pós Graduação Stricto Sensu Mestrado e Doutorado da Universidade Católica de Brasília, em 08/12/2009, defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada.

Profª Drª Maria Cândida Borges de Moraes Orientadora

Profº Drº Afonso Celso Tanus Galvão

Profª Drª Lucila Maria Pesce de Oliveira

(5)
(6)

Agradeço primeiramente a Deus, por tudo que tem me proporcionado até hoje.

À Professora Doutora Maria Cândida, minha orientadora, que me acolheu e apoiou decisivamente este trabalho, com inúmeras contribuições, bem como pelo seu dinamismo acadêmico e pessoal.

Aos membros da Banca, pela participação, críticas e valiosas sugestões.

Ao Banco do Brasil S.A., pela oportunidade de participação no seu programa de Formação e Aperfeiçoamento, demonstrando perfeita consonância com empresas de vanguarda.

Ao colega Pedro Paulo Carbone, da Diretoria de Gestão de Pessoas (Dipes) pelo total apoio ao desenvolvimento desse trabalho e pelas sugestões apresentadas.

Aos colegas Humberto Habib e Fábio Hélio pela fundamental assessoria prestada nos procedimentos tecnológicos para a compilação dos dados da pesquisa.

Aos colegas Carlos Netto, Patrícia Vianna e Anysie Pires, Gerente da GEPES São Paulo, Belo Horizonte e Dipes/Geduc Brasília respectivamente, pelo apoio dado quando do processo de entrevista.

Aos respondentes dos questionarios pela atenção e tempo dedicados na coleta de informações.

Ao corpo docente do Programa de Mestrado da Universidade Católica de Brasília, pelos valiosos ensinamentos, em especial aos professores doutores Jose Florêncio e Afonso Galvão.

(7)

conhecimento o caminho; e produtos e serviços inteligentes o resultado, nas empresas baseadas no conhecimento.

(8)

MACEDO, Ricardo Costa, A efetividade da educação a Distância para o desenvolvimento do capital humano no Banco do Brasil, 2009. 201 f. Dissertação (Mestrado em Educação) -Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2009.

Este projeto de pesquisa propõe o confronto entre pressupostos teóricos, princípios, premissas, objetivos da aprendizagem por intermédio de ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) e a realidade da insegurança de gestores e alunos que veem suas práticas de docência e discência confrontadas com os paradigmas emergentes. O objetivo da pesquisa foi identificar se os atores envolvidos com o processo de Educação Corporativa do Banco do Brasil compreendem e compartilham dos mesmos objetivos desse ambiente de aprendizagem, a partir de alguns indicadores extraídos do ambiente de Educação a Distância, como a qualidade e a efetividade, valorização, prazer em estudar, comunicação interna e obstáculos desse ambiente. Os métodos utilizados para coleta de dados foi o de entrevista semi-estruturada com grupos de gestores bem como a aplicação de questionários aos alunos (treinandos), ambos envolvidos com a aprendizagem por meio da Educação a Distância (EAD). A partir do processo de análise emergiram questões que foram amparadas nos marcos teóricos da pesquisa, onde se buscou identificar e analisar os pontos comuns bem como suas convergências na busca de responder às questões que deram origem à pesquisa. Os resultados encontrados nessa pesquisa apontam para um caminho de equilíbrio no avanço da EAD no ambiente de Educação Corporativa, a partir das metodologias disponíveis, considerando que no ambiente educacional nada está totalmente pronto e acabado, todavia requer uma revisitação nas políticas e diretrizes voltadas para a gestão de pessoas, objetivando acompanhar esse avanço, bem como no que diz respeito a questões estruturais específicas da área de educação, como suporte tecnológico, comunicação interna, mensuração de resultados das ações de capacitação, proporcionando, dessa forma, o envolvimento dos atores no processo de Educação Corporativa e, principalmente, promovendo sua efetividade no desenvolvimento dos sujeitos da Organização.

(9)

MACEDO, Ricardo Costa, The effectiveness of the distance education for the development of the human capital in the Bank Brazil, 2009. 201 f. Dissertation (Master Degree in Education) - Brasilia Catholic University, Brasilia, 2009

This research project proposes a comparison between theoretical concepts and principles, assumptions, goals for learning through virtual learning environments (AVA) and the reality of insecurity managers and students their practice of teaching studying faced with the emerging paradigms. The objective of this research was to identify whether the actors involved in the process of Corporate Education Bank Brazil understand and share the same goals of the learning environment, from a number of indicators taken from the environment of Distance Education, the quality and effectiveness, recovery pleasure to study, internal communication and obstacles that environment. The methods used for data collection was a semi-structured interviews with groups of managers and the application of questionnaires to students (trainees), both involved in learning through Distance Learning (EAD). From the review process issues emerged were supported in the theoretical framework of the research, which sought to identify and analyze the commonalities and convergences in their quest to answer the questions that led the research. The findings of this study point to a way to balance the advancement of distance education in the environment of Corporate Education, from the available methodologies, where as in the educational environment is not fully ready and finished, however, requires revisiting the policies and guidelines aimed at people management, aiming to follow this progress, as well as structural issues within specific areas of education such as technical support, internal communication, measuring results of training actions, providing there by the involvement of stakeholders in the process Corporate Education and especially its effectiveness in promoting development of the subjects of Organization.

(10)

Tabela 1

Teorias de Aprendizagem 59 Figura 1

Quatro modos de conversão de conhecimento 64 Figura 2

Fatores que constituem o capital intelectual 66 Figura 3

(11)

AVA Ambiente Virtual de Aprendizagem CACEX Carteira de Comércio Exterior

CREAI Carteira de Crédito Agrícola e Industrial

DESED Departamento Geral de Seleção e Desenvolvimento do Pessoal DIPES Diretoria de Gestão de Pessoas

DRS Desenvolvimento Regional Sustentável EAD Educação a Distância

GAN Gestão Avançada de Negócios

GEPES Gerencia Regional Gestão de Pessoas LIC Livro de Instruções Codificadas MBA Master Business Administration T&D Treinamento e Desenvolvimento

(12)

INTRODUÇÃO ... 15

1) ORIGEM DO PROBLEMA ... 23

2) PROBLEMA DE PESQUISA... 26

3) OBJETIVOS... 27

a) Objetivo Geral... 28

b) Objetivos Específicos ... 28

4) A PESQUISA (corpus de análise)... 28

5) JUSTIFICATIVA ... 29

6) MOVIMENTO METODOLÓGICO ... 32

a) Abordagem Metodológica ... 32

b) Procedimentos Metodológicos... 33

7) DELIMITAÇÃO DO CAMPO DE PESQUISA E AMOSTRA ... 40

8) ORGANIZAÇÃO DOS CAPÍTULOS ... 43

CAPÍTULO I ... 44

1. O BANCO DO BRASIL E SUA EDUCAÇÃO CORPORATIVA ... 44

1.1. BREVE HISTÓRICO DO BANCO DO BRASIL... 44

1.2. BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO CORPORATIVA NO BANCO DO BRASIL ... 46

1.2.1. A Educação Corporativa no Banco do Brasil ... 48

1.2.2. Aspectos Estruturais da Educação Corporativa no Banco do Brasil ... 52

CAPÍTULO II... 53

2 APRENDIZAGEM: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 53

2.1. APRENDIZAGEM HUMANA ... 53

(13)

2.5. APRENDIZAGEM DO ADULTO ... 63

CAPÍTULO III ... 70

3. EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: MARCOS TEÓRICOS... 70

3.1 EDUCAÇÃO EMPRESARIAL ... 70

3.1.1. Treinamento, Desenvolvimento & Educação (Td&E) ... 71

3.1.2. Educação Corporativa ... 73

3.1.3. Educação a Distância ... 76

3.1.4. Impacto das Tecnologias de Comunicação na EAD... 79

CAPÍTULO IV... 83

4. PESQUISA PROPRIAMENTE DITA... 83

4.1. ETAPAS E PROCEDIMENTOS... 83

4.1.1. Instrumentos de Coleta de Dados... 83

4.1.2. Sujeitos Participantes... 85

4.1.3. Coleta de Dados ... 87

4.2. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ... 88

4.2.1. Análise Estatística... 90

4.2.2. Qualidade da Educação a Distância ... 90

4.2.2.1. Efetividade da Educação a Distância ... 94

4.2.2.2. Reconhecimento de Valor... 98

4.2.2.3. Prazer em estudar... 101

4.2.2.4. Comunicação interna... 104

4.2.3. Obstáculos ... 107

(14)

4.2.3.4. Motivação... 117

4.2.3.5. Disponibilidade/Tempo ... 121

4.2.4. Características Demográficas... 124

4.3. ANÁLISE DAS ENTREVISTAS... 131

4.4. LIMITAÇÕES DO ESTUDO ... 140

5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ... 142

6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES... 151

6.1. CONCLUSÕES ... 152

6.2. RECOMENDAÇÕES ... 157

7. REFERÊNCIAS... 158

(15)

INTRODUÇÃO

O avanço científico verificado nas últimas décadas do século XX vem promovendo gradativamente uma série de mudanças nas bases materiais da sociedade, da cultura, da economia e das empresas, principalmente no que tange ao avanço das tecnologias da informação, produção e telecomunicações. Esse período de rápidas mudanças na economia mundial é apontado por muitos estudiosos da temática como um período de transição de uma Sociedade Industrial para uma Sociedade do Conhecimento.

Partindo dessa Sociedade do Conhecimento, abrimos um “parêntese” para dizer que em 1968, portanto há 40 anos, Peter Drucker escreveu “Uma Era da Descontinuidade” 1, quando já percebia tendências que levariam ao que intitulou de: A Sociedade do Conhecimento. Naquele momento, Drucker identificou a possibilidade de descontinuidade em quatros áreas a destacar:

1. Estão surgindo tecnologias genuinamente novas. É quase certo que elas criarão novas indústrias importantes e novos tipos de grandes empresas e que tornarão, ao mesmo tempo, obsoletas as grandes indústrias e empreendimentos atualmente existentes.

2. Estamos diante de grandes mudanças na economia mundial. [...] O mundo tornou-se, em outras palavras, um mercado, um centro de compras global.

3. A matriz política da vida social e econômica está mudando celeremente. A sociedade e a nação de hoje são pluralistas.

4. A mais importante das mudanças. O conhecimento, nestas últimas décadas, tornou-se o capital principal, o centro de custo e o recurso crucial da economia. Isso muda as forças produtivas e o trabalho; o ensino e o aprendizado; e o significado do conhecimento e suas políticas.

Dessa forma, ao lado dos tradicionais recursos existentes e até então valorizados e utilizados na produção – terra, capital e trabalho - junta-se o conhecimento, tornando-se o recurso mais significativo, alterando, principalmente, a estrutura econômica mundial e, sobretudo, a forma de valorizar o ser humano.

Por sua vez, as transformações tecnológicas encontram ampla ressonância em outro fenômeno histórico de mesmo impacto: a mundialização da economia, que vem

(16)

singularizando, num ritmo frenético, os mercados do mundo. Esses fenômenos se reforçam mutuamente, uma vez que as barreiras comerciais foram quase que totalmente extintas, juntamente com outras transformações políticas de caráter significativo, como por exemplo, a diminuição do poder estatal a partir das privatizações e, principalmente, a queda do comunismo na ex-União Soviética, a qual serviu de mola propulsora para a integração dos mercados mundiais, que teve início no final do século XX.

As estruturas de produção e outras atividades começaram se reorganizando em redes mundiais e, dessa forma, os elevados custos de produção foram sendo otimizados à medida que as empresas se organizavam horizontalmente. A partir dessas complexas interações, onde cada ator desempenha um papel definido no processo produtivo, são criadas cadeias de valores, que por sua vez, impulsionam a economia mundial a partir do progresso tecnológico.

Atualmente, a economia mundial é regida pelo fenômeno da globalização e a matéria-prima e a mão de obra desqualificada, tradicionais fatores de produção e fontes de competitividade foram, decisivamente, relegados a um segundo plano, pois a massiva utilização e disseminação da tecnologia no setor produtivo, nos seus mais diversos segmentos, implicam na necessidade de um trabalhador mais capacitado para lidar com a complexidade decorrente de incessantes inovações tecnológicas.

O modelo da tecnologia da informação, reconhecido fundamentalmente nas tecnologias da informação, processamento e comunicação, caracteriza-se pela aplicação de conhecimento e de informação na geração de novos conhecimentos e de mecanismos de processamento/informação/realimentação, materializado em novos processos, produtos e serviços, em um ciclo virtuoso entre a inovação e sua aplicação.

Conforme Zabot (2002, p. 37, apud RICARDO, 2005, p. 27):

[...] os antigos princípios não valem mais, tudo gira em torno das expectativas dos clientes, que determinam como diferencial competitivo das empresas suas estratégias de qualidade (conformidade), tempo (velocidade) e custo, a serem, naturalmente, aplicadas em conjunto, e a serem desenvolvidas adequadamente se tiverem como base informações de qualidade, atualizadas e no tempo certo [...].

(17)

clonagem; as comunicações, como mais de um bilhão de usuários acessando Internet, entre outros.

Para a maioria de nós é perfeitamente visível a mudança sócio-cultural que esses fenômenos instituíram na sociedade atual. O novo modelo que aí está tem como base de sustentação tecnológica a informatização suportada pelas telecomunicações. A rápida evolução por que passa o desenvolvimento dessas tecnologias, tem resultado numa verdadeira explosão nos fluxos de informações, adotando novos padrões e concepções temporais, motivando o culto da velocidade e do tempo real.

Em A condição pós-moderna, Lyotard (1989) discute o decisivo papel das tecnologias de comunicação na sociedade pós-moderna. Ao abordar o saber nas sociedades mais desenvolvidas, o autor nos mostra que ele muda de estatuto com o cenário da informatização, ressaltando que as transformações tecnológicas afetam a investigação e a transmissão de informações, que deverão ser traduzidos em bits para passar pelos novos canais de comunicação. O autor ainda prevê que o conhecimento que não seja traduzível para a linguagem de máquina será abandonado, tamanho o impacto da tecnologia na definição das novas investigações. A distribuição de conhecimentos, ainda segundo Lyotard, também se modifica a partir da intensificação do uso das tecnologias de informação.

Apesar da relevância que Lyotard dá ao papel das tecnologias da informação na disseminação do conhecimento, encontramos outros autores que põem em xeque esse exato papel, como é o caso de afirmativa de Castillo (2005, p. 2):

Vista desde la historia de la educación, la promesa de una "sociedad de la información" no es precisamente alentadora, teniendo en cuenta que la educación tradicional viene siendo largamente cuestionada por su memorismo, su enciclopedismo y, en fin, su abuso de la (transmisión de) información en desmedro de (la construcción y apropiación) del conocimiento. La promesa de la Sociedad de la Información, en otras palabras, puede ser la promesa de una "educación bancaria" extendida hoy a escala planetaria (TORRES, 2001a).

Por sua vez, no sistema de organização da produção vigente, o conhecimento, por ser um item mensurável economicamente, precisa ser gerenciado, construído e reconstruído continuamente para garantir à organização uma vantagem competitiva sustentável.

(18)

crítico para as organizações e vem sendo estudada e debatida há muito tempo, por estarem inseridas em um mercado altamente competitivo.

Esses autores ainda destacam que a contribuição da informação enquanto estímulo e suporte ao processo de aquisição de conhecimento, assim como a importância dos valores individuais inseridos na organização. Por sua vez, para Senge (1990), as organizações buscam novas formas de atingir vantagem competitiva sustentável por meio de um ambiente de aprendizado permanente.

Desse modo, a tecnologia e o conhecimento construído exercem papel das forças produtivas, constituindo-se em decisivos fatores de produtividade e competitividade. Além disso, estamos presenciando um acentuado deslocamento das atividades ligadas aos setores primários e secundários para o setor de serviços, com ênfase na educação e na informação, predominando basicamente na produção e na disseminação de conhecimento.

Embora a maioria dos autores já citados se posicione favoravelmente, no que tange as vantagens do progresso tecnológico e seus efeitos no ambiente sócio-organizacional, encontramos autores que questionam tais vantagens, como é o caso de Castillo (2005, p. 3), que afirma:

El discurso de la educación en la Sociedad de la Información en los últimos años se metió de lleno en el mundo virtual, dejando atrás la discusión acerca de las necesidades básicas de aprendizaje y de la gene, adoptando como temas centrales la competitividad y las nuevas habilidades requeridas por el mercado, para "adecuarse al cambio" antes que para incidir sobre él.

No mundo globalizado em que vivemos, a busca da produtividade e da qualidade coloca as organizações num estado de constante mudança, obrigando-as a repensar seus planejamentos, a analisar sistematicamente os concorrentes, a investir em pesquisa, a buscar parcerias, ou seja, se reinventar dia após dia. Por outro lado, o desenvolvimento científico e tecnológico fez com que máquinas e equipamentos se tornassem cada vez mais acessíveis, e evocou para o trabalhador a capacidade de agregar valor ao negócio.

(19)

quadro, a educação não apenas tem que se adaptar às novas necessidades como, principalmente, tem que assumir um papel de ponta nesse processo.

O ambiente de trabalho mudou e continua mudando constantemente. Foi-se o tempo em que a principal capacidade de um bom profissional era gerar produtos eficientemente. Agora as organizações estão valorizando requisitos como criatividade, iniciativa e capacidade de tomar decisões e procuram por colaboradores que tenham e saibam fazer uso do seu conhecimento.

Hoje, o conhecimento que o funcionário coloca a serviço da organização faz a diferença. O capital intelectual é, portanto, um fator competitivo. Conforme mencionado anteriormente, a nova ordem econômica determina que a qualidade competitiva de uma empresa esteja centrada no poder do intelecto e na habilidade de obter, disseminar e processar informações eficientemente, de acompanhar o constante movimento dos mercados e, sobretudo, de gerar conhecimento aplicado à inovação de processos organizacionais, desenvolvendo e alavancando o seu capital humano.

Por sua vez, esses funcionários passam a gerar mais riquezas para as organizações através de sua competência, sua atitude e sua capacidade para inovar. As competências incluem a habilidade e a educação, e a atitude se refere às condutas. Mas é finalmente a capacidade de inovar que pode gerar mais valor para uma organização e tudo isso constitui o que os autores chamam de Capital Humano.

Para esses autores, o Capital Humano é basicamente constituído de conhecimento acumulado, a habilidade e experiências dos funcionários para realizar as tarefas do dia a dia, os valores, a cultura, a filosofia da organização e diversos ativos intangíveis. A principal estratégia da organização é atrair, reter, desenvolver e aproveitar o máximo esse capital, que será, cada vez mais, a principal vantagem competitiva.

(20)

capacitação desse novo funcionário, possibilitando que ele adquira os conhecimentos e as habilidades mínimas necessárias para desempenhar suas funções.

De forma geral, a capacidade das organizações em utilizar e combinar várias fontes e tipos de conhecimento organizacional vem impactando, sobremaneira, o valor das mesmas, pois a materialização da utilização desse capital humano, adicionado às tecnologias disponíveis e empregadas para atuar e se manter num ambiente globalizado, produz benefícios intangíveis que agregam valor para essas organizações.

É significativa a importância adquirida pelo conhecimento como um dos principais fatores de geração de riqueza e valor das organizações. O novo papel exercido pelo conhecimento e pelo capital intelectual no desenvolvimento das atividades organizacionais explica outra questão cujo registro tem sido cada vez mais frequente no mundo corporativo e diz respeito à existência de uma lacuna oculta entre o valor de mercado e o valor dos ativos de uma organização, segundo Edvinsson e Malone (1998, p. 19).

A mensuração dos benefícios propiciados pelas iniciativas voltadas para a Gestão do Conhecimento tem se tornado um dos maiores desafios da economia o que torna importante para as organizações, de uma forma geral, a estruturação, ou adoção, de um modelo que permita essa medição.

No entanto, vale ressaltar que, não necessariamente o crescimento econômico imbricado com a acentuada expansão da evolução tecnológica e a ampliação do conhecimento são necessários e suficientes para o desenvolvimento da sociedade como um todo. Isso porque, embora as mudanças sejam bastantes profundas, cujos efeitos são salientados em outros momentos deste trabalho, elas se dão de forma gradativa e diferenciada de acordo com o grau de evolução econômica que o país se encontra. Cabe destacar que no Brasil identificam-se características de uma economia pós-industrial (da informação e do conhecimento), industrial e, ainda, de subsistência dependendo da região analisada.

(21)

Segundo Schlemmer et al (2006), atualmente temos de um lado uma quantidade de mudanças sociais, culturais, tecnológicas e econômicas numa velocidade sem precedentes na história da humanidade, enquanto de outro lado, temos as organizações que se mostram incapazes de lidar com essas mudanças.

Os desafios e as mudanças que as organizações humanas vem experimentando estão no foco das discussões da atualidade, pois, nesses tempos de instabilidade se configura em um momento propício para a inovação, por provocar um deslocamento das zonas de conforto para promover novas descobertas e, ao mesmo tempo, criar formas de movimentação nesse terreno movediço, que se caracteriza por incertezas e enfrenta as turbulências decorrentes de um mundo que muda e se transforma continuamente numa velocidade atordoante.

Dessa forma, fica evidente que o investimento na escolarização permanente ou formação continuada passou a se tornar uma exigência do mercado de trabalho que, por sua vez, exige um alto nível de qualificação para os novos entrantes na sociedade produtiva. De olho nesse “nicho” de mercado, as instituições acadêmicas, quer sejam públicas ou privadas, estão se voltando cada vez mais para o redirecionamento e/ou massificação do processo de ensino e aprendizagem, por meio da Educação a Distância (EAD).

Nicho esse, que pode ser facilmente identificado na força de trabalho do mercado formal brasileiro que atualmente gira em torno de 40 milhões de pessoas com grande parte ainda necessitando completar os ciclos básicos. No nível universitário, a expansão massiva de cursos de especialização, MBAs e pós-graduação dão ideia da demanda por educação. Mas nem todos conseguem voltar aos bancos escolares. Ou porque as longas jornadas de trabalho dificultam a permanência dos funcionários nas salas de aula; ou porque a situação financeira não os permite ingressar nos cursos presenciais; ou ambos.

Tendência essa, que pode ser ratificada com a edição do Jornal da Comunidade (2008, p. 24); um jornal de circulação local de Brasília, que na sua seção “Educação & Ciência”, traz a seguinte manchete: Aprendizado sem fronteiras – O ensino a distância, uma forma eficaz de

educar e instruir ganha força entre as pessoas que tem pouco tempo disponível para se

dedicar aos estudos, como os profissionais liberais.

(22)

expansão de oportunidades educacionais voltadas para o desenvolvimento do seu capital humano e intelectual e, consequentemente, contribuir para o fortalecimento da imagem do Banco do Brasil como desenvolvedor da excelência humana e profissional de seus públicos.

Delors (1999), presidente da Comissão Internacional sobre a Educação para o Século XXI, da UNESCO, indicou os quatro alicerces da educação para este século, os quais foram adotados pelo Banco do Brasil como princípios para suas políticas de desenvolvimento profissional:

a) Aprender a conhecer: As rápidas transformações geradas pelo progresso

científico e as novas formas de atividade econômica e social exigem dos profissionais a conciliação da cultura geral com a necessidade de aprofundamento em uma área específica de atuação.

b) Aprender a viver junto: A percepção da crescente interdependência dos seres

humanos gera necessidade de conhecimento sobre o outro, sua história, tradição e cultura, e a aceitação da diversidade humana. A realização de projetos comuns, a gestão inteligente e pacífica dos conflitos envolve a análise compartilhada de riscos e ação conjunta, em face dos desafios futuros.

c) Aprender a fazer:O trabalho é, e será com maior frequência, menos prescritivo

e mais desafiador às competências do profissional. È necessário aos profissionais o desenvolvimento da capacidade de enfrentar situações inusitadas que requerem, na maioria das vezes, o trabalho coletivo.

d) Aprender a ser: A dimensão do saber ser contempla o desenvolvimento da

autonomia, da responsabilidade profissional e social (cidadania). Esse desenvolvimento torna-se variável crítica de sucesso para o enfretamento das situações complexas que se apresentam ao profissional. Lidar com desafios torna-se sinônimo de profissionalismo. As rápidas transformações geradas pelo progresso científico e as novas formas de atividade econômica e social exigem dos profissionais a conciliação da cultura geral com a necessidade de aprofundamento em uma área específica de atuação.

(23)

competências dos atores envolvidos, como por exemplo: gestores, diretores, coordenadores e alunos engajados na disseminação dessas mudanças, entendendo todas as dimensões envolvidas no processo pedagógico alem das dimensões empresariais ligadas ao lucro; possibilitando um equilíbrio harmonioso no gerenciamento produtivo, tecnológico e humano.

1) ORIGEM DO PROBLEMA

As transformações tecnológicas em curso vêm acrescentando uma série de modificações no mundo do trabalho, exigindo cada vez mais uma melhor qualificação dos funcionários que devem desenvolver uma visão sistêmica, sendo estimulado a um comportamento pró-ativo, ou seja, antever os problemas e, consequentemente, resolvê-los. Tais exigências podem ser entendidas como prelúdio ao nascimento de novos paradigmas do processo de aprendizagem nas organizações, uma vez que o conhecimento passa a desempenhar um papel fundamental na produção de riquezas.

A partir da compreensão de que a competitividade depende, entre outros aspectos, do conhecimento do funcionário, as empresas buscam ferramentas que possibilitem o pleno gerenciamento do seu mais importante ativo, o capital humano, o que envolve a gestão de competências, a gestão do seu capital estrutural e relacional.

As organizações voltadas para a aprendizagem valorizam a diversidade de ideias e pontos de vista, considerando-a uma proteção para enfrentar mudanças de ambiente. A adequação às transformações no mundo do trabalho se dá de forma dinâmica, em um processo que é constituído coletivamente e que requer de todos os atores desse processo, novas formas de pensar o desenvolvimento de habilidades, para buscar conhecimento e a atualização em relação aos conceitos mais recentes.

(24)

A partir dessa conjugação de fatores, a Educação a Distância (EAD) surge como uma alternativa eficaz para o alcance dessas estratégias, uma vez que ela necessita de menos investimentos (em média 50% mais barata), e possibilita a cobertura de um grande raio de ação. Em função disso, percebe-se que o tradicional “treinamento” vem gradativamente sendo substituído pela educação a Distância nesse novo ambiente de aprendizagem.

É também nesse cenário, onde se percebe o crescimento e a amplitude do universo educacional, que o ambiente da educação corporativa, por meio da Educação a Distância (EAD), vem encontrando um campo farto e fértil, potencializando a disseminação do acesso a essa modalidade de educação, permitindo atingir um maior número de funcionários (treinandos) da organização.

Aliado a essas transformações, o processo de globalização exige cada vez mais que as organizações busquem plena efetividade econômica. Exigência essa que perpassa todas as áreas da organização e, como tal, a área responsável pela gestão da educação corporativa do Banco do Brasil.

Nesse sentido, na condição de Educador Corporativo do Banco do Brasil, com mais de 13 anos de experiência, pude acompanhar um pouco mais de perto as mudanças no sistema de Educação Corporativa, principalmente a partir de 1996, com o lançamento do programa de Profissionalização, até os dias atuais.

Também participei e participo como aluno (treinando) de vários cursos presenciais e virtuais oferecidos pelo Banco do Brasil. E, no que tange ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), percebe-se que houve apenas uma reprodução da sala de aula tradicional aliada a novos recursos, sem a devida adaptação à cultura organizacional do Banco do Brasil, ratificando o que é citado por diversos autores no decorrer desse trabalho.

Percepção esta corroborada por diversos outros educadores que vivenciaram experiências similares, bem como de colegas de trabalho, a qual me instigou a desenvolver essa pesquisa, por entender que, no ambiente corporativo do Banco do Brasil, talvez ainda não seja o momento da EAD se consolidar ou que seja necessário melhor adequá-la ao ambiente corporativo.

(25)

foram sendo construídos a partir do meu convívio com situações de ensino e aprendizagem nos diversos ambientes e contextos ligados ao processo de Educação Corporativa no Banco do Brasil desde 1995.

Nesse sentido, se faz necessário investigar e comparar os resultados desse ambiente, tanto para o indivíduo quanto para a organização, tomando como referencial os resultados produzidos nos ambientes educacionais tradicionais, onde o processo educacional colaborativo e cooperativo se concretiza eficazmente, considerando ainda, os princípios educacionais que orientam o processo educacional no Banco do Brasil.

De acordo com a Proposta Político-Pedagógica do Banco do Brasil (BANCO DO BRASIL, 2009), os princípios educacionais que regem a Educação Corporativa no Banco são:

O aluno como sujeito da aprendizagem – O aprendiz é reconhecido como agente da educação, pois ele assume o compromisso com seu aprendizado, tendo o educador como facilitador deste processo. As tendências pedagógicas que buscam formatar o educando como sujeito passivo, mero receptor, são rejeitadas.

Diálogo e conscientização – O trabalho docente é conduzido por meio do diálogo, com respeito mútuo entre educador e educando, para a elaboração conjunta do saber que busca sempre a conscientização sobre a realidade e a capacidade de nela intervir.

Problematização da realidade – Os temas estudados referem-se a questões concretas e são discutidos de maneira não dogmática, possibilitando o desenvolvimento da capacidade crítica. Quando o homem compreende sua realidade, pode levantar hipóteses, procurar soluções e tentar transformá-la.

Abordagem complexa e visão multirreferencial – O estudo e a reflexão sobre os temas apresentados são conduzidos sob um enfoque sistêmico e articulado, a partir da conjugação de diferentes perspectivas.

Aprender a aprender – Mais do que a construção de determinado conhecimento, o trabalho educativo objetiva desenvolver no educando a capacidade de aprender.

Considerando essas percepções, de forma geral, essa prática de EAD necessita de uma discussão mais aprofundada, objetivando refletir sobre os rumos dessa educação, no que tange as novas dinâmicas que envolvem o ensino e a aprendizagem a Distância, e mais especificamente no mundo corporativo, considerando uma sociedade cada vez mais voraz na busca e aquisição de conhecimento.

(26)

Segundo Moraes (2008, p. 3), “todo observador surge na própria experiência de observar, como condição constitutiva inicial, surge a partir de sua própria experiência na pesquisa, ou seja, no momento de sua reflexão sobre a realidade pesquisada ou ao explicar os fatores que caracterizam o objeto pesquisado”.

A partir desse novo paradigma educacional emergente e tendo como cenário as organizações Banco do Brasil, o presente estudo se ambientará.

2) PROBLEMA DE PESQUISA

Este trabalho de pesquisa procurará abordar os avanços e a disseminação do uso das novas tecnologias de comunicação no ambiente da educação corporativa, especificamente no que tange ao ambiente de EAD via Web (WorldWideWeb), onde essas tecnologias e, principalmente, o e-Learning vem se expandindo e consolidando.

Dessa forma, será objeto central deste trabalho, a partir da conjugação dos aspectos conceituais e práticos dos impactos, quer sejam educacionais, estruturais ou sociais dessa metodologia de ensino-aprendizagem, envolvendo as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), para os indivíduos e para a organização, nesse Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA).

Para tanto, será realizada uma análise crítica e a partir dessa análise, discutir e evidenciar se os objetivos organizacionais para esse ambiente virtual de aprendizagem (AVA), no que tange ao desenvolvimento do capital humano, se concretizam.

(27)

corporativa, está sendo compreendida e acolhida pelos funcionários, bem como se o processo de aprendizagem está se concretizando de forma efetiva.

Ainda, considerando o enfoque dado por diversos autores aos dados estatísticos por eles produzidos e referendados pelas organizações diretamente engajadas na disseminação do EAD, percebe-se a relevância dada ao fator econômico como grande benefício dessa metodologia de educação.

Nesse cenário, a capacitação profissional torna-se um processo complicado, pois, além da capilaridade do Banco do Brasil, existe um ambiente de trabalho fortemente heterogêneo, tornando o desenvolvimento e a operacionalização de ações de capacitação profissional um grande desafio para a organização.

Diante dessas percepções, faz-se as seguintes questões:

a) Em que medida os processos de ensino e aprendizagem mediados pelas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) contribuem para o desenvolvimento do capital humano no contexto da Educação Corporativa do Banco do Brasil?

b) Até que ponto a Educação a Distância desenvolvida no Banco do Brasil atende aos objetivos dos indivíduos e da organização, no atual cenário da sociedade da informação em que vivemos?

Portanto, espera-se que os aspectos abordados neste trabalho de pesquisa possam contribuir para a compreensão desse fenômeno, que emergiu de um longo e incômodo processo reflexivo, vivenciado pelo pesquisador, na condição de educador e educando do Banco do Brasil, da literatura existente e, principalmente, a partir de diversos relatos e questionamentos de pares que vivenciaram e/ou vivenciam esse processo; a partir dos conceitos, vantagens e/ou desvantagens da implementação da EAD no ambiente educacional corporativo do Banco do Brasil.

(28)

a) Objetivo Geral

Este trabalho tem por objetivo investigar se os atores envolvidos com o processo de educação corporativa do Banco do Brasil, especificamente no que tange ao ambiente de EAD via Web, compartilham dos mesmos objetivos, compreendem e identificam os resultados desse ambiente de aprendizagem.

Além disto, pretende-se identificar se os cursos ofertados pelo Banco do Brasil, por meio do ambiente de Educação a Distância via Web, são eficazes e efetivos no que diz respeito ao desenvolvimento do capital humano, quer seja no campo do aprimoramento profissional, quer seja no campo do aprimoramento pessoal.

b) Objetivos Específicos

1. Identificar e comparar se a EAD efetivamente proporciona aos funcionários a ampliação do seu autodesenvolvimento, em termos de aprendizagem, reconhecimento e prazer em estudar e como isso acontece.

2. Investigar se a comunicação interna (vertical/horizontal) tem contribuído para que os funcionários compreendam e identifiquem as possibilidades de aprimoramento profissional e/ou pessoal por meio da EAD.

3. Identificar se os obstáculos impactam a adoção da EAD e como isso ocorre.

4) A PESQUISA (corpus de análise)

(29)

O escopo da investigação se desenvolveu sobre a análise de documentos impressos e ou informações disponíveis no meio digital, sobre as entrevistas com gestores envolvidos com o processo de Educação Corporativa no Banco do Brasil e sobre os questionários encaminhados aos funcionários estudantes dos cursos: Master Business Administration em Desenvolvimento Regional Sustentável - MBA DRS, Master Business Administration em Gestão Avançada de Negócios – MBA GAN e funcionários estudantes do Curso de Graduação em Administração – Curso piloto do Projeto Universidade Aberta do Brasil – UAB, ofertados pelo Banco do Brasil por meio do ambiente de EAD via Web.

Considerando esse conjunto de aspectos, retoma-se o problema de pesquisa como o desejo de contribuir para uma discussão mais aprofundada sobre os rumos que a Educação Corporativa no Banco do Brasil, em relação ao envolvimento de seus atores nesse processo, seus obstáculos, bem como efetiva contribuição dessa educação no desenvolvimento profissional e pessoal do capital humano do Banco do Brasil.

5) JUSTIFICATIVA

A prática da EAD vem se consolidando junto à sociedade, açambarcando cada vez mais sujeitos sociais envolvidos com o processo de ensino-aprendizagem, quer seja no meio acadêmico, quer seja nas instituições públicas ou privadas.

Por sua vez, Schlemmer et al (2006 p. 369) destacam que “os sistemas educativos encontram-se, atualmente, em crise e submetidos a novas restrições: de quantidade, diversidade e velocidade de evolução dos saberes”. A demanda por formação é maior do que nunca. Porém, além do enorme crescimento quantitativo, ela sofre também uma profunda mutação qualitativa por conta de uma necessidade cada vez mais presente da diversificação e de personalização do processo educacional.

(30)

[...] ensinar não é transferir conteúdo a ninguém, assim como aprender não é memorizar o perfil do conteúdo transferido no discurso vertical do professor. Ensinar e aprender têm que ser com esforço metodicamente crítico do professor de desvelar a compreensão de algo e com o emprenho igualmente crítico do aluno de ir

entrando, como sujeito de aprendizagem, no processo de desvelamento que o

professor ou professora deve deflagrar.

Moran (2007, p. 11), ressalta que:

Ensinar com as novas mídias será uma revolução, se mudarmos simultaneamente os paradigmas convencionais do ensino, que mantêm distantes professores e alunos. Caso contrário, conseguiremos dar um verniz de modernidade, sem mexer no essencial.

Para Moraes (2005, p. 191), a maioria dos trabalhos em educação a Distância continua reproduzindo a sala de aula tradicional com um pouco mais de recursos e sofisticação. Um ambiente virtual de aprendizagem (AVA) necessita ser concebido como um sistema cognitivo-emocional onde interagem diferentes atores, instituições e tecnologias acopladas por meio de diferentes linguagens.

Ainda sobre essa questão, Moran (2002, p. 2), afirma que “estamos numa fase de transição na educação a Distância. Muitas organizações estão se limitando a transpor para o virtual adaptações do ensino presencial (aula multiplicada ou aula disponibilizada)”.

Com a inserção das novas tecnologias de comunicação e o desenvolvimento de ambientes virtuais, a função mediadora do professor tomou um forte impulso, provocado pelas possibilidades e também pelas exigências de uma nova cultura docente e discente nas instituições de ensino.

No ambiente corporativo, não foi muito diferente, pois, a capacitação profissional tornou-se um fator extremamente competitivo, evocando para o trabalhador a capacidade de agregar valor ao negocio da organização. Nesse cenário, a educação não apenas tem que se reinventar dia após dia, mas, principalmente, assumir um papel de vanguarda nesse processo.

(31)

Considerando que a consolidação da EAD no ambiente educacional é irreversível e vislumbrando a tendência de futuro para a Educação a Distância em países emergentes, em particular no Brasil, a pesquisa poderá disponibilizar aos atores envolvidos com a educação corporativa, de forma geral, e particularmente no Banco do Brasil, constatações, sugestões ou indicativos capazes de ressignificar suas políticas e diretrizes educacionais, principalmente, para aqueles atores que estão envolvidos diretamente com as definições estratégicas para a área.

Os educadores também poderão se beneficiar dos resultados dessa pesquisa, a partir da análise e reflexão sobre qual a melhor metodologia a ser adotada para os ambientes virtuais de aprendizagem na educação corporativa, de acordo com a sua realidade, bem como identificar nessa metodologia, a capacidade de aglutinar eficazmente todos os elementos que a compõem.

Todo esse avanço que permeia uma complexa rede de determinações, mediações e tensões entre as diferentes esferas da sociedade: econômica, social, política e cultural, se apresenta, indubitavelmente, revolucionário e avassalador, considerando o enfoque dado pelos autores aos dados estatísticos por eles produzidos e referendado pelas organizações engajadas na sua disseminação, onde se percebe a relevância dada ao fator econômico como grande benefício, sem, porém, considerar o indivíduo, ora tratado como capital humano, como integrante ativo desse processo.

A partir da descrição dos alicerces sugeridos pela UNESCO para o Século XXI e o incentivo massificado às novas formas de aprendizagem no ambiente organizacional, percebe-se que autores, especialistas e pesquisadores da temática tem dispensado pouca atenção à devida importância do sujeito nos processos de ensino-aprendizagem.

Dessa forma, é possível considerar que a pesquisa também ratifique ou retifique a percepção de autores como Morin e Moraes, já citados nesse trabalho, para o fato de que a adoção da prática de EAD no ambiente educacional corporativo pode estar sendo um grande equívoco e/ou que sua implementação deva ser melhor adequada para esse ambiente.

(32)

flexível, desafiador e favorável ao processo de ensino-aprendizagem, ou, pelo menos, propício à reflexão sobre as atuais praticas de EAD adotadas no Banco do Brasil, bem como seus impactos positivos e/ou negativos no referido processo.

6) MOVIMENTO METODOLÓGICO

a) Abordagem Metodológica

De acordo com Lakatos & Marconi (1991, p. 83), os métodos científicos não são utilizados exclusivamente pela ciência, mas “não há ciência sem o emprego de métodos científicos”.

Uma maneira interessante de sermos introduzidos no mundo conflituoso dos conceitos de ciência foi utilizada por Bauer, Gaskell e Allum (2002), quando procurou representar de forma bastante didática a problemática da pesquisa social, a partir do exemplo de uma partida de futebol, onde jogadores de times adversários buscam os mesmos objetivos, porém, utilizando estratégias e táticas de acordo com a natureza da competição.

Ainda segundo Bauer e Gaskell (2002), nesta situação social competitiva, pode-se identificar os seguintes elementos de uma investigação social:

a) o “campo de ação” onde estão os atores, representados pelos 11 jogadores de cada lado, que são altamente treinados, habilidosos e articulados em seus papéis, com o propósito de ganhar o jogo, além do juiz e dos bandeirinhas;

b) os “assistentes”, representados pelos leais torcedores de um time ou de outro;

c) o “campo de observação”, representado pelas arquibancadas de espectadores.

A partir dessa introdução, fica um pouco mais fácil compreender e, principalmente, identificar o delineamento entre os chamados métodos qualitativos e quantitativos de pesquisa, com suas vantagens e limitações, bem como de suas utilizações em diferentes situações sociais, diferentes tipos de informação e diferentes problemas sociais.

(33)

Ele faz uma profunda discussão sobre a complementaridade e a diferença entre ambas as metodologias, onde, primeiramente, procura desvelar preconceitos com relação ao método qualitativo e seus impactos no dia a dia da pesquisa social, bem como clarificar que os métodos qualitativos e quantitativos possuem fundamentação epistemológica distintas, ou seja, que cada metodologia possui limites conceituais, propósitos, paradigmas filosóficos e recursos metodológicos próprios.

Cohen & Manion (1994) seguem a mesma linha de discussão de Turato, ressaltando seu aprofundamento em questões que tratam de conceitos, funções e definições de ciência, todavia procurando dar ênfase à área de educação, enquanto que Turato estava voltado para área de saúde.

No trabalho de Galvão (2001), encontramos uma série de considerações sobre os conceitos de ciência, embasadas em correlações entre a idéia de ciência que temos hoje e sua evolução conceitual histórica que teve início no século XVII, com a invenção das ciências naturais. Afirma ainda que: “a linguagem científica tem sido dominada por uma separação entre evidência e teoria e tem confiado na distinção entre a descrição dos eventos ou observações e os pronunciamentos que os explicam”(GALVÃO, 2001, p. 5).

b) Procedimentos Metodológicos

Ao definir o Banco do Brasil como objeto de estudo deste trabalho e tendo como seu objetivo analisar se os atores envolvidos com o processo de educação corporativa do Banco do Brasil compartilham dos mesmos objetivos e compreendem os resultados desse ambiente de aprendizagem, quer seja no campo do aprimoramento profissional, quer seja no campo do aprimoramento pessoal, tem-se tipificada uma pesquisa de caráter exploratório cuja predominância de abordagem, dada à subjetividade que implica, deve ser a qualitativa.

(34)

dados e o pesquisador como instrumento fundamental na observação, seleção, análise e interpretação dos dados coletados.

A pesquisa qualitativa é um conceito abrangente, que compreende diversas formas de investigação, todas elas contribuindo para a compreensão e descrição do significado dos fenômenos. A preocupação, portanto, está no processo e não simplesmente no resultado ou no seu produto. Pelo emprego da abordagem qualitativa pode-se estudar as interrelações de dados, frequentemente invisíveis para observadores externos.

Preocupação esta, que fica bastante evidenciada na afirmativa de Turato (2004, p. 49):

Assustador deveria ser o fato de as coisas essenciais da vida do homem ficarem no espaço fora da consciência do estudioso, fazendo com que as verdades imprescindíveis da vida humana permaneçam nos sutis intervalos entre as palavras e as atitudes, sem que sequer sejam percebidas e, muito menos, consideradas em suas investigações.

O interesse, sem dúvida, é identificar como um determinado fenômeno se manifesta nas atividades, procedimentos e interações do dia a dia, porque se acredita que qualquer fenômeno pode ser melhor compreendido e observado quando acontece no próprio contexto em que ocorre e do qual faz parte.

Isto requer do pesquisador uma visão sistêmica e holística, e a capacidade de compreender os fenômenos que estão sendo estudados, a partir da perspectiva dos participantes. O significado que as pessoas dão às coisas e aos fenômenos que compõem a sua vida são preocupações essenciais do pesquisador.

No entanto, a validade da pesquisa seja ela quantitativa ou qualitativa, depende de um rigor científico disciplinado por uma rigorosa obediência a fundamentos científicos (critérios), a sociedades científicas (paradigma), mas também ao atendimento das necessidades de seus usuários (aptidão, interesses, valores, personalização).

Dessa forma, para atender ao objeto deste estudo e em adequação à abordagem qualitativa, optou-se pelo método de estudo de caso. Cada vez mais empregado por pesquisadores, o estudo de caso associa um aprofundamento e uma versatilidade, dificilmente contidos em outros métodos.

(35)

de Administração pela forte orientação à prática e por reunir condições de descrever uma situação gerencial, no contexto e à medida que ela ocorre, com a profundidade decorrente da observação direta e do emprego de instrumentos sistemáticos.

Por ser, tipicamente, de natureza exploratória, o estudo de caso é um dentre os diversos métodos de estudo cientifico. Segundo Yin (2001), o estudo de caso é apenas uma das muitas maneiras de se fazer pesquisa em ciências sociais. Experimentos, levantamentos, pesquisas históricas e análise de informações são alguns exemplos de outras maneiras de se realizar pesquisas.

Para Tellis (1997, p. 53), o método de estudo tem quatro aplicações:

1. explicar ligações complexas causais nas intervenções da vida real;

2. descrever o contexto da vida real onde a intervenção tem ocorrido;

3. descrever a própria intervenção; e;

4. explorar as situações que não tem resultados claros, onde as intervenções estão sendo avaliadas.

Apresenta-se, todavia, conforme o mesmo autor, com vantagens e desvantagens, como qualquer outro método. A desvantagem é que se restringe sua possibilidade de generalização à naturalística, mas seu caráter exploratório permite focalizar o fenômeno da natureza comportamental, como é o caso do compartilhamento e compreensão dos resultados desse ambiente de aprendizagem, quer seja no campo do aprimoramento profissional, quer seja no campo do aprimoramento pessoal, pelos atores envolvidos com o processo de educação corporativa do Banco do Brasil.

Os objetivos desse método, segundo Bressan (2000, p. 47), não são a quantificação ou a enumeração, mas ao invés disto, ainda que os admita, enfatiza:

a) Descrição;

a) Classificação;

a) Desenvolvimento teórico;

(36)

No mesmo autor, encontramos que o pesquisador deve possuir domínio e conhecimento do processo e que também deve basear-se no uso de diversas fontes de dados, tais como:

a) Explorar situações de vida real cujos limites não estão claramente definidos;

b) Descrever a situação do contexto em que está sendo feita determinada investigação;

c) Explicar as variáveis causais de determinado fenômeno em situações muito complexas que não possibilitem a utilização de levantamento e experimentos.

O estudo de caso foi o método escolhido, ao se examinarem acontecimentos contemporâneos, onda há dificuldades para manipular comportamentos relevantes. Inclui-se como outra vantagem a possibilidade do recurso à observação direta.

[...] em geral, os estudos de caso representam a estratégia preferida quando se colocam questões do tipo “como” e “por que”, quando o pesquisador tem ouço controle sobre os fenômenos contemporâneos inseridos em algum contexto da vida real. Pode-se complementar esses estudos de casos “explanatórios” com dois outros tipos – estudos “exploratórios” e “descritivos” (YIN, 2001, p. 19)

Este autor explica que, “embora os estudos de casos possam se sobrepor, o poder diferenciado do estudo é a sua capacidade de lidar com uma ampla variedade de evidências – documentos, artefatos, entrevistas e observações” (YIN, 2001, p. 27).

Recorrendo a autores como Lipset, Trow e Coleman, apud (YIN, 2001, p. 29) afirma que:

Os estudos de caso, da mesma maneira que os experimentos são generalizáveis a proposições teóricas, e não a populações ou universos. Nesse sentido, o estudo de caso, como o experimento, não representa uma “amostragem”, e o objetivo do pesquisador é expandir e generalizar teorias (generalização analítica) e não enumerar freqüências (generalização estática). Ou, como dizem três notáveis cientistas em estudo de caso único: “o objetivo é fazer uma análise" “generalizante” e não “particularizante”.

O método é classificado, por Triviños (1987, p. 52-53), em três categorias:

Na primeira delas, estudo de casos histórico-organizacionais, o pesquisador investiga, previamente, o conhecimento que existe sobre a organização que deseja examinar. Para isso, investiga sobre a vida da instituição, por meio de publicações, arquivos de documentos, estudos pessoais e outros.

(37)

O que interessa nesta modalidade é parte da organização e não a organização como um todo, como no caso anterior.

Jovchelovitch e Bauer (2002) apresentam a entrevista narrativa como uma técnica específica de coleta de dados e, posteriormente, como um método de geração de dados. Tem como idéia básica a reconstituição de acontecimentos sociais a partir da perspectiva dos informantes, tão diretamente quanto possível, que, por sua vez, revelam as diversas perspectivas sobre acontecimentos e fatos sobre si mesmo.

Por sua vez, a entrevista, enquanto método de levantamento de dados propicia ao pesquisador um campo muito vasto de informações emanadas do entrevistado, possibilitando a obtenção de informações sobre as circunstâncias dos participantes; de declarações sobre suas preferência e opiniões, bem como explorar, com um certo grau de profundidade, as experiências, motivações e raciocínios dos participantes.

Como toda metodologia, a entrevista além das vantagens acima elencadas, também possui suas limitações e desvantagens:

a) Vantagens: dados com alta qualidade; ambigüidades esclarecidas.

b) Limitações: menor possibilidade de anonimato; dificuldade em dialogar com temas sensíveis e principalmente, questões temporais e financeiras,

c) Desvantagens: requer muito tempo (40 a 60 minutos); necessidade de desenvolver e manter uma relação de confiança; requer competência do entrevistador.

Gaskell (2002), além de promover uma reflexão, a partir de suas experiências com pesquisa qualitativa; sobre a entrevista individual e grupal, chama a atenção para o fato de que quando o pesquisador se defronta com desvantagens e, principalmente, limitações, ele pode ser levado a fazer inferências a respeito de situações ou acontecimentos, o que provavelmente enviesará o resultado de sua pesquisa.

(38)

Dessa forma, no desenvolvimento desse estudo, será fundamental recorrer ao enfoque interpretativo, que possibilitará uma compreensão mais aprofundada do fenômeno analisado. O qual será obtido, na medida do possível, por meio do emprego de entrevistas semi-estruturadas com gestores envolvidos com o processo de educação corporativa do Banco do Brasil. Das entrevistas serão extraídos os discursos desses atores e que, posteriormente, serão submetidos à análise utilizando técnicas específicas a serem mencionadas no decorrer do processo.

Segundo Sarantakos (2004), a característica de análise qualitativa é que trata dos dados apresentados nas palavras, que contem um mínimo da medida quantitativa, da estandardização e de técnicas estatísticas, e que objetiva transformar e interpretar dados qualitativos de maneira rigorosa. Além deste, não há simplesmente nenhum consenso a respeito de como a análise qualitativa deva prosseguir, ou sobre o que é uma análise aceitável.

Outros autores afirmam que o processo de análise é mais profundo, mais focalizado e mais detalhado do que na pesquisa quantitativa, apresentando duas opções: indução analítica e teoria fundamentada. Mas a lista de opções estratégicas para a análise qualitativa não para aqui. Outros escritores descrevem umas aproximações discursivas mais adicionais, baseadas principalmente na análise do discurso. Wolcott lista mais de 20 estratégias ou métodos da pesquisa, enquanto Tesch aumenta esse número para 27.

Para os demais atores envolvidos, a coleta de dados será feita por meio do emprego de questionários aplicados, preferencialmente, por via digital, além da análise de documentos impressos e ou de informações disponíveis no meio digital. Esse questionário será composto de questões fechadas, porém de fácil e rápido preenchimento, a serem respondidos por funcionários que nos últimos 12 (doze) meses participaram e/ou estão participando de cursos/disciplinas ofertados pelo Banco do Brasil em ambiente de EAD via Web (WorldWideWeb), sejam esses cursos/disciplinas de origem externas, ou seja, contratados no mercado (graduação e pós-graduação) ou de origem interna (cursos formativos ou de aperfeiçoamento desenvolvidos internamente), e que estejam atualmente localizados nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste do País.

(39)

temática, considerando sua categorização, vantagens e desvantagens, mas, principalmente, para os quatros elementos que contribuem para o pleno sucesso de sua aplicação: recrutamento dos participantes; animação do grupo; elaboração do roteiro e síntese dos resultados.

Dessa forma, objetivando atingir os objetivos propostos bem como aos questionamentos estabelecidos nesta investigação e, ainda, visando dar suporte metodológico ao trabalho, adotamos um conjunto de procedimentos a partir da seguinte trajetória metodológica: (a) abordagem qualitativa; (b) estudo de caso; (c) questionários; (d) entrevista semi-estruturada e (e) análise documental.

Para tanto, foram identificadas categorias para nortear a pesquisa, as quais farão parte do foco da pesquisa, e serão capazes de contemplar os atores envolvidos nesse processo, os ambientes constituídos e os processos propriamente ditos. São elas:

a) Qualidade da educação a Distância, onde os conceitos de educação a Distância apresentados no corpo desse trabalho, conjugados com o resultado da percepção dos sujeitos da pesquisa proporcionarão um conjunto de informações, análises e discussões sobre a qualidade da EAD no processo de Educação Corporativa no Banco do Brasil, quando comparada com a educação presencial.

b) Efetividade da educação a Distância, onde novamente os conceitos de educação a Distância apresentados no corpo desse trabalho, conjugados com o resultado da percepção dos sujeitos da pesquisa, proporcionarão um conjunto de informações, análises e discussões sobre a efetividade da EAD no processo de Educação Corporativa no Banco do Brasil, no que diz respeito às questões de aprendizagem, quando comparada com a educação presencial.

(40)

valorizada no mercado de trabalho quando oferecida por uma instituição com experiência na educação presencial existe ao invés de uma instituição predominantemente virtual e que programas oferecidos por uma instituição predominantemente virtual possa ser uma perda de tempo.

d) Prazer em estudar, onde se pretende levantar, analisar e discutir os dados resultantes sobre a percepção dos sujeitos da pesquisa com relação ao seu prazer em estudar por meio de EAD em comparação à educação presencial.

e) Comunicação interna, onde se pretende levantar, analisar e discutir os dados resultantes sobre a percepção dos sujeitos da pesquisa com relação à contribuição da comunicação interna na divulgação dos objetivos organizacionais no que diz respeito às ações de Educação Corporativa por meio da EAD.

f) Obstáculos, onde se pretende levantar, analisar e discutir os dados resultantes sobre a percepção dos sujeitos da pesquisa com relação aos obstáculos enfrentados na suas experiências com a EAD, a partir das seguintes questões: Tecnologia/Habilidades; Infraestrutura/Suporte; Obstáculos sociais; Motivação e Disponibilidade conjugando-os com conceitos afins apresentados no corpo da pesquisa.

g) Características demográficas, onde se pretende mapear os sujeitos da pesquisa, quanto ao cargo; sexo; idade; UF; grau de instrução etc, objetivando, a priori, apresentar um quadro demográfico dos sujeitos da pesquisa e, caso seja necessário, estabelecer correlações em função dos resultados apresentados nas demais categorias.

7) DELIMITAÇÃO DO CAMPO DE PESQUISA E AMOSTRA

(41)

onde se constata um aligeiramento dos conteúdos e o excessivo privilégio das novas tecnologias, ou seja, deve extrapolar a simples combinação de hardware e software.

Por sua vez, essa efetividade deve estar calcada numa profunda mudança de paradigmas e na plena compreensão do processo de educação virtual como resultado de uma simbiose entre os elementos que o compõem – professor como facilitador dos processos de ensino-aprendizagem; aluno motivado e receptivo; ambiente virtual amigável favorecendo a aprendizagem - proporcionando um entrelaçamento dessas relações, ou seja, uma identidade própria.

Todavia, a efetividade nem sempre é vista como um critério de avaliação do desempenho, já que está associada às necessidades e aos objetivos políticos da sociedade. Sua classificação como critério de desempenho pressupõe que tais necessidades e objetivos estejam refletidos na missão institucional que constitui, assim, referência (interna) para a avaliação da efetividade.

Uma visão mais restritiva, que não incorpora a efetividade como critério de desempenho, é dada por Lindsay (1982) que descreve o conceito de “desempenho institucional” somente com as dimensões da eficácia e da eficiência. Eficácia, relacionada com a extensão com que as metas e objetivos são alcançados e eficiência que diz respeito às relações entre recursos utilizados e resultados alcançados.

Para mensurar a efetividade é necessário que se conheçam a missão e os objetivos institucionais e sua relação com os recursos disponíveis, com os processos acadêmicos utilizados e com os resultados alcançados.

A avaliação da eficácia, enquanto critério associado à dimensão pedagógica, se dá pela confrontação dos processos acadêmicos utilizados e dos resultados alcançados com as metas e os objetivos relativos a toda atividade de ensino. Pressupõe-se que estejam explicitados os projetos político-pedagógicos, os currículos de cursos e programas e demais documentos que definem as metas e os objetivos das atividades educacionais e suas relações com os resultados alcançados.

(42)

O conceito de efetividade varia com os autores e com o aspecto enfocado. Em muitos momentos, ele se confunde com o conceito de eficiência, eficácia e até qualidade. Nesse trabalho a efetividade é assumida como construto associado à produção de resultados, ao alcance dos objetivos sociais e ao atendimento das demandas políticas da organização, ou seja, que correspondam às expectativas da sociedade na qual está inserida.

Dessa forma, ao definir o processo de Educação Corporativa do Banco do Brasil, especificamente no que tange ao ambiente de EAD via Web, como objeto de estudo dessa pesquisa e tendo como seu foco de estudo identificar se os atores envolvidos com o processo de educação corporativa compartilham dos mesmos objetivos e compreendem os resultados desse ambiente de aprendizagem, o recorte pretendido delimita a pesquisa nos campos de observação e análise de como esse processo se efetiva.

Tendo em vista a capilaridade do Banco do Brasil, o recorte da pesquisa delimita o seu universo amostral aos funcionários que nos últimos 12 (doze) meses participaram e/ou estão participando de cursos/disciplinas ofertados pelo Banco do Brasil em ambiente de EAD, via Web (WorldWideWeb), sejam esses cursos/disciplinas de origem externas, ou seja, contratados no mercado(graduação e pós-graduação) ou de origem interna (cursos formativos ou de aperfeiçoamento desenvolvidos internamente).

Ressalta-se ainda que nesse recorte, procurou-se trabalhar com amostras dos funcionários atualmente localizados nas cinco regiões do País: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste, no que tange à aplicação dos questionários.

(43)

8) ORGANIZAÇÃO DOS CAPÍTULOS

Como vimos na INTRODUÇÃO deste trabalho, foi apresentada uma visão pluralista dos fatos que tangenciam o tema, indo do geral ao particular, bem como se encontra caracterizado a origem do problema de pesquisa, o problema de pesquisa propriamente dito, os objetivos, a justificativa (ou relevância), o método e seus respectivos procedimentos e a delimitação do problema.

No CAPÍTULO I, apresenta-se a instituição Banco do Brasil, ambiente de realização da pesquisa, com ênfase para a história da educação corporativa.

No CAPÍTULO II, aborda-se a Aprendizagem, onde se propõe esclarecer as bases ou fundamentos teóricos do processo de aprendizagem, a partir de revisões bibliográficas sobre aprendizagem humana, aprendizagem organizacional, capital humano e capital intelectual, educação na era do conhecimento e aprendizagem do adulto.

No CAPÍTULO III, apresenta-se um quadro geral da EAD e seus principais marcos teóricos, a partir de suas relevâncias em função do tema abordado, os quais irão propiciar os referenciais necessários ao adequado entendimento e compreensão da temática.

No CAPÍTULO IV, descreve-se a pesquisa propriamente dita, apresentando os procedimentos metodológicos empregados no trabalho, isto é, a fundamentação empírica do estudo, ora aplicada por meio de um estudo de caso, considerando a população e amostra selecionada, bem como nos procedimentos de coleta e análise dos dados, que se concretizam.

No CAPÍTULO V, discute-se o encontro da fundamentação teórica com a fundamentação empírica e os dados coletados, o qual propicia uma análise e discussão dos resultados, objetivando responder aos questionamentos apresentados, sobretudo confirmando ou rejeitando as hipóteses iniciais.

Imagem

Gráfico  2:  Em  comparação  com  a  educação  presencial,  como  você  classificaria  a qualidade da EAD em termos de competência do professor/tutor?
Gráfico 8: A afirmação que melhor descreve como vejo minha aprendizagem em EAD é:
Gráfico 13: A probabilidade de que a aprendizagem por meio de EAD contribua para o meu crescimento pessoal e profissional é:
Gráfico 21: A probabilidade de que eu recomende a EAD aos outros é:
+7

Referências

Documentos relacionados

(...) o controle da convencionalidade em sede internacional seria um mecanismo processual que a Corte Interamericana de Direitos Humanos teria para averiguar se o direito

Quanto às suas desvantagens, com este modelo, não é possível o aluno rever perguntas ou imagens sendo o tempo de visualização e de resposta fixo e limitado;

O relatório encontra-se dividido em 4 secções: a introdução, onde são explicitados os objetivos gerais; o corpo de trabalho, que consiste numa descrição sumária das

Alguns estudos internacionais vêm demonstrando a associação entre a maturação sexual precoce e obesidade em adolescentes, principalmente no sexo feminino.3,28 O objetivo desse

Using a damage scenario of a local crack in a reinforced concrete element, simulated as a stiffness reduction in a beam-element, time-series of moving-load data are useful inputs

A 8ª Conferência Nacional de Saúde (CNS) serve como marco mais importante para as políticas públicas em saúde que temos hoje, considerando que o Brasil é o único país com essa

O trabalho de Silva (2006) estendeu o estudo e a avaliação do comportamento de ligações parafusadas viga-coluna, com base em seções transversais constituídas

The present study evaluated the potential effects on nutrient intake, when non- complying food products were replaced by Choices-compliant ones, in typical Daily Menus, based on