• Nenhum resultado encontrado

Braz. j. . vol.83 número4

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Braz. j. . vol.83 número4"

Copied!
2
0
0

Texto

(1)

BrazJOtorhinolaryngol.2017;83(4):488---489

www.bjorl.org

Brazilian

Journal

of

OTORHINOLARYNGOLOGY

RELATO

DE

CASO

Nasal

reconstruction

in

Binder

syndrome

Reconstruc

¸ão

nasal

em

paciente

com

síndrome

de

Binder

Helena

Hotz

Arroyo

,

Isabela

Peixoto

Olivetti,

Vânia

Garcia

Wolf

Santos,

Raimar

Weber

e

José

Roberto

Parisi

Jurado

UniversidadedeSãoPaulo(USP),FaculdadedeMedicina,SãoPaulo,SP,Brasil

Recebidoem23deabrilde2015;aceitoem20deagostode2015

DisponívelnaInternetem31demarçode2017

Introduc

¸ão

Asíndrome de Binder é umamalformac¸ão congênita rara (displasiamaxilonasal),descritapelaprimeiravezem1939 porNoyes, masfoi Binder quem a definiu como uma sín-dromeem1962.1,2Clinicamente,ocorreumalargamentodo

ângulonasal(faceplana),posic¸ãoanormaldosossosnasais, maxilarhipoplásico, hipoplasia/reduc¸ão daespinhanasal, ausência/hipoplasiadoseiofrontal(nãoobrigatório)e atro-fia damucosa nasal.2,3 Além disso, alguns casos (40-50%)

podemapresentarmalformac¸ãoem vértebrascervicais,as vértebrasC1eC2sãoasmaisfrequentementeafetadas.3

Relato

de

caso

Pacientedosexofeminino,16anos,apresentou-seemnosso departamento com queixa de ‘‘retrusão do terc¸o médio da face e nariz chato’’ desde a infância. A paciente negou obstruc¸ão nasal, trauma, cirurgia e comorbidades

DOIserefereaoartigo:

http://dx.doi.org/10.1016/j.bjorl.2015.08.017

Comocitaresteartigo:ArroyoHH,OlivettiIP,SantosVG,Weber

R, Jurado JR. Nasal reconstruction in Binder syndrome. Braz J Otorhinolaryngol.2017;83:488---9.

Autorparacorrespondência.

E-mail:helenaharroyo@hotmail.com(H.H.Arroyo).

ArevisãoporparesédaresponsabilidadedaAssociac¸ão Brasi-leiradeOtorrinolaringologiaeCirurgiaCérvico-Facial.

anteriores. O exame físico revelou a presenc¸a de lábio convexo,hipoplasianasomaxilar,ângulonasofrontalplano, ângulonasolabial agudo,atrofiada mucosanasal,narinas triangularesenarizachatado(figs.1Ae1D).Uma tomogra-fiacomputadorizadadosseiosparanasaisfoifeitaerevelou ausência de espinha nasal, dimensões horizontais reduzi-das da mandíbula, aplasia da cartilagem do septo nasal, ângulonasofrontalobtusoeposic¸ãoretraídadamandíbula emrelac¸ãoàbasedocrânio(fig.1A).Nenhumadoenc¸a cer-vicalfoiencontrada.

OdiagnósticodesíndromedeBinderfoifeitoapartirdos resultados clínicose radiológicos. Rinoplastia deaumento foifeitacomcartilagemcostalautólogaecartilagemseptal remanescente.Oobjetivofoiaumentarodorsonasal,para permitiraprojec¸ãoeoapoiodapontaeaprojec¸ãodaregião pré-maxilareaumentaroalongamentonasal.Osseguintes enxertos foramesculpidos: enxertoonlaydorsal com car-tilagem costal,alongamentodaescoracolumelar,enxerto desustentac¸ãodascruraslaterais,enxertoescudodeSheen eenxertopré-maxilar(figs.1Ce1F).Oresultado,emdois mesesdepós-operatório,podeservistonafiguras1Be1E, com ganho adequado na projec¸ão do dorso,ponta e pré--maxila.Osresultadosestéticosefuncionaisforambastante satisfatórios.

Discussão

AsíndromedeBinderéumadeformidadecongênitararaeas característicasmaiscomunssãonarizachatadoeretrusãodo terc¸omédiodaface,comoobservadonapacientedescrita.

(2)

NasalreconstructioninBindersyndrome 489

Figura1 (A) Perfil pré-operatórioeTCsagital.(B) Vistado perfilpós-operatório.(C)Intraoperatório: cartilagemcostalpara

enxertoonlaydorsal.(D)Vistafrontalpré-operatória.(E)Vistafrontalpós-operatória.(F)Intraoperatório:enxertosdepontae

columela.

OdiagnósticodasíndromedeBinderéfeitocombasenos resultadosclínicoseradiológicoshabituais.Umaavaliac¸ão genéticatambémpodeserútil.4 Averdadeiracausadessa

doenc¸aaindanãoestáclara,massugere-sequeainibic¸ão docentrodaossificac¸ão,quenormalmenteformaasbordas lateraiseinferiordaaberturapiriformeduranteaquintae sextasemanasdegravidezelevaaumahipoplasialocalizada domaxilarsuperior,resultaemumajunc¸ãocolumelar/labial retraídaefaltadoalargamentotriangularnormalnaparte inferiordacolumela.4Porém,suaetiologiaaindaéobscura;

acredita-sequesejaumaassociac¸ãodefatoresgenéticose ambientais(deficiênciadevitaminaKduranteagravidez). Traumaaonascimentotambémjáfoiaventadocomofator etiológico.

O tratamentoé controversoe deveserfeitodeacordo com a idade e a gravidade dadoenc¸a. Os pacientes com formas maisleves dadoenc¸a podemse beneficiar apenas com a rinoplastia, como nocaso aqui apresentado. Além disso, os pacientescom má oclusão Classe 3 precisam de correc¸ãoortognáticaantesdareconstruc¸ãonasal.5

Conclusão

Orelatodecaso apresentaascaracterísticascraniofaciais compatíveis com a síndrome deBinder, de acordo com a

literatura.Oconhecimentodasproporc¸õesideaisdorosto nosajudouafazerodiagnósticocorretodasíndromee indi-carotratamentoadequado.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

Referências

1.NoyesFB.Casereport.AngleOrthod.1939;9:160---5.

2.BinderKH.Dysostosismaxillo-nasalis,einarchinencephaler Mis-sbildungskomplex.DtschZahnarztlZ.1962;6:438---44.

3.ChiangC,XueK,GuB,LiQ,LiuK.Anovelsingle-rib recombi-nationmethodinbinder syndrometreatment.Ann PlastSurg. 2013;70:659---62.

4.ChummunS,McLeanNR,NugentM,AndersonPJ,DavidDJ.Binder syndrome.JCraniofacSurg.2012;23:986---90.

Imagem

Figura 1 (A) Perfil pré-operatório e TC sagital. (B) Vista do perfil pós-operatório. (C) Intraoperatório: cartilagem costal para enxerto onlay dorsal

Referências

Documentos relacionados

Figure 1 (A) Coronal CT image demonstrating the vertical distance from the nasal floor (NF) to the highest medial maxillary sinus roof (MS) and posterior ethmoid skull base (PE).

Figura 3 Classificac ¸ão de pneumatizac ¸ão do seio esfenoidal de acordo com a linha imaginária que liga o forame redondo ao canal pterigoideo; linhas brancas (direita, recesso

Figure 3 Sphenoid sinus pneumatization classification according to the imaginary line connecting foramen rotundum to vidian canal; white lines (right, lateral recess; left, tangent)

As complicac ¸ões pós-operatórias precoces ocorreram em dois pacientes (6%): um deles, do sexo masculino, apre- sentou hidrocefalia aguda oito horas após a cirurgia, o que

Most patients presented with traumatic cerebrospinal fluid fistulas (2/3 of patients). The reported success rate for the first repair attempt was 97%. Complications occurred in

Entretanto, estudos posteriores poderiam parear o grupo controle para perda auditiva semelhante aos paci- entes do grupo caso e não selecionar controles com audic ¸ão normal, uma

Evaluation of vestibular evoked myogenic potentials (VEMP) and electrocochleography for the diagnosis of Ménière’s disease. Bahmad Jr.).. Peer Review under the responsibility

Apesar de o grupo de pacientes com substituic ¸ão de medi- camento e associac ¸ão de medicamento ao esquema inicial ter sido pequeno, o que impediu um estudo mais detalhado, a