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Macroeconomia - Rudiger Dornbusch, Stanley Fischer, Richard Startz

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Academic year: 2021

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Gama Neto ; revisão técnica: Giácomo Balbinotto Neto. – Dados eletrônicos. – 11. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2013.

Editado também como livro impresso em 2013. ISBN 978-85-8055-185-3

1. Economia. 2. Macroeconomia. I. Stanley, Fischer. II. Startz, Richard. III. Título.

CDU 330.101.541

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AMGH Editora Ltda.

2013

Professor de Economia e Gestão Internacional do Massachusetts Institute of Technology – MIT

Stanley Fischer

Presidente do Banco Central de Israel

Richard Startz

Professor de Economia da University of Washington

tradução: João Gama Neto

consultoria, supervisão e revisão técnica desta edição: Giácomo Balbinotto Neto

Doutor em Economia pela USP

Professor do Programa de Pós-Graduação em Economia da UFRGS Versão impressa

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ISBN 0073375926 / 9780073375922

Original edition copyright © 2011 by The McGraw-Hill Companies, Inc., New York, New York 10020. All rights reserved.

Gerente Editorial: Arysinha Jacques Affonso Colaboraram nesta edição:

Editora: Viviane Rodrigues Nepomuceno Assistente editorial: Caroline L. Silva Capa: Maurício Pamplona

Leitura final: Joyce Izidoro Prado

Preparação e editoração: Crayon Editorial

Reservados todos os direitos de publicação, em língua portuguesa, à AMGH Editora Ltda., uma parceria entre GRUPO A EDUCAÇÃO S. A. e McGRAW-HILL EDUCATION.

Av. Jerônimo de Ornelas, 670 90040 -340 – Porto Alegre – RS

Fone: (51) 3027 -7000 Fax: (51) 3027 -7070

É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia, distribuição na Web e outros), sem permissão expressa da Editora.

Unidade São Paulo

Av. Embaixador Macedo Soares, 10.735 – Pavilhão 5 – Cond. Espace Center Vila Anastácio – 05095 -035 – São Paulo – SP

Fone: (11) 3665 -1100 Fax: (11) 3667 -1333 SAC 0800 703 -3444 – www.grupoa.com.br

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RUDIGER DORNBUSCH (1942 -2002) foi professor de Economia e Gestão Inter na

cio-nal no MIT. Realizou seu trabalho de graduação na Suíça e obteve o título de Ph.D. pela University of Chicago. Lecionou em Chicago, em Rochester e, de 1975 a 2002, no MIT. Sua pesquisa era principalmente na área de economia internacional, com um componente macroeconômico principal. Seus interesses especiais de pesquisa eram o comportamento das taxas de câmbio, a alta inflação, a hiperinflação e os proble-mas e oportunidades que a alta mobilidade de capital representam para as econo-mias em desenvolvimento. Palestrou extensivamente na Europa e na América Latina, onde participou ativamente dos problemas de política de estabilização, e manteve compromissos no Brasil e na Argentina. Sua obra inclui os livros Open Economy

Macroeconomics e, com Stanley Fischer e Richard Schmalensee, Economics.

STANLEY FISCHER é presidente do Banco Central de Israel. Anteriormente, foi vice--presidente do Citigroup e presidente do Citigroup International e, de 1994 a 2002, foi primeiro diretor -gerente adjunto do Fundo Monetário Internacional (FMI). Foi aluno de graduação na London School of Economics e obteve o título de Ph.D. pelo MIT. Lecionou na University of Chicago, na mesma época em que Rudi Dornbusch estuda-va lá, iniciando uma longa parceria de amizade e colaboração. Foi integrante do corpo docente do Departamento de Economia do MIT de 1973 a 1998. De 1988 a 1990, foi economista -chefe do Banco Mundial. Seus principais interesses de pesquisa são o crescimento econômico e o desenvolvimento, a economia internacional e a macroe-conomia — especialmente a inflação e sua estabilização — e a emacroe-conomia de transição. <http://www.iie.com/fischer>

RICHARD STARTZ é professor de Economia da University of Washington. Foi estu-dante da Yale University e obteve seu título de Ph.D. pelo MIT, onde estudou com Stanley Fischer e Rudi Dornbusch. Lecionou na Wharton School, da University of Pennsylvania, antes de passar para a University of Washington, e também na University of California -San Diego, na Stanford Business School, e em Princeton, quando esteve de licença. Suas principais áreas de pesquisa são macroeconomia, econometria e economia da raça. Na área da macroeconomia, grande parte de seu trabalho tem se concentrado nos fundamentos microeconômicos da teoria macroe-conômica. Seu trabalho sobre a raça é parte de uma colaboração de longa data com Shelly Lundberg. <www.econ.washington.edu/user/startz>

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Prefácio

Esta 11a edição de Macroeconomia é publicada 31 anos após a primeira. Estamos tão surpresos quanto lisonjeados com o retorno que nosso livro recebeu ao longo desses anos. Usado nas salas de aula de muitas universidades dos Estados Unidos e de outros países, sendo do Canadá à Argentina, por toda a Europa, Austrália, Índia, Indonésia, Japão, China, Albânia e Rússia, o livro foi traduzido também para muitas línguas. Mesmo antes de a República Tcheca conquistar a indepen‑ dência do bloco comunista, uma tradução clandestina foi utilizada nos seminá‑ rios de macroeconomia da Charles University, em Praga. Não há prazer maior para os professores e autores de livros didáticos do que ver seus esforços obterem êxito em todo o mundo.

Acreditamos que o sucesso do nosso livro reflete as características únicas que ele traz para o universo da macroeconomia na graduação. Estas características podem ser resumidas como segue:

“Dificuldade compassiva”. Ao longo dos anos, mantivemos a convicção de que o melhor livro didático é aquele escrito com respeito entre aluno e professor. O que isso significa? Na prática, significa que recorremos a pesquisas recentes, o que não é muito usual em livros didáticos de graduação, fornecendo aos alunos um ponto de partida para uma exploração mais profunda de vários temas e, aos professores, a flexibilidade para detalhar outros temas. Ao mesmo tempo, reduzimos o nível de dificuldade do livro, fornecendo explicações simples, enfatizando conceitos acima da técnica e inserindo o conteúdo difícil em um quadro mais amplo, para que os alunos possam ver a sua relevância. Ressaltamos, ainda, como os dados empíricos podem explicar e testar a teoria macroeconômica, ao fornecermos várias ilustra-ções, utilizando dados do mundo real.

Foco em modelos. Os melhores economistas contam com uma rica caixa de fer-ramentas para analisar várias facetas da economia e aplicar o modelo certo para responder a perguntas específicas. Temos focado nosso livro de forma consis-tente na apresentação de uma série de modelos relevantes para questões especí-ficas. Esforçamo -nos para ajudar os alunos a compreender a importância de uma abordagem com base em modelos para a análise macroeconômica, bem como a forma como os vários modelos estão vinculados. Nosso objetivo é produ-zir alunos que tenham a capacidade de analisar questões econômicas atuais no contexto de um quadro econômico de referência, ou seja, de um conjunto de modelos macroeconômicos.

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Perspectiva internacional. Para os alunos que vivem em países com economias abertas, sempre foi importante entender os elos entre as economias estrangeiras às suas próprias. Isso também é cada vez mais verdadeiro nos Estados Unidos, con-forme as mercadorias e os mercados financeiros ficam mais interligados. Ao reco-nhecer isso, oferecemos dois capítulos detalhados que discutem os vínculos internacionais. O primeiro, o Cap. 12, fornece uma discussão sobre tópicos macro-econômicos intermediários de corrente principal. O segundo, o Cap. 20, fornece aos estudantes avançados a oportunidade de explorar as teorias modernas das cri-ses do balanço de pagamentos, dos fatores das taxas de câmbio e a escolha de regi-mes cambiais. Esses capítulos são flexíveis: os professores podem simplesmente mencionar alguns temas internacionais ou podem suscitar uma discussão apro-fundada por várias semanas.

Foco nos tempos de mudança. Procuramos apresentar dados atualizados ao longo do livro, mostrando como as principais tendências e discussões podem ser explicadas pelos modelos macroeconômicos tradicionais.

O Q U E H Á D E N O V O

A 11a edição de Macroeconomia está minuciosamente atualizada para refletir os dados mais recentes e a atual recessão da economia mundial. Os gráficos, tabelas de dados e as questões empíricas de lição de casa utilizam os dados mais recentes. Entre os novos quadros estão: “Quem determina a recessão?”, “Milagre do crescimento chinês”, “Um experimento sobre rigidez” (uma história sobre a grande deflação francesa nos anos 1700), “O multiplicador, na prática” (uma discussão sobre as estimativas dos multiplica-dores empíricos), “O que aconteceu quando a taxa de juros chegou a zero?”, “O Fed como formador de mercado de última instância” e “A hiperinflação termina com um estrondo ou com um suspiro?” (uma revisão sobre o final da hiperinflação galopante do Zimbábue). Novas seções discutem medidas alternativas contra o desemprego, os mo-tivos pelos quais vemos “recuperações sem empregos”, a política monetária heterodoxa durante a recessão, bem como o enorme estímulo fiscal e, obviamente, uma discussão sobre as bolhas e o colapso que levaram à atual crise.

A LT E R N A T I V A S O R G A N I Z A C I O N A I S

O objetivo principal ao escrever este livro é oferecer uma obra que seja abrangente e flexível o suficiente para permitir que os professores se concentrem em um curso com suas particularidades de interesses e restrições de tempo. Nossa preferência pessoal é começar no início e trabalhar o livro na sequência, mas uma série de abordagens po-dem ser tomadas para dar uma ênfase diferente ou simplesmente reduzir a amplitude do conteúdo abordado. Exemplos destas abordagens:

Um curso de visão geral. Um curso de visão geral deve conter o que examina-mos neste livro: os Caps. 1 e 2, que apresentam o livro e fornecem detalhes sobre

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contabilidade da renda nacional; o Cap. 5, que oferece uma visão geral da oferta e demanda agregadas; o Cap. 6, que apresenta a curva de oferta agregada com mais detalhes; o Cap. 7, que discute as questões da inflação e do desemprego; o Cap. 8, que oferece visão sobre a política de estabilização e os Caps. 9, 10 e 11, que introduzem o mercado de bens, o mercado de ativos e alguns conceitos bá-sicos das políticas monetária e fiscal. O curso pode ser encurtado substancial-mente ao omitir os capítulos que focam nos detalhes microeconômicos sob a teoria macroeconômica — os Caps. de 13 a 16, 18 e 20, por exemplo, fornecem tais detalhes para consumo, investimento, mercados monetários e tópicos avan-çados, respectivamente. E os Caps. 17 e 19, que detalham várias questões atuais na formulação de políticas, podem ser pulados ou parcialmente estudados. Nos Estados Unidos, os Caps. 4, 12 e 20, que tratam de muitas questões básicas de interdependência e de política de crescimento internacionais, também podem ser pulados (embora todos devessem estudar as Seções 12.1 e 12.2).

Um curso tradicional orientado à demanda agregada. Para um tratamento keynesiano e de curto prazo, os capítulos centrais de visão geral devem ser enfa-tizados e o Cap. 17, que discute as políticas, acrescentado. O Cap. 19, que discu-te grandes eventos macroeconômicos, pode ser estudado depois do Cap. 13. Os Caps. 3 e 4, sobre crescimento e políticas para a sua promoção, podem ser trans-feridos para o final do curso. E, para os estudantes avançados, as seções sobre a economia dos novos keynesianos no Cap. 21 podem ser incluídas.

Um curso sobre o clássico “lado da oferta”. Para um tratamento clássico do curso, os capítulos centrais de visão geral podem ser reduzidos ao tirar a ênfase do conteúdo IS ‑LM, nos Caps. 9 a 11. E, nos primeiros capítulos, deve ser coloca-da uma maior ênfase nos Caps. 3 e 4, sobre crescimento de longo prazo. A micro-economia da teoria macroeconômica nos Caps. 13 a 15 também pode ser enfatizada, assim como a discussão sobre hiperinflação no Cap. 19. Os estudan-tes avançados podem querer explorar as seções sobre caminhada aleatória no PIB e sobre ciclos de negócios reais, no Cap. 21.

Um curso para escolas de administração e negócios. Além dos capítulos centrais para o curso de visão geral, um curso voltado para alunos de adminis-tração deve enfatizar os Caps. 16 e 18, que lidam com o Federal Reserve e com os mercados financeiros. E os Caps. 3 e 4, sobre o crescimento, não precisam ser enfatizados, enquanto os tópicos avançados, no Cap. 21, podem ser omiti-dos. Para os alunos com uma perspectiva internacional, o Cap. 12 e partes do Cap. 20, especialmente a discussão sobre a determinação da taxa de câmbio, podem ser enfatizados.

Ao longo do livro, rotulamos alguns conteúdos, que são tecnicamente difíceis, como “opcional”. Muitas das seções opcionais serão divertidas para alunos que gos-tam de um desafio técnico, porém, o professor deve especificar claramente quais destas seções são obrigatórias e quais são, realmente, opcionais.

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M A T E R I A L D E A P O I O

Há vários materiais de apoio que acompanham esta 11a edição. Para acessá -los entre no site <http://www.grupoa.com.br>. Os materiais do professor ficam em uma área restrita do site do livro, protegida por senha.

Para os professores, um manual do professor (instructor’s manual) e o Banco de Testes, ambos em inglês, foram elaborados pelo professor Fleck Juergen, da Hollins University. Esse manual inclui resumos dos capítulos, objetivos de aprendizagem, so-luções para os problemas ao final dos capítulos e muitos outros problemas (e suas soluções), que podem ser usados para discussão em classe, lições de casa ou questões de prova. O Banco de Testes contém mais de mil questões de múltipla escolha e está disponível no formato de documento do Word.

Também estão disponíveis para os professores apresentações em PowerPoint, em inglês, elaboradas por Alice Kassens, do Roanoke College, e a biblioteca de imagens do livro, em português. As apresentações contêm tabelas, gráficos, exemplos e discus-sões sobre o conteúdo dos capítulos e podem ser editadas para atender às necessida-des do professor, da sala de aula e do leitor.

Para os estudantes, um guia de estudo e questionários de múltipla escolha, em in-glês, foram preparados por Arabinda Basistha, da West Virginia University. O guia de estudo contém resumos de capítulos, termos básicos e uma ampla gama de questões e problemas, começando do muito fácil, e progredindo em cada capítulo para o conteúdo que vai desafiar o aluno mais avançado. Os questionários de múltipla escolha estão dis-poníveis para cada capítulo, e cada questionário contém 10 perguntas gradativas.

A G R A D E C I M E N T O S

Nas edições anteriores agradecemos individualmente a todos os colegas e alunos que nos ajudaram na melhoria desta obra. Não temos mais espaço para fazer isso, mas vamos abrir uma exceção para agradecer a Kelvin Wong pelas atualizações de dados e números, bem como por estimular uma maior clareza de exposição.

Apesar de nossos melhores esforços, pequenos erros podem acontecer. Somos sempre gratos aos nossos leitores que chamam a atenção para tais erros, de forma que eles possam ser suprimidos. Agradecimentos especiais vão para Catherine Langlois, Martha Olney, Federico Guerro e Jimmy Torrez.

Além disso, gostaríamos de agradecer aos seguintes professores, por revisar tan-to esta edição quantan-to as anteriores.

Edição atual: Terry Alexander, Iowa State University; Chandana Chakraborty,

University of Oregon; Marcelle Chauvet, University of California–Riverside; James Devault, Lafayette College; Abdollah Ferdowsi, Ferris State University; Federico Guerrero, University of Nevada–Reno; Jang -Ting Guo, University of California; Barry Jones, Binghamton University; Simran Kahai, John Carroll University; Gary Latanich, Arkansas State University; Chris McHugh, Tufts University; W. Douglas Morgan, University of California–Santa Barbara; Robert Rossana, Wayne State University;

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David Schaffer, University of Wisconsin; Kellen Stanfield, DePauw University; Jay Tontz, California State University–East Bay; Hamid Zangeneh, Widener University; Fred Dekay, Seattle University; David Stockman, University of Delaware; Kusum Ketkar, Vanderbilt University; e Ed Steinberg, New York University.

Edições anteriores: Stacey Brook, University of Sioux Falls; Miles Cahill, College of

the Holy Cross; William Ferguson, Grinnell College; Theodore Hoff, Park University; Philip Rothman, East Carolina University; Farhad Saboori, Albright College; Michael Ben -Gad, University of Houston; Robert Burrus, University of North Carolina--Wilmington; David Butler, University of Western Australia; E. Mine Cinar, Loyola University–Chicago; Monoranjan Dutta, Rutgers University; Michael Edelstein, Queens College–CUNY; Loretta Fairchild, Nebraska Wesleyan University; James R. Gale, Michigan Technological University; Roy Gobin, Loyola University -Chicago; Steven L. Green, Baylor University; William Hamlen, SUNY–Buffalo; Robert Herren, North Dakota State University; Oscar Jornda, University of California–Davis; Kangoh Lee, Towson State University; Garry MacDonald, Curtin University; Osama Mikhail, Uni versity of Central Florida; Michael Miller, DePaul University; Neil B. Niman, University of New Hampshire; Martha Olney, University of California--Berkeley; Walter Padelford, Union University; John Prestage, Edith Cowan University; Willem Thorbecke, George Mason University; Robert Windle, University of Maryland; e Robert Edward Wright, University of Sterling, Reino Unido.

Finalmente, gostaríamos de estender nossa gratidão aos profissionais da equipe editorial da McGraw -Hill/Irwin Publishers, especialmente à Jane Mohr, Christina Kouvelis e Alyssa Otterness. Estas editoras e assistentes dedicadas fizeram contribui-ções inestimáveis que, somadas, resultaram na conclusão bem -sucedida deste livro.

Stanley Fischer Richard Startz

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Parte 1 ▪ Introdução e contabilidade nacional

C A P í T U L O 1 ▪ Introdução ...2

C A P í T U L O 2 ▪  Contabilidade nacional ...22

Parte 2 ▪ Crescimento, oferta agregada, demanda agregada e política econômica C A P í T U L O 3 ▪  Crescimento e acumulação ...52

C A P í T U L O 4 ▪  Crescimento e política econômica ...75

C A P í T U L O 5 ▪  Oferta agregada e demanda agregada ...94

C A P í T U L O 6 ▪ Oferta agregada: salários, preços e desemprego ...114

C A P í T U L O 7 ▪   Anatomia da inflação e do desemprego ...140

C A P í T U L O 8 ▪  Visão preliminar dapolítica econômica ...177

Parte 3 ▪  Primeiros modelos C A P í T U L O 9 ▪ Renda e gasto ...188

C A P í T U L O 1 0 ▪  Moeda, juros e renda ...212

C A P í T U L O 1 1 ▪  Política monetária e política fiscal ... 237

C A P í T U L O 1 2 ▪  Economia aberta ...269

Parte 4 ▪  Fundamentos comportamentais C A P í T U L O 1 3 ▪  Consumo e poupança ...306

C A P í T U L O 1 4 ▪  Gastos com investimento...331

C A P í T U L O 1 5 ▪  Demanda por moeda ...362

C A P í T U L O 1 6 ▪  Banco central, moeda e crédito ...383

C A P í T U L O 1 7 ▪  Política econômica ...408

C A P í T U L O 1 8 ▪  Mercados financeiros e preços dos ativos ...438

Parte 5 ▪  Grandes eventos, ajustes internacionais e tópicos avançados C A P í T U L O 1 9 ▪  Grandes eventos: a economia da depressão, da hiperinflação e dos déficits ...454

C A P í T U L O 2 0 ▪  Ajuste internacional e interdependência ...502

C A P í T U L O 2 1 ▪  Tópicos avançados ...546

Apêndice ...579

Glossário ...585

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Sumário

Parte 1 ▪ Introdução e contabilidade nacional

C A P í T U L O 1 ▪ Introdução ...2

1.1Macroeconomia resumida em três modelos ...4

1.2 Para reforçar... ...11

1.3 Estrutura e visão preliminar do livro ...18

1.4 Pré -requisitos e dicas ...18

C A P í T U L O 2 ▪ Contabilidade nacional ...22

2.1 Produção e pagamentos de fatores ...23

2.2Gastos e componentes da demanda ...26

2.3 Algumas equações importantes ...30

2.4 Medição do produto interno bruto ...35

2.5Inflação e índices de preços ...37

2.6Desemprego ...42

2.7Taxas de juros e taxas de juros reais ...44

2.8Taxas de câmbio ...46

2.9Onde encontrar os dados ...46

Parte 2 ▪ Crescimento, oferta agregada, demanda agregada e política econômica C A P í T U L O 3▪ Crescimento e acumulação ...52

3.1Contabilidade do crescimento ...54

3.2Estimativas empíricas do crescimento ...57

3.3Teoria do crescimento: o modelo neoclássico ...60

C A P í T U L O 4▪ Crescimento e política econômica ...75

4.1Teoria do crescimento: crescimento endógeno...76

4.2Política econômica do crescimento ...83

C A P í T U L O 5▪ Oferta agregada e demanda agregada ...94

5.1Curva de oferta agregada ...98

5.2 Curva de oferta agregada e mecanismo de ajuste de preços ...101

5.3Curva de demanda agregada...103

5.4 Política econômica de demanda agregada sob hipóteses alternativas de oferta ...106

5.5Economia do lado da oferta ...108

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C A P í T U L O 6▪ Oferta agregada: salários, preços e desemprego ...114

6.1Inflação e desemprego ...115

6.2 Estagflação, inflação esperada e a curva de Phillips ampliada pelas expectativas de inflação ...118

6.3 Revolução das expectativas racionais ...122

6.4 Relação salário -desemprego: por que os salários são rígidos?...124

6.5 Da curva de Phillips para a curva de oferta agregada ...130

6.6 Choques de oferta ...132

C A P í T U L O 7▪ Anatomia da inflação e do desemprego ...140

7.1 Desemprego ...143 7.2Inflação ...144 7.3 Anatomia do desemprego ...144 7.4 Pleno emprego...151 7.5 Custos do desemprego ...159 7.6 Custos da inflação ...160

7.7 Inflação e indexação: tornando a economia à prova de inflação ...165

7.8 Um pouco de inflação faz bem para a economia? ...169

7.9 Teoria dos ciclos político -econômicos ...170

C A P í T U L O 8▪Visão preliminar dapolítica econômica ...177

8.1 Uma visão prática da política econômica dos meios de comunicação ...178

8.2Política econômica como regra ...180

8.3 Taxas de juros e demanda agregada ...182

8.4 Cálculo de como atingir a meta ...183

Parte 3 ▪ Primeiros modelos C A P í T U L O 9▪Renda e gasto ...188

9.1 Demanda agregada e produto de equilíbrio ...189

9.2 Função consumo e demanda agregada ...190

9.3 Multiplicador ...195

9.4 Setor público ...199

9.5Orçamento ...203

9.6Superávit orçamentário de pleno emprego ...206

C A P í T U L O 1 0 ▪ Moeda, juros e renda ...212

10.1Mercado de bens e curva IS ...216

10.2Mercado monetário e curva LM ...223

10.3Equilíbrio nos mercados de bens e monetário ...229

10.4 Derivação da curva de demanda agregada ...231

10.5Tratamento formal do modelo IS ‑LM. ...232

C A P í T U L O 1 1Política monetária e política fiscal ... 237

11.1 Política monetária ...239

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11.3 Composição da produção e combinação de políticas ...254

11.4 Combinação de política na prática ...257

C A P í T U L O 1 2▪ Economia aberta ...269

12.1 Balanço de pagamentos e taxas de câmbio ...271

12.2 Taxa de câmbio em longo prazo ...279

12.3 Comércio de bens, equilíbrio de mercado e balança comercial ...281

12.4 Mobilidade de capitais ...285

12.5 Modelo Mundell -Fleming: mobilidade perfeita de capitais sob câmbio fixo ...288

12.6 Mobilidade perfeita de capitais e câmbio flexível ...292

Parte 4 ▪ Fundamentos comportamentais C A P í T U L O 1 3▪ Consumo e poupança ...306

13.1 Teorias do consumo e da poupança do ciclo de vida -renda permanente ...310

13.2 Consumo sob incerteza: a abordagem moderna ...314

13.3 Aspectos adicionais do comportamento de consumo ... 319

C A P í T U L O 1 4 ▪ Gastos com investimento ...331

14.1 Demanda por estoque de capital e fluxo de investimento ...335

14.2 Subsetores de investimento: não residencial fixo, residencial e estoque. ...344

14.3 Investimento e oferta agregada ...355

C A P í T U L O 1 5Demanda por moeda ...362

15.1 Componentes do estoque monetário ...364

15.2 Funções da moeda ...366

15.3Demanda por moeda: teoria ...368

15.4 Evidência empírica ...373

15.5 Velocidade -renda da moeda ...376

C A P í T U L O 1 6▪ Banco central, moeda e crédito ...383

16.1Determinação do estoque de moeda: o multiplicador monetário ...384

16.2 Instrumentos de controle monetário ...388

16.3Multiplicador monetário e empréstimos bancários ...395

16.4 Controle do estoque de moeda e controle da taxa de juros ...396

16.5 Metas de estoque de moeda e taxa de juros ...397

16.6Moeda, crédito e taxas de juros ...400

16.7 Quais são as metas para o banco central? ...403

C A P í T U L O 1 7▪ Política econômica ...408

17.1 Defasagens nos efeitos da política econômica ...410

17.2 Expectativas e reações...415

(16)

17.4 Metas, instrumentos e indicadores: uma taxonomia ...421

17.5Política econômica ativista ...422

17.6Quais metas? Uma aplicação prática ...427

17.7Inconsistência dinâmica e regras versus discrição ...428

C A P í T U L O 1 8▪ Mercados financeiros e preços dos ativos ...438

18.1Taxas de juros: curto prazo e longo prazo ...439

18.2 Passeio aleatório dos preços das ações...445

18.3Taxas de câmbio e taxas de juros ...449

Parte 5 ▪ Grandes eventos, ajustes internacionais e tópicos avançados C A P í T U L O 1 9▪ Grandes eventos: a economia da depressão, da hiperinflação e dos déficits ...454

19.1Grande recessão: as bolhas e o colapso ...455

19.2Grande Depressão: os fatos ...457

19.3Grande Depressão: questões e ideias ...462

19.4Moeda e inflação em ciclos econômicos comuns ... 465

19.5Hiperinflação ...469

19.6Déficits, crescimento monetário e imposto inflacionário ...479

19.7Déficits orçamentários: fatos e questões ...485

19.8Previdência social ...493

C A P í T U L O 2 0▪ Ajuste internacional e interdependência ...502

20.1Ajuste sob câmbio fixo ...503

20.2Variações cambiais e ajuste comercial: questões empíricas...513

20.3Enfoque monetário do balanço de pagamentos ...519

20.4Câmbio flexível, moeda e preços ...522

20.5 Diferenciais dos juros e expectativas da taxa de câmbio ...528

20.6Flutuações e interdependência cambial ...531

20.7 Escolha de regimes cambiais ...538

C A P í T U L O 2 1▪ Tópicos avançados ...546

21.1 Visão geral da nova macroeconomia ...547

21.2 Revolução das expectativas racionais ...553

21.3 Microeconomia da curva de oferta agregada com informação imperfeita ...560

21.4 Passeio aleatório do PIB: a demanda agregada é importante, ou tudo se trata da oferta agregada? ...563

21.5Teoria do ciclo econômico real ...567

21.6Modelo novo-keynesiano de preços nominais rígidos ...570

21.7Juntando todas as peças ...574

Apêndice ...579

Glossário ...585

(17)

Introdução e

contabilidade

(18)

Introdução

DESTAQUES DO CAPÍTULO

Todos os capítulos começam com esta seção, que fornece ao leitor um guia dos pontos mais importantes. Neste capítulo, enfatizamos três modelos rela-cionados que, em conjunto, descrevem a macroeconomia.

O comportamento da economia no muito longo prazo é o tema da teoria do crescimento, que trata do crescimento da capacidade produtiva — o montante de produto que uma economia pode produzir quando os recursos (capital e tra-balho) são totalmente empregados.

No horizonte de longo prazo, a capacidade produtiva da economia pode ser tratada como sendo fixa. Assim, o produto e o nível de preços são determinados pela interseção da oferta agregada e da demanda agregada. A inflação, em gran-de medida, é quase sempre o resultado gran-de mudanças na gran-demanda agregada. No curto prazo, o nível dos preços é essencialmente fixo e as variações na de-manda agregada geram modificações no produto, o que resulta em expansões econômicas e recessões.

Em termos técnicos, o “muito longo prazo” é totalmente descrito pelos movi-mentos da curva de oferta agregada ao longo do tempo; o “longo prazo” é des-crito por uma curva vertical, mas imóvel; e o “curto prazo” é desdes-crito por uma curva horizontal de oferta agregada, de modo que os resultados econômicos dependem da demanda agregada.

(19)

Em 2010, os empregos nos Estados Unidos eram escassos. Entretanto, em 2006, eles estavam relativamente abundantes e os tempos eram bons. Em 1933, as filas para comprar pão* eram comuns. Em 2010, uma ligação em um telefone público custa‑ va US$ 0,50. Em 1933, a ligação custava US$ 0,10 (se você tivesse a sorte de tê ‑los!). Por que os empregos são abundantes em alguns anos e escassos em outros? O que eleva os preços ao longo do tempo? Os macroeconomistas respondem a essas per‑ guntas à medida que buscam entender o estado da economia — e procuram mé‑ todos para torná ‑la melhor para todos.

A macroeconomia está preocupada com o comportamento da economia como um todo — com expansões e recessões, produção total de bens e serviços, crescimen-to da produção, taxas de inflação e de desemprego, balanço de pagamencrescimen-tos e taxas de câmbio. A macroeconomia lida tanto com o crescimento econômico no longo prazo quanto com as flutuações no curto prazo que constituem o ciclo econômico.

A macroeconomia concentra-se no comportamento e nas políticas econômicas que afetam o consumo e o investimento, no dólar e na balança comercial, nos fatores determinantes das variações nos salários e nos preços, nas políticas monetária e fiscal, no estoque de moeda, no orçamento federal, nas taxas de juros e na dívida interna.

Além disso, a macroeconomia trata das questões econômicas mais importantes e dos problemas cotidianos. Para entender tais questões, temos que reduzir os deta-lhes complicados da economia a pontos essenciais que sejam administráveis. Esses

pontos essenciais são as interações entre bens, trabalho e mercados de ativos da econo‑ mia, e as interações entre as economias nacionais que realizam trocas entre si.

Ao tratar dos pontos essenciais, vamos além dos detalhes do comportamento das unidades econômicas individuais, como famílias e empresas, ou a determinação de preços em mercados específicos, que são temas de microeconomia. Na macroecono-mia, lidamos com o mercado de bens como um todo, tratando todos esses mercados distintos — como os mercados para produtos agrícolas e de serviços médicos — como um único mercado. Da mesma forma, lidamos com o mercado de trabalho abstraindo as diferenças entre os mercados de, por exemplo, mão de obra não qualificada e dou-tores. Com a mesma visão geral tratamos o mercado de ativos, abstraindo as diferen-ças entre os mercados de ações da IBM e das pinturas de Rembrandt. O benefício da abstração é que ela facilita um maior entendimento das interações mais importantes entre os mercados de bens, trabalho e ativos. O custo da abstração é que, às vezes, os detalhes omitidos são importantes.

Estudar o funcionamento da macroeconomia é o mesmo que perguntar como ela pode funcionar melhor. A questão fundamental é: O governo pode e deve intervir na economia para melhorar o seu desempenho? Os grandes macroeconomistas sempre tiveram enorme interesse na aplicação da teoria macroeconômica à política econômica. Isso foi verdade no caso de John Maynard Keynes e é verdade no caso de líderes norte -americanos da área, incluindo integrantes da geração mais idosa de

* N. de T.: Em inglês, bread lines. Durante a Grande Depressão (Crise de 1929), devido à falta de programas de ajuda, a iniciativa privada distribuía refeições gratuitas para um grande número de desempregados em alguns centros urbanos. Também chamadas de soup kitchens (cozinhas públicas).

(20)

laureados pelo Prêmio Nobel, como o saudoso Milton Friedman, da University of Chicago e da Hoover Institution; o saudoso Franco Modigliani e Robert Solow, do Massachusetts Institute os Technology (MIT); e do também saudoso James Tobin, da Yale University. A geração seguinte de líderes, como Robert Barro, Martin Feldstein e N. Gregory Mankiw, da Harvard University; o laureado pelo Prêmio Nobel Robert Lucas, da University of Chicago; Olivier Blanchard, do MIT; e o presidente do Banco Central norte -americano*, Ben Bernanke; Robert Hall, Paul Romer e John Taylor, da Stanford University e Thomas Sargent, da New York University (NYU), apesar de se-rem mais — e, em alguns casos, totalmente — céticos sobre a prudência das políticas governamentais ativistas, também possuem fortes convicções sobre questões de po-lítica econômica.

Como a macroeconomia está fortemente relacionada aos problemas econô-micos cotidianos, ela não oferece grandes recompensas àqueles cujo interesse principal seja a abstração. As fronteiras da teoria macroeconômica são um pouco difusas. Mas este livro utiliza a macroeconomia para esclarecer os eventos econô-micos desde a Grande Depressão da década de 1930 até o século XXI. Fazemos referência contínua a eventos do mundo real para elucidar o significado e a rele-vância do conteúdo teórico.

Há um teste simples para determinar se você entendeu o conteúdo deste livro: você pode aplicar o que estudou para compreender discussões atuais sobre a economia na‑ cional e internacional? A macroeconomia é uma ciência aplicada. Raramente é bela,

mas é inegavelmente importante para o bem -estar das nações e dos povos.

1.1

A MACROECONOMIA RESUMIDA EM TRÊS MODELOS

A macroeconomia tem muito a ver com a relação entre fatos e teorias. Começaremos com alguns fatos importantes e, em seguida, o foco será nos modelos que ajudam a explicar esses e outros fatos sobre a economia.

• Ao longo de várias décadas a economia norte-americana cresceu consistente-mente entre 2 e 3% ao ano.

• Em algumas décadas, o índice geral de preços permaneceu relativamente está-vel. Nos anos 1970, os preços praticamente dobraram.

• Em um ano ruim, a taxa de desemprego é duas vezes maior do que em um ano bom. O estudo da macroeconomia é organizado em torno de três modelos que descre-vem o mundo, sendo que cada um deles possui sua maior aplicabilidade em um inter-valo de tempo diferente. O comportamento da economia no muito longo prazo é o domínio da teoria do crescimento econômico, que aborda a capacidade de crescimen-to da economia para produzir bens e serviços. O estudo do modelo de muicrescimen-to longo

* N. de T.: O United States Federal Reserve System (Reserva Federal dos Estados Unidos da América), mais conhecido simplesmente como Federal Reserve e, informalmente, como Fed, é o Banco Central dos Estados Unidos. Neste livro, utilizaremos Federal Reserve, Fed ou, ainda, Banco Central norte -americano.

(21)

prazo centra -se na acumulação histórica de capital e nos aperfeiçoamentos tecnoló-gicos. No modelo que chamamos de longo prazo, tiramos uma foto do modelo de muito longo prazo e, a partir disso, o estoque de capital e o nível de tecnologia podem ser considerados relativamente fixos, embora choques temporários sejam admitidos. O capital e a tecnologia fixos determinam a capacidade produtiva da economia — chamamos essa capacidade de “produto potencial”. No modelo de longo prazo, a ofer-ta de bens e serviços é igual ao produto potencial. Os preços e a inflação ao longo desse horizonte são determinados pelas flutuações na demanda. No modelo de curto

prazo, as flutuações na demanda determinam o quanto da capacidade disponível é

utilizada e, consequentemente, os níveis de produto e desemprego. Ao contrário do modelo de longo prazo, no curto prazo os preços são relativamente fixos e o produto é variável. É no contexto do modelo de curto prazo que encontramos o papel mais importante para a política macroeconômica.

Quase todos os especialistas em macroeconomia concordam com esses três modelos, mas as opiniões divergem quanto ao intervalo de tempo no qual cada mo-delo é melhor aplicado. Todos concordam que o comportamento no decorrer das décadas é mais bem descrito pelo modelo da teoria do crescimento econômico. Há menor concordância quanto ao horizonte temporal aplicável para o modelo de lon-go prazo em comparação com o modelo de curto prazo.

Este capítulo destina -se, em grande parte, a esboçar os três modelos de forma breve. O restante do livro se concentra nos detalhes.

C R E S C I M E N T O N O M U I T O L O N G O P R A Z O

O comportamento da economia no muito longo prazo é o campo da teoria do cres‑

cimento econômico. A Fig. 1.1 (a) ilustra o crescimento da renda per capita nos

(a) (b) PNB per c apita (milhar es de dólar es de 2005) 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 1890 1990 1910 1920 1930 19401950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2005 2006 2007 2008 2009 45 44 43 42 41 40

FigUrA 1.1 Pnb per capita 1890 ‑2009 (em milhares de dólares de 2005).

O diagrama inclui uma visão expandida do período 2005 ‑2009. (Observe que as escalas dos dois pai‑ néis são diferentes.) (Fonte: U.S. Department of Commerce, Historical Statistics of the United States, Colonial Times to 1970; Federal Reserve Economic Data [FRED II]; Census Bureau; e Bureau of Economic Analysis.)

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Estados Unidos ao longo de mais de um século. Podemos observar uma curva de crescimento bem suave, que fica na média de 2 ou 3% ao ano. Ao estudar a teoria do crescimento econômico, perguntamos como a acumulação de insumos — in-vestimentos em maquinário, por exemplo — e os aperfeiçoamentos tecnológicos levam a um aumento no padrão de vida. Ignoramos recessões, expansões e flutua-ções de curto prazo no emprego de pessoas e outros recursos a elas relacionados. Presumimos que trabalho, capital, matéria -prima, e assim por diante, sejam ple-namente empregados.

Como um modelo que ignora as flutuações na economia pode nos dizer algo sensato? As flutuações na economia — os altos e baixos do desemprego, por exemplo — tendem à média no decorrer dos anos. Durante períodos muito longos, o que im-porta é o quão rápido é o crescimento médio da economia. A teoria do crescimento econômico procura explicar as taxas médias de crescimento ao longo de vários anos ou décadas. Por que a economia de uma nação cresce 2% ao ano enquanto a de outra cresce a 4%? Podemos explicar os milagres do crescimento, tais como o crescimento anual de 8% no Japão durante o início do período pós -guerra e o crescimento ainda mais impressionante da China ao longo das últimas poucas décadas? O que explica os fracassos do crescimento, tal como o crescimento zero — ou mesmo negativo — do Zimbábue ao longo de várias décadas?

Os Caps. 3 e 4 examinam as causas do crescimento econômico e das diferen-ças entre as taxas de crescimento das nações. Em países industrializados, as mu-danças no padrão de vida dependem, principalmente, do desenvolvimento de no-vas tecnologias e da acumulação de capital — definidos de forma ampla. Nos países em desenvolvimento, uma infraestrutura com um bom funcionamento é mais im-portante do que o desenvolvimento de novas tecnologias, que, por sua vez, podem ser importadas. Em todos os países, a taxa de poupança é um fator determinante e muito importante do bem -estar futuro. Países que estão dispostos a fazer sacrifí-cios hoje terão um padrão de vida mais elevado no futuro.

Você realmente se importa se a economia cresce a 2% em vez de 4%? Ao longo da vida, a importância será grande: ao final de uma geração de 20 anos, o padrão de vida será 50% maior sob um crescimento de 4% do que sob um crescimento de 2%. Em cem anos, uma taxa de crescimento de 4% produz um padrão de vida sete vezes maior do que uma taxa de crescimento de 2%.

E C O N O M I A C O M C A P A C I D A D E P R O D U T I V A F I X A

O que determina a taxa de inflação — a variação do nível geral de preços? Por que os preços em alguns países permanecem estáveis por vários anos, enquanto em ou-tros países eles dobram a cada mês? No longo prazo, o nível de produto é determina-do somente por considerações por parte da oferta. Basicamente, o produto é determi-nado pela capacidade produtiva da economia. O nível de preços é determidetermi-nado pela demanda em relação ao produto que a economia pode ofertar.

(23)

A Fig. 1.2 mostra um diagrama da oferta agregada/demanda agregada com uma curva de oferta agregada vertical. Pode ser um pouco prematuro trabalhar com este diagrama, já que dedicamos a maior parte dos Caps. 5 e 6 para explicá -lo. Talvez você deva pensar nele como uma prévia do que está por vir. Por enquanto, vamos apresen-tar as curvas de oferta agregada e de demanda agregada como relações entre o nível geral de preços da economia e o produto total. A curva de oferta agregada (OA) mostra, para cada nível de preços dado, a quantidade de produto que as empresas estão dispostas a ofertar. A posição da curva de oferta agregada depende da

capaci-dade produtiva da economia. A curva de demanda agregada (DA) apresenta, para cada nível de preços dado, o nível de produto no qual os mercados de bens e os mercados monetários estão simultaneamente em equilíbrio. A posição da curva de demanda agregada depende das políticas monetária e fiscal e do nível de confian-ça do consumidor. A interseção da oferta agregada com a demanda agregada determi-na preço e quantidade1.

Em longo prazo, a curva de oferta agregada é vertical (os economistas argu-mentam se o longo prazo é um período de alguns trimestres ou de uma década). O produto está atrelado à posição em que essa curva de oferta atinge o eixo horizontal. O nível de preços, por sua vez, pode assumir qualquer valor.

Desloque mentalmente a curva de demanda agregada para a esquerda ou para a direita. Você verá que a interseção das duas curvas move -se para cima e para baixo (o preço varia), em vez de horizontalmente (o produto não varia). Ocorre que em longo

prazo o produto é determinado apenas pela oferta agregada, e os preços são de‑

terminados por ambas, oferta agregada e demanda agregada. Essa é nossa primei-ra descoberta importante.

1 Atente para o fato de que a economia por trás das curvas de oferta agregada e de demanda agregada é muito

dife-rente da economia da oferta e da demanda comuns que você deve lembrar das aulas de microeconomia. FigUrA 1.2 Oferta agregada e demanda agregada: o longo prazo.

Nív el de pr eç os Produto P P0 A0 A DA OA

(24)

A teoria do crescimento e os modelos de oferta agregada no longo prazo são es-treitamente relacionados: a posição da curva de oferta agregada vertical em um deter-minado ano é igual ao nível de produto para aquele ano do modelo de muito longo prazo, como apresentado na Fig. 1.3. Como o crescimento econômico durante o mui-to longo prazo fica na média de alguns percentuais ao ano, sabemos que a curva de oferta agregada geralmente move -se à direita em alguns percentuais ao ano2.

Estamos prontos para nossa segunda conclusão: taxas de inflação muito altas — ou seja, episódios com aumentos rápidos no nível geral de preços — sempre ocorrem devido a mudanças na demanda agregada. O motivo é simples. Os movi-mentos de oferta agregada são da ordem de poucas porcentagens; os movimovi-mentos de demanda agregada podem ser tanto pequenos quanto grandes. Logo, a única fonte possível de inflação elevada está em grandes movimentos de demanda agregada, que se desloca cruzando a curva de oferta agregada vertical. Na verdade, conforme iremos finalmente aprender, a única origem de taxas de inflação realmente elevadas são os aumentos da oferta de moeda sancionados pelo governo3.

Muito da macroeconomia pode ser sintetizado como o estudo da posição e da inclinação das curvas de oferta agregada e demanda agregada. Você agora sabe que,

2 Às vezes, há choques que temporariamente perturbam a progressão ordenada para a direita da curva de

oferta agregada. Esses choques raramente são maiores que poucas porcentagens do produto.

3 Aumentos temporários de 10 ou 20% nos preços podem acontecer por causa de choques na oferta — por

exemplo, a demora na chegada das monções em uma economia agrícola. No entanto, aumentos de preços anuais de dois dígitos ocorrem devido à emissão excessiva de moeda.

Pr oduto 0 t3 AA01 A2 A3 Tempo (a) Ano t2 t t1 t0 Nível de pr eç os 0 Produto (b) P A0 OA0 A1 OA1 A2 OA2 A3 OA3 Ano

FigUrA 1.3 Determinação da oferta agregada: o muito longo prazo.

QuaDRo 1.1 ofeRta agRegaDa e DemanDa agRegaDa

O nível da oferta agregada é a quantidade de produto que a economia pode pro-duzir, considerando os recursos e a tecnologia disponíveis.

O nível de demanda agregada é a demanda total por bens de consumo, por novos investimentos, por bens adquiridos pelo governo e por bens líquidos a serem exportados.

(25)

no longo prazo, a posição da curva de oferta agregada é determinada pelo crescimen-to econômico de muicrescimen-to longo prazo e que a inclinação da oferta agregada é simples-mente vertical.

C U R T O P R A Z O

Analise o painel (b) da Fig. 1.1. Quando um exame ampliado da trajetória do produto é feito, vemos que ele nem sempre é suave. As flutuações do produto no curto prazo são grandes o suficiente para ter muita importância. Explicar as flutuações do produ-to no curprodu-to prazo é o campo da demanda agregada4.

A distinção mecânica de oferta agregada-demanda agregada entre o longo e o curto prazos é imediata. Em curto prazo, a curva de oferta agregada é horizontal. Ela fixa o nível de preços no ponto em que a curva de oferta atinge o eixo vertical. O pro-duto, ao contrário, pode assumir qualquer valor. A premissa fundamental é que o ní-vel de produto não afeta os preços no curto prazo. A Fig. 1.4 mostra uma curva de oferta agregada de curto prazo horizontal.

Repita o exercício anterior e desloque mentalmente a curva de demanda agrega-da para a esqueragrega-da ou para a direita. Você perceberá que a interseção agrega-das duas curvas move -se de forma horizontal (o produto muda), em vez de mover -se para cima ou para baixo (o nível de preços não varia). Ocorre que, no curto prazo, o produto é determinado apenas pela demanda agregada e os preços não são afetados pelo nível de produto. Essa é nossa terceira descoberta importante5.

4 Na maior parte das vezes a demanda agregada é o campo da explicação das flutuações. Choques de oferta,

às vezes, também são importantes — um exemplo é o embargo de petróleo da Organização dos Países Expor-tadores de Petróleo (OPEP) (Organization of Petroleum Exporting Countries [OPEC]).

5 Como dissemos na última nota, “na maior parte das vezes”. Este é um exemplo do que queremos dizer

quan-do afirmamos que a aplicação de um modelo exige discernimento. Certamente houve períoquan-dos históricos em que os choques de oferta superaram os choques de demanda na determinação do produto.

FigUrA 1.4 Demanda agregada e oferta agregada: o curto prazo.

Nív el de pr eç os Produto P P0 A0 A DA OA

(26)

Grande parte deste livro é sobre a demanda agregada. Ela é estudada porque, no curto prazo, determina o produto e, consequentemente, o desemprego. Quando a es-tudamos isoladamente, não estamos ignorando a oferta agregada; ao contrário, supo-mos que a curva de oferta agregada seja horizontal, o que implica no nível de preços ser tomado como dado.

M É D I O P R A Z O

Precisamos de mais uma parte para completar nosso esboço da forma como a econo-mia funciona: como descrevemos a transição entre o curto e o longo prazo? Em outras palavras, qual é o processo que muda a inclinação da curva de oferta agregada de horizontal para vertical?

A resposta simples é que quando uma alta demanda agregada eleva o produto acima do nível sustentável, de acordo com o modelo de muito longo prazo, as empre-sas começam a aumentar os preços e a curva de oferta agregada começa a mover -se para cima. O médio prazo parece com algo como a situação apresentada na Fig. 1.5: a curva de oferta agregada possui uma inclinação intermediária, entre horizontal e ver-tical. A questão “qual é a inclinação da curva de oferta agregada?” é, na verdade, a principal controvérsia da macroeconomia.

A velocidade com que os preços se ajustam é um parâmetro crucial para o nosso entendimento da economia. Em um horizonte de 15 anos, nada importa tanto quanto a taxa de crescimento no muito longo prazo. Em um horizonte de 15 segundos, nada importa tanto quanto a demanda agregada. O que pode se dizer sobre o que acontece entre esses dois casos?

Verifica -se que os preços normalmente se ajustam bem lentamente; deste modo, em um horizonte de um ano, as variações na demanda agregada oferecem uma boa, em-bora imperfeita, explicação do comportamento da economia. A velocidade do ajuste

FigUrA 1.5 Demanda agregada e oferta agregada.

Nív el de pr eç os Produto A0 A P P0 DA OA

(27)

de preços é resumida na curva de Phillips, que relaciona a inflação e desemprego, cuja versão aparece na Fig. 1.6.

Na Fig. 1.6, a variação na taxa de inflação é plotada em relação à taxa de desem-prego. Preste bastante atenção aos números pertencentes às escalas horizontal e ver-tical. Uma queda de dois pontos no desemprego é uma variação muito grande. Você pode ver que uma queda, digamos, de 6 a 4%, aumentará a taxa de inflação em apenas cerca de um ponto ao longo do período de um ano. Portanto, durante este período, a curva de oferta agregada será praticamente horizontal e a demanda agregada forne-cerá um bom modelo de determinação do produto.

1.2

PARA REFORÇAR...

O restante do texto apenas fornece os detalhes.

De forma mais séria, praticamente tudo o que você aprenderá sobre macroeco-nomia pode ser enquadrado no esquema da teoria do crescimento econômico, da oferta agregada e da demanda agregada. Esta estrutura intelectual é tão importante que vale a pena repetir partes da seção anterior em palavras ligeiramente diferentes.

C R E S C I M E N T O E P I B

A taxa de crescimento da economia é a taxa à qual o produto interno bruto (PIB) cresce.

Em média, a maioria das economias cresce a percentuais anuais pequenos du-rante longos períodos. Por exemplo, o PIB real dos Estados Unidos cresceu a uma taxa média de 3,2% ao ano, de 1960 a 2009. Mas esse crescimento certamente não foi suave, como confirma a Fig. 1.1 (b).

O que leva o PIB a crescer ao longo do tempo? A primeira razão para variações no PIB é que a quantidade disponível de recursos na economia varia. Os principais recur-sos do país são capital e trabalho. A força de trabalho, que consiste em pessoas que

FigUrA 1.6 Desemprego e a variação na inflação, 1961 ‑2009. Fonte: Bureau of Labor Statistics and International Financial Statistics, IMF.

73 7005 89 69 67 68 66 00 99 65 06 07 98 01 97 96 64 62 63 95 04 88 74 79 80 84 77 93 61 85 75 83 82 09 76 81 86 71 02 72 94 87 78 03 90 08 91 92 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Taxa de desemprego civil (percentual)

Variaç

ão na inflaç

ão (per

ce

(28)

QuaDRo 1.2 os moDelos e o munDo Real

O

s modelos são representações simplificadas do mundo real. Um bom modelo explica de forma exata os comportamentos que são mais importantes para nós e omite os detalhes que são relativamente sem importância. A noção de que a Terra gira em torno do Sol numa trajetória elíptica e de que a Lua gira de forma similar ao redor da Terra pode ser citada como um modelo. Os comportamentos exatos do Sol, da Terra e da Lua são muito mais complicados, mas este modelo nos permite com-preender, por exemplo, as fases da Lua. Para este propósito, é um bom modelo. Mesmo que as verdadeiras órbitas não sejam simples elipses, o modelo “funciona”.

Em economia, o comportamento complexo de milhões de indivíduos, empre-sas e mercados é representado por uma, duas, uma dúzia, algumas centenas ou milhares de relações matemáticas em formato de gráficos, equações ou progra-mas computacionais. O problema intelectual na construção de modelos é que os humanos podem entender apenas as interações entre um punhado de relações, no máximo. Portanto, a teoria macroeconômica que pode ser utilizada consiste em um conjunto de modelos, cada um com duas ou três equações. Um modelo específico é uma ferramenta baseada em um conjunto de hipóteses que sejam razoáveis em algumas circunstâncias do mundo real — por exemplo, a hipótese de que a economia está em pleno emprego. A compreensão da macroeconomia exige um conjunto variado e a aplicação de bom -senso em relação a quando em-pregar um modelo específico. Não podemos enfatizar demais este ponto: a única forma de compreender o mundo altamente complicado no qual vivemos é domi-nar um conjunto de modelos simplificados e, em seguida, tomar decisões explíci-tas quanto a qual deles se encaixa melhor para a análise de um dado problema.

Para ilustrar, considere três perguntas bastante específicas sobre economia: 1) Qual será o padrão de vida de seus netos comparado com o seu? 2) O que causou a grande inflação da República Alemã de Weimar após a Primeira Guerra Mundial (a inflação que contribuiu para a ascensão de Hitler ao poder)? 3) Por que a taxa de desemprego dos Estados Unidos, que havia ficado abaixo de 6% durante parte de 1979, atingiu praticamente 11% ao final de 1982? Você pode responder a cada uma destas perguntas com a aplicação de um modelo apresentado neste capítulo.

1. Ao longo de uma janela de tempo de duas gerações, queremos um mo-delo de crescimento de muito longo prazo. Quase nada importa tanto para o crescimento per capita como o desenvolvimento de novas tecno-logias e a acumulação de capital (considerando que você viva em uma economia desenvolvida). Com taxas de crescimento entre 2 e 4%, a ren-da mais que dobrará e quase quintuplicará dentro de duas gerações. Seus netos certamente viverão muito melhor do que você e, provavel-mente, não serão tão ricos quanto Bill Gates é hoje.

2. Inflações elevadas possuem uma causa: grandes deslocamentos para fora da curva de demanda agregada provocados pelo excesso de emissão de moeda pelo gorverno. As pequenas variações no nível de preços podem ter a contribuição de muitos fatores. Porém, grandes variações nos preços são domínio do modelo da oferta agregada/de-manda agregada de longo prazo, no qual uma curva de oferta agrega-da vertical permanece relativamente imóvel enquanto a curva de demanda agregada se desloca para fora.

3. Grandes variações durante curtos períodos de tempo no nível da atividade econômica e, consequentemente, no desemprego, são explicadas pelo modelo de oferta agregada/demanda agregada de curto prazo — com uma curva de oferta agregada horizontal. No início dos anos 1980, o Banco

(29)

estão trabalhando ou procurando por trabalho, cresce ao longo do tempo e, assim, for-nece uma fonte de aumento do produto. O estoque de capital, que inclui prédios e máquinas, também cresce ao longo do tempo, provendo outra fonte de aumento do produto. Os aumentos na disponibilidade dos fatores de produção — trabalho e capital utilizados na produção de bens e serviços — explicam, em parte, o aumento no PIB.

A segunda razão pela qual o PIB varia é que a eficiência dos fatores de produção pode mudar. As melhorias na eficiência são chamadas de aumentos de produtividade. Ao longo do tempo, os mesmos fatores de produção podem gerar mais produto. O aumento da produtividade é resultado de mudanças no conhecimento, conforme as pessoas aprendem e ganham experiência para executar melhor as tarefas comuns e conforme novas invenções são introduzidas na economia.

A Tabela 1.1 compara as taxas de crescimento da renda real per capita em diferentes países. Estudos das fontes de crescimento entre os países e sua história buscam explicar os motivos pelos quais um país como o Brasil cresceu de forma muito rápida enquanto o Zimbábue, por exemplo, tem tido um crescimento muito pequeno. A renda per capita no Zimbábue estava mais baixa em 2007 do que em 1965, ao passo que a renda do Brasil mais do que dobrou. Obviamente, seria bastante válido saber quais políticas, se houve al-guma, podem aumentar a taxa média de crescimento de um país durante longos períodos.

TABELA 1.1 taxas de crescimento do PIb real per capita, 1965 ‑2008. (Taxa média do crescimento anual per capita, em percentuais.)

país taXa De CResCImento país taXa De CResCImento

Argentina 1,6 Rep. da Coreia 6,3

Brasil 2,5 Noruega 2,9

China 7,4 Espanha 2,7

França 2,2 Reino Unido 2,1

Índia 3,0 Estados Unidos 2,0

Japão 3,3 Zimbábue* 0,1

* Dados até 2007.

Fonte: World Development Indicators, World Bank; Alan Heston, Robert Summers, e Bettina Aten, Penn World Table Version 6.3, Center for International Comparisons of Production, Income and Prices at the University of

Pennsylvania, August, 2009.

Central norte -americano impôs restrições à demanda agregada, levando a economia para uma grande depressão. A intenção do Fed era reduzir a inflação — e foi exatamente isso o que aconteceu. Mas, como o modelo de curto prazo explica, a retração da demanda agregada em períodos muito curtos reduz o produto, o que aumenta o desemprego.

Existe um outro lado nessa questão: além de saber qual modelo utilizar, é importante decidir quais modelos ignorar. Ao pensar sobre o crescimento du-rante duas gerações, a política monetária é praticamente irrelevante. E, ao pen-sar sobre a grande inflação alemã, a variação tecnológica não importa muito. Conforme você estuda a macroeconomia, descobre que memorizar listas de equações é muito menos importante do que aprender a combinar um modelo ao problema em mãos.

(30)

O C I C L O E C O N Ô M I C O E O H I A T O D O P R O D U T O

Inflação, crescimento e desemprego estão relacionados ao ciclo econômico. Este ciclo é o padrão mais ou menos regular de expansão (recuperação) e contração (reces‑ são) da atividade econômica em torno da trajetória de tendência de crescimento.

Em um pico cíclico, a atividade econômica é alta em relação à tendência; em um vale

cíclico, é atingido o ponto baixo na atividade econômica. Todos — inflação,

cresci-mento e desemprego — possuem padrões cíclicos. Para o mocresci-mento, vamos nos con-centrar na medição do comportamento do produto ou do PIB em relação à tendência durante o ciclo econômico.

A linha azul na Fig. 1.7 mostra a trajetória da tendência do PIB real. A trajetória de tendência do PIB é a trajetória que ele tomaria se os fatores de produção fos‑ sem plenamente empregados. Ao longo do tempo, o PIB varia pelos dois motivos já mencionados. Primeiro, mais recursos tornam -se disponíveis: o tamanho da popula-ção aumenta, empresas adquirem maquinários ou constroem fábricas, o solo é me-lhorado para o cultivo, o estoque de conhecimento aumenta conforme novos bens e novos métodos de produção são inventados e produzidos. Essa disponibilidade au-mentada de recursos permite que a economia produza mais bens e serviços, resultan-do em um nível de produto com tendência ascendente.

Mas, em segundo lugar, os fatores de produção não são plenamente empregados o tempo todo. O pleno emprego dos fatores de produção é um conceito econômico, não físico. Fisicamente, o trabalho é plenamente empregado se todo mundo estiver trabalhando 16 horas por dia durante o ano inteiro. Em termos econômicos, há o pleno emprego de trabalho quando todas as pessoas que querem um emprego podem en-contrar em um intervalo de tempo razoável. Como a definição econômica não é preci-sa, geralmente definimos o pleno emprego de trabalho por alguma convenção, por exemplo, que a mão de obra está plenamente empregada quando a taxa de desempre-go é de 5%. O capital, de forma semelhante, nunca é plenamente empregado em

Pr oduto Tempo Pico Vale R ec es são Recuper ação Re cess ão Recuper ação R ec es são Recuper ação Pico Pico Pico Tendência Vale Vale

(31)

QuaDRo 1.3 Quem DeteRmIna a ReCessão?

Q

ual é a definição oficial de uma recessão? Basicamente, não há uma defini-ção oficial. Nos Estados Unidos, o árbitro que denomina as recessões e re-cuperações é o Comitê de Datação dos Ciclos Econômicos (Business Cycle Dating Committee), do Departamento Nacional de Pesquisas Econômicas dos Estados Unidos (National Bureau of Economic Research* [NBER], <http://www. nber.org/cycles/recessions.html>). O NBER é uma organização privada e sem fins lucrativos que nomeia este pequeno comitê de proeminentes economistas para decidir sobre as datas de início e término das recessões. O comitê observa um amplo espectro de dados econômicos para decidir sobre o nível geral de atividade econômica com o objetivo de identificar momentos decisivos no ciclo econômico seguindo a diretriz:

Uma recessão é um período entre um pico e uma depressão e uma expansão é um perío-do entre uma depressão e um pico. Durante uma recessão, um declínio significativo na atividade econômica se espalha por toda a economia e pode durar de alguns meses a até mais de um ano.

Às vezes, uma recessão é considerada um declínio na atividade econômica global que dura dois trimestres ou mais. Enquanto essa é uma regra prática, o comitê de datação do NBER utiliza do seu bom -senso, em vez de seguir qual-quer fórmula rígida. E como o comitê de datação está mais preocupado em fazer a menção correta do que em ser midiático, as cronologias oficiais dos ciclos econômicos geralmente não são decididas antes de 6 a 18 meses após a data à qual uma recessão teve início ou fim.

sentido físico; por exemplo, os escritórios e as salas de aula, que fazem parte do esto-que de capital, são utilizados apenas em parte do dia.

O produto nem sempre está em seu nível de tendência, ou seja, o nível corres-pondente ao pleno emprego (econômico) dos fatores de produção. Em vez disso, o produto flutua em torno do nível de tendência. Durante uma expansão (ou recupe‑

ração), o emprego dos fatores de produção aumenta, e essa é uma fonte de

aumen-to da produção. Como as pessoas trabalham em horas extras e o maquinário é uti-lizado para vários turnos, o produto pode crescer acima do nível de tendência. De maneira inversa, durante uma recessão, o desemprego aumenta e o produto é me-nor do que poderia ser com os recursos e tecnologia existentes. A linha ondulada na Fig. 1.7 mostra esses desvios cíclicos do produto a partir da tendência. Tais des-vios em relação à tendência são chamados de hiato do produto.

O hiato do produto mede o hiato entre o produto real e o que a economia po‑ deria produzir no pleno emprego, dados os recursos existentes. O produto de ple-no emprego também é chamado de produto potencial.

Hiato do produto ≡ produto real – produto potencial (1) * N. de T.: Departamento Nacional de Pesquisas Econômicas dos Estados Unidos (National Bureau of Economic Research [NBER]) foi fundado em 1920 e é uma organização de pes‑ quisas privada, sem fins lucrativos e sem fins partidários, sediada em Cambridge, Massachusetts, Estados Unidos e comprometida em realizar e divulgar pesquisas econô‑ micas imparciais entre formuladores de políticas públicas, profissionais e comunidade acadêmica. Fonte: <http://www.nber.org/info.html>.

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O hiato do produto nos permite medir o tamanho dos seus desvios cíclicos em relação ao produto potencial ou da tendência do produto (utilizamos esses termos como sinônimos). A Fig. 1.8 mostra o produto real e o produto potencial para os Estados Unidos; as linhas sombreadas representam as recessões6.

A figura mostra que o hiato do produto aumenta durante uma recessão, tal como em 1982. Mais recursos se tornam inativos, e o produto real cai abaixo do produto potencial. Ao contrário, durante uma expansão, mais notavelmente durante a longa expansão dos anos 1990, o produto real cresce mais rápido que o produto potencial, e o hiato do produto, por fim, se torna positivo. Um hiato positivo significa sobreempre-go, horas extras para os trabalhadores e uma taxa maior do que a normal de utilização de maquinários. É válido observar que, às vezes, o hiato é bastante grande. Por exem-plo, em 1982, ele chegou ao montante de até 10% da produto.

I N F L A Ç Ã O E C I C L O E C O N Ô M I C O

Os aumentos na inflação estão relacionados de forma positiva ao hiato do produto. Políticas expansionistas de demanda agregada tendem a gerar inflação, a não ser que elas aconteçam quando a economia está com altos níveis de desemprego. Períodos prolongados de baixa demanda agregada tendem a reduzir a taxa de inflação. A Fig. 1.9 mostra uma medida de inflação para a economia dos Estados Unidos para o período a partir de 1960. A medida da inflação da figura é a taxa de variação do índice de preços

ao consumidor (em inglês, CPI), o custo de uma determinada cesta de mercadorias

que representa as compras de um consumidor urbano típico.

A Fig. 1.9 mostra a inflação, a taxa de aumento dos preços. Também podemos observar o nível de preços (ver Fig. 1.10). Toda a inflação dos anos 1960 e 1970 soma--se a um grande aumento no nível de preços. No período de 1960 a 2009, o nível de

6 A datação do ciclo econômico é feita, no caso dos Estados Unidos, pelo NBER.

2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 Bilhões de dólar es de 2005 PIB potencial PIB real

FigUrA 1.8 Produto real e produto potencial, 1960 ‑2009.

Fontes: Congressional Budget Office, Key Assumptions in CBO’s Projection of Potential Output [January,

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preços mais do que setuplicou. Em média, um produto que custava US$ 1 em 1960, custou US$ 7,27 em 2009. Grande parte desse aumento nos preços ocorreu após o começo dos anos 1970.

A inflação, bem como o desemprego, é uma grande preocupação macroeconô-mica. No entanto, os custos da inflação são muito menos óbvios do que os custos do desemprego. No caso do desemprego, o produto potencial será desperdiçado e, as-sim, fica claro por que a redução no desemprego é desejável. No caso da inflação, não há uma perda evidente de produto. Argumenta -se que a inflação incomoda as rela-ções dos preços conhecidas e reduz a eficiência do sistema de preços. Sejam quais forem os motivos, os formuladores de políticas econômicas estão dispostos a aumen-tar o desemprego em um esforço para diminuir a inflação — ou seja, trocar um pouco de desemprego por menos inflação7.

7 Para uma explicação clara da inflação, ver Milton Friedman, “The Causes and Cures of Inflation”, em seu

li-vro Money Mischief (New York: Harcourt Brace Jovanovich, 1992). Há uma versão em português deste lili-vro com o nome Episódios da História Monetária, Rio de Janeiro, Editora Record, 1994.

–3 0 3 6 9 12 15 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 Taxa de infla çã o (CPI, per ce ntual)

FigUrA 1.9 taxa de inflação nos preços ao consumidor, 1960 ‑2009. Fonte: Bureau of Labor Statistics.

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 CPI (1982-1984 = 100)

FigUrA 1.10 Índice de preços ao consumidor, 1960 ‑2009. Fonte: Bureau of Labor Statistics.

Referências

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