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Parte 5 ▪ Grandes eventos, ajustes internacionais e tópicos avançados

6.6 Choques de oferta

Da década de 1930 ao final da década de 1960, supunha -se em geral que os movimen- tos de produto e preços da economia eram causados por deslocamentos da curva de demanda agregada — por mudanças na política monetária e fiscal (inclusive guerras como expansões fiscais) e na demanda por investimento. Mas a história macroeconô- mica da década de 1970 era, em grande parte, uma história de choques de oferta nega- tivos. Por outro lado, a expansão econômica no final do milênio refletiu um choque de oferta favorável — um aumento da produtividade.

Um choque de oferta é uma perturbação na economia cujo primeiro impacto é um deslocamento da curva de oferta agregada. Na década de 1970, a curva de oferta

agregada foi deslocada por dois choques importantes no preço do petróleo, que aumen-

taram o custo da produção e, portanto, o preço ao qual as empresas estão dispostas a ofertar produto. Em outras palavras, os choques no preço do petróleo deslocaram a cur- va de oferta agregada de um modo que vamos mostrar em breve.

A Fig. 6.9 mostra o preço real, ou relativo, do petróleo26. O primeiro choque da OPEP, que dobrou o preço real do petróleo entre 1971 e 1974, ajudou a empurrar a

26 O preço real do petróleo é calculado aqui como o preço médio interno da primeira compra de petróleo cru dos Esta-

dos Unidos deflacionado pelos deflatores de preço implícitos do produto interno bruto (dólares encadeados de 2000). OA'

FigUrA 6.8 a curva de oferta agregada.

A curva OA é derivada da curva WN, com as premissas adicionais de que a margem de lucro é fixa e que o produto é proporcional ao emprego.

Nív el de pr eç o Produto Pt+1 0 Y* Y OA OA''

economia para a recessão de 1973 -1975, até então a pior recessão do período poste- rior à Segunda Guerra Mundial. O segundo aumento de preços da OPEP, em 1979- -1980, dobrou novamente o preço do petróleo e acelerou acentuadamente a inflação. A inflação alta levou, em 1980 -1982, a uma política monetária dura para combater a inflação, e a economia mergulhou em uma recessão ainda mais profunda do que em 1973 -1975. Após 1982, o preço relativo do petróleo caiu durante toda a década de 1980, de forma particularmente acentuada em 1985 -1986. Houve um breve choque no preço do petróleo na segunda metade da década de 1990, resultado da invasão do Kuweit pelo Iraque. Esse choque temporário desempenhou um papel no agravamen- to da recessão de 1990 -1991, embora ela seja datada como tendo iniciado em julho, antes que o Kuweit fosse invadido.

As duas recessões da década de 1970 relacionadas a choques do preço do petró- leo não deixaram dúvidas de que os choques de oferta têm importância27. Note, con- tudo, que o grande aumento repentino dos preços do petróleo em 2004 -2006 não pa- receram desacelerar muito o crescimento econômico dos Estados Unidos.

C H O Q U E D E O F E R T A A D V E R S O

Um choque de oferta adverso é aquele que desloca a curva de oferta agregada para cima. A Fig. 6.10 mostra os efeitos de um choque desse tipo — um aumento do preço do petróleo.

A curva OA se desloca para cima até OA' e o equilíbrio da economia muda de E para E'. O efeito imediato do choque de oferta é, assim, um aumento do nível de pre- ços e uma redução do nível de produto. Um choque de oferta adverso é lamentável em dobro: causa preços maiores e produto menor.

Há dois pontos que precisam ser notados sobre o impacto do choque de oferta. Em primeiro lugar, o choque desloca a curva OA para cima porque cada unidade de produto agora custa mais às empresas para produzir. Em segundo, supomos que o choque de oferta não afete o nível de produto potencial, que permanece em Y*28.

O que acontece após a ocorrência do choque? Na Fig. 6.10, a economia se move de

E' para E. O desemprego em E' força os salários e, portanto, o nível de preços, para baixo.

O ajuste de volta para o equilíbrio inicial, E, é lento, porque os salários se ajustam lenta- mente. O ajuste ocorre sobre a curva DA, com queda de salários até chegar a E.

Em E, a economia está de volta para o pleno emprego, com o mesmo nível de preços de antes do choque. Mas o salário nominal é menor que antes do choque, pois o desemprego nesse meio tempo forçou o salário para baixo. Assim, o salário

real é, também, mais baixo do que antes do choque. O choque de oferta adverso

reduz o salário real.

27 Para um exame menos dramático do impacto dos preços do petróleo, ver “Flaring Up?”. The Economist, 11

April, 2002.

28 O aumento do preço do petróleo na década de 1970 tanto deslocou a curva OA para cima quanto reduziu o

nível de produto potencial porque as empresas reduziram seu uso de petróleo e não puderam utilizar o capital de forma eficiente como antes. Para simplificar, supomos, na Fig. 6.10, que o choque de oferta não afete Y*. Para testar sua compreensão da figura, você deveria desenhar a trajetória do produto e dos preços se o choque de oferta tanto deslocasse a curva OA' quanto reduzisse Y* para, por exemplo, Y*'.

A C O M O D A Ç Ã O D E C H O Q U E S D E O F E R T A

Nem a política fiscal nem a política monetária responderam quando o primeiro cho- que no preço do petróleo atingiu a economia no final de 1973. Como os choques de oferta eram então um fenômeno novo, nem os economistas nem os formuladores de política econômica sabiam o que poderia ser feito, se é que algo pudesse ser feito. Entretanto, quando a taxa de desemprego esteve acima de 8% no final de 1974, tanto a política monetária quanto a política fiscal se tornaram expansionistas em 1975- -1976. Essas políticas econômicas ajudaram a recuperar a economia da recessão mais rapidamente do que se não tivessem sido implementadas.

Por que não responder sempre a um choque de oferta adverso com uma política expansionista? Para responder a essa questão, olhe de novo para a Fig. 6.10. Se o go- verno tivesse, na época do aumento do preço do petróleo, aumentado a demanda agregada o suficiente, a economia poderia ter -se movido para E* em vez de E'. Os pre- ços teriam aumentado integralmente pelo deslocamento da curva de oferta agregada.

FigUrA 6.9 O preço real do petróleo, 1949 ‑2008.

Fonte: Energy Information Administration, <www.eia.doe.gov> and Federal Reserve Economic Data [FRED II].

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 1949 1954 1959 1964 1969 1974 1979 1984 1989 1994 1999 2004 2008 Pr eç o do petr

óleo cru por barril

(dólar

es de 2005)

Pr

o do petr

óleo cru por barril

(dólar es de 2005) 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 1949 1954 1959 1964 1969 1974 1979 1984 1989 1994 1999 2004 2008 Nível de pr eç os Produto

FigUrA 6.10 Choque de oferta adverso, resultante do aumento do preço do petróleo.

Nív el de pr eç o Produto P 0 Y Y* DA DA' OA' OA E E' E*

As políticas monetária e fiscal que deslocaram a curva DA para DA' na Fig. 6.10 são conhecidas como políticas acomodativas. Há uma perturbação que necessita de uma queda do salário real. A política econômica é ajustada para tornar possível, ou acomodar, a queda do salário real ao nível de salário nominal corrente.

Então, a questão agora é o motivo pelo qual as políticas acomodativas não foram implementadas em 1973 -1975. A resposta é que há um dilema entre o impacto infla- cionário de um choque de oferta e seus efeitos recessivos. Quanto maior a acomoda- ção, maior é o impacto inflacionário do choque e menor o impacto sobre o desempre- go. A combinação de políticas efetivamente escolhida resultou em uma posição intermediária — alguma inflação (bastante) e algum desemprego.

Além de ponderar os custos relativos de desemprego e inflação, os formuladores de política econômica que se defrontam com um choque de oferta agregada precisam deci- dir se o choque é transitório ou permanente. Defrontada com um choque de oferta perma- nente, a política de demanda agregada não pode impedir que o produto caia no final. Essa tentativa resultará somente em preços cada vez mais altos. A política de demanda agregada pode ser usada principalmente para evitar a queda do produto associada a um choque de oferta transitório — embora a obtenção da coordenação certa possa ser complicada.

C H O Q U E S D E O F E R T A F A V O R Á V E I S

No final do milênio, a economia ia bem. Essa sorte se deve em parte claramente a um surto de nova tecnologia, especialmente ao advento da computação barata. A Fig. 6.11 mostra a queda de preços drástica para a computação no final do século XX.

Um choque de oferta favorável, como aquele causado por aperfeiçoamentos tec- nológicos, desloca a curva de oferta agregada de curto prazo para fora. Ele normal- mente também aumenta o PIB potencial, deslocando a curva de oferta agregada de longo prazo para a direita. Defrontado com esses aperfeiçoamentos, o banco central deve assegurar que a curva de demanda agregada se desloque para a direita rápido o suficiente para manter no mesmo nível o aumento permanente da oferta agregada, enquanto mantém -se vigilante sobre qualquer ultrapassagem temporária. Se o banco central acertar, a economia experimentará um crescimento suave com baixa inflação.

1997 2000 2003 2006 2009 Índic e de pr eç os (janeir o de 1987 = 100)

FigUrA 6.11 O preço relativo da computação, 1997 ‑2010.

Fonte: Bureau of Labor Statistics and Federal Reserve Economic Data [FRED II].

Índic e de pr eç os (janeir o de 1987 = 100) 150 120 90 60 30 0

Índice de preços ao consumidor

Índice de preços no varejo para computadores, periféricos e programas

R E S U M O

1. O mercado de trabalho não se ajusta rapidamente a perturbações. Pelo contrário, o processo de ajuste leva tempo. A curva de Phillips mostra que os salários nomi- nais mudam lentamente de acordo com o nível de emprego. Os salários tendem a subir quando o nível de emprego está elevado e tendem a cair quando o nível de emprego está baixo.

2. As expectativas de inflação estão embutidas na curva de Phillips. Quando a infla- ção efetiva e a inflação esperada forem iguais, a economia estará em sua taxa natural de desemprego. As expectativas de inflação se ajustam ao longo do tem- po para refletir os níveis de inflação recentes.

3. A estagflação ocorre quando há uma recessão mais uma taxa de inflação elevada. Isto é, ela ocorre quando a economia se move para a direita sobre uma curva de Phillips que inclui um componente importante de inflação esperada.

4. A curva de Phillips de curto prazo é pouco inclinada. No período de um ano, um ponto de desemprego adicional reduz a inflação somente em cerca de meio pon- to de inflação.

5. A teoria das expectativas racionais argumenta que a curva de oferta agregada deveria se deslocar muito rapidamente em resposta a modificações antecipadas na demanda agregada, assim, o produto deveria mudar relativamente pouco. 6. As fricções que existem à medida que os trabalhadores entram no mercado de

trabalho e procuram por emprego ou mudam de emprego significam que sem- pre há algum desemprego friccional. A quantidade de desemprego friccional que existe no nível de desemprego de pleno emprego é a taxa natural de desemprego. 7. A teoria da oferta agregada ainda não está consolidada. Diversas explicações são oferecidas para o fato básico de que o mercado de trabalho não se ajusta rapidamente a deslocamentos da demanda agregada: enfoque de informação imperfeita -equilíbrio dos mercados; problemas de coordenação; salários -efi- ciên cia e custos de mudança nos preços; e contratos e relações de longo prazo entre empresas e trabalhadores.

8. Ao derivar a curva de oferta neste capítulo, enfatizamos as relações de longo prazo entre empresas e trabalhadores, e o fato de que os salários geralmente são manti- dos fixos por algum período, por exemplo, um ano. Também levamos em conta o fato de que as mudanças nos salários não são coordenadas entre as empresas. 9. A curva de oferta agregada de curto prazo é derivada da curva de Phillips em

quatro etapas: supõe -se que o produto seja proporcional ao emprego; preços são fixados como uma margem sobre os custos; o salário é o principal componente do custo e é ajustado de acordo com a curva de Phillips; e a relação da curva de Phillips entre salário e desemprego é, portanto, transformada em uma relação entre o nível de preços e o produto.

10. A curva de oferta agregada de curto prazo se desloca ao longo do tempo. Se o produto está acima (abaixo) do nível de pleno emprego desse período, a curva de oferta agregada se desloca para cima (baixo) no período seguinte.

11. Um deslocamento da curva de demanda agregada aumenta o nível de preços e o produto. O aumento do produto e do emprego eleva um pouco os salários no pe- río do atual. O impacto pleno das mudanças na demanda agregada sobre os preços ocorre somente ao longo do tempo. Níveis de emprego elevados produzem au- mentos de salários que levam a preços maiores. À medida que os salários se ajus- tam, a curva de oferta agregada se desloca até que a economia volte ao equilíbrio. 12. A curva de oferta agregada é derivada das hipóteses subjacentes de que salários

(e preços) não são ajustados continuamente e nem ao mesmo tempo. A inclina- ção positiva da curva de oferta agregada resulta de alguns salários a serem ajus- tados em resposta a condições do mercado, e da remuneração para horas extras previamente combinada entrar em vigor à medida que os empregos mudam. O deslocamento lento da curva de oferta ao longo do tempo resulta do processo lento e descoordenado pelo qual salários e preços são ajustados.

13. Os preços de materiais (preço do petróleo, por exemplo), juntamente com os salá- rios, são determinantes de custos e preços. Mudanças nos preços de materiais são repassadas como mudanças nos preços e, portanto, nos salários reais. Mudanças nos preços de materiais são uma fonte importante de choques de oferta agregada. 14. Os choques de oferta colocam um problema difícil para a política macroeconômica. Podem ser acomodados por meio de uma política de demanda agregada expansio- nista, com aumentos de preços, porém com produto estável. Alternativamente, po- dem ser compensados, por uma política de demanda agregada deflacionária, com os preços permanecendo estáveis, mas com um produto menor.

15. Choques de oferta favoráveis parecem explicar o crescimento rápido do final do século XX. Uma política de demanda agregada sagaz na presença de choques de oferta favoráveis pode produzir crescimento rápido com inflação baixa.

T E R M O S - C H A V E

ajuste escalonado de preços custo unitário da mão de obra modelo trabalhador efetivo--trabalhador prospectivo (insider‑outsider model) choque de oferta adverso estagflação políticas acomodativas choque de oferta favorável expectativas racionais rigidez de preços

choques de oferta hiato no desemprego rigidez nos salários curva de Phillips informação imperfeita teoria do salário -eficiência curva de Phillips ampliada

pelas expectativas Lei de Okun

P R O B L E M A S

C o n c e i t u a i s

1. Explique como a curva de oferta agregada e a curva de Phillips estão relaciona- das. Alguma informação derivada de uma delas pode não ser derivada da outra? 2. Em que diferem a curva de Phillips de curto prazo e a curva de Phillips de longo

3. Este capítulo discutiu vários modelos diferentes que podem ser usados para justi- ficar a existência de salários rígidos e, portanto, a capacidade da demanda agrega- da de afetar o produto. Quais são eles? Quais são suas semelhanças e diferenças? Qual desses modelos você considera o mais plausível?

4. a) O que é estagflação?

b) Descreva uma situação que poderia produzi -la. A situação que você descreveu poderia ser evitada? Ela deveria ser evitada?

5. Explique como a capacidade das expectativas inflacionárias para deslocar a cur- va de Phillips ajuda a economia a se ajustar, automaticamente, em resposta a choques de oferta agregada e demanda agregada.

6. Discuta as principais diferenças entre a curva de Phillips ampliada pelas expec- tativas original discutida na Seção 6.2 e aquela apoiada nas expectativas racio- nais discutida na Seção 6.3.

T é c n i c o s

1. Analise os efeitos de uma redução do estoque nominal de moeda sobre o nível de preços, o produto e o estoque real de moeda quando a curva de oferta agregada é positivamente inclinada e os salários se ajustam lentamente ao longo do tempo.

2. Suponha que o Banco Central dos Estados Unidos (Federal Reserve ou Fed) ado- te uma política de completa transparência; isto é, suponha que ele anuncie ante- cipadamente como mudará a oferta de moeda. De acordo com a teoria das expectativas racionais, como essa política afetará a capacidade do Fed de mudar a economia real (por exemplo, a taxa de desemprego)?

3. a) Mostre, em uma estrutura de oferta agregada e demanda agregada, os efeitos de longo prazo e curto prazo de uma queda do preço real dos insumos (um

choque de oferta favorável).

b) Descreva o processo de ajuste, supondo que o produto no início estava em seu nível natural (pleno emprego).

E m p í r i c o s

1. A Seção 6.2 enfatizou como a curva de Phillips (sem expectativas inflacionárias) fracassou nos Estados Unidos. Vocês podem perguntar se ela se mantém em ou- tros países. O objetivo deste exercício é dar -lhe a chance de testar os dados e tentar encontrar um país para o qual a curva de Phillips ainda pode se manter. Para fazer isso, vá para <http://www.bls.gov> e entre em “International”, em “Subject Areas”. Clique em “Labor Market” e, em seguida, clique em “ILC Database”. Na tabela “Labor force statistics, productivity and unit labor costs, con- sumer prices”, use o modo “One -Screen Data Search”. Escolha um país e adicione o índice de Preços ao Consumidor e a taxa de desemprego na caixa de seleção (use o botão “Add to Your Selection”, em vez de “Get Data” para colocar mais de uma série na caixa de seleção). Coloque os dados anuais para estes dois indicado- res em um arquivo do Excel. Calcule a taxa de inflação do IPC e crie um gráfico de dispersão com a taxa de desemprego no eixo X e a taxa de inflação no eixo Y. O seu

gráfico se parece com uma curva de Phillips? Tente fazer o mesmo para outro país. Se encontrar um país para o qual ela funcione, por favor nos avise.

2. A Seção 6.2 investiga se a curva de Phillips ampliada pelas expectativas se ajusta melhor aos dados. Ao fazer isso, considera que a taxa da inflação esperada do próximo período é fornecida pela taxa da inflação observada hoje (πe

t+1 = πt ). Neste

exercício, você é solicitado para investigar se o ajuste melhora se forem utilizadas as medições dos analistas econômicos sobre as expectativas de inflação.

a) Vá para <http://research.stlouisfed.org/fred2> e clique em “Consumer Price Index (CPI)” e selecione “Consumer Price Index for All Urban Consumers: All Items.” Clique em “Download Data” e altere a unidade a “Percent Change from Year Ago” para obter as taxas de inflação. Você terá que tirar as médias no Excel para obter as taxas anuais. Também faça o download de dados das taxas de desemprego anual (μt) para o mesmo período em <www.bls.gov/cps>. Role a tela para baixo até “CPS Database” e clique em “Top Picks” no item “Labor Force Statistics including the National Unemployment Rate”. Em seguida, faça o down‑ load de “Unemployment Rate — Civilian Labor Force”. Você vai ter de tirar as

médias no Excel para obter as taxas anuais.

b) Agora, faça uma busca por “University of Michigan Inflation Expectation” (transforme os dados mensais em anuais, utilizando a opção “Last Month of Year”). Copie os dados anuais em seu arquivo Excel.

c) Calcule a diferença entre a inflação e a inflação esperada (πt – πe

t ). No cálculo

da diferença tenha cuidado com a datação das variáveis. As variáveis da expec- tativa de inflação da University of Michigan fornecem a inflação esperada para o ano seguinte. Por exemplo, a observação de 1978 é igual a 7,3. Isto significa que a inflação em 1979 deverá ser igual a 7,3%.

d) Crie um gráfico de dispersão que possua a diferença entre a inflação e a in- flação esperada no eixo Y e a taxa de desemprego no eixo X. Compare visual- mente o gráfico que você obteve com a Fig. 6.6 no capítulo. Qual se parece mais com uma curva de Phillips?

e) Se tiver feito uma aula de estatística, utilize o Excel ou um programa estatísti- co, a fim de executar a seguinte regressão:

πt – πe

t = c + β × μt + ∊t

Qual é a inclinação implícita da curva de Phillips? É estatisticamente significati- va? Interprete seus resultados.

* Um asterisco denota um problema mais difícil.

╯ Anatomia da inflação

e do desemprego

DESTAQUES DO CAPÍTULO

Os custos do desemprego, principalmente o produto perdido, são muito grandes.

O custo da inflação antecipada é muito pequeno, pelo menos aos níveis mode- rados vivenciados pelos países industrializados.