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em educac¸ão física Motivos para abandono e permanência na carreiradocente CIÊNCIAS DO ESPORTE

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Revista Brasileira de

CIÊNCIAS DO ESPORTE

ARTIGO ORIGINAL

Motivos para abandono e permanência na carreira docente em educac ¸ão física

Naline Cristina Favatto

a,b

e Jorge Both

b,∗

aCentroUniversitáriodeMaringá,DepartamentodeEducac¸ãoFísicaaDistância,Maringá,PR,Brasil

bUniversidadeEstadualdeLondrina,DepartamentodeEducac¸ãoFísica,Londrina,PR,Brasil

Recebidoem19dedezembrode2017;aceitoem5demaiode2018 DisponívelnaInternetem9dejulhode2018

PALAVRAS-CHAVE Abandono;

Permanência;

Educac¸ãofísica;

Carreira

Resumo O objetivo do estudo foi analisar os motivos que influenciam os professores de educac¸ãofísicaapermanecereabandonaradocêncianoiníciodacarreira.Napesquisaforam entrevistados16professoresquetinhamatéquatroanosdemagistério.Aanálisedoconteúdo foiempregadapara sistematizarasentrevistas.Osresultadosevidenciaram queodesejode abandonaracarreiraestavavinculadoadesvalorizac¸ãofinanceira,desacordocomaredede ensino,estresse,indisciplinadosalunosereceiodesofreragressãofísica.Poroutrolado,o desejodepermanecernadocênciaestavaatreladoànecessidadefinanceira,seguranc¸adovín- culoempregatíciocomoservidorpúblico,identificac¸ãocomaprofissão,satisfac¸ãoemtrabalhar comcrianc¸aseauxiliarnoprocessodeformac¸ãodosalunos.

©2018Col´egioBrasileirodeCiˆenciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Este ´e umartigoOpenAccesssobumalicenc¸aCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/

by-nc-nd/4.0/).

KEYWORDS Abandonment;

Permanence;

Physicaleducation;

Career

Reasonsforabandonmentandstayingintheteachingcareerinphysicaleducation Abstract TheobjectiveofthestudywastoanalyzethereasonsthatinfluencePhysicalEdu- cation teacherstoremainandtoabandonteachingatthebeginningoftheircareers.Inthe researchwereinterviewed16teacherswhohaduptofouryearsofteaching.Contentanalysis wasusedtosystematizeinterviews.Theresultsshowedthatthedesiretoleavethecareerwas linkedtofinancialdevaluation,disagreementwiththeschoolsystem,stress,lackofdiscipline ofthe studentsandfear ofsuffering physicalaggression.On theotherhand, thedesire to

Autorparacorrespondência.

E-mail:jorgeboth@yahoo.com.br(J.Both).

https://doi.org/10.1016/j.rbce.2018.05.004

0101-3289/©2018Col´egioBrasileirodeCiˆenciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Este ´eumartigoOpenAccesssobuma licenc¸aCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

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remaininteachingwaslinkedtothefinancialneed,securityofemploymentasapublicservant, identificationwithprofession,satisfactioninworkingwithchildrenandassistingintheprocess oftrainingstudents.

©2018Col´egioBrasileirodeCiˆenciasdoEsporte.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Thisisan openaccessarticleundertheCCBY-NC-NDlicense(http://creativecommons.org/licenses/by- nc-nd/4.0/).

PALABRASCLAVE Abandono;

Permanencia;

Educaciónfísica;

Carrera

Motivosparaelabandonoylapermanenciaenlacarreradocentedeeducaciónfísica Resumen Elobjetivodelestudiofueanalizarlosmotivosqueinfluyenenlosprofesoresde educaciónfísicaparapermaneceryabandonarladocenciaalprincipiodelacarrera.Seentre- vistóa16profesoresqueposeíanhastacuatroa˜nosdemagisterio.Elanálisisdelcontenidose empleóparasistematizarlasentrevistas.Losresultadospusierondemanifiestoqueeldeseo deabandonarlacarreraestabavinculadoconladesvalorizacióneconómica,discrepanciacon elsistemadeense˜nanza,estrés,indisciplinadelosalumnosytemordesufriragresiónfísica.

Encambio,eldeseodepermanecerenladocenciaestabavinculadoconlanecesidadeconó- mica,seguridaddelvínculolaboralcomofuncionariopúblico,identificaciónconlaprofesión, satisfacciónporelhechodetrabajarconni˜nosyayudarenelprocesode formacióndelos alumnos.

©2018Col´egioBrasileirodeCiˆenciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Estees unart´ıculoOpenAccessbajolalicenciaCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/

by-nc-nd/4.0/).

Introduc ¸ão

Adocênciaéumadasprofissõesmaisantigasnomundo,con- tudoaspesquisasacercadacarreiradocentesãorecentes.

Osestudossobreaprofissãodocenteestabeleceram-senas décadasde1970e1980,principalmentenoquedizrespeito àsinvestigac¸õessobreaformac¸ão,odesenvolvimentopro- fissional,aprofissionalizac¸ão,asocializac¸ãoprofissional,a construc¸ãodaidentidadeprofissional,acultura,ossaberes e os valores docentes. Tais questões nãoeram estudadas de forma concisa, mesmo sendo a atividade docente tão essencial paraa formac¸ão doindivíduo (Freitase Galvão, 2007).

Nessaperspectiva, acaracterizac¸ão doprofessorcomo profissional, na realidade brasileira, ocorreu no fim do século XX a partir da mobilizac¸ão de grupos empenha- dos pormudanc¸aem suacategoria profissional.Esse fato reafirma a ideia de que o professor, ao consolidar o seu statusna profissão,busca aconstruc¸ão desua identidade profissionalpara neutralizara percepc¸ão que asociedade temem relac¸ão à subprofissão. Dentro desse contexto, a profissionalizac¸ão docente no Brasil é observada em três fases.Aprimeiraeasegundaocorreramnadécadade1960, com a institucionalizac¸ão da primeira Lei de Diretrizes e Baseseconsolidac¸ãodareorganizac¸ãodoensinobrasileiroe deseucorpodocente.Aterceirafaseocorreunadécadade 1980,quandoanoc¸ãodeprofissionalizac¸ãosurgiudeforma clara,pelofatodeque atéentão aprofissão docenteera vistacomomissão,ofícioeocupac¸ãoaserdesempenhada nasociedade(Valle,2003).

Outro aspecto importante, do ponto de vista da valorizac¸ão profissional docente brasileira, foi a Constituic¸ão do Brasil de 1988, que previa a admissão dedocentespormeiodeconcursopúblicoeosqualificava como profissionaldeensino.Dessaforma,a efetivac¸ãodo docentenoambienteescolardemonstrouanecessidadede qualificac¸ãoe deafirmac¸ãodesuarelevâncianocontexto social(FariaseNascimento,2012).

Oprocessodeprofissionalizac¸ãodocentederivou-sede duas dimensões: uma relacionada às aspirac¸ões individu- aise coletivasdosprofessoresfrenteàprofissãoe aoutra relacionada àeficiênciadoensinofaceàsorientac¸õesdos modelosditadospeloestado(Valle,2003).Assim,otrabalho docente caracteriza-se pelas relac¸ões interpessoais entre professoresealunos,nasquaisosdocentestêmasfunc¸ões deorientar,ensinar,preparareministraraulas,bemcomo avaliarosalunos(LemoseCruz,2005).

Os estudos sobre a carreira e os ciclos do desen- volvimento docente são referenciais importantes para compreensãodecomoaprofissãodocenteseestabeleceno âmbito escolar e como ocorrem as relac¸ões interpessoais na intervenc¸ãoprofissional.Pesquisasacercadosciclosda carreira docente demonstraram que a caracterizac¸ão dos professores pode ser apresentada na literatura por fases, ciclos ou estágios (Sikes, 1985; Stroot, 1996; Nascimento eGrac¸a,1998;Gonc¸alves,2000;Huberman,2000;Fariase Nascimento,2012).

Dentro dessa perspectiva, Farias e Nascimento (2012) fizeram uma pesquisa com professores brasileiros e esta- beleceram cinco fases distintas para a carreira docente:

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Entrada (1 a 4 anos de docência), Consolidac¸ão (5 a 9), Afirmac¸ão eDiversificac¸ão (10a 19),Renovac¸ão (20a 27) e Maturidade (28 a 38). O ciclo de entrada na carreira compreendeosprofessoresque atuamatéquatroanosno magistério. Talperíodo é compreendidocomo umapassa- gem, quase abrupta, do papel de estudante universitário paraodeprofessor,em queasdiferenc¸asentreformac¸ão e trabalho são mais intensamente sentidas (Lima, 2004;

Lengert, 2005). O momento é conhecido pelas tensões, uma vez que a inserc¸ão na carreira docente é entendida como o ‘‘choque com a realidade’’ (Sikes, 1985; Garcia, 1992;Huberman,2000;Lima,2004;Lengert,2005;Follee Nascimento,2011;FariaseNascimento,2012).

Nesse sentido, aentrada na carreirapauta-se em uma autêntica luta entre a vontade de se afirmar e o desejo deabandonaraprofissão(Gonc¸alves,2000).Aintenc¸ãode abandonareopróprioabandonodecarreirasão,considera- velmente,maiselevadosnomomentodaentradanacarreira do que qualquer outra fase (Sikes, 1985). Nesse estágio de‘‘sobrevivência’’queaconteceoabandonodaprofissão pelos professores que não conseguem superar o ‘‘choque comarealidade’’escolar(Floresetal.,2010).

Lapo e Bueno (2003) evidenciam que os motivos que levam o abandono dadocência em ordem crescente são:

abaixa remunerac¸ão,a falta decondic¸õesde trabalho,a necessidadede tempolivrepara estudar,a falta depers- pectivadecrescimentoprofissional,onascimentodefilhos, odesencantocoma profissão,ainsatisfac¸ãocom aestru- tura dosistema educacional e problemas de saúde.Além dessas questões,apreocupac¸ãocom asaúdee o estresse causado pelodia a dia doprofessor tambémsedestacam comofatoresqueinstigamodesejodeabandonaradocência (LapoeBueno,2003;SantinieMolinaNeto,2005;Martins, 2016).

Apesar de a estabilidade estatutária do emprego ser um grande fator de permanência na docência, sabe-se que o início da carreira é permeado pelo entusiasmo na docência (Huberman,2000; Shoval etal., 2010; Gariglio, 2017), sentimentopelo qualo professorse encontraesti- mulado a desenvolver o seu trabalhode maneira positiva (Gariglio, 2017). Contudo,a continuidade dos professores na docência é fortemente influenciada pela capacidade de desenvolver e manter algum senso de eficácia noseu trabalho (Smyth, 1995), pois a forma como o profes- sor iniciante enfrenta seus problemas auxilia a vencer suas dificuldades e ser admitido entre os iniciados, o que acarreta o sentimento de reconhecimento profissi- onal (Freitas, 2002). No caso específico dos professores de educac¸ão física, observa-se que esses profissionais enfrentam diversosdesafios em seu trabalho.Portanto, a melhoriadofornecimentoderecursoseoapoiodospares e diretoria poderiam reduzir potencialmente a intenc¸ão dos professores de abandonar a docência (Mäkelä et al., 2014).

Assim,aoconsiderarostemasabordados,oobjetivoda pesquisafoianalisarosmotivosqueestãorelacionadosaos desejosdepermanênciaeabandononomagistérionaárea da educac¸ão física dos professores que estão na fase de entradadacarreiradocente.

Material e métodos

Oestudo caracterizou-secomo descritivo comabordagem qualitativa,vistoqueainvestigac¸ãobuscaentenderosigni- ficadodeumaexperiênciadosparticipantes,emumaesfera específica(Thomasetal.,2007).

Na pesquisa foram entrevistados 16 professores de educac¸ãofísicaqueapresentavamatéquatroanosdeexpe- riência na docência e que tinham vínculo empregatício efetivo em escolas municipais e estaduais da cidade de Maringá(Paraná).Destaca-sequeosdocentespoderiamter exercidoanteriormenteomagistérioemoutrasescolas,mas asomatotaldesuaexperiênciadocentenãopoderiaultra- passarquatroanos.Talac¸ãosejustificapelofatodeFarias eNascimento(2012)ressaltaremqueoiníciodacarreiraé representadoentreoprimeiroequartoanodedocência.É importantedestacarqueaescassezdeconcursospúblicose asexperiênciasanterioresqueexacerbavamosquatroanos dedocêncianecessárioslevouàpossibilidadedeentrevistar essaquantidadeexatadeprofessores.

Participaramquatrodocentescomumano,quatrocom doisanos,três comtrês anose cincocomquatroanosde experiênciadocente.Dessesprofessores,oitohaviamfeito agraduac¸ãoeminstituic¸õespúblicaseoitoeminstituic¸ões privadas. Três professores eram mestres e 11 especialis- tas.A média de idade desses professores foi de 29 anos, seiseramdosexomasculinoe11dosexo.Ressalta-seque 14 docentes atuavam no Ensino Fundamental e dois no Ensino Médio. Exceto os professores com um ano de docência,osdemais docentes apresentamoutros vínculos empregatíciosalém dadocência em educac¸ão física. Tais vínculosapresentavamrelac¸ãocomocampodeatuac¸ãodo bachareladoemeducac¸ãofísica.

Para obter o maior número de informac¸ões possíveis, optou-se pelo uso da entrevista semiestruturada para a coletadedados.Destaca-sequeoprocedimentodaentre- vista semiestruturada é a fonte mais usual de dados na pesquisa decampo, pelofato defacilitar a obtenc¸ão dos dados a partir da fala dos atores, os quais são sujeitos- -objetosdapesquisaquevivenciamarealidadeemanálise (Thomasetal.,2007).

Asentrevistasforamfeitaspelapesquisadoraseparada- mente com cada participante em um encontro com hora marcadanasescolas.Todasasentrevistasforamgravadase apresentaramadurac¸ãoaproximadadeumahora,otempo médiodatranscric¸ãodasentrevistasfoidequatrohoras.As questõesnorteadorasdaentrevistaabordavamodesejode permanênciae abandonodacarreiradocente.Paraaaná- lisedosdadosfoiusadaaanálisedeconteúdopropostapor Bardin(2011),naqualapresentaastrêsetapasbásicasde análise: pré-análise, a qual é compreendidacomo o pro- cessodeorganizac¸ão e defamiliarizac¸ão coma pesquisa;

análisedomaterial,naqualoprocessodecodificac¸ãodas informac¸ões se desenvolve; e tratamento dos resultados, noqualseestabelecemoseixostemáticosnorteadoresdos resultados.

Os recortes das entrevistas apresentaram como identificac¸ão letras e números, as letras ‘‘A’’, ‘‘B’’,’’

C’’ e ‘‘D’’ representavam a quantidade de anos que os

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professorestinhamdeexperiêncianadocência(A=umano;

B=doisanos; C=três anos; D=quatro anos) e osnúmeros usadossão apenaspara a organizac¸ão dos grupos. Dentre eles, apenas os professores C1 e B4 lecionavam na rede estadualdeensino,osdemaispertenciamàredemunicipal de Maringá. Por fim, destaca-se que a pesquisa foi apro- vada pelo Comitêde Ética em PesquisaEnvolvendo Seres HumanosdaUniversidadeEstadualdeLondrina(Parecern 1.666.357).

Resultados e discussão

Sobreo desejo deabandonar a carreira, observou-seque apenas cinco docentes entrevistados não reportaram tal aspirac¸ão(A2,A3,B2,B4eC1).Nessesentido,constatou- -se que grande parte dos professores (11 participantes) demonstrouodesejodedesistirdaprofissão.Dentretodos osprofessoresinvestigados,apenastrêsprofessorescomum edoisanosdecarreiradestacamodesejodeabandonarárea dadocênciaemeducac¸ãofísicaporcompleto.

Osmotivosquelevamaodesejodeabandonaraprofissão estãoassociadosàdesvalorizac¸ãofinanceira,àindisciplina dosalunos,ànãoconcordânciacomaspolíticasimplantadas pelasredesdeensino,àagressãofísicacontraoprofessore aoestresseocasionadopelotrabalho(Quadro1).

Osprofessoresdetodososgrupos, principalmentecom trêsequatroanosdeexperiência,evidenciaramdesejode abandonar aprofissão diante dadesvalorizac¸ão financeira daprofissão(A1,A4,B1,B3,C2,C3,D1,D2,D3,D4eD5).

Entretanto,osdocentesnãoabandonaramacarreiradiante dovínculoefetivoqueapresentamcomoórgãopúblico(B2, B4, C3, D5). Assim, alguns professores buscam trabalhar

apenas20horassemanaisemescolasparaevitarodesgaste domeioescolar(A1,D3,D4,D5).

Apreocupac¸ãocomoestresse(A4),odesacordocoma rededeensino(A1,A4eB1)eoreceiodesofreragressão física(B3)foramevidenciadoscomofatoresquemotivamo desejodeabandonaradocêncianosgruposdeprofessores comumedoisanosdecarreira.Poroutrolado,aindisciplina foi evidenciada como fator negativo daprofissão docente nos grupos com um e quatro anos de docência (A1, A4, D2eD4).

Entretodososprofessoresinvestigados,três comume dois anos de carreiradestacam o desejo de abandonar a docênciaporcompleto.Defato,nosdoisprimeirosanosda carreiradocenteocorrecommaiorfrequênciaoabandono daprofissão. Tais semelhanc¸as puderam serevidenciadas, em1983,porSchlechtyeVance(1983).Elesestimaramque aproximadamenteumterc¸odosprofessoresdeixouoensino atéosprimeiroscincoanos,15%dos professoresdesistem daprofissãoduranteoprimeiroanodecarreira.Osautores tambémdestacam que evasãode professores traz prejuí- zos para a aprendizagem dos alunos, para a construc¸ão de equipes coesas nasescolas e paraa relac¸ão das esco- las comasfamílias, interferenegativamentena qualidade daeducac¸ãooferecidaàpopulac¸ão.Essasituac¸ãotambém podeserobservadaempesquisasmaisatuaisfeitasnoBrasil, em que foi constatadoque 46% dosprofessores investiga- dossolicitaramsuaexonerac¸ãonosprimeirosdoisanosde carreira(Cassettarietal.,2014).

Osmotivosda desistência daprofissão docentepodem estar associadosaochoque comarealidadeque oprofes- sorqueestánafasedeentradanacarreirapassadurantea inserc¸ãonadocência(Sikes,1985;Garcia,1992;Huberman, 2000;Lima,2004;Lengert,2005;FolleeNascimento,2011;

FariaseNascimento,2012).Éimportantecompreenderque

Quadro1 Desejodeabandonodacarreiradocentedosprofessoresdeeducac¸ãofísicainiciantes

Categorias Relatos

Desvalorizac¸ão financeira

Acreditoqueseoprofessorrecebesseumaboapropostacomcertezaelesairiadomunicípio poreleperceberqueémuitodesgastanteepoucoreconhecidoemrelac¸ãoàremunerac¸ão.

Acreditoqueessafasesejaumapassagemdavidaprofissionalparaconquistadealgomelhor.

Euvoucontinuar,masomeusonhonãoéaposentarnaprefeitura,queroconseguiralgo melhor(D2).

Indisciplina Nãoéumaprofissãoemqueeuvoumeaposentar,mesmoporquevocêtemquetermuita paciênciacomaindisciplinadosalunosevocêvêcadavezmaisodesrespeitodeles.(...).O quemedeixatristeéessaquestãodaindisciplinadeles.Osnossosalunosnãotêminteresse.

Elesnãotêmvontadedefazernadanasescolas.Elesnãoqueremfazernada.Sóquerem saberdebrincar,xingar,bater.Elesvãoparaaescolacomoumaobrigac¸ão...Odepósitode alunos,principalmentenaeducac¸ãointegral(D4).

Desacordocom aredede ensino

(...)planejamentoengessadoquemuitasvezesvocêquertrazerumconteúdodiferentee vocênãopodeporquevaiquevocêtrabalhaumacoisaeoalunofalaalgumacoisaparaos paiseospaiscomentamcomadirec¸ãoeacoordenac¸ãovêqueissonãoestánoplanejamento eissovemtudoemcimadaprofessora.(A1).

Agressãofísica NesseanoeufuiagredidoemumCemeiemqueeutrabalhavacomchutesetapasnorosto.

ChegueiaténaSeducprontoprapedirminhaexonerac¸ãoporqueeuachoqueagenteganha muitopoucopraficarapanhandodecrianc¸anaescola(B3).

Estresse Tododiapensoqueagentenãoévalorizadaportrabalharcomumaturmademaisde30 alunos.Nãoéfácil.Temosturmasmuitodifíceisecrianc¸asmaleducadas.Émuitodifícil trabalhar...émuitarotatividadedecrianc¸a...acabasendoumtrabalhomuitoestressante (A4).

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odesejodeabandonaracarreiraocorrequandoarealidade vivida no ambiente de trabalho não condiz com a reali- dadeidealizada,ouseja,comasexpectativasdoprofessor.

Quandoasdiferenc¸as entreessasduas realidades nãosão passíveis deconciliac¸ão surgemfrustrac¸õese desencantos quepodemlevaràrejeic¸ãodainstituic¸ãoe/oudaprofissão (LapoeBueno,2003).Acargadetrabalho,administrac¸ão escolarefaltadeoportunidadesdedesenvolvimentopessoal eprofissionaltambémsãoevidenciadascomofatoresinflu- enciadoresparaoabandonodadocência(MäkeläeWhipp, 2015).

Osprofessores desejososdeseexonerar docargorela- taram a baixa remunerac¸ão. De fato, salário que não contemplaasnecessidadesdosprofessoreséumdosfatores negativos que estimulamo abandono dacarreira docente (Floresetal.,2010).Ressalta-sequeainsatisfac¸ãocomos proventosdotrabalhoéevidênciarecorrenteempesquisas darealidadebrasileirafeitascomprofessoresdeeducac¸ão físicaque se encontravam na fasedeentrada na carreira (Lemosetal.,2007;Bothetal.,2013).

Oaltoníveldeestressesofridonoambientedetrabalho, diantedeturmasnumerosasedesituac¸õesdeindisciplina e violência, tambémfoi evidenciado como fator negativo para a permanência no ambiente escolar, tal fato con- firma asevidênciasapresentadas porFlores etal. (2010).

Apreocupac¸ãodiáriadelidarcomsituac¸õescausadorasde estresse, relacionada à indisciplina escolar, faz com que o professor desperdice energia, o que propicia a perda de motivac¸ão para ensinar (Sant’ana, 2012). Além disso, o desrespeito porparte dosestudantes é relatadopor Gil (2010) como a segunda principal causa para o abandono dacarreiradocente.Osmotivosconsideradosparadeixara profissãodeprofessordeeducac¸ãofísicasão:statusdapro- fissãodocente,condic¸õesdetrabalho,colegasdetrabalho, cargadetrabalhoeestresse.Osfatoresmaisinfluentessão:

instalac¸ões deficientes, equipamentos ruins e isolamento dospares(Mäkeläetal.,2014).

Lapo e Bueno (2003) evidenciaram que a preocupac¸ão com saúde tornou-se um fator motivador para o aban- dono da carreira. As situac¸ões de estresse e a sensac¸ão deesgotamentoprecocesãoconstatadas emdocentesque manifestam o desejo de abandonar a profissão (Santini e MolinaNeto, 2005; Martins,2016). Contudo,bonssalários provenientesdeplanosdecargosesaláriosvantajososaos professores não são suficientespara amenizar e/ousanar osproblemas decorrentesdoesgotamentoprofissionalque podemlevaraoafastamento daprofissãodocente(Santini e MolinaNeto, 2005).Todosesses fatorescontextuais,no localdetrabalho,podemaumentarouinibirosprofessores quantoàcapacidadedefazeroseutrabalho(Stroot,1996) A insatisfac¸ão com o planejamento adotado pela rede deensinofoirelatadaportrêsprofessoresquelecionavam no máximo havia dois anos e foi evidenciada como fator quecontribuiparaoabandonodacarreira.Poroutrolado, observou-sequeosprofessorescomtrêsequatrosanosde docência estavam maisadaptados à política de funciona- mentodaunidadeeducativaedamantenedoradaescola.Ou seja,ainsatisfac¸ãocomomodopeloqualestáorganizadoo sistemaeducacionale,maisespecificamente,aescolacomo instituic¸ão pública deprestac¸ão de servic¸ose como local de trabalhointerferem na percepc¸ão dos professores que estãonoiníciodesuaatividadedocente.Aimpossibilidade

departicipardasdecisõessobreorumodoensino,oexcesso deburocraciae a falta deapoioe de reconhecimentodo trabalhoporpartedasinstânciassuperioresdosistemaedu- cacionalsãofatoresgeradoresdedesmotivac¸ãonotrabalho (LapoeBueno,2003).Essecenáriodemonstraqueosgrupos deprofessores mais jovensna carreiranão estão adapta- dosaofuncionamentodaredeescolar,umavezque,nesse momentoda carreira, existe certo impacto dos professo- resiniciantesreferenteà adequac¸ãoa culturadaunidade escolar(Freitas,2015).

Contudo,compreende-sequeodesejodeabandonoem relac¸ãoao planejamentoadotadoestá atreladoaodesejo demodificareinovarasaulasdeeducac¸ãofísica,vistoque oprofessorrecém-formadoestácheiodeenergiaparaleci- onar(Sikes,1985).Afaltadepreparac¸ãoparaenfrentaras dificuldadesdarealidadeescolar eo desconhecimentodo papel doprofessorde educac¸ão físicanomeio escolarse destacamcomo fatoresqueinduzemao abandonodacar- reira(Floresetal.,2010).Evidencia-sequeoentusiasmoé fragmentadopelofatodequeoprofessornecessitaseguiras normasestipuladaspelaredeescolar(Nemi˜naetal.,2009).

Demaneirageral,pode-seconstatarqueodesejodeaban- donodacarreiradocenteestáassociado aosentimentode desvalorizac¸ãodotrabalho,bemcomoàsobrecargadetra- balho(Martins,2016).

Emrelac¸ãoaosmotivosquecontribuíramparaaperma- nênciadosprofessoresnadocência(Quadro2),observou-se quetodos osparticipantes do estudo citaram pelo menos ummotivo,osaspectosquechamaramatenc¸ãodosdocen- tesforam:necessidadefinanceira,estabilidadeestatutária, identificac¸ão com a profissão,satisfac¸ão no trabalhocom crianc¸aseauxiliarnaformac¸ãodosalunos.

Destaca-sequeanecessidadefinanceirafoiofatorpre- senteemtodososgruposinvestigados(A1,A4,B1,C3,D2, D4 e D5).Além disso, aestabilidade estatutária podeser identificadaemprofessorescomnomínimodedoisanosde docência(B2,B4,C3e D5). Por outro lado,questõesvin- culadasàmotivac¸ão intrínseca, como aidentificac¸ãocom aprofissão(A2,A3,C1,D1eD3),asatisfac¸ãodetrabalhar comcrianc¸as (A2,B2,D1eD3)eauxiliarna formac¸ãodos alunos(B3eC2),foramevidenciadasportodososgruposde experiênciadocente.

Osprofessoresquepretendempermaneceremseuslocais detrabalho relataram ter uma cansativa rotina escolar e poressemotivojustificavamodesejodelecionarporape- nas 20 horas semanais. Sob esse viés, as demandas de tempo e energia, às vezes, comprometem a capacidade doprofessor de manter seusobjetivos de ensino(Stroot, 1996).A rotina dodia a dia propicia o sentimentodesfa- vorávelquantoàatuac¸ãoprofissional(Fariasetal.,2008), uma vez que as exigências da profissão podem transfor- mar o professor entusiasta em um professor desiludido, o que pode levar ao abandono dacarreira (Steffy etal., 2000).

Essa questão leva muitos professores a buscar outros ofícios, além da docência, uma vez que a insatisfac¸ão dos docentes com a remunerac¸ão colabora para a pro- curadeoutrosmeiose atividades paracomplementarsua rendafamiliar. Assim,o pluriemprego acaba porconsumir o tempo do professor,que poderia preparar aulas, anali- sare adequar questõescurriculares àscaracterísticas dos alunos(Bothetal.,2016),bem comodedicar-seao lazer.

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Quadro2 Desejodepermanêncianacarreiradocentedosprofessoresdeeducac¸ãofísicainiciantes

Categorias Relatos

Necessidade financeira

Hojeomotivoéporqueeupreciso.Moroeuemeupaieeunãoqueroficardependendodo meupai.Eununcapreciseitrabalhartantoqueeuatéestudavadeformaintegralemeupai sempremesustentou.Entãoeunãoqueriacontinuarcommeus24anosemeupaialime sustentando.Étãobomagenteternossarenda.Entãoessaéaquestãoquesegura,éa remunerac¸ão(A1).

Euprecisotrabalharepagarasminhascontaseporissonãoconsigosairdaescolatão simplesassim(A4).

Estabilidade estatutária

Nomunicípiotenhoasminhasgarantias.Então,éessaestabilidadehojeemdiaéoquemais memotivaparameorganizarpelaquestãofinanceiraefamiliar(D5).

Achoquepelaestabilidadedeserconcursadoesseéoprimeiropontoquefazagentepensar efalar‘‘calma’’eseguiremfrente(B2).

Identificac¸ãocom profissão

Eumeidentificoemserprofessora.Euacreditoqueéumacarreiraquepossibilitavocênão somenteensinar.Mastambémabuscadaatualizac¸ão,abuscapeloconhecimento...tenho gostadodisso(A3).

Souapaixonadopeloesporte,pelomovimento,enaverdadenãomevejofazendooutracoisa diferentedoqueeufac¸ohoje(D3).

Satisfac¸ãono trabalhocom crianc¸as

Eunãoseifazeroutracoisa.Euadoroeducac¸ãofísica.Émuitoestressanteaindisciplinados alunos...Vocêplanejaumaaulaeàsvezesnãodácerto.Masasatisfac¸ãodelevirteabrac¸ar dequepormaisquesejaumpoucovocêestáajudandonaaprendizagemdeleémuitobome éoqueeugostodefazer(A2).

Auxiliarnaformac¸ão dosalunos

Osmotivosquemefazempermanecernacarreiraéqueeuacreditoqueeupossocontribuir naformac¸ãodessascrianc¸ascomocidadãosmelhores(B3).

A necessidade de remunerac¸ão digna que satisfac¸a suas necessidadespessoaisefamiliaresfazcomqueprofessores acumulemumacargahoráriasemanaldetrabalhosuperior a40horas.

Os resultados evidenciaram que os professores per- manecem na carreira docente por diversos fatores, com maior intensidade a necessidade financeira e a estabi- lidade estatutária. Muitas vezes a garantia de não ser demitido,senão por processo administrativo, em umpaís onde o índice de desemprego é muito grande, pode-se destacar como um fator de não abandono da profissão.

Se o professor não conseguir outro ofício, que possa garantir sua sobrevivência e a de sua família, dificil- mentedeixará otrabalho,por maisinsatisfeitoque possa estar(LapoeBueno,2003).

O amor pela profissão, a satisfac¸ão de trabalhar com crianc¸as e a importância do papel dos professores de educac¸ãofísicanaformac¸ãodosalunosforamidentificados nosrelatosdealgunsprofessorescomofatoresmotivadores dapermanêncianadocência.Defato,ogostardoquesefaz e oentusiasmo pelotrabalhoevidenciado nos professores deeducac¸ãofísicanaentradadacarreiraevidenciaram-se comofatoresprimordiaisparaamotivac¸ãodepermanecer notrabalho(Floresetal.,2010).Nessesentido,observa-se queoiníciodacarreiradodocenteéomomentodeconso- nânciaentreideaiseprojetosdavida(FariaseNascimento, 2012).Nessafase,osprofessoresapresentamgrandeentu- siasmonadocência(Huberman,2000;Shovaletal.,2010;

Gariglio,2017),esseéomomentocompreendidocomouma descobertapositivadaresponsabilidadedeserumprofissio- nalquefazpartedeumcorpodocente(Gariglio,2017)que atuaem proldosistemaeducativoedaformac¸ãohumana deseusalunos.

Dessaforma,observou-sequeosfatoresqueinfluenciam odesejodeabandonoepermanênciadadocênciaestãointi- mamenteligadosao fatorfinanceiro,umavezque grande partedosprofessoresanseiadesistirdadocênciapelobaixo salário.Maspermanecemporcausadovínculodotrabalho estatutário,oqualéumagarantiadevínculoempregatício aoprofessor.Asdemaiscolocac¸ões,comoaindisciplinados alunos,queautomaticamentelevaaoestresse,tambémse destacaramcomoinfluenciadoresdoabandonodacarreira.

Por outro lado,questõescomo identificac¸ão coma profis- sãoesatisfac¸ãodetrabalharcomcrianc¸asforamobservados comopontospositivosparaapermanêncianacarreira.

Porfim,destaca-sequeaslimitac¸õesdoestudoestavam associadas ao baixo númerode professores darede esta- dual que atuam na cidade de Maringá que atendiam aos critériosdeselec¸ãodosparticipantes.Oproblemadeenqua- dramento dos participantes do estudo estava vinculado à oferta de concursos públicos, os quais são determinantes paraoingressododocentenomagistério.

Conclusão

Diante das evidências apresentadas no estudo constatou- -sequeodesejodeabandonodadocênciafoievidenciado entreos professores maisjovens dociclo deentrada. Tal realidadepôdeserobservada,commaiorintensidade,nos professores com umanodecarreira.O desacordo comas normasdainstituic¸ão,aindisciplinaeapreocupac¸ãocoma saúdementalforamdestacadoscomo fatoresdeterminan- tesparaoabandonodacarreiraemprofessorescomume doisanosdedocência.Assim,evidenciou-sequeprofessores compoucotempodedocênciaapresentaraminstabilidade

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nocotidianofrenteaoprocessodeadaptac¸ãoaofunciona- mentodaredeescolare aquisic¸ãodeexperiênciasem sua atuac¸ãodocente.

O impacto que os professores enfrentam, principal- mente com a realidade encontrada na escola,promove a desmotivac¸ãodoexercíciodocente.Porisso,alémdaneces- sidade da formac¸ão inicial de contextualizar o estudante sobre o campo de atuac¸ão profissional, é indispensável a feituradeformac¸õescontinuadas,paraatenderespecifica- menteaosprofessoresiniciantes,comointuitodeestimular atrocadeexperiênciaentreosdocentesmaisjovens,bem como auxiliar no processo de adaptac¸ão ao meio escolar considerandoaspectosassociadosàformadeagirdiantede situac¸õesconflituosas.

A insatisfac¸ão com a remunerac¸ão pode ser evi- denciada como um fator determinante para o aban- dono da carreira em todos os grupos investigados. No entanto,esse mesmo fatordestaca-se como influenciador para a permanência na carreira, visto que o traba- lho estatutário oferece maior seguranc¸a e estabilidade financeira.

O desejo de permanecer na docência somente por 20 horas semanais foi identificado como fator relevante e com maior intensidade nos professo- res que tinham três e quatro anos de docência.

Esse fato pode estar associado ao cansac¸o men- tal, relatado por diversos professores que lecionam 40horassemanais.Contudo,essainsatisfac¸ãoestáassoci- adaaofatodeessesprofessores estarembuscandooutros vínculos empregatícios com salários mais atrativos e que demandam menor nível de estresse quando comparados comarotinaescolar.

Dentro dessa temática, os professores relataram, com maior intensidade,o desejode permanecer na docência, diante da seguranc¸a que a carreira estatutária oferece e da necessidade financeira, assim como pela identificac¸ão com a profissão, a satisfac¸ão de trabalhar com crianc¸as e auxiliar no processo deformac¸ão dos alunos. Por outro lado,adesvalorizac¸ãofinanceiraeprofissional,oestresse, aindisciplinae aagressividadedosalunossãofatoresque desmotivam a permanência na docência. Sem dúvidas, odesejodeabandonodacarreiradocentepodeseratenu- adopormeiodaparticipac¸ãodafamíliadentrodaescola comointuitodediminuirosíndicesdeindisciplinaeagres- sividade apresentados pelos alunos, bem como a adoc¸ão de políticas na rede de administrac¸ão das escolas que possibilitem a participac¸ão dos professores em suas deci- sões.

Portanto,recomenda-sequenovasinvestigac¸õesocorram paraconfirmarascategoriasapresentadasnesteestudopara determinarosfatoresqueinfluenciamnosdesejosdeaban- donoepermanêncianaprofissão.Alémdisso,sugere-seque novos estudosbusquem construir instrumentos que facili- temaabordagemaosparticipantesdoestudoeanálisedos dados.

Financiamento

O presente trabalho não contou com apoio financeiro de qualquernaturezaparasuaelaborac¸ão.

Conflitos de interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

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