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física: validac¸ão das escalas no contextobrasileiro Estilo interpessoal docente e desmotivac¸ão naeducac¸ão CIÊNCIAS DO ESPORTE

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Revista Brasileira de

CIÊNCIAS DO ESPORTE

ARTIGO ORIGINAL

Estilo interpessoal docente e desmotivac ¸ão na educac ¸ão física: validac ¸ão das escalas no contexto brasileiro

Gracielle Fin

a,b,∗

, Juan Antonio Moreno-Murcia

b

, Elisabeth Baretta

a

e Rudy José Nodari Júnior

c

aUniversidadedoOestedeSantaCatarina,CursodeEducac¸ãoFísica,Joac¸aba,SC,Brasil

bUniversidadeMiguelHernándezdeElche,CentrodeInvestigacióndelDeporte(CID),ProgramadeDoctoradoemDeporte ySalud,Elche,Espanha

cUniversidadedoOestedeSantaCatarina,ProgramadePós-Graduac¸ãoemBiociênciaseSaúde,Joac¸aba,SC,Brasil

Recebidoem1dejunhode2018;aceitoem4dejulhode2018 DisponívelnaInternetem1desetembrode2018

PALAVRASCHAVE Motivac¸ão;

Docente;

Educac¸ãofísica;

Estudodevalidac¸ão

Resumo Oestilointerpessoaldocentepodeinfluenciaramotivac¸ãoparaasaulasdeeducac¸ão física.Osobjetivosdesteestudoforamvalidarparaocontextosulbrasileiroinstrumentosque avaliam o estilo docentede apoioà autonomia,o estilo controladore adesmotivac¸ão nas aulas de educac¸ão física,assim como comprovar arelac¸ão entreadesmotivac¸ão nasaulas de educac¸ão físicae oestilointerpessoal docente.Participaramdoestudo 429estudantes, de 10a 14anos. A análisedosdadosfoi feitapormeio daestatísticadescritivae inferen- cial.Osresultadosapontamqueostrêsinstrumentossãoválidos efidedignos paraavaliaro estilo interpessoaldodocente,bemcomoadesmotivac¸ãoparaasaulasdeeducac¸ãofísica.

Oestilocontroladordodocentepredizpositivamenteadesmotivac¸ão.

©2018Col´egioBrasileirodeCiˆenciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Este ´e umartigoOpenAccesssobumalicenc¸aCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/

by-nc-nd/4.0/).

KEYWORDS Motivation;

Teacher;

Physicaleducation;

Validationstudy

Teachers’ interpersonal style and amotivation in physical education: validation ofinstrumentsinBrazil

Abstract Teachers’interpersonalstylecaninfluencemotivationforphysicaleducationclasses.

TheaimsofthisstudyweretovalidatefortheSouthBraziliancontextaversionofameasuring instrumenttoevaluateteacher’sinterpersonalstyleinphysicaleducation,andaninstrument tomeasureamotivationinphysicaleducation,aswellastoprovetherelationbetweenthe

Autorparacorrespondência.

E-mail:gracielle.fin@unoesc.edu.br(G.Fin).

https://doi.org/10.1016/j.rbce.2018.07.005

0101-3289/©2018Col´egioBrasileirodeCiˆenciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Este ´eumartigoOpenAccesssobuma licenc¸aCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

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demotivationintheclassesofphysicaleducation andtheteachers’interpersonalstyle.The questionnaireswereappliedinasampleof429studentsaged10to14years.Theresultsindicate thesearethreevalidandreliableinstrumentstoevaluatetheinterpersonalstyleofteacher‘s physicaleducation,andtheamotivationinphysicaleducationclasses.Theteacher-controller stylepositivelypredictsamotivation.

©2018Col´egioBrasileirodeCiˆenciasdoEsporte.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Thisisan openaccessarticleundertheCCBY-NC-NDlicense(http://creativecommons.org/licenses/by- nc-nd/4.0/).

PALABRASCLAVE Motivación;

Docente;

Educaciónfísica;

Estudiodevalidación

Estilointerpersonaldocenteydesmotivacióneneducaciónfísica:validacióndeescalas enelcontextobrasile˜no

Resumen Elestilo interpersonaldocente puedeinfluirenla motivaciónpara lasclasesde educaciónfísica.Elobjetivodeesteestudiofuevalidar,paraelcontextosurbrasile˜no, ins- trumentosqueevalúanelestilodocentedeapoyoalaautonomía,elestilo controladory la desmotivaciónenlasclasesdeeducaciónfísica,asícomocomprobarlarelaciónentrelades- motivaciónenlasclasesdeeducaciónfísicayelestilointerpersonaldocente.Participaronen elestudio429estudiantesde10a14a˜nos.Losresultadosapuntanaquelostresinstrumentos sonválidosyfiablesparaevaluarelestilointerpersonaldeldocente,asícomoladesmotivación enlasclasesdeeducaciónfísica.Elestilocontroladordeldocentepredicepositivamentela desmotivación.

©2018Col´egioBrasileirodeCiˆenciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Estees unart´ıculoOpenAccessbajolalicenciaCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/

by-nc-nd/4.0/).

Introduc ¸ão

Asvivênciasmotoraseafetivaspercebidaspelosestudantes duranteasaulassofreminfluênciadaatuac¸ãodoprofessore desuamaneiradeinteragireapresentarosconteúdos(Jang etal.,2012),asestratégiasdeensinousadaspodemfazer com que osestudantes se sintam maisou menosmotiva- dosparaaexecuc¸ãodasatividadeseocasionarsempreuma mudanc¸adecomportamentoquepodeserpositivaounega- tivadiantedeumobjetivoproposto(Sparksetal.,2015).

Baseadosna teoria daautodeterminac¸ão (TAD)(Deci e Ryan,2000) e na literatura sobreeducac¸ãofísica, muitos estudosindicam que os comportamentos como persistên- cia e satisfac¸ão para a prática da atividade física estão intimamente ligados ao estilo interpessoal docente, que podetercaracterísticadesuporteàautonomiaouumestilo maiscontrolador(Cheonetal.,2012;González-Cutreetal., 2014;Moreno-Murcia etal.,2017).SegundoReeve(2009), apoiar a autonomia consiste em nutrir os recursos moti- vacionaisinternosdoestudante,proporcionarfundamentos explicativos,comumalinguagemnãocontroladora,mostrar paciênciaparapermitiraosestudantesotemponecessário paraaprendernoseupróprioritmo.

Contrariamente ao apoio à autonomia, está o estilo controladordocenteduranteasaulas.Nessecaso,osprofes- soresasseguramqueasatividadessejamfeitasematenc¸ão unicamenteà forma de pensar, sentire se comportar do próprioprofessor.Quandoosdocentesusamumsuportecon- trolador,influenciam os estudantes a deixar de lado seus própriosrecursosmotivacionaisinternosparafazerasati- vidades,buscamaresoluc¸ãodosproblemasdeacordocom

anecessidadedoprofessor.Porexemplo,pressionaosestu- dantescomumalinguagemdiretaeimpaciente,motiva-os mesmossomentedemaneiraexterna(Reeve,2009).

Investigac¸õessobreaTADindicamqueumestilodeensino doprofessormaisvoltadoparaoapoioàautonomiadireci- ona o estudante a ummelhor desempenho, umavez que se consegue maior satisfac¸ão das necessidades psicológi- casbásicasdecompetência,autonomiaerelacionamentos no estudante (Jang et al., 2012). Com maior competên- cia, autonomia e relacionamento, o estudante se sente maisintrinsecamentemotivado,conseguedesfrutarmelhor a prática e consequentemente muda seu comportamento em relac¸ão às aulas de educac¸ão física (González-Cutre etal.,2014).Acompreensãodamotivac¸ãopodeajudaros professores amelhoraraqualidade dasinterac¸õescomos estudantes, favorece e aumenta asexperiências positivas duranteasaulas(Moreno-MurciaeSánchez-Latorre,2016).

Damesmaforma,acompreensãodosfatoresrelacionadosà desmotivac¸ãoéimportanteparaqueodocentepossainter- vir da melhor maneira e favorecer a adesão às aulas de educac¸ãofísica,umavezqueosalunospodemestardesmo- tivadospordiferentesrazões.Legaultetal.(2006)afirmam queinvestigaradesmotivac¸ãocomumaestruturamultidi- mensionalpodeenriqueceracompreensãodanaturezada faltademotivac¸ãoepotencialmentefacilitaraoseducado- res a projec¸ão de estratégias motivacionais eficazes para melhoraroenvolvimentodosalunos.

Apesardeexistiremestudosqueestabelecem arelac¸ão entreapercepc¸ãodoestilointerpessoaldodocentesobre a motivac¸ão para as aulas de educac¸ão física (Gallagher etal.,2012),atéindicamqueumestilomaisvoltadopara

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a autonomiapredizpositivamente ummaior compromisso com apráticade atividades físicas (Haerensetal.,2010;

Moreno-Murcia e Sánchez-Latorre, 2016), não existem no Brasil instrumentos demedida que permitamestabelecer, nas aulas de educac¸ão física, o grau de apoio à autono- miaouaocontrolequeoestudantepercebesobreoestilo interpessoaldodocente,assimcomo nãoforamencontra- dosinstrumentosquepermitamavaliaradesmotivac¸ãode maneiraespecíficaparaasaulasdeeducac¸ãofísica.

Considerandoaliteraturacientíficaediantedaescassez deestudosnoBrasilsobreoestilointerpessoaldodocentede educac¸ão física e a motivac¸ão para a prática das aulas, os objetivos deste estudo foram validar para o contexto brasileirotrês instrumentos queavaliamo estilo deapoio docenteàautonomia,oestilocontroladordodocentee a desmotivac¸ãoparaasaulasdeeducac¸ãofísica,assimcomo comprovar a relac¸ão entre a desmotivac¸ão nas aulas de educac¸ãofísicaeoestilointerpessoaldocente.Partindode estudospréviosdescritos,tambémsetemahipótesedeque a desmotivac¸ão sofre influência, depende do estilo inter- pessoaldocente,oestilocontroladorépreditorpositivoda desmotivac¸ãonasaulasdeeducac¸ãofísica.

Estudo 1

Método

Participantes

Para a análise fatorial exploratória da escala de apoio à autonomia (EAA), escala de estilo controlador (ECC) e inventário de desmotivac¸ão na educac¸ão física (ID-EF), a amostrafoicompostapor336estudantesdeeducac¸ãofísica (179meninose157meninas)matriculadosdo5 ao9 ano doEnsino FundamentaldeduasescolaspúblicasdaRegião suldoBrasil,com10a14anos(M=12,5,DT=1,11).

Medidas

Apoio àautonomia. A Escala deApoioà Autonomia (EAA) criada por Moreno-Murcia et al. (em impressão), é com- postapor11itens,quepormeiodeumúnicofatormedem a percepc¸ãodos estudantes quantoao apoioà autonomia oferecido pelosdocentes nasaulasdeeducac¸ãofísica.Os itens (e.g. ‘‘Com suas explicac¸ões, nos ajuda a compre- enderparaqueservemasatividadesquefazemos’’)estão precedidosdafrase‘‘Nasminhasaulasdeeducac¸ãofísica, meuprofessor/a...’’.Todasasrepostascorrespondemauma escaladetipoLikertquevariade1(discordototalmente)a 5(concordototalmente).

Estilocontrolador.AEscala deEstiloControlador(EEC) criadaporMoreno-Murciaetal.(emimpressão)écomposta por9itens,quemedemapercepc¸ãodosestudantesquanto aoestilocontroladoroferecidopelosdocentesnasaulasde educac¸ãofísica.Ositens(e.g.‘‘Falacontinuamenteenão permite que fac¸amos contribuic¸ões na aula’’) estão pre- cedidos da frase ‘‘Nas minhas aulas de educac¸ão física, meuprofessor/a...’’.Todasasrepostascorrespondemauma escaladetipoLikertquevariade1(discordototalmente)a 5(concordototalmente).

Desmotivac¸ão na educac¸ão física. O Inventário de Desmotivac¸ão na Educac¸ão Física (ID-EF) traduzido

deAmotivationInventory-PhysicalEducation (AI-PE) (Shen et al., 2010) é composto por 16 itens e mede asquatro dimensões propostas de desmotivac¸ão: crenc¸as sobre habilidade (e. g. ‘‘Porque eu não tenho as habilidades necessáriasparamedarbem naEF’’);crenc¸asdeesforc¸o (e.g.‘‘Porqueeunãotenhoenergiasuficienteparapraticar EF’’);característicasdatarefa(e.g.‘‘Porqueeuachoque asatividadespraticadassãochatas’’);evalordatarefa(e.

g.‘‘Porque participar dasatividades da EFnão temvalor paramim’’).Todasasrepostascorrespondemaumaescala detipo Likert que variade 1 (não corresponde de forma alguma)a7(correspondeexatamente).

Procedimentos

Foifeitauma traduc¸ão inversa(Hambleton, 1996),de tal formaqueositensdaEAA,EECeID-EFforamtraduzidosao português, para que posteriormente umtradutor externo ao grupo de investigac¸ão voltasse a traduzir ao espanhol nocaso daEAA e EEC, ou inglêsnocaso daID-EF.Foram comparadosositenstraduzidosaoespanholouinglêscoma escalaoriginal,observou-senessacomparac¸ãoacoincidên- ciatotal.Em seguida,osdiferentes itensforamavaliados porquatroespecialistasnaárea(Lynn,1986)queconsidera- ramapertinênciaparamediraspercepc¸õesdosestudantes, assim como a redac¸ão correta. Foi feito um teste-piloto em 30 estudantes para refinar o entendimento das esca- las. Os pesquisadores incentivaram os estudantes a fazer perguntascasohouvessedificuldadedeentendimentosobre asinstruc¸õesouitensdosquestionários.Osestudantesnão tiveramperguntasaocompletarosquestionários.

Asunidadesdeamostragemforamasaulasdeeducac¸ão física que tivessem estudantes com de 10 a 14 anos. No estudo,participaram20 turmasde5 ao 9 anodoEnsino Fundamental, de dois centros escolares da Região Sul do Brasil.Umavezestabelecidaaamostraobjetodesteestudo, foramcontatadososdiretoreseprofessoresdasescolas,a fim de explicar os objetivos da investigac¸ão e conseguir, assim, a autorizac¸ão para a pesquisa. Os estudantes res- ponderam os questionários durante asaulas de educac¸ão físicana escola.Aaplicac¸ãodoinstrumentofoifeitapelo mesmo pesquisador, treinado para a coleta. As respostas foramautônomasecomexplicac¸õespréviasdopesquisador, paraesclarecerpossíveisdúvidasdosestudantes.Otempo para responder ao questionário foi de 20 a 25 minutos.

Ainvestigac¸ão foiaprovada peloComitêdeÉtica em Pes- quisaemSeresHumanos,daUniversidadedoOestedeSanta Catarina/Unoesc---Brasil,sobnúmero1.977.830,de22de marc¸ode2017.

Análisededados

Foramanalisadasaspropriedadespsicométricasdasescalas demedida pormeiode umaanálisefatorial exploratória.

Foianalisadaaconsistênciainternadecadafatormediante coeficientedeAlfadeCronbache ascorrelac¸õesdetodas asvariáveismediantetestedecorrelac¸ãolineardePearson.

Osdadosforamanalisadosmedianteprogramasestatísticos SPSS21.0eAMOS21.0.

(4)

Resultados

AnálisefatorialexploratóriadaescaladeapoioàAutonomia, escaladeestilocontroladoredesmotivac¸ão

Aprincípiotestou-seaaplicabilidadedaanálisefatorial, atravésdotestedeKaiserMeyer-Olkin(KMO)(Measure of SamplingAdequacy---MSA),obteve-seumvalorparaaescala deapoioàautonomia(EAA)de0,94(>0,5),paraaescalade estilocontrolador(EEC)de0,84(>0,5)eparaoinventário dedesmotivac¸ãonaeducac¸ãofísica(ID-EF)de0,93(>0,5), essesvalores foramsatisfatórios e indicaram,portanto, a adequacidadedaaplicac¸ãodatécnica.Fez-seemseguidao testedeesfericidadedeBartlett,paratestarahipótesenula deque amatriz decorrelac¸õesé umamatriz identidade.

Assim,seessahipóteseforrejeitadaaanálisefatorialpode serfeita.Paraessetesteobtiveram-sevaloresdesignificân- cia0,00(<0,5) paratodasasescalas,o queindica quea análisefatorialpodeseraplicada.Foramanalisadasaspro- priedadespsicométricas pormeio deuma análise fatorial exploratóriadecomponentesprincipais,comrotac¸ãovari- maxeaconsistênciainternadasescalas.Foifeitaaextrac¸ão e a rotac¸ão, os fatores foram interpretados a partir da verificac¸ão deestabilidadee interpretabilidade.Analisou- -sea validade dos itens que compunhamcada fator,com basenaafirmac¸ãodePasquali(2001)dequeumitemválido éaquelequerepresentabemofator,ouseja,umitemque temumaboacargafatorial.Comrey(1973)classificaositens comcargamaiorouiguala0,71comoexcelentes;maiorou iguala0,63comomuitobons;maiorouiguala0,55como bons;maiorouiguala0,45comorazoáveis;emaiorouigual a 0,32 como pobres. Usou-se, ainda, a recomendac¸ão de TabachnickeFidell(2001),queacreditamqueacargafato- rialmínimaaserconsideradadeveserde0,45,oqueexclui os itens de Comrey (1973) classificados como pobres. Os resultadosindicaramqueositensseagruparamemumúnico fator.Foramavaliadasascomunalidadesdecadaitem,oque garantiumaiorpercentualdevariânciatotalexplicada.

Não foi necessário excluir qualquer dos itens da EAA.

Obteve-se umaporcentagem de variância total explicada

de55,5%eospesosdesaturac¸ãooscilaramde0,65a0,79.

A consistênciainterna daescalafoicalculada com o coe- ficientealfadeCronbach eobteve-seumvalordealfade 0,91.

Foi necessário excluir os itens 3 e 8da EEC. Obteve- -se uma porcentagem de variância total explicada de 46,4% e os pesos de saturac¸ão que oscilaram de 0,51 a 0,77. A consistência interna da escalafoi de 0,78 para a ECC.

Nãofoi necessário excluir qualquer dos itens daID-EF.

Obteve-se uma porcentagem de variância total explicada de42,6%eospesosdesaturac¸ãooscilaramde0,51a0,82.

O cálculo de consistência interna do ID-EF considera que as quatro dimensões da escala são crenc¸as sobre habili- dade,crenc¸asdeesforc¸o,valordatarefaecaracterísticas datarefa,comvaloresde0,79,0,73,0,81e0,89,respecti- vamente.

Estudo 2

Método

Participantes

A amostra foi compostapor 429 estudantes de educac¸ão física(220 meninose 209meninas) matriculados do5 ao 9 anodoEnsino Fundamentaldeduas escolasbrasileiras, de10a14anos(M=12,5,DT=1,11).

Medidas

Apoioàautonomia.Foiusadaaescaladescritanoestudo1.

Aconsistênciainternadaescaladeapoiodeautonomiafoi calculada comocoeficientealfadeCronbach e seobteve umvaloralfade0,90.

Estilocontrolador.Foiusadaaescaladescritanoestudo 1, excluíram-se os itens 3 e 8, conforme indicac¸ão de resultados daanálise fatorial exploratória.A consistência interna da escalade estilo controlador foi calculada com

Tabela1 ParâmetrosestimadosdeAFCparaaescaladeapoioàautonomia

M DT Assimetria Curtoses PRE CMQ

1.Comassuasexplicac¸ões,ajuda-nosacompreenderparaque servemasatividadesquefazemos

3,63 1,09 −,78 ,14 ,59 ,36

2.Avalianossasideiasesugestõesenosdeixaproporcoisas 2,89 1,27 −,02 −,03 ,70 ,49 3.Explica-nosporqueéimportanterealizarasatividades 3,34 1,29 −,37 −,96 ,69 ,49 4.Quandotemosdificuldadespararesolverumatarefa,ajuda-nos

eapoiaparaquenósmesmosbusquemosasoluc¸ão

3,47 1,13 −,51 −,38 ,67 ,46

5.Oferecediferentesformasderealizarumadeterminadatarefa 3,11 1,22 −,29 −,88 ,71 ,51 6.Permitequepossamosdecidirsobreoquequeremosaprender 2,57 1,16 ,22 −,84 ,69 ,48 7.Sereclamamosporalgo,escuta-noseatendenossasrazões 2,78 1,28 ,10 −1,00 ,72 ,53 8.Permite-nosresolverastarefasdanossamaneira 2,41 1,13 ,37 −,64 ,62 ,39

9.Tentaquecadavezsejamosmaisautônomos 3,11 1,23 −,16 −,82 ,59 ,36

10.Deixa-nosotempoquenecessitemosparaaprendernovos conteúdos

2,95 1,21 −,04 −,84 ,73 ,54

11.Respondenossasperguntasdeformaatentaedetalhada, tantoindividualmentecomoaturmatoda.

3,38 1,26 −,45 −,72 ,67 ,46

CMQ:correlac¸ãomúltiplaaoquadrado;DT:desvio-padrão;M:média;PRE:pesosderegressão.Fonte:osautores

(5)

,36

Apoio à autonomia

Ítem 4 Ítem 3 Ítem 2 Ítem 1

Ítem 8 Ítem 7 Ítem 6 Ítem 5

Ítem 11 Ítem 10 Ítem 9

,49

,49

,46

,51

,46 ,48

,53

,39

,36

,54 ,60

,70

,70

,68

,71

,69

,72

,62

,60

,73

,68

Figura1 PesosderegressãopadronizadoseerrodeCFAdaescaladeestilocontrolador.

Fonte:osautores.

o coeficientealfa de Cronbach e seobteve umvalor alfa de0,80.

Desmotivac¸ão na educac¸ão física. Foi usada a escala descrita no estudo 1. A consistência interna do inven- tário de desmotivac¸ão na educac¸ão física foi calculada com o coeficiente alfa de Cronbach, consideraram-se as quatro dimensões da escala como crenc¸as sobre habili- dade,crenc¸asdeesforc¸o,valordatarefaecaracterísticas da tarefa, com valores de 0,78, 0,75, 0,81 e 0,88 respectivamente.

Procedimentos

Foiseguidoomesmoprocedimentofeitonoestudo1.

Análisededados

Foicalculadaa estatísticadescritivadetodasasvariáveis doestudo(médiasedesvio-padrão),analisadaaconsistên- ciainternadecadafatormedianteocoeficientedeAlfade

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Tabela2 ParâmetrosestimadosdeAFCparaaescalaestilocontrolador

M DT Assimetria Curtoses PRE CMQ

1.Falacontinuamenteenãopermitequerealizemos contribuic¸õesnaaula

2,26 1,03 ,39 −,51 ,55 ,31

2.Explicamuitopoucoasatividadesquenospropõeenão dáalternativasdecomorealizá-las

2,21 1,17 ,72 −,33 ,61 ,40

4.Quandonãonosesforc¸amosemfazerascoisascomoele diz,nosdámenosimportância

2,49 1,21 ,35 −,81 ,62 ,42

5.Seestáchateadoporalgo,prestamenosatenc¸ãoemnós 2,41 1,21 ,50 −,71 ,63 ,42 6.Indicaoquedeveríamosfazeremnossotempolivre,

paraqueodediquemosaoqueelequer

2,40 1,25 ,40 −1,00 ,46 ,20

7.Quandoalgonãosaicomoelequer,usaexpressõescomo:

fac¸acomoeuteensinei

2,77 1,28 ,13 −1,04 ,67 ,42

9.Pressionaparaquerealizemosasatividadescomoelediz 2,77 1,31 ,12 −1,10 ,58 ,32 CMQ:Correlac¸ãomúltiplaaoquadrado;DT:desvio-padrão;M:média;PRE:pesosderegressão.Fonte:osautores.

Cronbacheascorrelac¸õesbivariadasdetodasasvariáveis.A estruturadasescalasfoiconfirmadaatravésdeumaanálise fatorialconfirmatória.Foitambémcomprovadoopoderpre- ditivodoestilointerpessoaldocentesobreadesmotivac¸ão naeducac¸ãofísica,pormeiodeumaanálisederegressão linear.Osdadosforamanalisadosmedianteprogramasesta- tísticosSPSS21.0eAMOS21.0.

Resultados

Análisefatorialconfirmatóriadaescaladeapoioàautono- mia

Foi feita a análise fatorial confirmatória (CFA) com os 11itensdaEAA.Avalidadedomodelodemedic¸ãofoiconsi- deradaatravés de uma série decoeficientes fit, também chamados de índices de bondade de ajuste: ␹2, ␹2/d.f., RMSEA,RSMReosíndicesincrementais(CFI,IFIyTLI).Foi usadoométodode estimac¸ãodemáxima verossimilhanc¸a juntocomoprocedimentodebootstrapping,jáqueoresul- tado do coeficiente multivariado de Mardia foi 25,81. Os índicesobtidosforamadequados:␹2(42,n=429)=99,72, p<0,000;␹2/d.f.=2,37;CFI=0,97;IFI=0,97;TLI=0,96;

RSMR=0,03;RMSEA=0,05(tabela1efigura1).

Análisefatorialconfirmatóriadaescaladeestilo controlador

Foifeitaaanálisefatorialconfirmatória(CFA)baseadanos sete itens observados no construto da EEC. Foi usado o métododeestimac¸ãodemáximaverossimilhanc¸ajuntocom oprocedimentodebootstrapping,jáqueoresultadodocoe- ficientemultivariadodeMardiafoi11,64,oqueindicafalta denormalidademultivariadadosdados.Osíndicesobtidos foram adequados: ␹2 (12, n = 429) = 18,135, p < 0,112;

2/d.f. = 1.511; CFI = 0,99; IFI= 0,99; TLI = 0,98; RSMR

=0,02;RMSEA=0,03(tabela2efigura2).

,31

Estilo

controlador Ítem 5

Ítem 4 Ítem 2 Ítem 1

Ítem 9 Ítem 7 Ítem 6

,40

,42

,42

,20

,42

,32 ,56

,63

,65

,65

,45 ,65

,57

Figura2 PesosderegressãopadronizadoseerrodeCFAda escaladeestilocontrolador.

Fonte:osautores.

Análisefatorialconfirmatóriadoinventário dedesmotivac¸ãonaeducac¸ãofísica

Foi feita a análise fatorial confirmatória (CFA) com os 16 itens do ID-EF. A validade do modelo de medic¸ão foi consideradaatravésdeumasériedecoeficientesfit,tam- bémchamadosdeíndicesdebondadedeajuste:␹2,␹2/d.f., RMSEA,RSMReosíndicesincrementais(CFI,IFIyTLI).Foi usadoo métododeestimac¸ão demáximaverossimilhanc¸a juntocomoprocedimentodebootstrapping,jáqueoresul- tado docoeficientemultivariado deMardiafoi 205,72.Os índicesobtidosforamadequados:␹2(98,n=429)=347.42, p<0,000;␹2/d.f.=3,54;CFI=0,92;IFI=0,92;TLI=0,91;

RSMR=0,05;RMSEA=0,07(tabela3efigura3).

Análisedescritivaedecorrelac¸ãobivariada

O apoio à autonomia apresentou uma média de 3,05, o estilo controlador uma média de 2,47 e a desmotivac¸ão para a educac¸ão física uma média de 2,33. A respeito

(7)

interpessoaldocenteedesmotivac¸ãonaeducac¸ãofísica433

Tabela3 ParâmetrosestimadosdeAFCparaoinventáriodedesmotivac¸ãonaeducac¸ãofísica

M DT Assimetria Curtoses PRE CMQ

1.Porque,paramim,aeducac¸ãofísicanãointeressa 2,15 1,68 1,50 1,37 ,63 ,41

2.Porqueeunãosoubomnaeducac¸ãofísica 2,32 1,62 1,21 ,66 ,69 ,48

3.Porqueeunãotenhoenergiasuficientepara praticareducac¸ãofísica

2,14 1,58 1,54 1,66 ,63 ,40

4.Porqueparticipardasatividadesdaeducac¸ãofísica nãoéimportanteparamim

2,17 1,67 1,52 1,45 ,70 ,50

5.Porqueparticipardasatividadesdaeducac¸ãofísica nãotemvalorparamim

2,04 1,55 1,63 1,95 ,78 ,62

6.Porqueeunãotenhoashabilidadesnecessárias paramedarbemnaeducac¸ãofísica.

2,31 1,63 1,25 ,71 ,72 ,52

7.Porqueeusouumpoucopreguic¸oso 2,75 1,95 ,91 −,35 ,58 ,34

8.Porqueeunãogostodasatividadespraticadas naeducac¸ãofísica

2,68 2,09 1,04 −,31 ,83 ,69

9.Porqueeunãotenhoumbommotivoparaparticipar dasatividadesdeeducac¸ãofísica

2,22 1,74 1,43 1,04 ,74 ,56

10.Porqueeuachoqueasatividadespraticadassão chatas

2,72 2,05 ,92 −,50 ,90 ,82

11.Porqueeunãoquerofazeroesforc¸onecessário paraeducac¸ãofísica

2,07 1,63 1,64 1,87 ,67 ,46

12.Porquetenhoaimpressãoqueésempreamesma coisatodososdiasnasatividadesdeeducac¸ãofísica

2,94 2,14 ,78 −,79 ,75 ,56

13.Porqueeunãotenhooconhecimentoea habilidadeparamedarbemnaeducac¸ãofísica

2,11 1,51 1,46 1,51 ,74 ,56

14.Porqueeunãotenhoaenergiaparaparticipar dasatividadesdaeducac¸ãofísica

2,08 1,50 1,59 2,00 ,75 ,57

15.Porqueasatividadesdeeducac¸ãofísicanãosão estimulantes

2,47 1,92 1,17 ,10 ,75 ,57

16.Porqueastarefasexigidasdemimnaeducac¸ão físicavãoalémdaminhahabilidade

2,21 1,70 1,49 1,36 ,58 ,34

Característicasdatarefa:8,10,12,15;CMQ:correlac¸ãomúltiplaaoquadrado;Crenc¸asdeesforc¸o:3,7,11,14;Crenc¸assobrehabilidade:2,6,13,16;DT:desvio-padrão;M:média;PRE:

pesosderegressão;Valordatarefa:1,4,5,9.Fonte:osautores.

(8)

,52

,56

,34

,40

,34

,46

,57

,41

,50

,62

,56

,69

,82

,56

,57 ,48 ,69

,72 ,75 ,58

,63 ,58 ,67 ,76

,64 ,71 ,79 ,75

,83 ,91 ,75 ,76 ,77

,78 ,95

,83

,64 ,58

Item 2

Item 6

Item 13

Item 16

Item 3

Item 7

Item 11

Item 14

Item 1

Item 4

Item 5

Item 9

Item 8

Item 10

Item 12

Item 15 Crenças sobre

habilidade

Crenças de esforço

Valor de tarefa

Característica de tarefa

Figura3 PesosderegressãopadronizadoseerrodeCFAdo inventáriodedesmotivac¸ãonaeducac¸ãofísica.

Fonte:osautores.75.

da análise de correlac¸ão bivariada, o apoio à autonomia tevecorrelac¸ãonegativacomoestilocontroladorecomas dimensõesdedesmotivac¸ão,enquantoqueoestilocontrola- dortevecorrelac¸ãopositivacomasdimensõesrelacionadas àdesmotivac¸ãoparaaeducac¸ãofísica(tabela4).

Modeloderegressãolinear

A análise de regressão linear indica que a desmotivac¸ão foiprevista negativamentepelo estilo deapoioà autono- mia, enquanto que foi prevista positivamente pelo estilo controlador,em 21% devariac¸ão explicada(tabela 5).Foi considerada, como índice de desmotivac¸ão, a média das dimensõesdecrenc¸adehabilidade,crenc¸adeesforc¸o,valor datarefaecaracterísticadatarefa.

Tabela5 Análisederegressãolineardepredic¸ãodoinven- táriodedesmotivac¸ãoparaaeducac¸ãofísicasobreoapoio àautonomiaeoestilocontrolador

B SEB ˇ R2

Desmotivac¸ão 2,15 ,31 ,21**

Apoioàautonomia −,33 ,06 −,24**

Estilocontrolador ,48 ,07 ,31**

Fonte:osautores.

Discussão

Nestetrabalhopretendeu-sevalidarparaocontextosulbra- sileiro a Escala deApoio à Autonomia (EAA),a Escala de EstiloControlador(ECC)eoInventáriodeDesmotivac¸ãona Educac¸ão Física (ID-EF),assim como comprovara relac¸ão entre a desmotivac¸ão e o estilo interpessoal docente, o estilocontroladoré preditorpositivodadesmotivac¸ãonas aulasdeeducac¸ãofísica.Umadasimplicac¸õesimportantes deste estudo foi o fatode nãoexistirem noBrasil instru- mentos queavaliem, na perspectivadaTAD, apercepc¸ão do estudante sobre o estilo interpessoal do docente de educac¸ãofísica,assimcomonãoexisteminstrumentosque avaliemadesmotivac¸ãoparaapráticadessasaulas.

Para determinar a estrutura fatorialdos instrumentos, foramanalisadasaspropriedadespsicométricas,revelaram índicesdeajusteaceitáveis,aEAAécompostapor11itens, aEECfinalporseteitenseoID-EFpor16.Asescalasmos- traram também uma adequada fiabilidade. É importante destacar que a validac¸ão dessas escalas deve continuar comumprocessofuturo,umavezquesãonecessáriosmais estudos que testem osresultados obtidos com diferentes amostrasegeremnovasanálisesestatísticas.

Ahipótesefoiconfirmada,umavezqueoestilodocente de apoio à autonomia teve correlac¸ão negativa com a desmotivac¸ão, enquanto que oestilo docentede controle tevecorrelac¸ãopositivacomadesmotivac¸ão.Estudospré- vioscomprovamconsequênciaspositivasdoestilodocente voltado ao apoioà autonomiana motivac¸ão autodetermi- nada,necessidadespsicológicasbásicasesatisfac¸ãoparaa práticadeatividadefísica(Cheonetal.,2012;Ntoumanis et al., 2018), uma vez que estudantes que recebem o apoio à autonomiasão tambémmaispropensos apartici- par das tarefas propostas, estão mais satisfeitos com sua vidaeapresentammaiorcompromissonasatividades,além de também apresentar maior percepc¸ão de competência (Reeveetal.,2004).

Tabela4 AnáliseDescritivaedeCorrelac¸ãodeTodasasVariáveis

Variáveis M DT 1 2 3 4 5 6

1,Apoioàautonomia 3,05 ,86 - −,42** −,09 −,17** −,26** −,56**

2.Estilocontrolador 2,47 ,82 - ,29** ,29** ,30** ,48**

3.Crenc¸adehabilidade 2,33 1,18 - ,70** ,68** ,50**

4.Crenc¸adeesforc¸o 2,26 1,27 - ,60** ,53**

5.Valordatarefa 2,14 1,32 - ,64**

6.Característicadatarefa 2,70 1,77 -

DT:desvio-padrão;M:média.Fonte:osautores.

(9)

Esses resultados demonstram que o estilo interpessoal do docente pode exercer implicac¸ões diferentes sobre a motivac¸ão duranteasaulas deeducac¸ãofísica.Concreta- mente,oapoioàautonomiacomqueoprofessorfavoreceos recursosmotivacionaisinternosdoestudante,proporciona fundamentosexplicativos,comousodeumalinguagemnão controladora,mostrapaciênciaparapermitir aosestudan- tesotemponecessárioparaaprendernoseupróprioritmo, facilitaamotivac¸ãodosestudantesparaapráticadasaulas.

Enquanto que a percepc¸ão de controle do docente, em queeleapresentaposturasnegativas,controladorasecom baixo feedbackpositivo, é responsável peladesmotivac¸ão dos estudantes durante asaulas, é importante considerar que não se trata apenas do quanto o estudante se sente motivado,massimsobreamaneiracomoelessãomotiva- dosparaapráticadasaulasdeeducac¸ãofísica(Wangetal., 2016).

Aslimitac¸õesdesteestudosugeremquenovostrabalhos sejamfeitoscomdesenhosexperimentais,paraobservac¸ão dos fatores decausa e efeito entre osestilos de apoio à autonomia e o estilo controlador. Este estudo validou os instrumentosparaocontextosulbrasileiro.Assim,sugere- -sequeoutrosestudossejamfeitosemdiferentesregiões, para conclusões maisamplas e uso dos instrumentos que considereasdiferenc¸asregionaisbrasileiras.

Amotivac¸ãoparaapráticadasaulasdeeducac¸ãofísica éresultantedeumcomportamentomaisautodeterminado quesofreinfluênciadoestilointerpessoaldocente.Éneces- sárioqueodocenteorganizeestratégiaseducacionaisque favorec¸am a autonomia,influencie asua motivac¸ão auto- determinada, promova, assim, um compromisso para a atividadefísica.Nessesentido,algunsaspectossãoimpor- tantes para melhorar a motivac¸ão autodeterminada nas aulasdeeducac¸ão física,comoa variac¸ão dasatividades, atransmissãodosentimentoderesponsabilidadeepossibi- lidadedetomadadedecisãodosalunos,oreconhecimento doesforc¸oeamelhoriapessoaleindividual(González-Cutre etal.,2011).

Em conclusão, neste estudo foi comprovada a relac¸ão entre a desmotivac¸ão nas aulas de educac¸ão física e o estilo interpessoaldocente,o estilodocentevoltado para aautonomiatevecorrelac¸ãonegativacomadesmotivac¸ão, enquantoqueoestilodocentecontroladortevecorrelac¸ão positivacomadesmotivac¸ão.AEscaladeApoioàAutono- mia(EAA),aEscaladeEstiloControlador(ECC)eoInventário deDesmotivac¸ãonaEducac¸ãoFísica(ID-EF)apresentaram- -secomotrêsinstrumentosválidosefidedignosparaavaliar a percepc¸ão do estudante quanto ao estilo interpessoal do docente, bem como a desmotivac¸ão para as aulas de educac¸ãofísica.

Esses resultados apresentam informac¸ões relevantes, dada a necessidade de encontrar instrumentos que favorec¸amomelhoraproveitamentodasaulasdeeducac¸ão física, discriminem certos padrões de interac¸ão docente, favorec¸amoprocessodeensinoeaprendizagemrelacionado àeducac¸ãofísica.

Financiamento

Opresentetrabalhonãocontoucomapoiofinanceiro.

Conflitos de interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

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