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Revista Brasileira de
CIÊNCIAS DO ESPORTE
ARTIGO ORIGINAL
Relac ¸ão entre formac ¸ão inicial e ac ¸ão docente: o
desafio político da educac ¸ão física escolar no centro do debate
Ivan Carlos Bagnara
a,∗e Paulo Evaldo Fensterseifer
baInstitutoFederaldeEducac¸ão,CiênciaeTecnologiadoRioGrandedoSul(IFRS),Erechim,RS,Brasil
bUniversidadeRegionaldoNoroestedoEstadodoRioGrandedoSul(Unijuí),DepartamentodeHumanidadeseEducac¸ão, ProgramadePós-Graduac¸ãoemEducac¸ãonasCiências,Ijuí,RS,Brasil
Recebidoem3deabrilde2018;aceitoem26deabrilde2018 DisponívelnaInternetem11dejulhode2018
PALAVRAS-CHAVE Educac¸ãosuperior;
Escolarepublicana;
Formac¸ãode professores;
Política
Resumo Comoobjetivodecompreendercomoaformac¸ãoinicial(FI)problematizouostemas relacionadosàresponsabilidadedaescolaedaeducac¸ãofísicaescolar(EFE),desenvolvemos umapesquisa-ac¸ãocomdoisprofessoresdeeducac¸ãofísica(EF).Osresultadosindicamhaver certaorfandadepolíticaacercadosentidodaescolaedaEFE,muitoemcontapelasuperficial compreensãosobreotemapropiciadapelaFI.Enapolítica,nãotendovácuo,aausênciade entendimentodospreceitosrepublicanosedolugardaescolanumasociedaderepublicanadeixa margemparaoutrasproposic¸ões.Assim,paraconstituiressatradic¸ão,éprecisoenfrentarem todaequalqueroportunidadeodesafiopolíticodaEFE,paraque,seessefor odesejo,seja possívelavanc¸arnainstituic¸ãodesentidosrepublicanosparaaescolaeparaaEFE.
©2018Col´egioBrasileirodeCiˆenciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Este ´e umartigoOpenAccesssobumalicenc¸aCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/
by-nc-nd/4.0/).
KEYWORDS Highereducation;
Republicanschool;
Teachertraining;
Politics
Relationbetweeninitialformationandteacheraction:thepoliticalchallengeofphy- sicaleducationatthecenterofthedebate
Abstract Aiming to understand how the Initial Formation (IF) problematized the themes relatedtoschoolresponsibilityandPhysicalSchoolEducation(PSE),wedevelopedanaction researchwithtwoPhysicalEducation(PE)teachers.Theresultsindicatethatthereisacertain politicalorphanhoodrelatedtotheschoolandthePE,regardingthesuperficialunderstanding ofthethemeofferedbytheIF.Andinpolitics,withoutavacuum,theabsenceofunderstanding
∗Autorparacorrespondência.
E-mail:ivan.bagnara@vacaria.ifrs.edu.br(I.C.Bagnara).
https://doi.org/10.1016/j.rbce.2018.04.013
0101-3289/©2018Col´egioBrasileirodeCiˆenciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Este ´eumartigoOpenAccesssobuma licenc¸aCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).
ofrepublicanpreceptsandtheplaceofschoolinarepublicansocietyenablesotherpropositi- ons.Thus,toconstitutethistradition,itisnecessarytofacethepoliticalchallengeofthePSE ineveryopportunity,sothatifthisisthewish,itispossibletoadvanceintheinstitutionof republicansensesfortheschoolandthePSE.
©2018Col´egioBrasileirodeCiˆenciasdoEsporte.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Thisisan openaccessarticleundertheCCBY-NC-NDlicense(http://creativecommons.org/licenses/by- nc-nd/4.0/).
PALABRASCLAVE Educaciónsuperior;
Escuelarepublicana;
Formaciónde profesores;
Política
Relaciónentreformacióninicialyaccióndocente:eldesafíopolíticodelaeducación físicaescolarenelcentrodeldebate
Resumen Elobjetivoeracomprendercómolaformacióninicial(FI)problematizabalostemas relacionadosconlaresponsabilidaddelaescuelaydelaeducaciónfísicaescolar(EFE),para locualdesarrollamosunainvestigación-accióncondosprofesoresdeeducaciónfísica(EF).Los resultadosindicanquehayciertaorfandadpolíticasobreelsentidodelcolegioydelaEFE,en relaciónconlasuperficialcomprensiónsobreeltemapropiciadaporlaFI.Yenlapolítica,sin ningúnvacío,laausenciadecomprensióndelospreceptosrepublicanosydelafuncióndela escuelaenunasociedadrepublicanadejamargenparaotrasproposiciones.Así,paraconstituir estatradición,hayqueenfrentarsealdesafíopolíticodelaEFEencualquieroportunidadpara que,siesteeseldeseo,seaposibleavanzarenla institucióndesentidosrepublicanosenla escuelayenlaEFE.
©2018Col´egioBrasileirodeCiˆenciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Estees unart´ıculoOpenAccessbajolalicenciaCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/
by-nc-nd/4.0/).
Introduc ¸ão
Duranteosúltimosanosmuitosetemdiscutidonosentido detornaraeducac¸ãofísicaescolar(EFE)umadisciplinaedu- cativa, e não mais desenvolvê-la como uma‘‘atividade’’
escolar. Em outras palavras, ‘‘livrá-la’’ do estigma de umaatividademeramenteprática,tecnicista,mecanicista, esportivistaereprodutora,alc¸á-laaoestatutodeumcom- ponente curricular/disciplina educativa, responsável por conhecimentosteórico-práticosrelativosàculturacorporal demovimento.
Contudo,parece-nosquepoucosparadigmasforamsupe- rados nas ac¸ões pedagógicas desenvolvidas na escola. A impressãoque se temé que,em muitoscasos, osganhos legaiseteóricos nãorecebemotratamento adequadonas aulas de educac¸ão física (EF) e que a tradic¸ão mecani- cista,competivistaeesportivistadaEFEfoisubstituídapela culturado‘‘rolaabola’’,fenômenoessedenominadopor González e Fensterseifer (2006) e Machado et al. (2010) de abandono docente ou desinvestimento pedagógico, o qualimpactanegativamentenoprocessodelegitimac¸ãoda EFE.
Ao refletir sobre a problemática posta, nos depara- moscomdesafios deordem política, curriculare didática (BagnaraeFensterseifer,2017;Brasil,2016;2015;González eFraga,2012),osquaisnecessitamserenfrentadosparaque sepossaavanc¸arcom odebate.Tais desafiosapresentam- -seemníveisdistintos,quesearticulamentresi,interferem sobremaneiranofazerpedagógicodoprofessor.Odesafiode
ordem política, tema centraldeste estudo1,indica haver, por parte dos professores, dificuldades para construirum sentidoparaa EFem consonânciacoma responsabilidade socialdaescola.
Do pontode vista político, entendemos a escola como umainstituic¸ãorepublicanae democrática,quedesempe- nha importante papel na democratizac¸ão dos saberes da tradic¸ão.Numaescolarepublicanaedemocrática,asac¸ões nãosãoconfundidascomaquelasprópriasdeespac¸ospolí- ticosoureligiososesuadeterminac¸ãonãodeveserpautada por critérios econômicos oumidiáticos. A principal finali- dade dessa escolareside na transmissãode saberes e no exercício da razão. Para Fensterseifer (2013), na escola republicana,todososcomponentescurricularesdevemres- ponderpeloseucaráterpúbliconomodocomolidamcom o conhecimentoe comasrelac¸õessociaisque acontecem nesseespac¸o.Ouseja,compreendemosqueaescolarepu- blicanaedemocráticatemcomoresponsabilidadepermitir
1É importante destacarqueesse recorte atendeuma questão metodológica,poisacreditamosquenaseparac¸ãodasdimensões referidas(política,curricularedidática)podeestarumforteindica- tivodasdificuldadesdeaáreadarefetividadeaosavanc¸osparciais (exemplos: voluntarismo político que não consegue se traduzir emumaperspectivacurricular;perspectivascurriculares,embora politicamentesustentadas, não conseguema mediac¸ãodidática;
perspectivasdidáticassemumasustentac¸ãocurricularepolitica- menteingênuasetc.).
a apropriac¸ão de conhecimentos poderosos2. E o compro- misso de levar a cabo uma educac¸ão que atendaa esses preceitosacabaporrecair sobreosprofessoresqueatuam diretamentecomaeducac¸ãoescolar.
Apesar de considerarmos que o professor que atua na educac¸ãobásica(EB)nãopodeseeximirdesuasatribuic¸ões, atémesmo porque‘‘seucomparecimento’’ecomprometi- mentosãofundamentaisparalidarcomacomplexidadeda docência,entendemosqueessaresponsabilidadenãopode serexclusivadele,poisépertinentepensarquea ruptura paradigmáticadevasedar,inicialmente,emtempoeespac¸o destinadosàformac¸ãodeprofessores.Assim,perguntamos:
comoaformac¸ãoinicial(FI)emníveldelicenciaturaemEF temcontribuídoparaoprofessornoenfrentamentododesa- fiopolítico?DequemaneiraaFItemlidadocomastemáticas acercadaresponsabilidadedaescolaedaEFE?
Da mesmaformaqueBrachtetal.(2014),temos cons- ciência deque a FInão tem como resolver osproblemas doegressoedaprópriaEF‘‘devez’’oucomoumapriori, masentendemosquepoderiaedeveriacontribuircomuma formac¸ãoreflexivaevoltadaparaatomadadeconsciência, primarpelodomínioconceitualepotencializararesoluc¸ão dealgunsproblemas‘‘acadavez’’.Problemasque,emmui- toscasos,sãoespecíficose aomesmotempobásicos,pois sereferemànossacapacidadederesponderaaspectosfun- damentaisparaoagirpedagógiconaescola,taiscomopara queserveaescola?EparaqueserveaEFE?
Com basena problemáticaposta, objetivamoscompre- endercomo a FIproblematizou astemáticas relacionadas àresponsabilidadedaescolaedaEFE, ouseja,comopro- duziuosconhecimentosacercadadimensão‘‘política’’da educac¸ão, o que para nós, com base em Arendt (2013), se constitui um problema político de primeira grandeza (embora relacionadas,política e educac¸ão nãodevem ser confundidas).
Percurso metodológico
Este trabalho é fruto de umapesquisa-ac¸ão desenvolvida na perspectiva qualitativa. A pesquisa-ac¸ão consiste num método que procura, essencialmente, elucidar problemas sociais e técnicos, de relevância científica, por meio de gruposcompostosporpesquisadores,membrosdasituac¸ão- -problema e demais atores interessadosna resoluc¸ão dos problemas levantados, pois a pesquisa-ac¸ão contém um
‘‘compromissosocialecientífico’’(Thiollent,2011,p.9).
No âmbito deste estudo, o principal foco foi anali- sar o ‘‘processo’’ da pesquisa-ac¸ão, e não o ‘‘produto damudanc¸a’’proporcionadapelaac¸ãodapesquisa. Desse
‘‘movimento’’participaram,voluntariamente,doisprofes- sores de EF (Ivan e Patric3) concursados e nomeados, docentes nos anos finais do Ensino Fundamental de uma escolamunicipal,numacidadecomcercadecemmilhabi- tantes,daregiãoNortedoRS.AobraAfazeresdaeducac¸ão
2Essenãoéoconhecimentodospoderosos,masserefereaoqueo conhecimentopodefazer,como,porexemplo,fornecerexplicac¸ões confiáveisounovasformasdesepensararespeitodomundo(Young, 2007).
3Osparticipantessolicitaramousodosnomesoriginais.
físicana escola: planejar, ensinar, partilhar, deGonzález eFraga(2012),constituiu-seabaseteóricadapesquisa,a qualtevedurac¸ãodeumano,totalde16encontros.
Duranteapesquisa-ac¸ão,foramenfrentadososdesafios políticos,curricularesedidáticos,buscou-seinstituiraEFE comoumcomponente curricular,umadisciplinaeducativa legítima.Aolongodapesquisa,osprofessoresconceberam uma‘‘nova’’ EFna escola,queanteseradesenvolvidana perspectivade‘‘atividade’’,eapartirdapesquisa-ac¸ãofoi transformadanumadisciplinaeducativa.Sãoosdadospro- duzidosaolongodoenfrentamentododesafiopolíticoque constituemocorpusdesteestudo.
Osdados foramproduzidos deduas formas:anotac¸ões emdiáriodecampo(DC)eelaborac¸ãodenarrativasdocen- tes. Com relac¸ão ao DC, as anotac¸ões foram feitas em umcadernoespecífico. Em algunsmomentos, sereferiam àsinterpretac¸ões dopesquisador acercados debates; em outros,foramconstituídasportranscric¸õesliteraisdefalas dosparticipantes.AlémdoDC,solicitamosaelaborac¸ãode narrativasdocentes. A produc¸ão de narrativas, deacordo comMolina&MolinaNeto(2010),permiteaoparticipantea experiênciadareflexão,daconstante‘‘autointerrogac¸ão’’, epossibilitaressignificarovivido.
Osdadosforamanalisadosatravésdométododeanálise deconteúdopropostoporBardin(2011).Adirec¸ãodaescola assinouoTermodeAutorizac¸ãodeParticipac¸ãoInstitucio- naleosparticipantesassinaramoTermodeConsentimento LivreeEsclarecido.ApesquisafoisubmetidaaoComitêde Ética,foiaprovadasoboParecerConsubstanciado número 1.148.600. O estudo seguiu as normas para pesquisa que envolvemsereshumanoseaparticipac¸ão,tantodossujeitos comodainstituic¸ão,ocorreudeformavoluntária.
Formac ¸ão inicial X lacunas formativas:
o desafio político no centro da análise
Iniciamosaanálisecomacitac¸ãoderecortesdasnarrativas dosprofessores:
Não consigo me lembrar de algo na formac¸ão que me ajudasse no desenvolvimento de estudos políticos, das intenc¸õesdaescola.Provavelmentetivematériasqueabor- daram esses conteúdos, porém não me recordo, talvez por não serem relevantes naquela hora. Acabei tendo poucas matérias com debates críticos, sociais. Tudo era maisvoltadoparaosaspectosfísicos,esportivos(Professor Patric).
NaFInãome lembro decomponentescurriculares que debateram o sentido e a responsabilidade da educac¸ão escolaredaprópriaEFE.Issonãosignificaque nãoforam desenvolvidos. Pode ser que não lembre por não terem importânciaparamimnaépoca,jáqueeugostavamaisda áreadotreinamentoedoexercíciofísicoemededicavamais nasdisciplinasquetratavamdisso.Nãomelembrodediscus- sõessignificativasdessetemadiluídoemoutrasdisciplinas (ProfessorIvan).
Os relatos indicam que a FI não desenvolveu debates estruturadosesubstanciais,quepossibilitassemacompre- ensão doque vem a sera responsabilidade daescola. Os dadosreferidos,hipoteticamente,podemindicarocontexto deformac¸ão damaioria dos professoresde EF queatuam noambiente escolar na atualidade. Para Caldeira (2001),
nos cursos de formac¸ão não têmsido discutidas questões relativas às finalidades políticas e sociais da educac¸ão e doensinoescolar.EaparentementeaFInãotemevoluído comessedebate, pois sesuspeita que, ainda,asmaiores preocupac¸õesestãoligadasà‘‘aplicabilidade’’imediatado conhecimento,enãoàcompreensãodasintencionalidades educativas.
Dessaforma --- dados osproblemas que enfrentamos --- podemossuspeitarquenaFIemEF,deformahegemônica, osdebatesaindaestão relacionadosao movimentocorpo- ral,aodesenvolvimentopsicomotor,àmelhoriadaaptidão física e ao ensino dos esportes, ou seja, uma formac¸ão pautadapor um currículo tradicional-esportivo que negli- genciaa problematizac¸ão política da educac¸ão4. Isso não significaafirmarquenãohádebates políticos.Entretanto, os professores participantes chamam a atenc¸ão para um aspectochave:éprecisotornarrelevantes,paraosfuturos professores,aquelesconhecimentosesaberesqueporven- turasãoconsideradosdemenorrelevâncianomomentoda formac¸ão. Em outras palavras, dotar de sentido algo que parece semsentido, ainda mais considerandoa lógica do
‘‘aplicacionismoimediato’’quepareceprevaleceremmui- tosespac¸osformativos.
Procurandoumaperspectivadiferenteparaisso,enten- demosquecabeaodocentedaFI‘‘seduzir’’e inspirar os acadêmicos,afimdeformarumaespécie de‘‘parceria’’, paraque sepossaminstituirsentidos comuns, reconhecer quesofrerão‘‘metamorfoses’’ aolongodo tempo.Assim, aoprofessordaFIpodesernecessáriotergrandepoderde persuasão,paracativaremobilizarosacadêmicosaseinse- riremorganicamenteemtodososdebates,justamentepela importância que podem assumirperante a futura prática docente,apesardenomomentoparecerdepoucaimportân- ciaoudesvinculadodogostopessoal.Essaideiaéreferida peloprofessorPatric,queafirma:‘‘FuicursarEFporquegos- tavade praticaresportes.Até tentei me tornar atletade futsal.Nagraduac¸ão,eramasdisciplinas esportivas asde queeumaisgostava’’.
Ampliaressa discussãopodeserrelevante, poisparece evidenciar dificuldades por parte do professor formador (e dos próprios acadêmicos) de pensar estratégias de materializac¸ãodessadiscussão,que,invariavelmente,tem umcaráterdemaiorsubjetividadequandocomparadocom disciplinasespecíficascomoasesportivas,porexemplo.Esse aspectomerece atenc¸ãoespecial,pois, comoevidenciado pelasanotac¸õesnoDC,‘‘odebatenagraduac¸ãoocorrenum momento e o acadêmico vai para a escola em outro. Na horaemqueocorremnãoparecemimportantes,masdepois fazem falta’’. Premissa essa compartilhada por Gariglio (2010),paraoqualháumdistanciamentodaFIcomarea- lidadedotrabalhonaescola.Emsentidoinverso,podemos reconhecertambémqueháumdistanciamentodotrabalho feitonaEFEcomaFI.
De certa forma, essa situac¸ão pode ser consequência do excesso de autonomia das duas instituic¸ões: escola e universidade (FI). A ideia de autossuficiência de ambas parece remeter ao esquecimento da necessidade de
4Reconhecemos que, em muitos casos, há forte resistência dosprópriosacadêmicosquandosãofeitosincrementossob esse aspecto.
articulac¸ão/colaborac¸ão (esquecimento esse construído e naturalizado ao longo dotempo) entreelas.Ao que tudo indica,tantoaescolacomoauniversidade,atémesmode formainconsciente,presumemquepodemdarcontadesuas responsabilidadesdemaneiraindependenteumadaoutra.
Disso, resulta que a escola tem dificuldades de ‘‘ler’’ e incorporaro que seproduz na universidade, que,por sua vez,parecenãoreconheceraescolacomoreferênciapara pautaroprocessoformativo.
Outro problema que interfere na formac¸ão do profes- sordeEFserefereà‘‘faltaderelac¸ãoentreasdisciplinas nagraduac¸ão.Porexemplo,didáticaefutebol’’(DC).Para Gariglio(2010),alémdapoucaounenhumarelac¸ãoentreas disciplinasespecíficascomasdisciplinasdeformac¸ãopeda- gógica,osprofessoresqueatuamnasdiferentesáreasnãose encontrame,tampouco,estabelecemintercâmbios,oque podeprovocarlacunassignificativasnoprocessoformativo, principalmente acerca do trabalhopedagógico na EB,ou, ainda,prejudicaracompreensão,porpartedosacadêmicos, de como tratar pedagogicamente os conteúdos das disci- plinasconsideradasespecíficas.Esseaspectoevidencia,ao mesmotempo,umlimiteeumproblemadaFI,poisasdisci- plinasespecíficasparecemnãoserpensadasnaperspectiva didático-pedagógica.
A orfandade do debate político na FI pode explicar o fatodehaver‘‘superficialconhecimentosobreodocumento escolar (PPP) que explicita as intenc¸ões educacionais da escola’’ (DC). Destinar esforc¸ospara compreender o PPP eseu‘‘entorno’’podeserconsideradoumaspectocentral dentro dodebatepolíticodaeducac¸ãoescolar, pois,para Neira(2009),suaelaborac¸ãopossibilitaanteverumfuturo diferente do presente. Apesar da complexidade que isso possaevidenciar(poisexigegrandecapacidadedeabstrac¸ão doprofessor),naEFEprojetarumfuturocomintencionali- dadediferentedopresenteéfundamentalparaainstituic¸ão deumadisciplinacomsaberesaensinar.
ApesardaimportânciadoPPP,osdadosindicamque‘‘os documentosescolaresforamconhecidos,eaindadeforma superficial,naescola,enãonaFI’’(DC).OprofessorPatric afirma:‘‘FuitercontatocomumPPPapósiniciarcomopro- fessoraquinaescola’’.OprofessorIvanrelata:
Nãome lembro de ter estudado o PPP na FI. Tivemos didática,legislac¸ãoeducacional,masofocofoiaLDB.No estágio,deveríamosescolherumtemaeumníveldeensino eministraralgumasaulas.Paraisso,tínhamoscomoincum- bênciaelaboraroplanodeaulacombasenoconteúdo,sem redigirumplanodeensinoouatémesmoanalisaroPPPda escola.
A discussão que envolve a problemática do PPP é um debateparaalémdaEF,pois,emgrandemedida,pareceque asprópriasequipesgestorasdasescolasacabam porfazer vistagrossaparaessaquestão,algoembarac¸osonacompre- ensãodeCarnoy(2009),dadoqueaac¸ãodagestão,segundo ele,impacta sobremaneirana qualidade daeducac¸ão.De certomodo, o movimentopara construc¸ão doPPPparece apontarparaumaespéciede‘‘culturadoatalho’’,pois,ao queparece,odesafiodeconstruiroPPPtemrecebidopouca importância nas escolas, é tratado como algo que pode ser elaborado ‘‘nas horas vagas’’ dos professores. É ine- gável,conformeDaridoeRangel(2008),queosurgimento do PPP representa um grande avanc¸o na área educacio- nal,poisfazcomqueasdecisõesdaescolasejamtomadas
dentrodoâmbitodaprópriaescolaecomoenvolvimento de todos os segmentos que representam a comunidade escolar. Em contrapartida, em muitas instituic¸ões, não tem se dado o devido valor a ele, pois muitas escolas recorrem a modelos produzidos por órgãos e entidades superiores.
Aoserecorreramodelosprontos,porémconcebidos‘‘de foraparadentro’’,desperdic¸a-seapossibilidadedereflexão econstruc¸ãocoletiva,oquetransformaoPPPemmeraburo- cracia.Esseéumproblemasério,pois,paraMolina(2014), o compromisso de elaborac¸ão do PPP deve ser assumido coletivamente, poisénesse documentoquesãoexplicita- dasasintenc¸õespedagógicaseossentidosbuscadosparaa educac¸ãoescolar.
Naescolalocusdapesquisa,asanotac¸õesnoDCindicam:
‘‘Acoordenac¸ãoorganizouapartegeraldoPPPealgumas partes,como osobjetivos dasáreas e temastransversais, osprofessoresestruturaramduranteumencontrodeplane- jamento,divididosporáreadoconhecimento’’.Emmuitos casos,aequipepedagógicadaescola,natentativaderesol- veresseproblema,acabaportransformaraelaborac¸ãodo PPPnumaatividadetécnica, dispensaseu sentidopolítico e pedagógico.Dessaforma,o PPPacabapor seconstituir numdocumento distante dos professores,da saladeaula edas ac¸õespedagógicas,algocontrárioao queregimenta alegislac¸ão educacional.Aorefletirsobreesseaspecto,é possívelsuspeitarqueadesconsiderac¸ãoacercadosaspec- toslegaispodeindicarumdéficit desentidosrepublicanos (governodeleisforjadaserevistaspelossujeitosnelaimpli- cados) e democrático (expressão dos desejos das partes envolvidas)noâmbitodaeducac¸ãoescolar.Issopodeindicar tambémumanoc¸ãoequivocadadeautonomia,poistodae qualquerinstituic¸ãorepublicanatemumaautonomiarela- tiva,oquesignificanãopoderignorarosmarcoslegaisque aorientam.
O contexto descrito indica haver urgência no desen- volvimento de uma cultura republicana (importância de considerar os documentos escolares) e democrático (importância departicipar daelaborac¸ão dos documentos escolares), que deveria ser feito coletivamente e viven- ciado em todos os momentos formativos e por todos os envolvidos com o processo educativo da instituic¸ão esco- lar.Éfundamentalqueozelopelaconstruc¸ão,elaborac¸ãoe revisãodoPPPsejadesempenhadopelainstituic¸ãoescolar.
Assim, percebe-se a responsabilidade que a equipe ges- tora de cada instituic¸ão tem nesse processo. Afinal, uma coisaéumdocumentolegal(PPP)eoutraéumdocumento legítimo (processo de elaborac¸ão e cumprimento doPPP) ealguémnecessita‘‘cuidar’’ dessalegitimidade.Ao igno- raresse‘‘movimento’’,muitoprovavelmenteasinstituic¸ões escolaresdarãocontadecumprirosrequisitosburocráticos, mas continuarão com um projeto fictício, sem intencio- nalidades educativas claras e sem um articulador comum para o trabalho didático-pedagógico dos professores. Sua nãoefetividadeacabaporseraexpressãodomododesua constituic¸ão.
A não participac¸ão da elaborac¸ão doPPP pode causar outroproblemaparaosprofessores,qualseja,dificuldades decompreenderematerializarosobjetivoseducacionaisdo PPPnaproposta deEF.Ou seja,há dificuldadesdepensar eelaborarosobjetivosdadisciplinadeEFconectadoscom aintencionalidade daescola,principalmente nosaspectos
conceituais e críticos, para além dos aspectos corporais.
‘‘Analisandoo PPP,o fatoé queatualmente,nasaulasde EF,agentenãoatingeoquepregaafilosofiadaescola,prin- cipalmentenaquestãodatransformac¸ãosocial.Quemsabe issoaconteceporque nemsabíamosqualeraafilosofiada escolaantesdeestudaroPPP’’(ProfessorPatric).Emoutras palavras:a escolatemum documentoconsiderado o eixo norteador(PPP),queapresentaumfiocondutor(filosofiada escola),quedeveriaguiaracaminhadadosprofessoresem cada umdos componentes curriculares e, alémdisso, tal documento necessitaria orientara elaborac¸ão dos objeti- vosea selec¸ãodosconteúdos econhecimentos queserão tematizados em cada disciplina. No entanto, o conteúdo dessedocumentonãoédeconhecimentodos professores.
Essasituac¸ãoretrataaideiadesemsentidodaEFE,poiso quedaria sentidoàsaulas desse componente curricularé desconhecidopelosprofessores.
Essadiscussãoapresentaumaspectoquepodeseremble- mático,poisindicaqueosprofessoresdeEFseinseremna escolasemsaberasintencionalidadesdaEFEnacontempo- raneidade,tomamcomopontodepartidaalegislac¸ão ea produc¸ão teóricadaárea.Assim,alémdenãopossibilitar aosegressosacompreensãodoqueseriaaresponsabilidade daescola,háevidênciasqueaFItambémnãoavanc¸ou na compreensãodoqueseriaumaEFEplanejadasobaóticade umcomponentecurriculareducativo.
Aafirmac¸ãodoprofessorPatricavalizaessaideia:‘‘Minha graduac¸ão foi mais voltada para os aspectos de desen- volvimento motor, os aspectos físicos, do exercício, dos esportes’’.Umaanotac¸ão doDC, deque ‘‘estamossendo formadosprofessores semsaberefetivamente paraquê’’, evidencia que o professor de EF, muitas vezes, não tem aclareza conceitualsobrea intencionalidade para aqual estásendoinseridona escola.Ouseja,háindíciosdeque a FI, no contexto deste estudo, além de não ter se tor- nadoummomentofecundoparaa construc¸ão desentidos republicanosparaaescola,tambémnãocontribuiuparao entendimentodosentidodaEFE.Bagnara(2015),aoabordar essatemática,afirmaqueafragmentac¸ãodaFI,afaltade umplanejamentointegradoeodescasocomapreparac¸ão do futuro docente para o desenvolvimento de um plane- jamento pedagógico efetivo, coletivo e integrado com a responsabilidadesocialdaescolae daEFEfazemcomque o egresso, após formado, repita as premissas de quando era estudante na EB. Essa esterilidade da FI, conforme Bagnara(2014),poderiaserenfrentadacomareadequac¸ão do currículo formador e a promoc¸ão de novas formas de ensinar.
O professorPatric apontaparaumproblema (de certa formajáreferidoanteriormente):‘‘Afaltadeconexãodo debatido na graduac¸ão com o que a gente encontra na escola’’. Sabidamente, a educac¸ão escolar está em cons- tante‘‘movimento’’eosprofessoresnãopodemconsiderar a FI como a única fonte de saberes para o exercício da docência.Issoimplicacompreenderoprocessodeformac¸ão comoalgoinacabado,queseencontraemconstantemovi- mento dereconversão.Contudo, compreendero processo formativocomonãosendofinitoimplicaaodocentebuscar constantementeestarenvolvidoemprocessosdeformac¸ão contínua.‘‘Participamostodososanosdasformac¸õesofe- recidaspelaSecretariaMunicipaldeEducac¸ão,masparece que as palestras, os cursos, não contribuem muito para
a EF na perspectiva que estamos trabalhando agora’’
(DC).
De certa forma, proporcionar ‘‘eventos’’ de formac¸ão continuada se configurou como algo atrativo e ampla- mentedifundidoparamelhorarosíndiceseaqualidadeda educac¸ão.Noentanto,nacontramãodessaideia,conforme GonzálezeFensterseifer(2009)eMolinaNetoetal.(2006), muitosprofessores,autores,palestrantes,instituic¸ões,per- ceberamquesetratavadeumnichodemercadopromissor e, em muitos casos, em vez de seconstituir em momen- tos de aprendizado e produc¸ão de conhecimento, tais
‘‘formac¸ões’’ foram transformadas em comércio. Assim, parece-nosquemuitoseventosdeformac¸ãocontinuadasão organizadosseguindoamesmalógica daFI,pautadospela dicotomiaentreteoriaeprática(FensterseifereGonzález, 2007),oquenãocontribuiparaelaborarrespostaseencami- nharsoluc¸õesoutras,mesmoquetransitórias.Issopermite pressupor que, além de uma FI estéril, os processos de formac¸ãocontinuada,emmuitoscasos,tambémosão.
O fato de o professor não saber ao certo quais contribuic¸ões pedagógicas a EFE poderia dar tem relac¸ão com as ‘‘dificuldades de formular objetivos para a EF conectados com o PPP, ou seja, definir intencionalidades educativas’’(DC). A possível ausência desse debatena FI contribuiparaqueessaorfandadederesponsabilidadesse acentue.
Competências, habilidades, projetar,planejar, isso não eracomum na faculdade. Elaborávamos objetivos ligados aocorpo,desenvolvimentomotor(equilíbrio,coordenac¸ão motoraetc.),aprendizagemdosesportes,dastécnicas.Tudo erapensado para umaaula, nãopara o anooupara uma unidade didática como estamos fazendo agora (Professor Patric).
O foco na formac¸ão era a prática dos esportes e o ensinodosesportes.Ofocoestavanoconteúdo,enãoem problematizá-loetransformá-loem conhecimentoescolar.
Nessecaso,oprocessodeFImeajudoumuitoapensarnos objetivosligados aodesenvolvimentomotor etécnico dos alunos, principalmente no ensino dos esportes em geral.
Porém,nãomeensinouapensaremobjetivossociais,críti- coseligadosaocontextosocial(ProfessorIvan).
OsrelatosevidenciamqueaFI,basicamente,contemplou processosparaumaatuac¸ãodocentefragmentada,pensada emcadaaulaisoladamenteecomconcepc¸õesbiológicase esportivas.Apesarde,nocontextodoestudo,aEFE,ante- riormenteàpesquisa-ac¸ão,tercaracterísticasdeabandono docente,épossívelsuspeitarqueaFI‘‘formou’’comalguma intencionalidade. Porém, ao mesmo tempo em que esse processoformativopode serpassível decríticas, revelaa potencialidadedaFI,poisse‘‘formou’’paraagirnaperspec- tivade‘‘atividade’’,imagina-seque tenhapotencialpara contribuirparaumaformac¸ãoquepermitaaoprofessoragir pedagogicamentedeoutraforma.Atémesmoporqueenten- demosque a FI não podeficar distante oualheia ao que acontecenocontextoescolar,sobpenadenãodarcontade suaespecificidade/responsabilidade.
Conclusão ou novos/velhos problemas?
Foipossível perceber,noâmbitodaescolapúblicaemque esteestudosefez,queos‘‘velhos’’problemasdaEFEnão
sãotãovelhos assim;pelo contrário,sãocontemporâneos e seconstituem em obstáculospara alegitimac¸ão dadis- ciplina.Osprofessores deEFtêmrelac¸ão distantecomos documentos que norteiame explicitam asintencionalida- des daeducac¸ão escolar,pois participamparcialmenteda construc¸ãodoPPPepoucoconhecemsobreoconteúdode suas páginas, o que evidencia dificuldades para estabele- cerobjetivos educativosclarosparaaprópriaEFE.Senão houveroestabelecimentodessesobjetivos,incorremosnas práticastradicionaisdaEFEquetantodenunciamosnasúlti- masdécadas.Soma-seaissoofatodeque,diferentemente deoutrasdisciplinas,nãotemosumpilotoautomáticoque nosgarantaacondic¸ãodedisciplina(essatradic¸ãoestápor serinventadaemnossaárea).
A problemática levantada neste texto necessita ser urgentementeenfrentada,soboriscodehavercontinuidade nodesenvolvimentode projetoseducacionais desconecta- dosedescoladosdasintencionalidadesdaeducac¸ãoescolar.
É possívelque, aonãose tornarparte integrante,ativae orgânica do projeto educacional,o professorcontinue na suacondic¸ão de‘‘menoridade’’5e,o queépior,acontri- buir paraa formac¸ão deestudantes também‘‘menores’’.
Em outras palavras,o enfrentamento acerca doPPPe da dimensãopolíticadaescolaedaEFEpodenãoserocerne (seéqueesseexiste)daquestão,masésintomáticodoque acontece(ounãoacontece)nadisciplinadeEF.
Ao retratar certa ‘‘orfandade política’’ por parte dos professores,oestudosuscitanovosenfrentamentosacerca da problemática, pois como na política não há vácuo, a ausência de uma consciência republicana deixa margem para outrasproposic¸ões (mercado, modismos,improvisos, emergência de subjetividades). Nesse sentido, pergun- tamos: como podemos enfrentar isso? Seria uma tarefa exclusivadaFI?Sempretensãoderesolvero problemade vez,acreditamosquerefletir(naFI,naformac¸ãocontinu- ada, no coletivo docente escolar ou, preferencialmente, em toda e qualquer oportunidade) acerca dos aspectos relatados é de extrema relevância para forjar respostas (mesmo provisórias) e avanc¸ar nesse debate. Empreitada que,emboraurgente,éreconhecidamentecomplexa,visto seresseapenasumdosaspectosqueinfluenciamnaforma comoaEFEtemsidodesenvolvidanaeducac¸ãoescolar.
Financiamento
Este trabalho contou com apoio financeiro do Programa de Suporte à Pós-Graduac¸ão de Instituic¸ões Comunitá- rias de Ensino Superior (Prosuc), da Coordenac¸ão de Aperfeic¸oamentodePessoaldeNívelSuperior(Capes).
Conflitos de interesse
Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.
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