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Academic year: 2021

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Caro Leitor:

Nesta edição são abordados temas como “Acção da Inspecção-Geral do Trabalho e

Garantias dos Empregadores” , “Da Cessação do Contrato de Trabalho por

Incapaci-dade Superveniente do Trabalhador não Imputável ao Empregador” e “Breve Análise

ao Regulamento do Trabalho Mineiro em Moçambique”.

Pode ainda, como habitualmente, consultar o nosso Calendário Fiscal e a Nova

Legislação Publicada.

Tenha uma boa leitura!

Estão sujeitas à fiscalização da IGT todas as empresas públicas, estatais, mistas, privadas e cooperativas, as organizações económicas, sociais, nacionais e estrangei-ras que empreguem mão-de-obra...Cont. Pág. 2

Se, por um lado, e tal como referimos acima, resulta claro e inequívoco que, nos termos do artigo 31 do Regulamento, a concessão da pensão por velhice (refor-ma) determina a caducidade do contrato...Cont. Pág. 2

No trabalho mineiro, o empregador deve, em coordenação com o comité sindical da empresa, adoptar medidas para proporcionar às pessoas de idade compreendida entre os 18 e 21 anos...Cont. Pág. 2

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Ano 2017 | N.º 99 | Mensal

Tiragem 500 exemplares | Distribuição Gratuita

As opiniões expressas pelos autores nos artigos aqui publicados, não veiculam necessariamente o posicionamento da SAL & Caldeira Advogados, Lda.

NOTA DO EDITOR

FICHA TÉCNICA

EDIÇÃO, GRAFISMO E MONTAGEM: SÓNIA SULTUANE - DISPENSA DE REGISTO: Nº 125/GABINFO-DE/2005

COLABORADORES: César Carlos Alberto Francisco Vamos Ver, Diana Paredes e Ramalho, Rafael Neves Banguine, Rute Nhatave, Sérgio Ussene Arnaldo, Sheila Tamyris da Silva.

Da Cessação do Contrato de Trabalho

por Incapacidade Superveniente do

Trabalhador não Imputável ao

Empre-gador

Acção da Inspecção-Geral do Trabalho e

Garantias dos Empregadores

Obrigações Declarativas e Contributivas -

Calendário Fiscal 2017 - (Mar

ç

o)

ÍNDICE

Legislação

Informação sobre o Serviço Nacional de

Investigação Criminal

Breve Análise ao Regulamento do

Trabalho Mineiro em Moçambique

(2)

ACÇÃO DA INSPECÇÃO-GERAL DO TRABALHO E GARANTIAS

DOS EMPREGADORES

A relação jurídico-laboral consubstancia a materialização do direito fundamental ao trabalho, consagrado na Constituição da República de Moçambique (CRM) , colocan-do, por um lacolocan-do, o trabalhador, o qual se obriga a prestar a sua actividade remunerada e, por outro lado, o empregador, ao qual aquele se subordina.

O dever de subordinação do trabalhador traduz-se no poder de autoridade e direcção conferido ao empregador, ao abrigo do qual este tem a prerrogativa de fixar, dirigir, regulamentar e disciplinar os termos e condições em que a actividade deve ser prestada , facto que o torna, a par do poder económico, o lado mais forte da relação jurídico-laboral.

A supremacia do empregador não pode ser absoluta e/ou ilimitada, sob o risco de se defraudar o conteúdo do direito fundamental ao trabalho, que abrange o direito à justa remuneração, descanso, férias, reforma, protecção, segurança e higiene no trabalho . Para equilibrar este poder, o legislador estabeleceu meios de controlo da legalidade laboral , no que se pode classificar como uma réplica “Estatal” do “poder disciplinar” sobre os empregadores.

A violação da Lei do Trabalho e demais disposições legais que regulamentam aspectos da vida laboral, o caso das disposições relativas à segurança social , a contratação de trabalhadores estrangeiros , regulamentos relativos a higiene e segurança no trabalho ,entre outros, está sujeita, em observância de legislação específica, à aplicação de sanções pela Inspecção-Geral do Trabalho (IGT).

A IGT é uma instituição pública, dotada de personalidade jurídica e autonomia administrativa, tutelada pelo Ministro do Trabalho.

Estão sujeitas à fiscalização da IGT todas as empresas públicas, estatais, mistas, privadas e cooperativas, as organizações económicas, sociais, nacionais e estrangeiras que empreguem mão-de-obra (nacional e estrangeira) assalariada.

As inspecções podem ser efectuadas em qualquer local de trabalho, a qualquer hora do dia ou da noite (dependendo se as empresas em questão sejam de laboração contínua ou de actividade nocturna), sem necessidade de aviso prévio.

Como princípio geral, as inspecções devem privilegiar a educação dos empregadores e trabalhadores no cumprimento voluntário das normas laborais, podendo, quando necessário, resultar aplicação de medidas destinadas à prevenção e repressão da sua violação.

Assim, em virtude da realização de uma acção inspectiva, tendo em consideração a gravidade das infracções detectadas, os inspectores podem optar pela emissão de um dos seguintes autos:

1. Auto de Advertência, em caso de verificação de irregularidades sanáveis, das quais não tenham ainda resultado prejuízos irreparáveis para os trabalhadores ou quando a gravidade das infracções e o grau de culpa da entidade infractora sejam leves. O auto de advertência insere recomendações para o infractor; e

Existe, entretanto, um leque de infracções cuja verificação dá, invariavelmente, lugar à aplicação de multas, por exemplo:

• A não constituição de comissões de segurança no trabalho, quando exigido por lei ou regulamentação colectiva do trabalho;

• A não contratação de Seguro Colectivo de Trabalho; • A falta de pagamento das contribuições para o INSS; e

• A inobservância do disposto nas normas sobre a contratação de mão-de-obra estrangeira.

O empregador pode solicitar esclarecimentos e outras informações de interesse justificado, devendo ser ouvido em relação à aplicação das disposições legais, podendo ainda apresentar documentos e outros registos.

Em caso de aplicação de multa, o empregador pode tomar uma das seguintes acções, no prazo de 15 dias contar da data da notificação do Auto de Notícia:

• Pagar a totalidade da multa, e/ou das quantias em dívida aos trabalhadores ou segurança social;

• Requerer o pagamento da multa em prestações; ou • Reclamar para a autoridade que confirmou o auto de notícia.

A reclamação deverá ser submetida no prazo de 15 dias a contar da notificação à entidade que confirmou o auto de notícia, devendo o infractor alegar e provar por escrito os fundamentos da reclamação, podendo solicitar a anulação ou revisão da multa.

Se a decisão da reclamação for desfavorável ou se a entidade reclamada não emitir a decisão no prazo de 20 dias (caso em que se considera indeferimento tácito), o infractor poderá submeter os seguintes recursos:

• Recurso hierárquico ao Inspector-Geral do Trabalho, no prazo de 15 dias a contar da notificação da decisão da reclamação ou do indeferimento tácito.

• Recurso hierárquico ao Ministro do Trabalho, no prazo de 15 dias a contar da notificação da decisão do Recurso hierárquico ao Inspector-Geral do Trabalho, ou do indeferimento tácito.

Sem prejuízo do acima referido, o infractor poderá ainda submeter recurso contenci-oso ao Tribunal Administrativo, no prazo de 90 dias a contar da data da notificação da multa ou, no caso de ter havido recurso hierárquico, 90 dias a contar da data da notificação da decisão do recurso hierárquico e 365 dias verificando-se indeferimento tácito. Artigo 84 CRM. Artigo 18 da LT. 1 2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

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DA CESSAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO POR INCAPACIDADE SUPERVENIENTE

DO TRABALHADOR NÃO IMPUTÁVEL AO EMPREGADOR

A Lei do Trabalho, Lei n.º 23/2007, de 1 de Agosto (doravante a “Lei do Trabalho”), elenca, no seu artigo 124, as formas de cessação do contrato de trabalho, sendo elas:

a) Caducidade; b) Acordo revogatório;

c) Denúncia por qualquer das partes; e

d) Rescisão por qualquer das partes contraentes com justa causa.

Relativamente à efectivação das formas de cessação do contrato de trabalho, importa destacar que a Lei do Trabalho e demais legislação complementar, estabe-lecem os procedimentos e as formalidades que devem ser seguidos pelas partes para que a cessação seja legalmente materializada.

Uma das causas de caducidade do contrato de trabalho, elencadas pela Lei do Trabalho, é a incapacidade superveniente, sendo definida como aquela que seja total e definitiva de prestação de trabalho, ou sendo apenas parcial, pela incapaci-dade do empregador a receber, excepto se a incapaciincapaci-dade for imputável ao empregador.

Entretanto, resulta da nossa experiência que, ao contrário do que ocorre na caducidade por reforma do trabalhador, o momento a partir do qual se verifica a caducidade pela incapacidade superveniente do trabalhador, e a partir do qual o empregador pode comunicar ao trabalhador a cessação do seu contrato de trabalho, tema que nos propusemos abordar, não se apresenta devidamente claro. É dado assente que, ocorrendo a caducidade do contrato e desde que o trabalhador seja elegível, o mesmo buscará o seu sustento na protecção social, tendo direito a uma pensão por invalidez, atribuída pelo Instituto Nacional de Segurança Social (doravante “INSS”).

Ora, conforme decorre do artigo 32 do Decreto n.º 53/2007, de 3 de Dezembro (que aprova o “Regulamento de Segurança Social Obrigatória”, doravante o “Regulamento”), o trabalhador é considerado inválido, para efeitos de atribuição de uma pensão de invalidez, caso sofra diminuição das suas capacidades físicas ou mentais, devidamente certificada por Junta de Saúde, que o torne totalmente incapaz para o trabalho, na sequência de doença ou de acidente não profissional. O Regulamento estabelece ainda que o pedido de atribuição de pensão de invalidez deve ser efectuado pelo titular ou pelo seu representante legal, em documento próprio, sendo devida a partir do primeiro dia do mês seguinte ao requerimento ou do primeiro dia do mês seguinte àquele em que o trabalhador é reconhecido como inválido, se este reconhecimento for posterior.

Se, por um lado, e tal como referimos acima, resulta claro e inequívoco que, nos termos do artigo 31 do Regulamento, a concessão da pensão por velhice

(reforma) determina a caducidade do contrato de trabalho, por outro, não encontramos uma disposição correspondente na subsecção IV do Regulamento, que dispõe sobre a protecção na invalidez.

Assim, duas correntes se digladiam na doutrina:

• Uma que entende como momento da caducidade do contrato de trabalho a data de recepção do mapa da Junta Nacional de Saúde que confirma a invalidez do trabalhador para o exercício das suas funções; e

• Outra que defende que a caducidade do contrato de trabalho ocorre aquando da recepção da comunicação do despacho de deferimento da pensão por invalidez pelo INSS.

Salientamos que o problema do momento da caducidade do contrato se levanta para o empregador quando, na pendência da comunicação do despacho de deferimento, o trabalhador inválido, não obstante não estar a trabalhar:

• continuar a acumular dias de férias e a usufruir dos eventuais benefícios atribuí-dos aos demais trabalhadores, tais como: assistência médica e medicamentosa, 13º salário, pagamento de propinas escolares para os filhos em idade escolar, etc., o que difere da situação de reforma, uma vez que o trabalhador continua à disposição do empregador;

• estar a receber um subsídio por doença pago pelo INSS, caso seja elegível para o efeito.

Nestes termos, se defendermos a teoria que se socorre, por analogia, das regras estabelecidas para a protecção na velhice e que defende que a caducidade do contrato de trabalho ocorre aquando da recepção da comunicação de diferimen-to da pensão por invalidez pelo INSS, considerando que a ausência do trabalhador será justificada, o mesmo continuará a acumular dias de férias e a usufruir dos eventuais benefícios atribuídos aos trabalhadores do empregador, representando um potencial custo adicional para o empregador que, normalmente, nestas situações já tem contratado outro trabalhador para ocupar a posição deixada vaga pelo trabalhador inválido.

Por outro lado, considerando que o trabalhador está normalmente amparado pela Segurança Social, parece-nos defensável a primeira teoria que melhor protege o empregador, uma vez que ao contrário da caducidade por reforma, cuja verificação esta condicionada a confirmação da verificação dos requisitos para a concessão da pensão por velhice, a caducidade por incapacidade superveniente não depende da confirmação pelo INSS, mas sim da Junta de Saúde, que irá emitir o Mapa da Junta confirmando que o trabalhador é absolutamente incapaz para o exercício das suas funções.

A ser assim, ao empregador compete apenas, aquando da recepção do referido Mapa, elaborar a carta de comunicação de cessação do contrato de trabalho por caducidade, enquanto o trabalhador recebe o subsídio por doença e aguarda pela concessão da pensão de invalidez pelo INSS.

empresarial, Assembleia

1

2

Diana Paredes e Ramalho Consultora Sénior Advogada

dramalho@salcaldeira.com

Artigos 125 a 136 da Lei do Trabalho.

Artigos 28 a 36 conjugado com 81 do Decreto n.º 53/2007, de 3 de Dezembro - Regulamento da Segurança Social Obrigatória.

Artigo 125 n.º 1 b).

Artigo 33 n.º 1 do Regulamento da Segurança Social Obrigatória.

Os procedimentos para o envio dos doentes às Juntas encontram-se previstos no Diploma Ministerial n.º 130/2007, de 3 de Outubro, que aprova o Regulamento das Juntas de Saúde.

Artigo 81 n.º 1 do Regulamento da Segurança Social Obrigatória. Artigo 36 n.º 3 do Regulamento da Segurança Social Obrigatória. Artigo 103 n.º 3 alínea d) e 105 n.º 1 da lei do Trabalho. Artigos 19 e 20 do Regulamento da Segurança Social Obrigatória. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9

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BREVE ANÁLISE AO REGULAMENTO DO TRABALHO

MINEIRO EM MOÇAMBIQUE

Com a recente descoberta de recursos naturais em Moçambique, vários são os esforços envidados pelo legislador moçambicano com vista a regular as relações de trabalho no sector mineiro e petrolífero nacional, considerando as especificidades do sector e a necessidade de conformação com as práticas internacionais, bem como a tutela do fluxo das empresas e mão-de-obra nacional e estrangeira que operam neste sector.

A Lei nº 23/2007, de 1 de Agosto, que aprova a Lei do Trabalho de Moçambique (“LT”), determina, na sua alínea c) do nº 1 do artigo 3, que as relações de trabalho mineiro são regidas por legislação especial. Trata-se de uma das características do Direito do Trabalho que reconhece que certas relações de trabalho subordinado possuem especificidades que justificam a sua regulamentação específica.

Foi no cumprimento do dispositivo legal acima citado que o Conselho de Ministros, por via do Decreto nº 13/2015, de 3 de Junho, aprovou o Regulamento do Trabalho Mineiro (“RTM”). Para o efeito, propomo-nos no presente artigo reflectir em linhas gerais sobre o regime jurídico do trabalho mineiro em Moçambique, considerando as suas especifici-dades e âmbito de aplicação que abrange o sector mineiro e petrolífero.

De acordo com o artigo 2 do RTM, trabalho mineiro é o conjunto de actividades subordinado prestado a entidades nacionais ou estrangeiras, integradas na actividade mineira e operações petrolíferas em Moçambique, incluindo as suas subcontratadas e respectivos trabalhadores, nacionais e estrangeiros.

O artigo 4 do RTM estabelece 18 anos como sendo a idade mínima para admissão ao trabalho mineiro.

No trabalho mineiro, o empregador deve, em coordenação com o comité sindical da empresa, adoptar medidas para proporcionar às pessoas de idade compreendida entre os 18 e 21 anos que se encontrem ao seu serviço, visando proteger a sua saúde, integridade física e psíquica, prevenindo qualquer risco resultante da falta de experiên-cia, falta de noção de risco existente ou potencial. Assim, uma vez identificados os riscos, o empregador tem a obrigatoriedade de informar aos trabalhadores, bem como as medidas a tomar para prevenir esses riscos.

Devido à natureza da actividade mineira e os potenciais riscos para a saúde, o trabalhador mineiro deve ser submetido a exames médicos.

Assim, o RTM dispõe de três tipos de exames que o trabalhador é obrigado a realizar: • Exame médico admissional, que deverá ser realizado antes da contratação do trabalhador.

• Exames periódicos anuais, sendo semestrais para os que exercem actividades nos locais com maior risco, nomeadamente poço da mina, locais de carregamento e

Todos estes exames são custeados pelo empregador. No caso de o trabalhador não concordar com os resultados do exame demissional, poderá recorrer à Junta Nacional de Saúde com jurisdição da área do domicílio profissional do trabalhador, a qual submeterá o trabalhador a uma avaliação médica, que poderá ser feita por uma unidade hospitalar pública ou privada, devidamente reconhecida, escolhida pelo trabalhador, sendo este por sua vez obrigado a custear as respectivas despesas.

O trabalhador não deve recusar-se a realizar o exame médico demissional e, caso tal aconteça, o facto deve ser confirmado pelo sindicato (da empresa ou do ramo de actividade) e a entidade empregadora não deverá ser responsabilizada por qualquer situação de doença profissional que venha a ser constatada após a cessação da relação de trabalho.

O RTM introduz a figura do período de sobreaviso . O período de sobreaviso consiste na obrigatoriedade de determinado trabalhador manter o empregador, ou pessoa por este designado, informado sobre o lugar onde se encontra, a fim de poder ser chamado para o início imediato da prestação extraordinária ou excepcional do trabalho. No entanto, diferentemente do regime da prestação de trabalho em horas extraor-dinárias ou excepcionais previsto na LT, no regime de sobreaviso só poderão ser destacados trabalhadores que residam nas imediações do local de trabalho e possam responder a qualquer situação de emergência em tempo útil.

O período em que o trabalhador se encontrar de sobreaviso não é computado para efeitos de duração de trabalho semanal. No entanto, este será remunerado segundo o regime do trabalho extraordinário ou excepcional, conforme a duração do trabalho, ou em 50% da remuneração do trabalho extraordinário ou excepcional, no caso em que o trabalhador não é chamado a prestar a actividade.

Portanto, se durante o período em que o trabalhador se encontrar de sobreaviso, se por algum motivo este vier a manifestar indisponibilidade para prestar a sua actividade, a sua falta poderá ser considerada injustificada, passível de processo disciplinar, pois para além da obrigatoriedade de estar disponível, o trabalhador é remunerado para o efeito.

Relativamente ao trabalho mineiro em terra, o período de trabalho efectivo não pode exceder os limites máximos de turno diário e o empregador deve estabelecer medidas especiais de protecção aos trabalhadores e um plano de reorientação para a superfície nos casos em que o trabalhador apresente incapacidade física ou problemas de saúde para prestar trabalho subterrâneo.

Na realização de trabalho mineiro no mar, o período de trabalho em plataformas marítimas não pode exceder 30 dias consecutivos, podendo ser prolongado por mais 7 (sete) dias, em caso de necessidade excepcional, devendo o trabalhador ser pago com

(5)

NOVA LEGISLAÇÃO PUBLICADA

OBRIGAÇŌES DECLARATIVAS E CONTRIBUTIVAS

CALENDÁRIO FISCAL 2017 MARÇO

Entrega das contribuições para segurança social referente ao mês de Fevereiro de 2017. Entrega do Imposto retido na fonte de rendimentos de 1ª, 2 ª , 3 ª, 4 ª e 5 ª catego-ria durante o Mês de Fevereiro 2017.

Até 30 de Junho, apresentação da Declaração Anual de Informação Contabilística e Fiscal (Modelo 20 H e seus anexos).

Entrega do imposto referente a produção de petróleo relativo ao mês de Fevereiro de 2017.

Entrega da Declaração, pelas entidades sujeitas a ICE, relativa a bens produzidos no País fora de armazém de regime aduaneiro, conjuntamente com a entrega do imposto liquidado (nº 2 do artigo 4 do Regulamento do ICE).

10 20 31 31 31 INSS IRPS IPP ICE

Até 31 de Maio, apresentação da Declaração Periódica de Rendimentos (Modelo 22).

31 IRPC

Entregar as importâncias devidas pela emissão de letras e livranças, pela utilização de créditos em operações financeiras referentes ao mês de Fevereiro de 2015.

20

Lei nº 1/2017 de 6 de Janeiro de 2017 - Lei do Áudio Visual e do Cinema.

Lei nº 2/2017 de 9 de Janeiro de 2017 - Cria o Serviço Nacional de Investigação Criminal, abreviadamente designado por SERNIC.

Lei nº 3/2017 de 9 de Janeiro de 2017 - Lei de Transacções Electrónicas.

Lei nº 4/2017 de 18 de Janeiro de 2017 - Altera a Lei n.º 22/2007, de 1 de Agosto, Lei Orgânica do Ministério Público e que aprova o Estatuto dos Magistrados do Ministério Público e revoga as Leis n.º 22/2007, de 1 de Agosto, 8/2009, de 11 de Março e 14/2012, de 8 de Fevereiro.

Lei nº 12/2016 de 30 de Dezembro de 2016 - Atinente a revisão pontual da Lei n.º 13/2014, de 17 de Junho (Regimento da Assembleia da República).

Lei nº 13/2016 de 30 de Dezembro de 2016 - Altera e republica a Lei n.º 32/2007, de 31 de Dezembro, que aprova o Código do Imposto Sobre o Valor Acrescentado.

Lei nº 14/2016 de 30 de Dezembro de 2016 - Altera e republica a Lei n.º 7/2010, de 13 de Agosto, que cria a Taxa de Sobrevalorização da Madeira e revoga o artigo 6 da mesma Lei.

Decreto nº 34/2016 de 25 de Agosto de 2016 - Aprova o Regulamento sobre o Comércio Internacional de Espécies de Fauna e Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção e revoga o Decreto n.º 16/2013, de 26 de Abril.

Decreto nº 67/2016 de 30 de Dezembro de 2016 - Aprova o Regulamento de Licenciamento do Serviço Postal.

Decreto nº 68/2016 de 30 de Dezembro de 2016 - Aprova o Regulamento de Taxas Regulatórias de Telecomunicações, e revoga o Decreto n.º 63/2004, de 29 de Dezembro, que aprova o Regulamento de Taxas Rádio Eléctricas; o Decreto n.º 64/2004, de 29 de Dezembro, que aprova o Regulamento de Taxas de Telecomunicações; o artigo 20 e o Anexo II do Regulamento de Homologação de Equipamentos de Telecomunicações e Radiocomunicações, aprovado pelo Decreto n.º 37/2009 de 13 de Agosto; o Decreto n.º 39/2010, de 15 de Setembro que introduz alterações no artigo 8 do Regulamento de Taxas de Telecomunicações.

Sérgio Ussene Arnaldo     Assessor Fiscal e Financeiro sussene@salcaldeira.com Rute Nhatave    Arquivista / Bibliotecaria rnhatave@salcaldeira.com

Entrega da Declaração periódica referente ao mês de Fevereiro acompanhada do respectivo meio de pagamento (caso aplicável).

31 IVA

Imposto de Selo

Até 31 de Março entrega de declaração de rendimentos ( Modelo 10), com excepção dos sujeitos passivos que tenham auferido rendimentos para além da primeira categoria que deverão submeter até 30 de Abril.

31

Entrega do imposto pela extracção mineira referente ao mês de Fevereiro de 2017.

31 IPM

Até 30 de Abril, efectuar entrega do imposto referente ao 1º trimestre do ano de 2017.

31 ISPC

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INFORMAÇÃO SOBRE O SERVIÇO NACIONAL DE INVESTIGAÇÃO

CRIMINAL NACIONAL.

A Lei número 2/2017 de 9 de Janeiro do presente ano, cria o Serviço de Investigação Criminal (SERNIC), com vista a responder com eficácia e eficiência aos desafios de prevenção, investigação criminal e da instrução preparatória de processos-crime, ao abrigo do disposto no número 1 do artigo 179 da Constituição da República, ou seja, o SERNIC é um serviço público de investigação criminal de natureza paramilitar, auxiliar da administração da Justiça, dotado de autonomia administrativa, técnica e táctica, sem prejuízo da tutela Exercida pelo Ministro que superintende a área da ordem, segurança e tranquilidade públicas, em matéria que não afecta a sua autonomia.

Sheila Tamyris da Silva     Assistente

ssilva@salcaldeira.com

As autoridades do SERNIC têm, no âmbito do exercício da investigação, desde que devidamente identifi-cados, livre acesso as casas e recintos de espectáculos e outras diversões; as estações de camin-hos-de-ferro; aos cais de embarque e aeródromos comerciais; aos navios ancorados nos portos; as sedes de associações de recreio; a todos os lugares onde se realizem reuniões públicas ou onde seja permitido o acesso público mediante o pagamento de uma taxa, ou realização de certa despesa, ou apresentação de bilhete que qualquer pessoa possa obter; aos estabelecimentos comerciais industriais, penitenciários, ou de assistência, assim como em escritórios, oficinas, repartições públicas ou outras quaisquer que não tenha, a natureza de domicílio particular, desde que sejam prevenidos os respectivos proprietários, administradores, directores ou outros representantes.

Tratando-se de diligências urgentes, é permitida a sua realização, independentemente de comunicação, sempre na presença dos respectivos representantes.

As funções gerais do SERNIC são: As funções específicas, do SERNIC são a

investigação de:

Realizar diligências requisitadas pelas autori-dades judiciárias e pelo Ministério Público; Prevenir e investigar actos de natureza criminal; Realizar actividades atinentes à instrução preparatória dos processos-crime, nos termos da lei;

Exercer a vigilância e fiscalização de locais suspeitos ou propensos à preparação ou execução de crime, bem como a utilização dos resultados dessa vigilância e fiscalização;

Promover e realizar acções destinadas a prevenção geral, motivando os cidadãos a adoptar medidas preventivas contra condutas criminosas;

Centralizar o tratamento, análise e difusão a nível nacional da informação relativa à criminali-dade e perícia técnica e científica, necessárias para as suas actividades e apoiem a acção dos demais órgãos;

Ligar os órgãos nacionais de investigação criminal à organização internacional da polícia criminal INTERPOL e outras organizações da mesma Natureza.

Crimes contra as pessoas; Crimes contra o património; Crimes informáticos; Crimes de perigo comum; Crimes contra o Estado;

Crimes contra a ordem e tranquili-dade públicas;

Crimes cometidos no exercício de funções;

Falsidades;

Trafico de pessoas, órgãos e partes do corpo humano;

Trafico e consumo de estupefacientes, substâncias psicotrópicas, precursores, outras substâncias e de efeitos similares e ilícitas, previstas na lei penal; Branqueamento de capitais; Financiamento ao terrorismo. • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

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Escritório em Tete

Av. Eduardo Mondlane,Tete Shopping, 1º andar

Telefone: +258 25 223 113 • Fax: +258 25 223 113

Tete, Moçambique

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