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Índice Temático / Outros Índices 126

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ANEXO(S)

I. Guião de entrevista 

 

1. Qual a relação que tem com o doente internado?

2. Quando o doente foi internado no serviço de Medicina Interna IV foi rapidamente contactado/a a fim de falar sobre a alta hospitalar?

3. Durante o internamento foi informado/a sobre os vários passos que seria importante dar?

4. Sentiu-se envolvido/a na planificação da alta do doente em causa?

5. Teve consciência de alterações económicas que seriam sentidas caso o doente saísse do Hospital? Foi esclarecido/a acerca disso?

6. Sentiu que a idade trouxe penalizações ao nível da realização das Actividades de Vida Diária ao doente? Sentiu-o progressivamente mais dependente ou foi algo inesperado?

7. O doente foi consultado e envolvido na planificação da sua alta hospitalar? Porquê?

8. Ele aceitou bem a intervenção de outras pessoas e instituições, além dos familiares, envolvidas neste processo?

9. Na abordagem dos profissionais à situação do doente, sentiu que eles o consideravam a si, quem iria prestar cuidados no domicílio, um elemento importante neste processo?

10. Recebeu da parte da equipe do internamento toda a informação útil para a situação?

11. A informação que recebeu foi adequada perante o que existia na comunidade? 12. Durante o internamento foi simples aceder aos profissionais de saúde?

13. E após a saída do Hospital do seu familiar? 14. Como avalia o apoio prestado pelo Hospital?

II. Entrevistas  

Entrevista: 1 Idade: 85 anos Sexo: masculino

Principal prestador de cuidados: compadres Nível de dependência: grau 4

1. Qual é a relação que tem com o doente?

Éramos compadres, isto porque o Sr. já morreu. Pouco depois de ter saído do hospital. Ele é avô da minha neta por consequências de uma relação que a minha filha teve com o pai da minha neta, que era filho do Sr. António.

Eram os dois toxicodependentes. Ele entretanto já morreu numa instituição e tudo, e a minha filha juntou-se com outro. Aproximei-me mais do Sr. quando ele começou a ficar pior. Tive pena dele não tinha mais ninguém.

2. Quando o doente foi internado no serviço de Medicina Interna IV foi rapidamente contactado/a a fim de falar sobre a alta hospitalar?

Eu própria, quando vi que o Sr. estava tão mal, fui logo ter com a médica. Expliquei-lhe a situação e disse-lhe que ele voltar para a casa onde estava, que era uma barraca sem condições nenhumas, que não podia ser. Perguntaram-me logo se eu estava disponível mas eu disse-lhe que estava a fazer tratamento de quimioterapia e que não conseguia. Além disso não sou da família. Pela minha neta tive pena dele só isso!

Mandaram-me ir ter com Assistente Social e eu fui.

3. Durante o internamento foi informado/a sobre os vários passos que seriam

importantes dar?

Foi uma confusão que nem gosto de me lembrar. Havia sempre muita coisa a fazer a maior parte delas nunca tinha ouvido falar. Eu própria que não estava bem pois estava a aguardar resultados de tratamentos e biopsias, por causa do meu cancro, passei muito mal.

A médica e os enfermeiros sempre foram disponíveis quando queria saber como é que o Sr. estava. Coitado não falava, não comia sozinho, não andava. Quando a médica me disse que já não podia fazer mais nada e que a alta estava próxima nem quis acreditar. Eles mandavam-me sempre ir ter com a Assistente Social e saber como as coisas estavam para que pudessem encontrar um lugar para ele ficar e sair do hospital.

Todas as voltas dei consigo, lembra-se ... Tentámos o Apoio Domiciliário do Lar Cristão mas eles não conseguiam ser suficientes para o caso do Sr.. Até tinham vagas, estavam disponíveis e conheciam-no muito bem (pois ele tinha muito mau feitio) mas ele estava mal e a casa dele nem água tinha.

Sempre lhe disse que um homem naquele estado não podia ir para casa e que não tinha mais ninguém além da neta que tem 18 anos e eu, que não lhe era nada.

Mas se eu estivesse melhor de saúde até o levava para minha casa, mas como eu estava a ser seguida no IPO e tudo.

Sobrou-nos naquela altura o Lar, fui àquela entrevista na Segurança Social de Loures, foi horrível! Disseram-me que só me ajudariam se pudesse dar para o lar a casa que era do Sr. Não gostei nada da sua colega foi muito antipática e eu estava mais habituada a si!

E aquela casa sempre era a única coisa que ele deixaria à neta, não podia dá-la para o lar. Depois fui ver outros lares, aqueles que me indicou em Odivelas e outros em Loures, muito caros ou então muito maus.

Os enfermeiros estavam-me sempre a perguntar se havia novidades, se o Sr. já podia sair. Porque entretanto ele já tinha tido alta. Eu já não sabia o que dizer. Eu andava de um lado para o outro tal como me dizia para fazer, tratava de papéis, documentos e entrevistas mas estava difícil.

4. Sentiu-se envolvido/a na planificação da alta do doente em causa?

Eu senti-me muito envolvida, até porque não havia outra solução, se não fosse eu não havia mais ninguém.

E eu tinha pena dele, não teve uma vida fácil com o filho...

5. Teve consciência de alterações económicas que seriam sentidas caso o doente saísse do Hospital? Foi esclarecido/a acerca disso?

Fui esclarecida acerca disso porque quando na altura falámos a Dr.ª foi muito clara, mas mesmo que não me tivesse dito nada eu já calculava. Sabe, a vida foi-me ensinando muitas coisas!

Mas o único problema foi a grave situação de saúde dele, pois se ele estivesse melhor, pelo menos se levantasse até dava para ir para casa dele e com a ajuda de todos lá íamos indo. A casa era pobre mas dava, ele sempre viveu lá!

Mas do modo como ele estava, era impossível e a reforma não dava para tudo. É pouca!

6. Sentiu que a idade trouxe penalizações ao nível da realização das Actividades de Vida Diária do doente? Sentiu-o progressivamente mais dependente ou foi algo inesperado?

Eu já estava à espera que alguma coisa má acontecesse. Ele não tinha cuidados nenhuns com ele: comia mal, bebia de mais e a higiene da casa e a dele, é melhor nem falar. Até estranhei que chegasse aos 86 anos.

Ultimamente ele já estava pior, perdia a reforma, distribuía dinheiro pelos vizinhos (havia alguns que se aproveitavam) comprava coisas ao disparate, já fazia xixi por ele abaixo, aquilo já não estava bem. Mas ele lá ia levando a vidinha dele. Ele a mim ainda me ía ouvindo, eu dizia-lhe “Oh sr. António assim não dá, tem de comer alguma coisa” e ele lá comia a sopinha que lhe levava.

Centro de Dia ou Apoio Domiciliário, nem pensar, não queria lá ninguém. Corria com elas, chamava-lhes nomes. Até que aconteceu o que temíamos e teve um AVC.

Mas ele sempre foi uma pessoa de mau feitio, não gostava de conviver muito. De uns tempos para cá ficou insuportável de conviver com ele.

7. O doente foi consultado e envolvido na planificação da sua alta hospitalar?

Porquê?

Nem pensar. Ele estava lá capaz. Ele por vezes nem me conhecia, tratava-me por mãe! Trocava tudo! Acho que ele não tinha consciência que estava num hospital, para ele era tudo igual. Mas não sei se ele entendesse alguma coisa se ele queria ir para um lar. Acho que continuava a insistir para que o levássemos para casa dele. Ele era teimoso!

8. Ele aceitou bem a intervenção de outras pessoas e instituições, além dos que já se encontravam envolvidas neste processo?

É como lhe digo Dr.ª ele não aceitou nem deixou de aceitar. Ele não estava cá alguém tinha que decidir por ele.

Se ele estivesse normal não sei não, ele para o lar não iria de certeza, por pior que estivesse, mas assim, ele nem queria saber!

9. Na abordagem dos profissionais à situação do doente, sentiu que eles o consideravam a si, quem iria prestar cuidados no domicilio, um elemento importante neste processo?

Eles consideravam-me importante sim senhora, até demasiado importante. Eu compreendo que ele tinha que sair do Hospital, que as camas são importantes para outros doentes mas senti-me pressionada.

Faziam questão que o Sr. saísse, com a Dr.ª (assistente Social) eu ainda senti muita paciência e colaboração, mesmo depois da médica lhe ter dado alta, estava muito interessada em ajudar e que as coisas se resolvessem da melhor forma, para mim e para o Sr. António, é pena que cá fora as coisas nem sempre sejam tão fáceis nem tão certas para o de cada um.

Mas no internamento senti que elas já estavam um pouco fartas de o ver por lá, nunca me disseram nada, mas eu sentia que o Sr. já estava a mais.

Eu bem dizia que não era familiar, que ele não tinha ninguém e que eu estava a passar por um problema de cancro, que as coisas eram caras e difíceis, que não havia nada que recebesse o Sr., mas elas não me pareciam muito convencidas.

Mas elas quem? as enfermeiras, sim especialmente elas, eu compreendo pois são elas

que faziam a higiene ao Sr., que lhe davam comida, etc. Ele dava muito trabalho bem sei e os doentes eram muitos!

A médica era uma querida, muito simpática só dizia que não podia fazer mais nada que agora era com a Assistente Social. De vez enquanto lá me falava da cama e da importância da cama para outros doentes, mas o que eu podia fazer! Estava a ficar desesperada e a Dr.ª bem viu!

10. Recebeu da parte da equipe do internamento toda a informação útil para a situação?

Quer dizer na altura pareceu-me certa, eu confio quando me falam de assuntos que não conheço e eu ... não sou médica como bem sabe!

Mas o certo é que duas semanas depois do Sr. sair do hospital morreu no lar. Se eu soubesse que iria ser assim nunca o teria levado deixava-o morrer no hospital.

11. A informação que recebeu foi adequada perante o que existia na comunidade?

Aquilo que chama de comunidade não funciona. Se queremos lar e com condições são muito caros, se recorremos à ajuda da Segurança Social elas a partir do momento que sabem que a pessoa tem dinheiro, nem querem saber, dizem que temos que ser nós a resolver. Estavam sempre a falar da neta, mas ela tem 18 anos que capacidade tem ela de olhar pelo avô ela quase nem tem cuidado com a vida dela.

Se queremos o Apoio domiciliário ou não tem vagas ou é pouco, e por vezes nem simpáticas são. Por exemplo o lar cristão com o Sr. só conseguia lá ir uma vez ao dia, ora para um homem naquele estado isso é o quê? Nada!

12. Durante o internamento foi simples aceder aos profissionais de saúde?

Lá isso foi, só com a médica é que era mais difícil, quase nunca estava. A assistente social então incansável!

13. E após a saída do Hospital do doente?

Falei algumas vezes consigo mas mais nada. Tinha uma consulta marcada mas o Sr. já não foi a tempo. Morreu antes.

14. Como avalia o apoio prestado pelo Hospital?

Eu acho que foi bom, mas eu cá não percebo muito disso. Mas hoje ao olhar para traz nunca o teria tirado do Hospital. Ele morreu 2 semanas depois de ter saído e eu não entendo porquê. Se já estava tudo bem, se não havia mais nada a fazer, se daquilo ele já não passava.

Senti que tinham muita pressa para o ver sair do Hospital. Eu entendo, as camas são importantes para outros.

Tenho pena que depois cá fora nada esteja preparado para um doente sair nestas condições. Nem em casa nem em outros sítios!

Entrevista 2 Idade: 84 anos Sexo: Feminino

Principal prestador de cuidados: filha Nível de dependência: grau 2

1. Qual é a relação que tem com o doente?

Sou filha

2. Quando o doente foi internado no serviço de Medicina Interna IV foi rapidamente contactado/a a fim de falar sobre a alta hospitalar?

Fui. Andaram atrás de mim para me pedir números de telefone, morada, sei lá. Acho que tinha a ver com aquilo que a minha mãe andava a dizer.

Mas a sua mãe dizia o quê: oh... que não queria voltar para junto de mim; que eu era

má, sei lá. Mas eu já falei com ela acerca disso. Nunca mais disse nada!

3. Durante o internamento foi informado/a sobre os vários passos que seriam importantes dar?

Sim. Vocês queriam pôr a minha mãe num lar porque diziam que eu não cuidava dela bem. Que ela apareceu no hospital com nódoas negras, magra que era eu que não cuidava. Mas era tudo mentira, ela dizia estas coisas porque não estava bem da cabeça, estava baralhada. Ela é que se mandava para o chão e ía contra as coisas, como já é velha ficava cheia de nódoas negras...

Depois vieram aquelas doutoras da St Casa, foram ao hospital e tudo e também disseram que o melhor para ela era uma instituição, mas eu não me queria afastar da minha mãezinha e como vocês viram ela também não. Ela é a única familiar que tenho.

Mas elas disseram isso porquê: qualquer coisa a ver com a casa, como eu morava na

pensão com a minha mãe na cama a viver lá comigo não seria o melhor para as duas! A minha mãe fartou-se de queixar à doutora, eu sei disso. Mas mudou de ideias!

Disse que eu não lhe dava de comer, que lhe batia, tudo mentira ...

E qual foi a alternativa que lhe apresentaram: foi pô-la num lar ... eu não quis!

Mas foi a única: depois falaram daquilo da comida lá da St Casa mas se for caro também não quero! Mas elas prometeram ajudar-me com uma casa e com comida, sim porque a minha reforma é baixa, a da minha mãe é um pouco maior e elas não dão para tudo. Preciso que me ajudem.

Mas não trabalha: não consigo, sou doente, tenho um problema grave nos ossos. Vê,

não consigo fazer esforços. Reformei-me por isso!

4. Sentiu-se envolvido/a na planificação da alta do doente em causa?

Sim. Foram todas muito simpáticas, não tive razão de queixa, desde que não me afastassem da minha mãe. Isso eu não ía permitir, sou a única filha que ela tem.

5. Teve consciência de alterações económicas que seriam sentidas caso o doente saísse do Hospital? Foi esclarecido/a acerca disso?

Não senti nada de muito diferente até porque a minha mãe não veio muito diferente do que já estava. Gasto um pouquinho em fraldas. A minha reforma e a dela chegam para os nossos gastos e depois já estamos a receber o rendimento mínimo.

Eu também vou fazendo uns biscates, não é muito mas dá! Vai dando ...

6. Sentiu que a idade trouxe penalizações ao nível da realização das Actividades de Vida Diária do doente? Sentiu-o progressivamente mais dependente ou foi algo inesperado?

Quer dizer, a minha mãe já tem 87 anos às vezes fica um pouco confusa, desde que saiu do Pulido Valente já foi mais uma 3 X a S. José. Mandasse para o chão e às vezes não diz coisa com coisa. Mas é da idade.

7. O doente foi consultado e envolvido na planificação da sua alta hospitalar? Porquê?

Como se deve lembrar essa foi uma história muito complicada. Ela chegou ao hospital a fazer muitas queixas de mim, lembra-se: que eu lhe batia, que não lhe dava comida, que a deixava muito tempo sozinha em casa, sei lá que mais disse. Disse até que nem queria voltar para casa comigo, mas graças a Deus deixou de dizer isso e no final já era ela que dizia que queria vir comigo.

Depois fartou-se de mandar vir com vocês que estavam sempre a chateá-la com essa história.

Mas essa história foi iniciada por ela ou por alguém da equipe: sei lá por quem foi, a

médica falava das nódoas negras que ela tinha, ela queixava-se também muito, mas não devemos ligar muito aos velhos eles já não dizem muitas coisas certas! No final ela já aceitava tudo o que eu lhe dizia, sabe, sempre fomos muito próximas e zangas entre nós eram muitas

E em casa ela manteve-se tudo a correr bem: no inicio nem por isso porque as

senhoras da comida não davam com a pensão onde vivia com a minha mãe elas ficaram preocupadas, acho que foram pedir ajuda à polícia (risos) mas agora já não. Também ela cada vez fala menos.

8. Ele aceitou bem a intervenção de outras pessoas e instituições, além dos que já se encontravam envolvidas neste processo?

Muito bem, ela gosta de conversar não gosta de ficar sozinha e eu como ando sempre a fazer uns trabalhinhos para ver se ganho mais dinheiro nunca estou em casa. Agora é que cada vez liga menos aos outros. Só se mexe um pouquinho quando eu me chego perto ... ela já não vive muito!

9. Na abordagem dos profissionais à situação do doente, sentiu que eles o

consideravam a si, quem iria prestar cuidados no domicílio, um elemento importante neste processo?

Não sei ... aquelas histórias da minha mãe, acho que me ficaram a olhar de lado! A própria assistente social quando a minha mãe se estava para ir embora foi muito sincera comigo, pois tinha pedido às suas colegas para acompanharem a minha mãe de mais perto. Sei que deu um papel para a minha mãe assinar de como já queria ser tratada por mim. Não gostei, mas enfim ... deve ser o seu trabalho.

Mas olhe que as suas colegas levaram a sério aquilo que lhes disse e andaram de volta da minha casa muito tempo. Ainda hoje quando a inha mãe vai para o Hospital lá estão elas a perguntar por ela.

Essa história de preferirem o lar em vez de mim é que achei estranho. Até acho que já tinha vaga um da St Casa, mas eu é que não aceitei. A minha mãe fica comigo.

10. Recebeu da parte da equipe do internamento toda a informação útil para a situação?

Isso sim, vocês não me largavam, principalmente a Assistente Social.

A médica nunca a vi, tinha a impressão que fugia de mim. E os enfermeiros: também andavam sempre de volta, ensinaram-me muitas vezes a dar a medicação à minha mãe, a mudar a fralda ... eu bem lhes dizia que já sabia mas acho que elas não acreditavam muito...

Deram-me uns cremes para a minha mãe e tudo!

11. A informação que recebeu foi adequada perante o que existia na comunidade?

Sim. Eu não podia era gastar muito dinheiro e a minha mãe voltou comigo.

12. Durante o internamento foi simples aceder aos profissionais de saúde?

A médica raramente a via. Os outros não me posso queixar

13. E após a saída do Hospital do doente?

Nunca mais voltei ao HPV, eu moro na zona de S. José e é para lá que vou.

14. Como avalia o apoio prestado pelo Hospital?

Uhm... acho que foi bom ... não sei dizer ... Estavam a perguntar sempre a mesma coisa, se eu podia ou não receber a minha mãe, se podia ou não tomar conta dela, mas a minha mãe dizia que a comidinha era boa e que encontrou muitas amigas.

Entrevista 3 Idade: 83 anos Sexo: Feminino

Principal prestador de cuidados: filha Nível de dependência: grau 3

1. Qual é a relação que tem com o doente?

Eu sou filha. Depois do meu pai morrer então ainda ficámos mais próximos dela.

Há uns 5 anos para cá ela vive connosco porque se sentia sozinha e a saúde já não era a mesma. Ela sempre me ajudou muito em casa, quer com os meus dois filhos, quer com o meu sogro que também cá vive, quer na limpeza da casa. Mas depois a saúde piorou, até chegar aquele estado!

2. Quando o doente foi internado no serviço de Medicina Interna IV foi

Eu já vos conhecia e conhecia a si também, foi engraçado quando ela foi para St.ª Maria de tarde e chegou cá (ao HPV) de noite, no outro dia à hora da visita já estávamos a conversar, lembra-se?

Mas como já tinha cá estado internada eu já sabia quem contactar.

Mas nunca tinha estado tão mal como agora, fartei-me de chorar, ela não me conhecia, não falava, nada, nada! E depois ligada às máquinas, juro que pensei que ela iria morrer! O AVC é uma coisa horrível de se ter.

3. Durante o internamento foi informado/a sobre os vários passos que seriam

importantes dar?

A Dr.ª foi incansável, foi sim senhora! As enfermeiras e a médica também sempre disponíveis mas a Dr.ª já conhece o meu problema, eu tenho filhos pequenos, o meu sogro também velhote e o meu marido não ajuda em nada. E para agravar eu trabalho por turnos ... é tudo para cima de mim, não consigo estar descansada. Vou buscar a