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A s conseqüências do quinto sinal: as perguntas da multidão, v 22-31.

No documento O Evangelho Segundo João – H. E. Alexander (páginas 116-118)

Jesus, o Pão da vida

5. A s conseqüências do quinto sinal: as perguntas da multidão, v 22-31.

O s m ovim entos da m ultidão, tais como se acham co nsignados nos v. 22 a 24, m o stram que e ra levada não sòm ente pela curiosi­ dade, v. 1,2, pela superficialidade, v. 14,15, m as tam bém pela in­ credulidade.

a) A primeira pergunta

T en d o en c o n trad o ao Senhor, “ Perguntaram -Lhe: Rabi, quan­ do chegaste aqui?” v. 25, p o rq u e não ac h aram explicação de S ua p re sen ça em ta l lugar. T in h a m sido te ste m u n h a s de Seu p o d e r m ilagroso quando m u ltip licara o pão saído de Suas m ã o s . . . M as A quêle que age dêste m odo, cujo p o d er u ltra p a ss a todo o en ten d i­ m en to hum ano, que podia a n d a r sôbre as águas, não p odia a n d a r d a r com liberdade? M uito m ais, Êle já tin h a revelado ser o O n ip re­ sen te, 1 :48 e 3:13, a Q uem tu d o é possível! A m u ltid ão e sta v a m ais in trig a d a a resp eito do m odo pelo qual o S enhor tin h a che­ g ad o ali do que pela Sua P essoa. E s ta v a m ais p reo cu p ad a com u m a v an tag e m m ateria l do que em conhecê-10 e receb er a v id a

ete rn a . 1

M as, com o sem pre, S ua p resen ça obriga tu d o o que é p ró p rio ao coração do hom em a m anifestar-se, 2:23— 25. Ê ste capítulo, q u e rev ela de m odo todo especial a P a la v ra en carn ad a v in d a en­ tr e os hom ens, d esnuda o que m ais fundo está em seu ser. J e s u s n ão n ec essitav a de que se L h e dissesse o q u e r que fôsse a re s­ p eito da m ultidão.

“ Em verdade, em verdade vos digo que Me buscais, não pelos sinais que vistes, mas porque com estes do pão e vos saciastes’%

v. 26. '

A curiosidade do povo provocada por Seus m ilagres era acom ­ p a n h a d a dum espírito in tere sse iro e profano, que p u n h a o que é

A s perguntas da multidão 115 p assa g eiro no lu g a r do que é eterno. O hom em é sem pre assim . É in sen sato n e g a r o p o d er de Jesu s C risto ou as inestim áveis b e- neficiências de S ua m issão ; R ebaixam -nO , porém , ao g ra u de sim ­ ples b en feito r do qual se te m v a n ta g e n s m ateriais. Ig n o ra-se v o - lu n tà ria m e n te S ua d iv in d a d e 'e não se faz alusão ao pecado e su a s co n seqüências p a ra o hom em [! (32)

“ T ra b alh ai, n ão pela com ida que perece, m as pela com ida que p erm an ece p a ra a vida etern a, a q u al o F ilh o do H o m em vos d a­ r á ; pois neste, D eus, o P ai, im p rim iu o Seu sê lo ”, v. 27.

E s s a g en te sabia que seu p ro feta d isse ra : “ O vós, to d o s os q u e ten d es sêde, v inde às águas, e os que não ten d es dinheiro, vinde, com prai e com ei; sim , vinde e com prai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. (Por que g a sta is o d inheiro naq u ilo que não é p ão ? e o p ro d u to de vosso tra b a lh o n aquilo que não pode sa­ tisfa z e r? O uvi-M e aten ta m e n te , e com ei o que é bom, e a vossa a lm a se deleite com a g o r d u r a .. . D eixe o ím pio o seu cam inho, e o hom em m aligno os seus pensam en to s, e se co n v e rta ao S enhor, q u e Se com padecerá d êle; to rn e p ara o nosso D eus, p o rque g ra n ­ dioso é em p e rd o a r” , Isa ía s 5 5 :1 ,2 ,7 . M as êles não queriam con­ fe ssa r sua m alig n id ad e nem to m a r o seu lu g a r en tre os iníquos a q u em fala o profeta.

V -

b ) A seg u n d a p e rg u n ta ,

“ P e rg u n ta ra m -L h e , p o is: Q ue havem os de fazer, p ara p ra ti­ c a rm o s as o b ra s de D eus? Jesu s lhes re sp o n d e u : A o b ra de D eus 4 e s t a : Q ue creiais nA quele que Ê le e n v io u ", v. 28, 29.

Ê ste é o êrro sec u la r do hom em , desde C aim a té à consum ação d o s te m p o s : - Querer fa zer algo para ser salvo! Êle sabe que h á um Deus, sabe que deve pôr-se em ordem mais dia menos dia com Êle, - m as não quer confessar-se pecador culpado, sem merecimento e sem

(32) Eis o princípio daquilo que se chama o Evangelho Social. Êle corres­ ponde, numa certa medida à curiosidade superficial da multidão, e mantém os ho­ mens em seu estado de pecado e aviltamento perante Deus. Êle acalma a consciên­ cia, mas deixa o coração vazio, nega o verdadeiro alvo da vinda de Jesus Cristo

ao mundo; salvar os pecadores pelo Seu sangue expiatório e Sua ressurreição dentre os mortosi em vista da justificação- e da transformação de todo o homem que crê. Os que pregam êste Evangelho transtornam a ordem de Deus. Quando ■o Evangelho de Sua graça é pregado com fidelidade e poder e que os homens crêem e obedecem, o Espírito Santo transforma as vidas, Deus responde às preces e concede tôdas as bênçãos que seguem a aceitação da salvação. Os cegos condutores de cegos deverão dar contas da sua falsificação da mensagem de Deus.

116 O E v an gelh o segundo João

esperança perante Deus. Enquanto o homem trabalhar para adquirir os favores de Deus, a graça de Deus será inoperante. Os esforços do homem para obter a salvação tornam nula e vã a obra redentora de

Cristo. , '

O d o u to r da lei de Lucas 10:25, cletivera-se a li; ao co n trá rio , o carcereiro de F ilipos co m preendera o cam inho da salv aç ão !: " . . . saltou dentro da prisão e, todo trêmulo, se prostrou antes Silas, e, tiran- dd-os para fora, disse: Senhores, que me é necessário fazer para me salvar? Responderam êles: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tu a c a s a . . . e alegrou-se m u ito com tô d a a sua casa, por te r cri- do em D e u s.” Atos, 16:30— 31,34. A o bra de C risto é in teiram en ­ te suficiente e p e rfe ita ; nada, a b so lu tam en te nada m ais pode ser suficiente p a ra a ju stiç a de D eus e as necessidades do hom em . “ O ra, nós sabem os que tu d o o que a lei diz, aos que estão de­ baixo da lei o diz, para que se cale tô d a a bôca e todo o m undo fique su jeito ao juízo de D e u s; p o rq u a n to pelas o b ras da lei ne­ n h u m hom em será ju stific ad o d ian te d Ê le ; pois o que vem. pela lei é o claro conhecim ento do pecado. M as agora, sem lei, tem -se m anifestado a ju stiç a de D eus, que é a te sta d a pela lei e pelos p ro ­ fetas, isto é, a ju stiç a de D eus pela fé em Jesu s C risto p ara to ­ dos os que crê e m ” , Rom anos 3:19—22.

c ) A terceira e quarta perguntas

“ Que fazes Tu, pois, como sinal, para que o vejam os e T e creia- mos? Que operas Tu? N ossos pais comeram o maná nç> deserto, com o está escrito: Do céu deu-lhes pão a com er”, v. 30,31.

A su a incredulidade e fa lta de reconhecim ento não podem ser m aiores. O sinal que o S enhor acabava de m o stra r m u ltip lican d o os cinco pães, e os dois peixes não era apenas uma. re sp o sta às suas necessidades, m as ainda um a d em onstração de Sua com paixão, com o no-lo dizem as o u tra s n a rra ç õ e s: C om parai M ateus 14:14 e

Marcos 6:34. E ag o ra confessam não te r crido p ara serem salvos,

No documento O Evangelho Segundo João – H. E. Alexander (páginas 116-118)