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CAPÍTULO V TECNOLOGIA

V.3 O Sistema de Gestão de Aprendizagem Moodle e o Caso Particular do e-raízes.redes

V.3.2 O Sistema de Gestão de Aprendizagem Moodle

V.3.2.1 A escolha do Sistema de Gestão de Aprendizagem e-raízes.redes

Face à facilidade de adaptação dos LMS a projetos desenvolvidos em ambientes virtuais colaborativos, condição favorável à qual se reuniu a disponibilização da equipa técnica de suporte à plataforma LMS e à operacionalização do servidor do Instituto Politécnico de Santarém, optámos pelo caso particular de desenvolvimento personalizado da plataforma LMS, conhecido por e-raízes.redes (www.eraizes.ipsantarem.pt), a plataforma de e-Learning do Instituto Politécnico de Santarém (www.ipsantarem.pt).

É importante referir que a adoção da plataforma e-raízes.redes não exclui, antes reforça, a necessidade de recorrer a ferramentas sociais complementares, que podem ser integradas na plataforma, para disponibilização e exploração de um ambiente virtual colaborativo tão rico quanto desejável.

Pretendemos que o e-raízes.redes possa servir de referência às possibilidades e potencialidades a que cada organização pode recorrer, para criar os seus ambientes virtuais colaborativos, capazes de sustentar as necessidades dos e-Líderes e das suas e- Teams.

A plataforma e-raízes.redes foi desenvolvida com base em cinco eixos orientadores: oportunidade; acessibilidade; comunidade inclusiva; integridade e qualidade.

A escolha da plataforma baseou-se na circunstância desta permitir a integração Web de ferramentas e redes sociais e pelo facto de universidades portuguesas e estrangeiras, de referência ao nível do ensino à distância, terem adotado estas plataformas, integrando aplicações ou redes sociais, para melhor promoverem as suas atividades.

Destas fazemos referência às seguintes instituições (in e.raízes.redes, UC66 do Mestrado em Sistemas de Informação de Gestão de Práticas de Utilização de e-Learning67,

http://eraizes.ipsantarem.pt/course/view.php?id=126, acedido em 01.01.2013):

- Universidade Aberta - recorreu ao Moodle com integração WEB (Blog; Wikis; Ning, Second Life, Twitter, Facebook) cumprindo as etapas de construção do conhecimento: contrato de confiança (negociação de itinerários do contrato de aprendizagem estudante- professor) – que foi definido em função dos objetivos, atividades, metodologia, discussão e aprendizagem auto dirigida, apoiada em recursos; e módulo de ambiente online (socialização, discussão em fórum, introdução ao SL68 e recurso a ferramentas pessoais de aprendizagem (blog, delicious, Flirk);

- Universidade de Aveiro - adotou uma diversidade de redes disponíveis (Moodle, SL, Redes Sociais_NING e LinkdIn);

- Universidade do Porto - utiliza a plataforma Moodle e a Second Life (SL);

- UNED69 - utiliza a plataforma «ALF» construída no âmbito de um projeto europeu; - Universidade da Unesco (UoP) - optou pelo Moodle com módulos adicionais.

V.4 Conclusões

O recurso a plataformas capazes de suportar ambientes virtuais colaborativos é característica necessária ao processo de estruturação social das relações de liderança em contextos virtuais.

Para um e-Líder potenciar/maximizar as suas capacidades de liderança, em ambientes virtuais, deve promover a formação e o treino necessários e assegurar, aos membros da

66 UC – Unidade Curricular.

67 Práticas de utilização de e-Learning – Unidade Curricular do Curso de 2º Ciclo (Mestrado) em Sistemas

de Informação de Gestão da Escola Superior de Gestão e Tecnologia do Instituto Politécnico de Santarém lecionada pelos docentes Maria Potes-Barbas e João Paulo Samartinho da responsabilidade da Professora Coordenadora com Agregação Maria Potes-Barbas.

68 Second Life

69 UNED (Universidad Nacional de Educación a Distancia) é uma universidade pública espanhola, fundada

em 1972, presente em 60 centros em Espanha e 20 no estrangeiro, nomeadamente em Bata, Berlim, Berna, Bruxelas, Buenos Aires, Caracas, Lima, Londres, Malabo, México, Paris e São Paulo. É a segunda maior universidade europeia com mais de 150.000 estudantes, e está, desde 1997, associada à UNESCO promovendo o desenvolvimento do ensino a distância.

sua e-Team, igual procedimento. Estas práticas visam não só o domínio da exploração da tecnologia mas, igualmente, a criação e construção de confiança no seio do grupo (comunidade virtual).

O processo de formação e treino encontra-se associado às características da plataforma adotada e ao ambiente virtual colaborativo construído a partir da incorporação de ferramentas colaborativas.

Este ambiente virtual colaborativo apresenta dois espaços de atuação: um onde as equipas virtuais atuam ao nível da sua aprendizagem, treino, aquisição de competências tecnológicas e competências de relacionamento dentro do grupo; outro para o desenvolvimento dos trabalhos ou projetos do grupo virtual.

A emergência de tecnologias (TIC) e de ambientes virtuais colaborativos, permite-nos acreditar que será cada vez menos difícil para um e-Líder, escolher o seu espaço de atuação dentro dos ambientes virtuais e ferramentas colaborativas, que uma organização pode, hoje em dia, disponibilizar.

Acreditamos, face à potencialidade e diversidade de ferramentas disponibilizadas pelos atuais sistemas de gestão de aprendizagem (LMS), que estes não só se encontram atuais como têm desenvolvido o seu potencial integrador de forma a conseguir agregar todo um vasto leque de ferramentas colaborativas que potenciam e maximizam a plataforma LMS e o seu ambiente virtual e onde, as e-Teams, partilham informação e criam conhecimento. Esta ideia foi justificada no ponto 3.1. quando apresentados os pontos fortes dos sistemas LMS, Mott (2010), numa interpretação do que deve ser, atualmente, um ambiente virtual colaborativo, enquanto espaço de intervenção de e-Teams.

A diversidade de ferramentas sociais, da geração Web 2.0 disponíveis, de acesso gratuito e de livre exploração e com capacidade de integração nas plataformas LMS permite-nos, com alguma certeza, acreditar/afirmar que, cada vez mais, o e-Líder poderá moldar o ambiente virtual às suas e-Teams, bem como às suas características e preferências pessoais.

Ao e-Líder caberá integrar, na sua plataforma e no seu ambiente virtual, as ferramentas que entender mais adequadas a cada realidade e a cada momento da vida organizacional. Estas ferramentas podem funcionar como estimuladoras da criação da confiança no seio

da e-Team, ou não. O e-Líder terá de adotar estratégias para a garantia e construção da confiança dentro da sua e-Team. Terá igualmente de ter premissas de administração do seu espaço virtual e assegurar que, os elementos da e-Team, têm também as premissas necessárias à gestão do espaço onde trabalham, podendo desta forma criar, alterar e partilhar conteúdos com os seus pares.

É igualmente fundamental que seja garantido o aspeto técnico, ao nível do acesso à internet e da manutenção e atualização da plataforma adotada. A garantia de assistência técnica e manutenção pode considerar-se, nestas condições, um fator crítico de sucesso.

Finalmente, a adoção da plataforma foi validada pelos exemplos de outras universidades portuguesas e estrangeiras, nomeadamente, através da observação das soluções que estas adotaram para os seus ambientes de ensino à distância (que implica a existência de um ambiente virtual colaborativo). Foram apreciados os casos das Universidades, Aberta, de Aveiro, do Porto, UNED e da Unesco (UoP).

CAPÍTULO VI - FUNDAMENTAÇÃO E DESCRIÇÃO DO