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CAPÍTULO V TECNOLOGIA

V.2 Tecnologias e Sistemas Capazes de Suportar Ambientes Virtuais Colaborativos

V.2.4 Ferramentas Sociais da Geração Web 2.0

Designou-se por Web 2.0 a segunda geração de comunidades e serviços resultantes, segundo Downes (2005), da evolução para «Read-Write Web», onde a Web é vista como uma plataforma que tem associado, um conjunto de aplicativos baseados em tecnologias da informação, redes sociais, folksonomia60, Wikis e blogues explorados na internet. Esta evolução para serviços e comunidades Web 2.0, é caracterizada por uma mudança no ambiente de interação e participação, que passa a incluir mais e melhores ferramentas promotoras de aprendizagem colaborativa e de partilha de aprendizagens e conhecimentos.

A característica das aprendizagens colaborativas e de partilha de conhecimento ocorrerem, com cada vez mais frequência na Web 2.0, faz desta uma «plataforma» de serviços Web com tecnologias colaborativas, às quais podemos recorrer e explorar, a partir de blogues (Bozarth, 2010c), redes sociais, wikis (Davidson & Waddington, 2010; Bozarth, 2010d), e outras.

Das ferramentas sociais da geração Web 2.0, (http://www.blogtyrant.com/social-media-

small-business/ acedido a 15.05.2013), referenciamos de seguida, as que consideramos

mais importantes, não pretendendo, de qualquer modo, desvalorizar outras ferramentas não mencionadas:

59 MOOC – Massive Open Online Course.

60 Folksonomia é uma forma de indexação de informações. Representa por analogia o termo taxonomia

- Facebook: com mais de 845 milhões de utilizadores é considerada a principal aplicação de redes sociais (Shih, 2011). Não é uma ferramenta exclusiva para perfis pessoais. Muito pelo contrário, permite variadas formas de interação entre amigos, pessoas, grupos, organizações e instituições governamentais, explorando conteúdos, agregando informação e partilhando conhecimento em forma de texto, imagens, fotos, vídeos, eventos e espaços de debate e discussão.

A principal desvantagem apontada, face à sua grande abrangência, é a facilidade com que a grande quantidade de informação disponibilizada nos pode «desconcentrar» relativamente à finalidade que nos fez recorrer à sua utilização.

- Twitter: é uma ferramenta micro-blogging61 atualmente com mais de 300 milhões de utilizadores. É caracterizada por ser muito interativa e constituir um excelente meio de manter atualizada informação em tempo real (utilizada frequentemente por repórteres, empresas, pessoas comuns, celebridades e utilizadores de um setor ou área de conhecimento específico). Consegue, segundo Madeira (2013:27), «excelentes resultados na obtenção de ajuda e na troca de opiniões» onde «a pequena dimensão dos seus textos exige que o seu autor seja conciso e direto. A natureza informal e rápida de comunicação incentiva as ligações entre as pessoas, à partilha de pensamentos e opiniões». Permite atualizar textos, ligá-los a outros artigos, vídeos ou fotos, de forma rápida, potenciando desta forma a partilha de reflexões em grupo (Bozarth, 2010a). Estas potencialidades fazem desta ferramenta um complemento à formação não presencial, pela sua facilidade de construção e gestão de comunidades Online, em especial nas Redes Pessoais de Aprendizagens (Lalonde, 2011).

- Linkedin: é uma aplicação social com mais de 135 milhões de utilizadores e encontra- se associada a comunidades profissionais servindo, muitas vezes, como ponte de ligação entre um profissional, na apresentação das suas competências e habilitações online e a organização potencialmente interessada. Segundo Bozarth (2010b), esta aplicação é apetecível ao nível dos relacionamentos fornecedor/cliente, gestão de currículos ou carreiras profissionais e potenciadora de outros contactos.

61 Micro-blogging é uma forma de publicação de blog que permite aos utilizadores fazerem breves

atualizações de texto (geralmente com menos de 200 carateres) e publicá-los para que sejam públicos ou restritas a um grupo escolhido pelo utilizador.

- YouTube: é um média social especializado na apresentação de vídeos e no fornecimento de conteúdos de qualidade para utilizadores interessados em aprendizagens de temáticas. A sua potencialidade encontra-se expressa na atual capacidade de, diariamente, ser requisitado por mais de três bilhões de utilizadores, nomeadamente na visualização de vídeos. O YouTube permite através de uma referência HTML disponível, integrar um vídeo no Facebook, numa plataforma LMS ou em outra ferramenta que suporte uma ligação (link) ou HTML embebido. A disponibilização dos vídeos, a partir de código embebido ou de link, não altera a possibilidade do utilizador continuar a adicionar comentários. O YouTube tem associada uma extensão, denominada TeacherTube, especializada na partilha de recursos educacionais e que permite a publicação de ficheiros áudio, documentos e fotos digitais, tendo ainda espaços de blogues e fóruns.

- Google +: com mais de 62 milhões de utilizadores é um integrador que aparece como resposta do Google à forte popularidade e domínio do Facebook. Permite a integração da «vida online dos media social» com o motor de busca da Google. Tem associadas funcionalidades como adicionar pessoas ao grupo de amigos ou a criação de uma página de negócios. Associado ao Google podemos ainda utilizar, de forma independente ou não, aplicativos como o Google Docs (Bozarth, 2010e) que tem a faculdade de permitir a publicação, edição e partilha de documentos de texto, folhas de cálculo, apresentações, desenhos, formulários, entre uma comunidade ou grupo de interesse, sendo igualmente possível gerir as diferentes versões documentais disponibilizadas online.

- Skype: é um software que permite a comunicação por internet através de ligações de voz sobre IP62 (VoIP). Integra um serviço de interação em tempo real, que permite a comunicação de voz e vídeo gratuitas, assim como mensagens em tempo real. Está disponível em 27 idiomas e é utilizado mundialmente. Foi adquirido pela Microsoft em maio de 2011.

- Educ@ast: «serviço de gestão de vídeos para registo e distribuição simples de conteúdos letivos», (https://educast.fccn.pt/ acedido em 15.05.2013). O serviço permite a edição, gravação e publicação de vídeos e é disponibilizado pela Fundação para a

62 IP - Internet Protocol ou Protocolo de Internet Único, meio que as «máquinas» utilizam para se

Computação Científica Nacional (FCCN), http://www.fccn.pt/pt/, às Instituições com as quais foi protocolada a exploração/utilização do mesmo. Este serviço garante, a partir de uma gestão de conteúdos back office, o pós-processamento necessário aos conteúdos gravados de forma que os mesmos possam ser disponibilizados posteriormente, a partir de plataforma (e.g. e-raízes.redes) aos formandos de um Curso.

- Colibri: é um ambiente colaborativo multimédia, explorado a partir da Web, disponibilizado pela FCCN a Instituições associadas à RCTS63. Disponibiliza ferramentas para aulas, reuniões ou trabalhos de grupo, destinado a professores e alunos e a formadores e formandos, através da internet, (https://webconference.fccn.pt/colibri/, acedido a 15.05.2013). Permite a realização de sessões síncronas e o seu visionamento integrado em ferramentas e-Learning como o Moodle ou o e.raízes.redes.

- Dropbox64 e Sendspace65: serviços para partilha e armazenamento de ficheiros digitais que permitem, num grupo de utilizadores, a troca de ficheiros digitais de grande dimensão.

V.3 O Sistema de Gestão de Aprendizagem Moodle e o Caso Particular