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SUSTENTABILIDADE PARA AAE

1.7 ADERÊNCIA AO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO

A aderência do presente trabalho ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento – EGC pode ser demonstrada por vários aspectos.

5 Gazzola (2008) explica que a concepção de AAE e o entendimento sobre sua efetividade dependem de regras, valores, rotinas, prioridades, atitudes e tradições do contexto social e cultural específico. Assim, os elementos que tornam e/ou que definem a AAE efetiva podem variar entre os diferentes sistemas de planejamento, ou seja, entre países ou regiões. Fischer e Gazzola (2006, p.407) destacam que as questões que envolvem a efetividade da AAE “precisam ser customizadas para o respectivo sistema de aplicação”. Concordando, Pellin et al. (2011) defendem que a prática no Brasil reflita um modelo próprio, autônomo, baseado nas características, demandas, forças e limitações do País, ou seja, prioritariamente construído com base em discussões internas e nas experiências nacionais, e não na repetição ou transposição de um modelo externo.

Inicialmente, deve-se destacar que o primeiro ponto de aproximação está no fato de que tanto o Programa quanto o tema desta Tese possuem caráter interdisciplinar.

Neste sentido, Zanoni (2000, p.112) é enfática: “um trabalho científico que envolve o meio ambiente somente pode ser realizado a partir de uma metodologia interdisciplinar”. Ancorada no âmbito da chamada Ciência da Sustentabilidade (CLARK; DICKSON, 2003; KOMIYAMA; TAKEUCHI, 2006; KAJIKAWA, 2008; JERNECK et al., 2011; SPANGENBERG, 2011), a AAE também ressalta sua conotação interdisciplinar, ou, mais do que isso, transdisciplinar6. A mesma conotação interdisciplinar cabe ao estudo dos chamados “objetos de fronteira” – tal qual os indicadores – que se situam na interface da ciência, da política e da sociedade, como está descrito no item 4.2.

Portanto, a abordagem destes temas requer o que Jorna et al. (2009) definem como “conhecimento da sustentabilidade”, ou seja, o conhecimento das causas que provocam problemas ambientais, organizacionais, sociais e individuais, bem como o conhecimento pelo qual tais problemas podem ser resolvidos. Aqui reside o segundo elemento que vincula fortemente este trabalho ao Programa.

Se a terra e seus recursos continuarem não é de importância para a terra em si. Sem diminuir a importância da terra para todos os animais e plantas, a preocupação atual sobre a sustentabilidade é uma consequência da capacidade do homem em compreender e manipular os recursos da terra. Se a terra é sustentável é problema nosso. Nós, seres humanos, interpretamos nosso ambiente para explorar, destruir, reparar e construir materiais e artefatos. Fazemos isso usando sistemas de processamento de informação que contêm o conhecimento das leis da natureza, materiais, artefatos e estruturas sociais, conhecimento que pode ser usado para explorar e destruir, mas também para entender e reposicionar. Portanto, o uso, armazenamento, criação e aplicação do conhecimento como formulada em várias teorias de gestão do conhecimento (GC) são essenciais. (FABER et al., 2010, p.11).

6 Conforme é apresentado no item 3.1, a transdisciplinaridade pressupõe interdisciplinaridade, somada à participação de atores sociais.

Transparece, portanto, a importância da Gestão do Conhecimento (GC) no estudo da sustentabilidade. Nesse sentido, Fialho et al. (2008, p.9) definem Gestão do Conhecimento da Sustentabilidade como “o conjunto de saberes que, de forma direta ou indireta, visa a evolução da relação entre a sociedade e o meio ambiente”. Abordando a GC como estratégia para sustentabilidade, os autores consideram que

Em suma, a Gestão do Conhecimento deve ter por finalidade utilizar o conhecimento para que, por meio do desenvolvimento de suas competências, possa promover e incentivar nas pessoas e empresas o desenvolvimento de uma cultura voltada para o desenvolvimento sustentável. Essa cultura será a direcionadora de condutas para a criação, compartilhamento e disseminação do conhecimento da sustentabilidade na prática, com a preocupação de satisfazer as necessidades das gerações atuais e futuras. (FIALHO et al., 2008, p.84).

Frente a estas considerações, é possível verificar que a proposta em tela encontra raízes no EGC através da linha de pesquisa “Gestão do Conhecimento da Sustentabilidade”, fato que pode ser atestado mediante análise da ementa7 desta. A AAE deve dimensionar e prevenir os efeitos que PPP – lidos aqui como tipos particulares de produção e consumo – podem determinar sobre a sustentabilidade de uma região, setor e/ou população, isto é, sobre uma dada sociedade. O processo de aplicação da AAE é cenário de contínua transformação não só de conhecimentos tácitos em explícitos (externalização), como também de outros modos de conversão de conhecimento – socialização, internalização e combinação (NONAKA e TAKEUCHI, 2008). Isso ocorre em todas as fases e possivelmente em (quase) todas as atividades de aplicação da ferramenta, incluindo, portanto, os estágios de definição e de utilização de indicadores de sustentabilidade.

Uma terceira questão liga esta proposta de Tese ao EGC. Para o Programa, o foco de pesquisa e formação é o conhecimento como fator

7 “Trata da internalização das variáveis socioambientais das organizações, os efeitos do sistema de produção e consumo sobre a sociedade como um todo (externalidades). A transformação do conhecimento tácito em explícito, associado à sustentabilidade”. (EGC, 2012).

gerador de valor, tanto na dimensão produto quanto na de processo (PACHECO et al., 2010, 2011). Nesse sentido, um elemento seminal da GC é o chamado “ciclo do conhecimento”, que congrega as sucessivas fases pelas quais passa o conhecimento (PROBST et al., 2002), como será retratado no item 6.2. O modelo em desenvolvimento foi elaborado a partir deste “ciclo”, permitindo que uma concepção própria da GC ganhe expressão também no campo dos indicadores. Deste modo, a GC mostra que a interdisciplinaridade não é apenas intrínseca, a partir das múltiplas disciplinas que a formam, mas também que ela, GC, “invade” (integra-se a) outras áreas, produzindo novos corpos interdisciplinares.

Outro aspecto que demonstra a conexão do presente trabalho ao EGC refere-se ao emprego de métodos e técnicas de GC. A versão final do modelo sinaliza a importância e necessidade da adoção de certas técnicas de GC durante o processo de definição, compartilhamento e utilização dos indicadores de sustentabilidade.

Deve-se ressaltar que a pesquisa proposta abre pontos de interação com as duas outras áreas de concentração do EGC – Engenharia do Conhecimento e Mídia e Conhecimento. A partir da consolidação do modelo, trabalhos envolvendo estes campos podem ser propostos, o que virá fornecer operacionalidade ao objeto em questão. Duas grandes perspectivas de contribuição tornam-se particularmente evidentes. A Engenharia do Conhecimento assume papel fundamental na concepção, desenvolvimento e implantação de soluções referentes ao observatório de informação e conhecimento (uma das indicações do presente trabalho) e sua base de dados, inclusive projetando interfaces com seus vários tipos de usuários e vinculação a projetos de governo eletrônico, entre outros aspectos. A área de Mídia e Conhecimento, por sua vez, tem ampla possibilidade de atuar nos campos da disseminação e difusão do conhecimento e informação referente aos indicadores de sustentabilidade, fazendo com que cada AAE deixe de ser voltada a um público específico, e torne-se uma ferramenta de comunicação (VICENTE; PARTIDÁRIO, 2006; PARTIDÁRIO, 2012) para toda a sociedade.

É importante referir, também, que vários trabalhos anteriores do Programa abordaram temas que compõem o escopo desta Tese. Assim, a gestão ambiental e da sustentabilidade foi abordada por Locatelli (2009), Mitidieri (2009), Viegas (2009), Sousa (2010), Teixeira (2010) e Ferreira (2012). Governança foi o tema dos trabalhos de Giugliani (2011) e Sartori (2011). O conhecimento comunitário consistiu o enfoque central da dissertação de Franzoni (2011). Já Helou Filho (2010) abordou indicadores de sustentabilidade e observatórios urbanos.

Observa-se, portanto, que várias frentes de investigação aqui tratadas já são familiares às linhas de pesquisa do EGC.

Por fim, cabe destacar um último – mas não menos importante – elemento de ligação deste trabalho para com o Programa. Pacheco et al. (2011, p.596) salientam que “para o EGC, a vivência coerente da interdisciplinaridade exige uma abordagem metodológica interdisciplinar e, dessa forma, o Programa tem motivado sua comunidade docente à aproximação com métodos, procedimentos e instrumentos diferentes de suas disciplinas de origem”. É o que se verificou no presente caso. Com Graduação e Mestrado na área das Ciências Agrárias, o Autor teve uma formação acadêmica baseada na ótica positivista, com pesquisa quantitativa e fortemente voltada a técnicas de experimentação. O contato com outros paradigmas e abordagens, como a postura construtivista e a pesquisa qualitativa, atesta que o Programa oportunizou essa “aproximação” com epistemologias e metodologias diversas à área de origem, atestando, também sob este enfoque, o caráter interdisciplinar do EGC.

Em síntese, este projeto de Tese encontra múltiplas abordagens que promovem sua adesão e aderência ao Programa de Engenharia e Gestão do Conhecimento, cabendo referir:

(a) Trabalho de caráter interdisciplinar, à semelhança do foco do Programa;

(b) Enquadramento fundamentado à linha de pesquisa em Gestão do Conhecimento da Sustentabilidade;

(c) Adoção do “ciclo do conhecimento” como base conceitual para construção do modelo em proposição;

(d) Emprego de técnicas de GC durante o desenvolvimento metodológico do trabalho e indicação de seu uso quando da aplicação prática do modelo; e

(e) Utilização de uma concepção paradigmática e metodológica não usual à área disciplinar de formação acadêmica do autor.

1.8 ESTRUTURA DO TRABALHO

Este capítulo, intitulado “Aspectos Introdutórios”, procura dar uma visão geral do trabalho, sua motivação e finalidade. O texto inicia com a descrição da contextualização que cerca o tema, ou seja, sua problemática, com menção ao problema em si. A seguir, é apresentada a pergunta que norteia a presente pesquisa, bem como os objetivos – geral e específicos – desta. O capítulo prossegue com a exposição sobre a justificativa da escolha do tema e sua relevância, mostrando a

necessidade de estudar indicadores de sustentabilidade em processos de Avaliação Ambiental Estratégica e caracterizando o modelo a ser proposto como um sistema de governança. Nos itens seguintes, são abordados o ineditismo e originalidade da pesquisa; sua delimitação ou escopo; e sua aderência ao Programa de Pós-Graduação a que está vinculada.

O segundo capítulo, “Avaliação Ambiental Estratégica em Visão Panorâmica”, descreve os elementos básicos necessários para a compreensão da AAE, incluindo um breve histórico de sua origem e criação; definições e evolução conceitual; o sentido do termo “ambiental” na ferramenta; princípios; objetivos; etapas; benefícios para o processo de gestão da sustentabilidade; limitações e emprego da ferramenta no Brasil. Mostra-se que a AAE adquire grande importância no cenário da política ambiental global, porém marcada por uma indefinição conceitual, que, entre outros efeitos, provoca uma dicotomia em relação à sua finalidade substantiva (AAE baseada na sustentabilidade versus AAE ambiental).

O terceiro capítulo, intitulado “Avaliação Ambiental Estratégica: uma Concepção Transdisciplinar”, apresenta a transdisciplinaridade como uma abordagem científica que se traduz na união da visão acadêmica interdisciplinar com o conhecimento leigo dos atores sociais não cientistas. Procura-se demonstrar que as ações no campo da Ciência da Sustentabilidade são transdisciplinares por excelência, dimensão que se estende à AAE. O capítulo traz uma breve revisão sobre conhecimento local (tradicional), caracterizando-o como um corpo de saber vivo, fruto da experiência acumulada ao longo de gerações, e que espelha interesses, valores e a visão de mundo de populações nativas. Pontua-se, ainda, o notável valor epistemológico que este conhecimento pode assumir no processo de avaliação ambiental, particularmente se associado ao conhecimento técnico-científico. Por fim, o capítulo descreve a participação pública em processos de AAE, meio fundamental para assegurar o caráter transdisciplinar desta, buscando enfocar os benefícios e as dificuldades desta prática, os tipos ou níveis de intervenção e seus efeitos.

O quarto capítulo do trabalho, “Indicadores de Sustentabilidade”, apresenta uma abordagem geral sobre o tema em questão. Inicialmente, descreve-se o papel e a importância dos indicadores como elementos de avaliação da sustentabilidade e do desenvolvimento sustentável. A seguir, os IdS são analisados segundo sua condição de “objetos de fronteira”, por localizarem-se na interface entre ciência, política e sociedade, e, em vista disso, não serem isentos de valor. O capítulo

aborda ainda a relação entre os conhecimentos científico e leigo no processo de construção de indicadores, com referência aos enfoques top- down e bottom-up, destacando a relevância de uma concepção participativa e a vantagem de um modelo híbrido, ou middle-out. O capítulo prossegue com a descrição das finalidades e da importância do uso de modelos (frameworks) para o desenvolvimento de sistemas de IdS, classificando a atividade como um processo de conhecimento e de aprendizagem. Por fim, o capítulo registra os tipos de modelos de organização de indicadores, descrevendo sucintamente os modelos de maior referência pela literatura.

O quinto capítulo, denominado “Indicadores de Sustentabilidade em Processos de Avaliação Ambiental Estratégica”, inicia com a exposição acerca da importância, significado e papéis dos IdS no contexto da avaliação, bem como as vantagens e desvantagens de sua utilização. A seguir, o capítulo discute questões relacionadas ao processo de definição de sistemas de IdS, incluindo os critérios empregados ou recomendados para sua seleção, os procedimentos metodológicos descritos pela literatura e os critérios de verificação da qualidade dos IdS, que formam listas de checagem similares a um roteiro de “boas práticas” do processo de seleção. Concluindo o capítulo, são relacionados os problemas mais frequentes quanto ao emprego de IdS em processos de AAE. Verifica-se que, muito embora apresentem grande relevância para o resultado final da avaliação, o emprego de IdS pode e deve ser aprimorado.

O sexto capítulo, intitulado “Gestão do Conhecimento e seus Processos Fundadores”, visa apresentar a Gestão do Conhecimento (GC), base conceitual do modelo de governança a ser proposto. A GC é definida e descrita através de seus processos fundadores ou essenciais, e que formam o ciclo do conhecimento: identificação, aquisição, criação, compartilhamento, uso e armazenamento. Cada um destes elementos é caracterizado brevemente, com o propósito de qualificar seu papel e sua importância, oferecendo subsídios para seu emprego como “molde” das fases que constituem o modelo.

O sétimo capítulo, nomeado “Governança e Sistemas de Indicadores”, visa apresentar uma definição de “governança de sistemas de indicadores de sustentabilidade” que atenda aos fins do presente estudo. O ponto de partida do capítulo é a compilação de definições envolvendo os constructos governança, governança ambiental (ou para sustentabilidade) e governança do conhecimento, pois neles residem as raízes do elemento a ser construído. É reafirmado que os indicadores de

sustentabilidade constituem “objetos de fronteira” entre ciência, política e sociedade, aspecto chave no processo de sua governança.

O oitavo capítulo, “Metodologia”, apresenta a descrição da metodologia empregada no trabalho. Aborda-se a concepção paradigmática que norteia a pesquisa, descrevendo as visões positivista, interpretativista e construtivista, vindo-se a enquadrá-la nesta última. É detalhada a classificação da pesquisa em termos metodológicos, tomando-se por base os critérios normalmente adotados pela literatura, os quais são detalhadamente explicitados e demonstrados. O capítulo finaliza com a exposição dos procedimentos metodológicos que foram adotados, especificando as etapas, métodos e técnicas empregados nesta pesquisa.

O nono capítulo, “Apresentação dos Processos de Avaliação Ambiental Estratégica Realizados no Brasil e Breve Caracterização Quanto ao Emprego de Indicadores de Sustentabilidade”, descreve 32 processos de Avaliação Ambiental Estratégica produzidos no Brasil entre 1997 e 2011, e os analisa em termos de apresentação e emprego de IdS. São discutidos os papéis assumidos pelos IdS. As AAEs que utilizam IdS para funções de avaliação e monitoramento são caracterizadas em termos de classificação temática e tipológica dos IdS, e quanto ao sistema de organização dos IdS empregado (framework).

O décimo capítulo, que recebe o título “Processos de Avaliação Ambiental Estratégica Realizados no Exterior e o Emprego de Indicadores de Sustentabilidade”, objetiva apresentar e analisar brevemente os 100 processos de AAE de origem internacional estudados no presente trabalho. Inicialmente, identifica-se as AAEs, com informações que permitem formar uma ideia macroscópica sobre o conjunto. A seguir, procede-se a caracterização de aspectos relativos à seleção e uso de IdS, bem como à sua apresentação nos respectivos relatórios. Por fim, são reproduzidos trechos de relatórios de AAEs sobre as formas de seleção ou definição dos indicadores, realizando-se uma sucinta análise sobre a questão.

O décimo primeiro capítulo, “Boas Práticas Extraídas de Processos de Avaliação Ambiental Estratégica”, apresenta e descreve as boas práticas (BP) extraídas de processos de AAE, tanto a partir da análise de relatórios nacionais e internacionais, quanto das entrevistas realizadas com os praticantes da ferramenta. Inicia-se a abordagem com um breve referencial teórico sobre BP e lições aprendidas, posicionando-as no contexto da GC e da AAE. São enumerados os critérios adotados na definição das BP compiladas através dos relatórios, as quais foram classificadas segundo o seu enfoque e então detalhadas,

com menção às AAEs que as apresentam. As BP referidas pelos entrevistados receberam explanação similar. Ao total, são descritas 38 boas práticas.

O décimo segundo capítulo, “Fundamentos do Modelo de Governança”, visa apresentar alguns fundamentos que cercam o processo de governança de sistemas de indicadores. Inicialmente, procura-se qualificar o objeto de conhecimento a ser desenvolvido, justificando sua definição como modelo. A seguir, apresenta-se 25 modelos de construção de sistemas de IdS que foram empregados como referenciais teóricos e comparativos durante a elaboração do modelo. Por fim, descreve-se os atributos que definem o perfil do modelo de governança e que podem ser utilizados para a avaliação deste.

O décimo terceiro capítulo, “Modelo de Governança de Sistemas de Indicadores de Sustentabilidade em Processos de Avaliação Ambiental Estratégica – G-SINDS”, descreve o modelo proposto para governança de sistemas de IdS em processos de Avaliação Ambiental Estratégica, denominado G-SINDS. Procede-se o detalhamento das seis fases (Definições Prévias, Identificação, Criação, Compartilhamento, Utilização e Armazenamento) e dos três elementos transversais (Avaliação, Gestão do Conhecimento e Participação das Partes Interessadas) que integram o modelo. A descrição apresenta o desenho conceitual e metodológico de cada componente a partir da (re)visão da literatura, com especial ênfase para a base fornecida pelos modelos empregados como referenciais. A abordagem confere relevo à possibilidade de aplicação das BP que foram extraídas de AAEs nacionais e internacionais.

O décimo quarto capítulo, intitulado “A Prática dos Processos Brasileiros de Avaliação Ambiental Estratégica Analisada sob a Concepção do G-SINDS”, objetiva contrastar a prática observada nos processos brasileiros de AAE que empregam indicadores de sustentabilidade, frente aos princípios e aspectos operacionais do G-SINDS. A ideia é verificar quão próximas ou distantes do modelo proposto encontram-se as AAEs desenvolvidas no País. As informações referentes aos procedimentos adotados nas AAEs foram colhidas a partir da análise dos respectivos relatórios e por meio das entrevistas realizadas com os praticantes da ferramenta. Faz-se amplo uso de citações textuais, bem como da transcrição de trechos dos depoimentos, para ilustrar e enriquecer a análise.

O décimo quinto e último capítulo, “Conclusões e Recomendações de Trabalhos Futuros”, apresenta as conclusões alcançadas com a realização da pesquisa. Os resultados obtidos são

contrastados com os objetivos traçados para o trabalho. São formuladas recomendações para o desenvolvimento de futuros investigações, que poderão complementar as lacunas aqui deixadas ou avançar através de novas perspectivas aplicadas à abordagem desta temática.

O documento apresenta, ainda, alguns anexos, os quais objetivam complementar e/ou esclarecer questões descritas ao longo do texto, servindo como suporte para sua melhor compreensão.

2 AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA EM VISÃO