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09/ago/2013 Keila Brandão Cavalcanti Josenita Araujo da Costa Dantas Socióloga, Mestre em Administração Arquiteta, Especialista em Políticas Públicas Start Pesquisa e Consultoria Técnica Ltda. Consultoria independente Professora da UFRN (hoje aposentada) e Diretora da Empresa Servidora pública (hoje aposentada) e Consultora N-29 128 min VIII Fortaleza 12/ago/2013 Maria Irles de Oliveira Mayorga Maria Tereza Bezerra Farias Sales Economista, Doutora em Manejo de Bacias Hidrográficas Geóloga, Mestre em Planejamento Ambiental Universidade Federal do Ceará – UFC Governo do Estado do Ceará Professora da UFCE (hoje aposentada) Presidente do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (à época) N-28 205 min Totais 14 --- --- --- 17 17 h e 42 min Fonte: Elaboração do autor.

As entrevistas foram realizadas de forma presencial, em data, local e horário definidos pelos entrevistados, e envolveram, ao todo, sete cidades. Antes do início da entrevista, a(s) pessoa(s) que seria(m) entrevistada(s) tomaram conhecimento do “Termo de Consentimento Livre e Esclarecido” (Anexo 2), o qual trazia as necessárias informações sobre a pesquisa, sobre a atividade de entrevista e sobre os direitos do entrevistado48 frente à situação em curso. Somente no caso de concordância e aceitação de parte do praticante, com a devida subscrição ao documento, a entrevista teve início. Todos os convidados para entrevista endossaram o Termo. Cabe salientar que um dos aspectos assegurados pelo protocolo em questão é o do anonimato dos entrevistados, de modo que seus nomes não serão associados às respectivas opiniões. Assim, cada entrevistado será identificado por uma letra do alfabeto latino.

48 Por uma questão de simplificação redacional e para não favorecer a identificação do praticante, empregar-se-á, ao longo deste trabalho, a designação “entrevistado”, sem flexão de gênero.

A entrevista foi executada com base em um questionário padronizado e semiestruturado (MOREIRA; CALEFFE, 2008), conforme é apresentado no Anexo 3. Durante a sessão, as perguntas foram apresentadas na forma escrita (fichas individuais), lidas e, eventualmente, esclarecidas. As entrevistas foram integralmente gravadas em áudio, sendo este fato de plena ciência e concordância dos entrevistados. Em momento seguinte, as gravações foram ouvidas e transcritas de forma literal.

Sobre o teor das entrevistas, realizou-se a aplicação da técnica Análise de Conteúdo, nos mesmos moldes antes explanados para o caso dos relatórios de AAE. Os trechos mais representativos das várias entrevistas foram selecionados para demonstrar o conhecimento, a percepção e a opinião dos praticantes em relação aos aspectos abordados no modelo em construção.

8.3.4 Extração de boas práticas

As boas práticas (BP) foram extraídas a partir da Análise de Conteúdo realizada tanto sobre os relatórios de AAE, quanto sobre as entrevistas realizadas com os praticantes.

Embora o conceito de “boa prática” esteja perfeitamente estabelecido (vide item 11.1), a concepção e definição do que vem a ser BP em uma situação real depende da “visão” ou perspectiva de quem a define, ou seja, envolve um certo grau de pessoalidade e subjetividade. Não há um padrão único e universal de BP, de forma que, em um trabalho científico, faz-se necessário explicitar o que o observador considera e entende por BP. Assim, a extração de BP pautou-se em critérios delimitados pelo pesquisador, e que são apresentados no item 11.3.1. Optou-se por enumerá-los no item indicado, e não no presente Capítulo, no intuito de realizar a exposição integral e conjunta sobre o tema em um único ponto, simplificando a leitura e favorecendo o entendimento.

8.3.5 Construção do modelo de governança

Conforme é mostrado na Figura 9, o modelo de governança para sistemas de IdS foi elaborado a partir da conjunção de todos os métodos empregados nesta Tese, ou seja, a revisão e pesquisa bibliográfica (em particular a realizada sobre 25 modelos referenciais de elaboração de indicadores), a pesquisa documental em relatórios de AAE e a pesquisa

de campo (entrevistas), estando fundamentado sobre as boas práticas extraídas e compiladas.

Considerando que “o sistema de governança de sistemas de IdS, que será modelado neste trabalho, tem base conceitual no campo da Gestão do Conhecimento (GC)” (item 6.1), o modelo do ciclo do conhecimento ou dos “processos essenciais” de GC (item 6.2) foi adotado como base para o modelo de governança. Assim, frameworks (modelos) conceituais existentes na literatura, como os de Bouthillier e Shearer (2002) e Probst et al. (2002) – apresentados nas Figuras 5 e 6, respectivamente – constituíram o “molde” genérico a partir do qual o modelo foi desenvolvido. Há que se destacar, ainda, que a construção do modelo não ocorreu de forma autônoma ou dissociada de um dado contexto, uma vez que foi devidamente conciliada com as fases e atividades principais e mais comuns em processos de AAE.

8.3.6 Constraste entre o modelo de governança e a prática brasileira de AAE

A etapa final deste trabalho (Etapa 8, Figura 9) constou de um “exercício comparativo” entre o modelo de governança proposto e a prática brasileira de AAE, esta considerada a partir da pesquisa documental nos relatórios nacionais e das entrevistas com praticantes. Não se tratou, por certo, de uma aplicação rigorosa do método comparativo, conforme preceitos definidos por Schneider e Schmitt (1998), mas da verificação de como os principais pontos integrantes do modelo são empregados (ou não) nas AAEs brasileiras. A tarefa consistiu, portanto, de uma análise da similaridade existente entre o que é proposto no modelo e o que foi realizado em AAEs que contribuíram na sua elaboração. O contraste foi feito de forma individualizada para cada um dos principais aspectos que compõem o modelo (fases e elementos transversais).

9 APRESENTAÇÃO DOS PROCESSOS DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA REALIZADOS NO BRASIL E BREVE CARACTERIZAÇÃO QUANTO AO EMPREGO DE INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE

O capítulo descreve 32 processos de Avaliação Ambiental Estratégica produzidos no Brasil entre 1997 e 2011, e os analisa em termos de apresentação e emprego de indicadores de sustentabilidade (IdS). São discutidos os papéis assumidos pelos IdS. As AAEs que utilizam IdS para funções de avaliação e monitoramento são caracterizadas em termos de classificação temática e tipológica dos IdS, e quanto ao sistema de organização dos IdS empregado (framework).

9.1 PROCESSOS DE AAE ANALISADOS

Esta pesquisa contemplou a análise de 32 processos de Avaliação Ambiental Estratégica realizados no Brasil e concluídos entre os anos 1997 e 2011, conforme é apresentado no Quadro 19.

Malvestio e Montaño (2013) afirmam que cerca de 35 AAEs foram desenvolvidas no Brasil nos últimos 15 anos. A partir de informações e listagens apresentadas por Teixeira (2008), Mota (2009), Oppermann (2012) e Malvestio (2013), verifica-se que deixaram de figurar na presente pesquisa – por absoluta impossibilidade de acesso aos relatórios, não obstante inúmeras tentativas de obtê-los – as seguintes AAEs:

 AAE da Bacia Araguaia-Tocantins (2002);

 AAE para o Planejamento da Expansão da Geração de Energia – “AAE do Plano Decenal 2003-2012 da Eletrobrás” (2002);

 AAE do Complexo do Rio Madeira (2005);

 AAE do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Ceará), e área de influência (2006); e

 AAE do Complexo Minero-Siderúrgico de Corumbá, conhecida como “AAE da Rio Tinto”, em referência à empresa contratante (2007).

Assim, pode-se constatar que as AAEs analisadas na presente pesquisa constituem uma amostra de aproximadamente 86% do total de AAEs brasileiras concluídas.

Tem-se conhecimento da realização, neste momento, de três outras AAEs – AAEs nos Polos Turísticos do Rio de Janeiro

(PRODETUR), uma voltada ao Polo Litoral e outra ao Polo Serra49, e AAE do PRODETUR Nacional no Estado do Mato Grosso do Sul50 – as quais, no entanto, não se encontram concluídas, motivo que impede sua adequada análise, e, portanto, inclusão neste trabalho.

Quadro 19. Caracterização e descrição sucinta dos processos de Avaliação Ambiental Estratégica realizados no Brasil e analisados neste trabalho.

N NOME ANO PPP EDOSSTA S/T - ÁREA

ÓRGÃO OU

EMPRESA

ELABORADOR(A)