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121 Alberata aversana90) As variedades ident ificadas na região

76 Tomado do Dicionário Priberam

121 Alberata aversana90) As variedades ident ificadas na região

minhot a correspondem à variedade “ a sostegni secchi e vivi” , que aproveit a árvores por vezes secas que servem de suport e, organizando uma rede ent re est es suportes que se sit úam a distância de 4-5 met ros em cada caso. Igualmente podem localizar-se exemplos da variedade “ alberat a aversana” que conseguem panos verticais veget ais de alturas consideraveis embora não cheguem a ult rapasar os seis met ros de alt ura.

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PANDAKOVIC, Dardo e SASSO,Angelol. “ Saper vedere il paesaggio” Edizioni CittàStudi-Agostini.Novara, 2009, paginas 141 e ss.

Ilustração 68: Uveiras Ilustração 67: Exemplo de alberata aversana “sostegni secchi e

122 2.4.3.2. Cruzetas

Constit uída por est eios de bet ão a “ Cruzet a” t em uma técnica de amarração por pórtico, fixa num pilar de bet ão “ esteios” , ent erradas no t erreno com um perfil (t rave) a cruzar pousado no t opo do est eio. A t rave é amarrada com arames que est icam e suport am t oda e est rut ura dos pórt icos descarregando numa “ prisão” , (Ilust ração 69).

Ilustração 69: Cruzetas. Pormenor no extremo

O sist ema de amarração segue uma sequência de pórt ico para est eio, repet indo-se a t écnica até aos est eios sit uados na parte ext rema de cada conjunt o de pórt icos. O sist ema usa t écnicas que laça o arame onde a vinha pousa e se desenvolve. Existem algumas variações em relação à t rave, podendo ser em madeira e o est eio em granit o. Ext ensão e na forma.

Ilustração 70: Conjunto de cruzetas

Numa aplicação mais cont emporânea, o ferro na t rave é o mais usado assim como o esteio passa a ser em bet ão armado. A cruzet a apresent a uma est rutura arquit ectónica linear ocupando um espaço horizont al e vertical t ransmit indo uma

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est rut ura em que as linhas paralelas se repetem numa det erminada área de t erreno. Este mét odo de suport e às vinhas no espaço visual cria perspect ivas que podem ser caract erizadas da seguinte forma:

1º Num alinhamento paralelo, (Ilust ração 71), gera t ransparências e salient am o horizonte em perspectiva project ando visualizações variadas. Evidenciam-se a força das linhas vert icais assim como horizont ais, est as apresent ando-se mais densas devido à ramificação das vides e folhagem das vinhas.

2º A est rut ura paralela forma alinhament os do vinhedo, ((Ilust ração 72), cria uma visão contínua, embora com a presença de um obst áculo relativament e à vist a aérea. Est a massa horizont al define sensorialmente a cot a do t erreno. A sensação criada denot a oposição à percepção relacionada com a base do t erreno onde as vinhas são plant adas.

Ilustração 72

3º Perant e uma observação aérea cuidada, (Ilust ração 73) apresent a-nos uma configuração linear com ocupação em manchas paralelas most rando densidades diferenciadas. Deparamo- nos com uma paisagem dominada pelo paralelismo

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das manchas tendo a largura dos braços das cruzet as. Est as manchas evidenciam regras que alt eram subst ancialment e a paisagem do Vale do Lima.

Ilustração 73

A cruzet a, como sistema de condução, foi desenvolvida na região de Ponte de Lima a part ir da década de 70. A sua forma original consiste num post e vertical com 2 met ros de alt ura ou mais e uma t ravessa horizont al, est a por sua vez remat a a parte superior formando uma cruz. A t ravessa horizontal mede ent re 1,5 a 2 met ros e deve situar-se ent re 1,5 e 2,5 met ros do solo.

As ext remidades dos braços das sucessivas cruzes, dist am ent re si, 5 a 8 met ros. Os braços suport am os fios de arame formando a mancha horizont al de dist ribuição at ravés das videiras. Junto de cada cruzet a plant am-se quat ro pés de videiras que acompanham, aos pares, os braços da cruz, ramificando depois individualment e o seu arame.

A cruzet a apresent a-se como referência de t ransição no Vale do Lima, t endendo a variar para a técnica de suporte à vinha mais act ual. Est a est rut ura alt era significat ivament e a est rutura present e da paisagem rural

Esta tecnologia de suporte à vinha t em como object ivo de rent abilizar mais o espaço de t erreno.91

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Segundo a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, “ …tem-se verificado que a morte de um pé de videira conduz frequentement e à morte de t odas as que foram plantadas na mesma cova e cujas raízes se desenvolveram em íntima ligação.Por outro lado, as pulverizações de cruzetas exigem particulares cuidados, uma vez que o lado «de dentro» fica mal exposto aos tratament os mecanizados. Acresce ainda que a existência de um só arame e de videiras expostas lado a lado, dando azo a que a sua vegetação se entrelace, propiciando ensombrament os prejudiciais à mat uração e favoráveis ao desenvolviment o de doenças criptogâmicas.”

125 2.4.3.3.Bardos

O bardo é o sist ema de condução de vinha contínua baixa mais ant igo na região, havendo exemplos de plant ações deste t ipo nos últ imos cem anos. Consist e numa linha de esteios com 1,5 a 2 met ros de alt ura, espaçados de 6 a 8 met ros, sust ent ando 4 a 6 arames. As videiras são plant adas geralmente num compasso apert ado (cerca de 1 met ro de int ervalo) e espalmadas, permitindo que comecem a frut ificar à alt ura do primeiro arame, ou seja, muit o próximo do solo.

Este sistema de condução, em que as linhas de videiras distam cerca de 3 met ros ent re si, permit e o t rat ament o mecanizado e simplificação da vinha. O seu maior inconvenient e sit ua-se na poda excessiva que o sist ema implica, originando desequilíbrios veget at ivos e produt ivos. Na realidade est as vinhas têm uma longevidade bast ante curt a e uma produção irregular.

Constit uída por est eios de madeira de forma cilíndrica, o bardo t em uma t écnica de amarração em linha, fixada em duas pedras de grande port e, ent erradas no t erreno nas ext remas de cada conjunt o. A est as pedras onde são amarrados os arames que esticam e suport am t oda a est rut ura da vinha, é denominada “ prisão” .(Ilust ração 75)

O sistema de amarração segue uma sequência de est eio para est eio, repetindo-se a t écnica at é aos est eios sit uados no fim de cada linha de Bardo. Este sist ema usa t écnicas que laçam o arame, prendendo-o e apoiando-o por alguns pregos, de forma a assegurar que est es não se desalinhem com o peso das vinhas (Ilust ração 74)

O “ Bardo” na sua est rut ura arquitectónica preenche um espaço, t ransmit indo uma est rut ura em que as linhas paralelas se repet em numa det erminada área de t erreno. Est e mét odo de suporte às vinhas no espaço visual cria perspect ivas que

podem ser caracterizadas da

seguinte forma:

Ilustração 74: Laço de arame

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