192 Gráfico 36: Análise específica dos usuários internos – Laboratório de Análises
ANÁLISE DE DIMENSIONAMENTO
RDC N° 50 / 2002 - ANVISA HC - UFPE HU - UFPI HUOL - UFRN
Dimensão
195
Entretanto constata-se o atendimento às recomendações da RDC no que concerne aos vãos de portas com largura superior a 0,80m, a inexistência de obstáculos e desníveis superiores a 15mm no trajeto da portaria central até as recepções estudadas, e a disponibilidade de banheiros masculinos e femininos para os funcionários, incluindo cabines acessíveis, próximas ao posto de trabalho.
Nesse contexto verifica-se o Hospital Universitário – UFPI é a unidade médica que mais respeita os fundamentos da ANVISA. De outro modo, constata-se que o Hospital Universitário Onofre Lopes desconsidera uma relevante parcela das orientações normativas.
Quadro 03: Análise do dimensionamento e distribuição espacial - Usuário
Fonte: Arquivo do autor
Relativamente a percepção dos usuários observa-se a avaliação positiva do dimensionamento das recepções da DIAG Imagem – HC-UFPE, e das duas unidades do Hospital Universitário da UFPI. Sob outro olhar verifica-se o descontentamento com as áreas físicas e equipamentos das unidades do Rio Grande do Norte. Salienta-se que o público pesquisado foi informado sobre os critérios que envolvem esta ampla avaliação de dimensionamento.
Com relação a distribuição espacial nota-se que as duas recepções estudadas no HUOL-UFRN foram inseridas no programa hospitalar com base na extensa demanda para as especialidades de oftalmologia e laboratório de análises, fato também observado na construção da central de marcação no Hospital das Clínicas da UFPE. Na ânsia de acomodar e delimitar os espaços para os usuários que precisavam marcar exames e consultas, o HC-UFPE reformou a área da lateral sul da portaria geral e assim delimitou a Central de Marcação. Esta atitude comprometeu a circulação de usuários de outros departamentos e sacrificou o conforto dos que buscam os serviços de agendamento.
Em outro universo estão inseridas as recepções do HU-UFPI e a DIAG Imagem do HC-UFPE que foram idealizadas com fundamentos técnicos. Observa-se que houve um estudo de demandas, fluxos e atividades para formatar a sua estrutura e distribuir os seus setores. O pensamento é ratificado quando constatado que passada uma década dos projetos, esses espaços ainda proporcionam a sensação de conforto e bem-estar para os seus usuários.
CONFORTO LUMÍNICO
Com relação ao conforto lumínico os ambientes foram tecnicamente avaliados em observância a NBR 5413 / 1992 que estabelece os valores de luminância para os ambientes em uso. O padrão
PÚBLICO AVALIAÇÃO Central de
Marcação DIAG Imagem Hematologia e Ortopedia Saúde da Mulher Oftalmologia Laboratório de Análises BOM 38,89% 61,11% 61,11% 77,78% 36,11% 16,67% NORMAL 27,78% 36,11% 33,33% 19,44% 27,78% 19,44% RUIM 33,33% 2,78% 5,56% 2,78% 36,11% 63,89% BOM 50,00% 66,67% 27,27% 81,82% 16,67% - NORMAL 20,00% 33,33% 36,36% 18,18% 33,33% 25,00% RUIM 30,00% - 36,36% - 50,00% 75,00% Funcionários
PERCEPÇÃO DO USUÁRIO RECEPÇÃO SETORIAL
HC - UFPE HU - UFPI HUOL - UFRN
Pacientes e Acompanhantes
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recomendado para recepções hospitalares é o intervalo entre 100 e 300Lux, de forma que proporcione conforto durante a realização das atividades projetadas para o ambiente. Embora a aferição tenha sido realizada de 06 a 08 pontos por ambiente, durante 04 a 06 momentos distintos, representando uma média 35 medições em cada recepção, a tabela abaixo utiliza a classificação “Atende” e “Não atende” de forma holística. O pesquisador levou em consideração os valores coletados, as observações sistemáticas e a usabilidade dos espaços.
Quadro 04: Análise do conforto lumínico - Legislação
Fonte: Arquivo do autor
Nas condições apresentadas verificou-se que as recepções DIAG Imagem do HC-UFPE e a Oftalmologia do HUOL-UFRN possuem “pontos cegos” com luminosidade mínima em torno de 15Lux nas áreas de espera dos pacientes. Este patamar lumínico propicia a insegurança, inviabiliza as tarefas e a aumenta o risco de choques e quedas entre os usuários com idade avançada. De maneira geral as demais recepções oferecem boas condições de uso dos setores. É importante pontuar que as recepções Saúde da Mulher, do HU-UFPI, e o Laboratório de Análises do HUOL-UFRN, mesmo não dispondo de janelas que permitam a captação direta de iluminação natural demonstraram a sua eficiência através do bom projeto e distribuição das luminárias, tornando as áreas igualmente iluminadas, atendendo os requisitos da ABNT.
Com relação a iluminação natural, observamos que a recepção de Hematologia e Ortopedia do HU-UFPI merece destaque neste quesito. O pé direito duplo existente na área de atendimento promove a captação de até 1983Lux, ultrapassando em cinco vezes o limite de Lux recomendado pela NBR. Este excesso lumínico predispõe os usuários ao erro, na medida em que deixam de ligar determinadas luminárias da área de espera porque a área de atendimento já está fortemente iluminada. Salienta-se a importância do equilíbrio e uniformidade lumínica em toda a extensão dos espaços
Quadro 05: Análise do conforto lumínico - Usuário
Fonte: Arquivo do autor
A percepção do usuário consolida a visão do pesquisador, embasada nas medições e observações in loco, quando se constatam os elevados percentuais de satisfação dos usuários para com as unidades do Piauí e o Laboratório do Rio Grande do Norte. O nível de aprovação da recepção Saúde da Mulher atinge picos com mais de 90% dos entrevistados, sem qualquer ressalva ao sistema.
Central de Marcação DIAG Imagem Hematologia e Ortopedia Saúde da Mulher Oftalmologia Laboratório de Análises
Atende Não Atende Atende Atende Não Atende Atende
ANÁLISE DO CONFORTO LUMÍNICO