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167 Figura 136 – Planta Baixa PONTOS DE MEDIÇÃO – Laboratório de Análises do HUOL – UFRN

Fonte: Arquivo do Autor

As medições foram coletadas no início e no final de cada expediente, totalizando 04 momentos. Durante a manhã coletamos os índices às 8h00 e às 12h00, e no turno da tarde as aferições ocorreram às 14h00 e às 18h00. Os pontos de medição estão demonstrados na Figura 136. Ratifica-se que a condição de coleta foi com o ambiente em pleno uso, com ar condicionado, impressora, televisão, luminárias, computadores, gerenciador de rede lógica e telefones em funcionamento.

Tabela 22: Detalhamento dos pontos de medição – Laboratório de Análises

Fonte: Arquivo do autor

Objetivando diversificar a coleta e atender as singularidades do ambiente foram escolhidos seis pontos de medição que alternam tipos de atividades, funções e usos. Neste universo selecionamos 01 ponto de uso interno (funcionários) e 05 pontos de uso externo (público), de tal maneira que permeia as áreas de recepção, atendimento, circulação e espera. A altura de coleta dos pontos de medição é embasada na atividade identificada pelo pesquisador.

Para medição da Iluminância foi utilizada a NBR 5413 / 1992 que preconiza o intervalo de 100 a 300 lux para ambientes de recepções hospitalares. Para verificação do Conforto Acústico adotamos a NBR 10.152 / 1987 que recomenda o intermédio de 40 a 50 dB nos ambientes pesquisados. A avaliação dos níveis de conforto térmico, onde são coletados os índices de

NÚMERO LOCAL DA MEDIÇÃO ALTURA (m) USUÁRIO

1 Espera para Atendimento 0,75 Externo

2 Bancada de Atendimento - Interno 0,75 Interno

3 Posto de Atendimento - Externo 0,75 Externo

4 Espera para Atendimento 0,75 Externo

5 Espera para Atendimento / Fila dos Pacientes 1,30 Externo

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Temperatura (°C) e de Ventilação (m/s) é embasada na NR 17 / 1990 – Ministério do Trabalho que determina o interstício de 20 a 23 °C para o clima e o limite de 0,75m/s para a ventilação.

Em análise preliminar verifica-se que apenas o ponto 01 apresenta iluminação insuficiente, de tal forma que não atinge 80% do limite mínimo exigido pela NBR 5413 / 1992. Os pontos 02, 03, 05 e 06 que sincronicamente estão posicionados na circulação central da recepção demonstram uma superexposição de Lux. Especificamente no ponto de medição 03 (posto de atendimento) registra- se o pico lumínico de 518, ultrapassando em 70% o limite máximo da NBR. Compete ao ponto de medição 04 a perfeita obediência aos critérios recomendados pela norma. Acredita-se que a escolha do ponto 01, próximo ao equipamento de ar condicionado, forjou um índice lumínimo inferior provocado pelo sombreamento do equipamento, na visão do pesquisador. Levando-se em consideração que o ambiente não tem janelas e que a média obtida no recinto foi de 332Lux, podemos constatar a eficiência do sistema lumínico.

Cientes da carência de materiais acústicos que visem mitigar os índices de ruído, observa-se que a recepção está em total divergência com a NBR 10.152 / 1987. Durante a coleta de dados não aferimos qualquer índice, independentemente do local, atividade ou horário, que não ultrapasse no mínimo em 20% o limite máximo determinado pela norma. Destaca-se que o ruído toma maior proporção nos pontos 02 (atendimento interno), com o pico de 73,1dB e no 03 (atendimento externo), talvez pelo contínuo diálogo entre funcionários e pacientes. Ao aprofundarmos o estudo, percebe-se que mesmo nos horários de menor fluxo de pessoas os índices permanecem elevados, levando a crer que o ruído proveniente dos equipamentos (elevador, ar condicionado e impressora) contribuem diretamente para violação do conforto acústico. O menor indicador foi coletado às 18h00 no ponto 06, momento em que a repartição já está fechando as portas, salientando-se que o atendimento ao público externo foi encerrado às 16h30.

1 2 3 4 5 6

8h00

66

334

411

180

456

304

12h00

79

396

437

206

513

403

14H00

68

397

506

241

456

428

18h00

73

380

518

235

497

392

C O LE TA NBR 5413 / 1992 - Iluminância de 100 a 300 Lux LUMINOSIDADE (Lux) PONTO DE MEDIÇÃO ACÚSTICA (Decibéls) 1 2 3 4 5 6

8h00

65,4

70,9

67,4

64,1

66,1

63,2

12h00

63,7

73,1

67,5

66,2

65,6

63,1

14H00

64,8

67,5

65,7

62,5

62,5

61,8

18h00

64,3

69,6

68,1

64,6

62

61,6

C O LE TA NBR 10.152 / 1987 - Ruído entre 40 e 50 dB PONTO DE MEDIÇÃO

169

Ainda que o ambiente esteja refrigerado por equipamento mecanizado, os índices demonstram que a recepção setorial em estudo está completamente fora dos parâmetros indicados pela NR 17 / 1990. Uma recepção hospitalar que deveria manter uma temperatura de conforto entre 20°C e 23°C a fim de contribuir no desempenho das tarefas, nos revela um pico de 27,6°C na entrada do ambiente (ponto 06) e uma média de 25,9°C. Acredita-se que a soma dos fatores provoca o aquecimento deste setor, destaca-se: o equipamento subdimensionado, a grande concentração de pessoas em reduzido espaço físico e a frequência de abertura da porta principal. Surpreende-nos o fato da temperatura sofrer uma variação de apenas 2°C entre os momentos de intensa utilização e total serenidade.

Para avaliação da ventilação ambiental foi utilizada a NR 17 / 1990 que recomenda uma ventilação máxima de 0,75m/s para recepções hospitalares. Considerando que o ambiente é climatizado e que não encontramos um sistema de exaustão para renovação de ar, presumia-se que os índices atenderiam os parâmetros impostos pela norma. A hipótese é validada nos pontos de medição 01 a 05, cuja velocidade máxima atingiu 0,18m/s às 12h00 no primeiro local de coleta. O ponto 06 extrapola o limite, quase que imperceptível às 14h00, porém em contundentes 60% às 12h00. Julga-se que a pontualidade registrada é motivada pela abertura das portas de acesso e consequente permissibilidade de circulação do ar dos corredores externos.

Ao investigarmos a compatibilidade da edificação, na alçada da acessibilidade física do ambiente, com a NBR 9050 / 2015, constata-se que embora exista uma preocupação da gestão com este tema, é necessário registrar mecanismos que garantam o direito de ir e vir de todo cidadão como reza a constituição brasileira de 1988. Percebe-se dificuldade de deslocamento na espera sul, nas áreas restritas às recepcionistas e entre as longarinas. As circulações internas com 1,80 oportunizam o trafego de usuários de cadeiras de rodas, salvo nos momentos de maior aglomeração. Não encontramos desníveis ou vãos de porta que contrariem a NBR. Uma ação de baixo investimento seria a demarcação de lugares para idosos, deficientes e gestantes visando consentir maior conforto e segurança a este conjunto.

TEMPERATURA (ºc) 1 2 3 4 5 6

8h00

27,4

27,3

27,4

27,4

27,4

27,6

12h00

25,4

25,7

25,6

25,7

25,9

26,8

14H00

24,7

24,8

24,8

24,9

24,9

25,9

18h00

25,8

25,5

25,4

25,6

25,6

26

C O LE TA NR 17 / 1990 - Temperatura entre 20 e 23°C PONTO DE MEDIÇÃO VENTILAÇÃO (m/s) 1 2 3 4 5 6

8h00

0,11

0,14

0,1

0

0

0,23

12h00

0,18

0,11

0,1

0

0,11

1,21

14H00

0,14

0,14

0,11

0

0

0,76

18h00

0,16

0,11

0,11

0

0,11

0,67

C O LE TA

NR 17 / 1990 - Velocidade do ar não superior a 0,75m/s PONTO DE MEDIÇÃO

170