REVISÃO DA LITERATURA
4. NED Normativos de estrutura de dados Subcategorias:
3.2.3.4 Análise estatística por perspetivas temáticas
Por uma questão de simplificação da legenda das tabelas e gráficos desta secção, utilizou-se a seguinte correspondência de designação:
Itens de indexação Correspondência
Aspetos gerais, história e evolução Generalidades
Experiências de automatização e implementação de funcionalidades.
Experiências de implementação Experiências
Limitações de aplicação/adequação Limitações
Adaptabilidade à WWW e interoperabilidade do catálogo na web
semântica Adaptabilidade
Perspetivas futuras Futuro
Tabela 9 – Correspondência entre as perspetivas temáticas e a legenda dos gráficos
Os dados apresentados para cada tipo de abordagem (perspetivas temáticas), em cada tema, correspondem a dados de frequência absoluta de ocorrências.
OPAC
A categoria temática do OPAC foi analisada em função das perspetivas temáticas pré-estabelecidas, as quais são:
OPAC MC NEI NED 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Parte I – Objeto e metodologia de investigação 65
Aspetos gerais, história e evolução
Experiências de automatização e implementação de funcionalidades (de circulação, etc.)
Limitações (a uma melhor adequação às necessidades dos utilizadores)
Adaptabilidade à WWW (aspetos de implementação) e interoperabilidade do catálogo na web semântica
Perspetivas futuras
Pelo número de artigos encontrados verifica-se que o assunto tratado com mais frequência é o que diz respeito às limitações dos OPAC, não só na maior ou menor complexidade, e uma certa «opacidade» que os interfaces apresentam para o utilizador final, como na própria organização e apresentação dos dados resultantes de uma pesquisa.
São tratados praticamente com a mesma frequência relativa os aspetos gerais, história, evolução e adaptabilidade ao ambiente de rede, onde se encontram artigos que apresentam caminhos para uma maior interoperabilidade dos catálogos, facto que se verifica essencialmente nos artigos da década de 90, a que se segue uma fase de estudos em que há a preocupação com a adaptabilidade à WWW e, mais recentemente, a interoperabilidade na web semântica.
Gráfico 10 – Tema OPAC: perspetivas temáticas
MC – Modelos conceptuais
A categoria temática dos modelos conceptuais, subdividida nas subcategorias: FRBR; FRAD; FRSAD; e outros modelos – foi analisada em função das perspetivas temáticas pré-estabelecidas para cada subcategoria, as quais são:
0 20 40 60 80 100 Generalidades Experiências Limitações Adaptabilidade Futuro
OPAC
Parte I – Objeto e metodologia de investigação 66
Aspetos gerais, história e evolução
Experiências de implementação
Limitações e implicações noutros níveis normativos
Perspetivas futuras
Também ao nível da família dos modelos conceptuais há uma preponderância de um dos modelos de requisitos – os requisitos funcionais para os registos bibliográficos –, sobre os outros, o que é natural devido ao intervalo temporal existente entre a publicação dos três estudos. O modelo FRBR, publicado em 1998, constitui o modelo base do qual os outros dois são uma extensão de aplicação a dados específicos, o modelo FRAD para os dados de autoridade (publicado em 2009) e o modelo FRSAD para os dados de autoridade assunto (publicado em 2010).
Gráfico 11 – Tema FRBR: perspetivas temáticas
O assunto mais debatido diz respeito às limitações do próprio modelo e aos problemas e implicações que a sua aplicação levanta na prática48, seguido de «generalidades» a que corresponde muita literatura de difusão ou de carácter pedagógico.
Nos modelos FRAD e FRSAD a maior incidência também se verifica nos mesmos aspetos, com exceção de «experiências» cuja presença é residual ou nula.
48
Durante uma década os FRBR não passaram de um modelo teórico sem repercussão prática em regras ou códigos de catalogação. O RDA, publicado em 2010, é o primeiro código de catalogação a apresentar uma implementação prática da família dos modelos conceptuais.
0 10 20 30 40 Generalidades Experiências Limitações Adaptabilidade Futuro
FRBR
Parte I – Objeto e metodologia de investigação 67 Gráfico 12 – Tema FRAD: perspetivas temáticas
Gráfico 13 – Tema FRSAD: perspetivas temáticas
NEI – Normativos de estrutura de informação
A categoria temática NEI, dos normativos de estrutura de informação, subdividida nas subcategorias: regras e códigos de catalogação; ISBD; RDA; e Princípios orientadores (Princípios de Paris e Princípios Internacionais de Catalogação) – foi analisada em função das perspetivas temáticas pré-estabelecidas para cada subcategoria, as quais são:
Aspetos gerais, história e evolução
Experiências de aplicação (incluindo aplicação a materiais específicos)
Limitações de aplicação (a materiais específicos e a novos meios e/ou suportes)
Perspetivas futuras
Relativamente às regras e códigos de catalogação (onde se integram as AACR2 e outros códigos nacionais), à ISBD (edição consolidada e antigas ISBD específicas) e ao RDA, a maior ênfase é dada às experiências de aplicação em determinadas bibliotecas
0 1 2 3 4 5 6 Generalidades Experiências Limitações Adaptabilidade Futuro
FRAD
0 1 2 3 4 5 6 Generalidades Experiências Limitações Adaptabilidade FuturoFRSAD
Parte I – Objeto e metodologia de investigação 68
ou a determinado tipo de material. Há que ressalvar, no entanto, a diferença em ocorrências de artigos encontrados, nos quais os relacionados com as AACR2 são em número muito superior aos restantes, ultrapassando a centena (123 ocorrências, sendo residuais as ocorrências referentes a outros códigos nacionais), enquanto os relativos à ISBD e RDA não atingem as duas dezenas (14 e 18 ocorrências respetivamente).
Estes números também são indiciadores da importância e divulgação internacional do código americano49 relativamente à divulgação da ISBD. O interesse pelo RDA é crescente dado que ele foi publicado apenas em 2010 e a sua representatividade nas publicações da especialidade já é uma constante.
O gráfico 14, relativo a regras e códigos de catalogação, também coloca em evidência os estudos sobre as limitações dos mesmos (79 ocorrências) face às necessidades de descrição de novos materiais (especialmente materiais transmitidos eletronicamente) e à necessidade de uma nova abordagem devido à alteração de paradigma trazido pelos modelos conceptuais.
Gráfico 14 – Tema Regras e códigos de catalogação: perspetivas temáticas
No que respeita à ISBD, gráfico 15, os artigos sobre as limitações de aplicação existem, mas em menor número, verificando-se um maior interesse na abordagem de experiências de aplicação, seguido dos aspetos gerais, históricos ou evolutivos.
49 As AACR2 (1978) incorporam a ISBD(G) (1977) na parte respeitante à descrição bibliográfica.
0 20 40 60 80 100 120 140
Generalidades Experiências Limitações Futuro