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3 CONHECENDO AS CONSTRUÇÕES DO ESTÁGIO NA URCA

3.2 Analise dos questionários aplicados

O questionário trabalhado neste estudo foi composto por 6 questões abertas, as quais viabilizou espaço de reflexão do período de estágio e da construção de olhares, permitindo o participante explorar suas concepções diante das situações vivenciadas, ajudando-nos a compreender seu processo de formação através das interações sociais. “É pela ação interativa

com as dimensões materiais e simbólica da realidade social em que se encontra inserido, pelas experiências individuais e coletivas tecidas no mundo vivido, que o docente intervém de modo criativo e autocriativo”. (FARIAS “et al”, 2014, p.58).

O Estágio Curricular Supervisionado é o período onde os acadêmicos entrarão em contato direto com o campo de atuação profissional, constrói relações com a comunidade escolar, conhece um pouco do contexto no qual está e será inserido. Aos acadêmicos que já exercem a docência, é o momento de reflexão, pois, ele volta à escola como um profissional em processo de formação e como sujeito investigador, construindo ao seu redor, um espaço de ressignificação dos conhecimentos. Aos orientadores de estágio e os professores regentes das escolas campo de estágio é o momento de abrir suas práticas pedagógicas para inserir o estagiário, fazendo-os se sentirem parte, colaborando para que consigam perceber os aspectos constitutivo dessa prática e os que interferem durante os processos de ensino e aprendizagem. É o momento de construir espaço para ajudar na construção da identidade e prática docente dos novos profissionais. Assim, é extremamente relevante que todos os personagens participantes do estágio tenham clareza da função e representação desse período, bem como, de sua atuação para a aprendizagem docente e seu desenvolvimento profissional. É a exteriorização da aprendizagem do acadêmico fora do espaço da universidade, onde irá desenvolver seus conhecimentos junto ao campo de atuação profissional, unificando teoria e prática, bem como, conhecendo e analisando o contexto escolar nas suas diversas dimensões, se colocando como parte integrante desse espaço. Ou seja, refletir sobre este período é entender o processo formativo para a construção da profissão docente, seja na aprendizagem inicial da docência ou na reflexão da práxis pedagógica.

Iniciamos a discussão, destacando a compreensão dos sujeitos participantes, sobre quais suas concepções de estágio? Diante dos sujeitos participantes da pesquisa, obtivemos as seguintes respostas:

____ O estágio é de extrema importância para o discente, afinal é um dos momentos mais importantes para a formação profissional, onde ele vai aplicar as teorias e metodologias apreendidas na universidade, bem como, usa dos diversos saberes e ao mesmo tempo, decidi se quer ser professor. (PRB).

____O estágio é um processo significativo que articula os conhecimentos adquiridos na formação discente com as diversas realidades presentes no campo de atuação profissional. Representa um momento “ímpar” que deve ser norteado aos olhos das teorias e das novas demandas postas no cenário educacional. (JPROFESSORES ORIENTADORES).

____O estágio é o momento mais importante do curso, pois colocamos em prática tudo que apreendemos no decorrer do curso, assim como aprendemos novos conhecimentos sobre nossa profissão. (M.1)

____É o momento de sabermos se realmente é a profissão que queremos. (B3).

Todos os inseridos no período de Estágio, precisam entender seu papel diante da atual conjuntura, que nesse momento é o estágio, espaço de formação e articulação de saberes para todos. Ou seja, precisam aprender a conviver com as “Constantes transformações sociais, percebendo os contextos e as singularidades em que as suas funções são realizadas. O pleno desenvolvimento do ensino parte do êxito dessa prática, que tem como pressuposto e fundamento de sua existência a assimilação pelos alunos. (CASTRO, 2013, p. 70). Os professores precisam deixar explícito nos seus discursos e nas práticas “o valor pedagógico que o ensino assume no contexto social. Nesta tarefa, estes sujeitos necessitam atentar para os contextos e as singularidades em que seu trabalho é realizado, para que promovam processos educativos”. (CASTRO, 2013, p. 71). Diante das respostas sobre o conceito de estágio, obtivemos:

GRÁFICO 01 – Conceitos de Estágio Curricular Supervisionado para os sujeitos participantes da pesquisa

Fonte: elaborado pelo autor (2019).

Diante do exposto nas falas dos sujeitos, percebemos que, os professores regentes das escolas de educação básica percebem o Estágio Curricular Supervisionado como atividade relevante, onde aplicará as teorias e metodologias aprendidas na prática. Os professores orientadores de estágio, destacam o estágio como momento importante, espaço de construção da práxis docente que deve ser mediado pela teoria. E por último, o posicionamento dos estagiários que colocam o estágio como o período mais importante da graduação, momento de aplicar os conhecimentos aprendidos no curso e aprender novos, além de ser a oportunidade de no contato com o contexto escolar, identificar se realmente é a profissão desejada. Ou seja, faz-

se relevante perceber o estágio como “lugar por excelência para trazermos à tona estas questões e aprofundar os nossos conhecimentos e discussões sobre elas. É o momento de revermos os nossos conceitos sobre o que é ser professor, para compreendermos o seu verdadeiro papel e o papel da escola na sociedade”. (LIMA, 2013, p.8).

Fica claro em todos os discursos dos sujeitos envolvidos na investigação uma concepção restrita de estágio, a medida que veem o período como momento importante exclusivamente voltado para a formação do acadêmico estagiário, colocam como uma atividade mecânica de aplicação das teorias, desenvolvimento das metodologias trabalhadas no espaço acadêmico. Não percebem o sentido que o estágio apresenta para todos os inseridos no processo. Para Coelho, Silveira e Bezerra (2016):

É necessário pensar a disciplina de estágio supervisionado como eixo articulador entre as diferentes disciplinas oferecidas ao longo dos cursos de formação de professores, superando assim, a forma como os currículos tem sido organizado, ou seja, os currículos tem apresentado alguns aglomerado de disciplinas de forma isolada. (COELHO; SILVEIRA; BEZERRA, 2016, p. 16).

Um aspecto presente diante da fala dos estagiários é que o estágio possibilita o encontro do acadêmico com a vida profissional, permitindo construir uma relação de aproximação ou repulsa, se identificando com a profissão docente ou, não se encontrando nesse espaço, ajudando ao acadêmico se conhecer e procurar novas possibilidades, criando ainda, segundo Niskier (2008):

Uma espécie de certeza sobre sua verdadeira vocação para o trabalho, além de situá-lo numa série de procedimentos ligados ao mundo da produção, seja de bens, de serviço: disciplina, senso de hierarquia, obediência a normas de convivência corporativa, trabalho em grupo, liderança, criatividade, entre outros. (NISKIER, 2008, p.129).

Durante muito tempo, a teoria foi vista desarticulada da prática, e o estágio interpretado como a última etapa do curso de formação docente, onde o estagiário ia a escola da educação básica e aplicava a teoria na prática para saber se já sabe ser professor. “A articulação da relação teoria e prática é um processo definidor da qualidade da formação inicial e continuada do professor, como sujeito autônomo na construção de sua profissionalização docente”. (BARREIRO; GEBRAN, 2006, p. 22). A formação que dicotomiza a relação teoria e a prática, reforça nos profissionais e em especial nos acadêmicos estagiários a ideia de docência enquanto desenvolvimento de técnicas ou “receitas” prontas, ou seja, nessa visão,

diversos fatores serão ignorados ou silenciados, pelos professores orientadores de estágio, pelos professores regentes das escolas estagiadas, mais também pelas instituições formadoras que não ressignificarão suas atividades acadêmicas, apresentando o estágio de maneira superficial, apenas para cumprimento de carga horária. “Os processos formativos de docentes necessitam absorver a dimensão experimental, não mais separando teoria e prática, mas mergulhando desde o início o aluno e o formador em situação de mediação dos confrontos da prática, buscando a significação das teorias”. (TARDIF. 2014, p. 123).

Pensar o estágio nessa perspectiva, é retroceder a atividade de formação docente à uma ação tecnicista, como se durante as aulas na universidade, os acadêmicos agregassem esses conhecimentos e agora, seria o momento de aplicação. Ou seja, no espaço acadêmico, os professores ensinam as técnicas da docência e avaliam para ver se aprenderam teoricamente, enquanto que o professor regente da escola campo de estágio precisa receber o estagiário para ele aplicar o que aprendeu na universidade e saber se já consegue ser professor. Não levam em consideração que o estágio inicialmente constrói laços afetivos e profissionais, subsidia a prática investigativa do professor orientador, possibilita reflexão da práxis junto aos professores regentes e viabiliza ressignificação da formação docente junto aos acadêmicos estagiários, ou seja, aos que estão vivenciando a docência pela primeira vez, é o momento de se senti parte, experimentar, sentir os avanços e lacunas existentes em sua formação para puder buscar melhorar. Para os acadêmicos que já exercem a docência é o momento de se colocar como investigador da sua própria prática, reconhecendo a presença e ausência de elementos que subsidiam os processos de ensino e aprendizagem, oportunizando reconstrução. Para Lima (2013):

O professor - enquanto sujeito que não reproduz apenas, por ser também sujeito do conhecimento – pode, por meio de uma reflexão crítica, fazer do seu trabalho em sala de aula um espaço de transformação. Isso é o que chamamos de práxis docente. É na ação refletida e no redimensionamento de sua prática que o professor pode ser agente de mudança, na escola e na sociedade. (LIMA, 2013, p.7).

O Estágio tem por finalidade proporcionar experiências que colaborarão para a aprendizagem da docência e para isso, faz-se necessário que seja redimensionado, de maneira que as clássicas atividades de observação, participação e regência, possibilitem, a construção de uma prática pedagógica reflexiva, crítica e investigativa sobre a escola, destacando os avanços, retrocessos, paradas e relações, permitindo aos personagens maior compreensão do contexto escolar, identificando os aspectos presentes e conseguindo criar possibilidade de intervenções para continuar fortalecendo os aspectos positivos e superar as dificuldades. “Os

alunos no estágio não vão as empresas ou instituições apenas para aprender ou se beneficiar-se de uma formação complementar; vão também para trabalhar e produzir, e por isso se colocam à disposição”. (ZABALZA, 2014, p. 58).

Durante o Estágio, os sujeitos passam por diversas situações que direciona a um espaço de reflexão, ação e identificação dos aspectos ausentes nos processos, permitindo buscar subsídios para inserção de possibilidades de fortalecimento das experiências que colaboraram para a formação docente de maneira efetiva e a partir desta, subsidiar o processo de aprendizagem. Segundo a visão dos participantes da pesquisa, perguntamos, quais os aspectos foram significativos para a formação e aprendizagem docente? Tivemos as seguintes respostas:

____ A confiança que o professor regente deposita no estagiário e deixa-o a vontade para aplicar a aula planejada. (PRM)

____A motivação dos estagiários no tocante a perceberem a relevância do estágio na sua formação profissional; a reflexão sobre o papel do estágio e o compromisso dos mesmos junto às escolas. (PROFESSORES ORIENTADORES).

____O contato com a escola e seus profissionais, as relações. (M4)

____A atividades que permitiram reconhecer as conquistas e dificuldades que os professores enfrentam no cotidiano. (B2)

____A expansão dos conhecimentos que se apresenta agora de maneira prática. (L1).

Pensar nos aspectos que contribuem para alcançar bons resultados na aprendizagem da docência, é caracterizar o que está sendo desenvolvido e precisa ser fortalecido para que potencialize a formação e prática docente, sendo os estagiários os protagonistas desse processo.

Fonte: elaborado pelo autor (2019).

Na fala dos sujeitos ficam explícitos uma relação de aspectos que potencializam todos os momentos do estágio e destacamos inicialmente a motivação e compromisso dos estagiários, o que viabiliza a confiança do professor regente sobre o estagiário que apesar de ser principiante na docência na maioria das vezes, merece uma chance de mostrar que tem competências e habilidades para desenvolver um bom trabalho e que sua presença junta a turma estagiada pode trazer atividades diferenciadas e motivacionais, possibilitando aos alunos da turma, momentos diversificados. “Quando o professor desenvolve confiança no estagiário, é capaz de lhe atribuir algumas de suas próprias aulas, ou o estagiário que tem iniciativa e quer aprender nos estágios pode se oferecer para ministrar algumas aulas especiais”. (CARVALHO, 2017, p.67).

Outros aspectos elencados que se relacionam entre si, são o contato a escola, com seus profissionais e, os laços construídos, proporciona maior segurança e desperta um novo olhar sobre os processos ensino e aprendizagem nos estagiários a medida que analisa as situações presentes no contexto escolar através das relações existentes e do discurso de profissionais experientes. Mesmo este contato seja com pessoas que muitas vezes está cansada e desiludido com a educação, faz com que o acadêmico perceba os dois lados da situação, o discurso e a prática, mas também as possibilidades de intervenção, mudança e ressignificação, pois cada indivíduo tem uma concepção construída através do tempo, das leituras, das relações e dos sentimentos. Assim, cada acadêmico constrói sua identidade profissional no cotidiano. “A identidade docente, como as demais, se constrói em um determinado contexto, em um determinado tempo histórico, adquirindo novas características para responderem a novas demandas da sociedade, portanto, não é um dado imutável”. (LIMA; SALES, 2002, p. 40).

A realização do estágio revela a centralidade da formação docente como um dos fatores de aprendizagem profissional. Por essa razão, evidenciar e entender os aspectos que constituem a ação docente do professor no contexto escolar viabiliza compreender as características do trabalho docente enquanto profissional da educação e permite qualificar o processo, identificando as lacunas e possibilidades de construção de espaço para superação das limitações. Assim, para Rocha e Lima (2008), o período de estágio, torna-se momento fundamental para essa compreensão.

É nele onde os alunos aprendem a lidar com o imprevisto, inesperado, o barulho ou apatia das crianças, aprender a lidar com falta ou excesso de material de trabalho, onde eles constroem as vivências de uma prática que irá

acompanhá-los dentro de sua trajetória como profissionais da educação são neste momento formativo ancorado pela teoria já estudada que a prática se evidência e torna-se inspiração para continuar e refletir acerca da profissão. (ROCHA; LIMA, 2008, p.4).

Durante o processo de formação docente, muitas relações são construídas, edificadas, fragilizadas, fortalecidas e divididas. O Estágio Curricular Supervisionado é um grande espaço de construção dessas relações, entre todos os envolvidos, bem como, as relações profissionais e as instituições formadoras “universidade e escola campo de estágio”. Assim, solicitamos que os sujeitos, nos relatasse quais as relações estiveram presentes durante o período de estágio? destacando a divisão entre as relações humanas e institucionais, ou seja:

____As relações humanas sempre foram harmoniosas, apesar de muitas vezes, não termos nenhum contato com o professor que orienta o estágio. As institucionais, são acessíveis, escola campo de estágio está sempre disponíveis para receber e colaborar com a formação dos novos profissionais, mas também poderia ser melhor, construir laços, falarem a mesma língua, serem parceiras de fato. (PRB).

____As relações humanas são de muito respeito. As institucionais, poderia ser melhor, haver momentos de encontros par planejamento e diálogos efetivo. (POE).

____As relações humanas foram harmoniosas, estimuladoras, orientadoras e de escuta. (L1).

____As institucionais, quase não existe dialogo de maneira efetiva, uma envia os estagiários e a outra recebe. (M1)).

___ As relações humanas foram especiais, nos ajudaram muito, mas entre as instituições, deixa a desejar (M4).

Conhecer as relações presentes durante o estágio é reconhecer o humano que subsidia esta relação, identificando como elas acontecem e de que formas interferem na realização do processo formativo, pois enquanto seres humanos e profissionais da educação, estamos em constante processo de formação que é mediada via relações com as pessoas e outros profissionais, colocando-nos diante do outro, percebendo suas potencialidades e limitações o que subsidia conhecer as suas.

Fonte: elaborado pelo autor (2019).

Entendemos que as relações construídas durante o período de estágio, traz características singulares para os sujeitos envolvidos, pois o professor orientador precisa ter acesso ao estagiário e ao professor regente para fazer mediações de maneira harmoniosa. O estagiário precisa ser acessível ao professor orientador para que este consiga lhe orientar com facilidade, dando condições de desenvolver uma prática pedagógica consistente. E por último, o professor regente abre seu espaço da sala de aula para outros profissionais se apropriarem, necessitando de laços afetivos que permita segurança em deixar ser observado, analisado e que outra pessoa assuma sua sala de aula durante um certo tempo, possibilitando crescimento ou regressão. O estagiário precisa construir laços e espaço de confiabilidade com a turma estagiada, o que leva a uma relação com as famílias dos alunos, possibilitando maior contato e melhor conhecimentos das características de cada situação. Ao construir uma relação equilibrada, todos os inseridos no processo saem satisfeitos e conseguem melhores resultados, ou seja, todas as relações são extremamente importantes para a formação do acadêmico estagiário, mas a construída junto ao professor orientador, se torna mais eficaz, em virtude de partir deste as orientações gerais para a realização do estágio. Segundo Oliveira (2011):

A relação mestre – aprendiz é muito é muito relativa na cognição situada, no sentido de que não há disponibilidade para considerar o mestre como o único responsável pela aprendizagem do novato ou iniciante. Pois se é certo que o mestre tem muito a ensinar, a vontade de aprender do novato, as instituições de aprendizagem, carregadas de sentido, significações e simbolizações próprias de cada profissão, proporcionadas também pela própria relação entre os dois, são relevantes para ambos. (OLIVEIRA, 2011, p. 102).

Diante da fala dos sujeitos, percebemos grandes contribuições perante as relações, pois todos se colocam disponíveis a colaborar e ajudar o outro nas suas atividades, viabiliza espaço de confiança diante do outro para que, cada um sinta-se parte do processo e com abertura para se colocar frente as situações apresentadas. “Se o estágio estiver bem organizado, o estudante encontrará outros colegas também estudantes e poderá compartilhar com eles dúvidas, emoções, dilemas práticos, entre outros. O encontro se refere também as instituições onde desenvolverão suas práticas”. (ZABALZA, 2014, p. 117).

Com relação as relações institucionais “universidade e escola” campo de estágio, as mesmas são responsáveis pelo processo formativo dos indivíduos, cada uma com suas características e responsabilidades. A primeira, prepara os acadêmicos para a atuação profissional e social, já a segunda, prepara os educandos para viverem em sociedade nas suas diversas dimensões, bem como, contribuir com a primeira para a formação dos profissionais. Infelizmente, na fala dos participantes da investigação, não tivemos uma visão positiva das relações instituições; são acessíveis no sentido de estarem disponíveis a colaborar, mas, cada uma em seu espaço, destacando ainda que poderia ser melhor, permitindo um diálogo efetivo, encontros de planejamento dos períodos de estágio onde pudessem comungar das ideias, atendendo as especificidades de cada situação.

Muitos, entendem que o período de estágio como aprendizado, é um período de transição entre o aprender e o fazer profissional. Assim, colabora para a ampliação dos conhecimentos, desenvolvimento de habilidades e atitudes de aprendizagem diante do ambiente profissional, bem como, os professores orientadores, responsáveis pelo acompanhamento dos estagiários, desempenham um papel formativo essencial, a medida que geram a qualificação do trabalho dos estagiários, através das interações e colaborações durante o processo formativo.

Na construção das relações, os professores orientadores, são extremamente importantes, pois a supervisão do estágio exige clareza conceitual com relação efetiva entre “orientador e estagiário” viabilizando orientação, encaminhamentos, cobranças e apoio técnico num clima relacional positivo; pautado no desenvolvimento de atividades que estejam de encontro das necessidades dos acadêmicos estagiários frente a um determinado momento do processo, priorizando a construção profissional e para isso, faz-se relevante o estagiário está em permanente processo de avaliação para que as dificuldades diante da profissão sejam identificadas e superadas. De acordo com Carvalho (2017):

É necessário problematizar as ações docentes para que as observações possam, a partir de referenciais teóricos, ser significativas para os futuros professores