ETAPAS 0 0 PROCESSO TERAPÊUTICO
1 O relato de caso apresentado no presente trabalho é derivado da dissertação de Denise de Lima Oliveira, desenvolvida no Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Experi
mental: Análise do Comportamento, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
que fazem com que este com portam ento se m antenha, causando sofrim ento para o cliente ou seus pares.
A segunda fase do processo terapêutico é a intervenção, o período em que o terapeuta, ou o acom panhante terap êu tico , p ro m o v e alterações nas relações entre com portam ento-problem a e variáveis m antenedoras. Essas alterações podem vir tan to do cliente com o do am biente. Porém , em se tra tan d o de terapia, em geral essa intervenção p arece se dar pela m udança da form a com o o cliente responde às situações, conseqüentem ente alterando as interações. O terapeuta tem , portanto, o papel de auxiliar seu cliente a respon der de m odo a produzir as conseqüências necessárias, sem que estas venham acom panhadas de sofrim ento, o u seja: seu papel é otim izar as relações entre o cliente e seu am biente, para que ele consiga te r um a vida com qualidade, na qual ele tenha acesso a reforçadores e consiga d im in u irão m áxim o as relações p o r controle aversivo.
Após o processo de intervenção cabe ao terap eu ta avaliar os resultados para que se possa planejar a alta do cliente. Esta etapa da terapia faz parte de um a avaliação final (avaliação funcional), na qual se observa se as interações do cliente com seu am biente foram alteradas e se as novas relações estabelecidas estão sendo benéficas para o cliente e para o am biente, pois só assim elas pode rão se manter.
Q uando falamos em avaliação, inicial o u final, referim o-nos à avaliação funcional e , com o verem os, ela é a ferram enta essencial para u m b o m processo terapêutico. Porém , antes de falarm os sobre a avaliação funcional é im p o r tan te destacar que, apesar da divisão didática das etapas do tratam en to aqui apresentada, na prática essas divisões não existem. Um processo terapêutico vconsiste em avaliações e intervenções constantes, desde seu início até seu fim. Ao darm os início à avaliação funcional, já estam os alterando o com portam ento de nosso cliente e, assim como ocorre quando interviem os sobre seu com por tam ento, devem os avaliar os efeitos produzidos pelas perguntas que fazemos ao cliente ao longo da coleta de dados e pelas descrições que fazem os de seu com portam ento ao sintetizarm os as inform ações coletadas,* em outras pala vras, o processo terapêutico é feito de avaliações e intervenções contínuas, portanto, a divisão aqui apresentada é p u ram en te didática.
Nosso objetivo neste capítulo é tratar da importância da observação em am biente natural na form ulação da avaliação inicial e de resultados, porém , antes disso, é necessário abordar brevem ente o que se entende por avaliação funcional.
A AVALIAÇÃO FUNCIONAL
De acordo com Meyer (1999; 2003), a avaliação funcional é o instrum en to básico de trabalho do analista do com portam ento, que possibilita a identi ficação de contingências (relações estabelecidas entre organismo e ambiente - Banaco, 1999), a predição e o controle do com portam ento.
Na literatura encontra-se comum ente o nome análise funcional como refe rência à etapa inicial do tratamento (Keefe, Kopel & Gordon,1980; Meyer, 1999, 2003). Entretanto, segundo Carr, Langdon ôí Yaibrough (1999), análise funcional envolve controle experimental e manipulação de variáveis, ou seja, é um pro cedim ento análogo à execução de um experimento, o que dificilmente ocorre num a avaliação funcional em settingclínico. Na situação clínica, freqüentemen te, utilizamos a entrevista - e em alguns casos a observação - e interpretamos os dados coletados com base em conceitos desenvolvidos pela análise do com por tam ento. Visto que são interpretações das relações entre o organismo (resposta) e o am biente (estímulo), e não manipulações de variáveis, parece mais preciso e adequado cham ar esse procedimento de avaliação funcional, conforme sugerido em trabalhos mais recentes (Carr, Langdon & Yarbrough, 1999; Meyer, 2003).
A avaliação funcionai pode ser dividida em etapas. Meyer (2003) propõe a seguinte divisão:
a) identificação dos com portam entos de interesse (comportamentos-pro- blem a) - levantam ento ju n to ao cliente dos comportamentos-problema que ele apresenta. Esse levantam ento deve ser feito em term os de ação, evitando qualificá-las. Exemplo: "P. pegou a cadeira da sala de aula e jogou-a em outro m enino que estava sentado próximo a ele”. Devemos evitar descrições do tipo "P. foi agressivo porque estava com raiva”; b) identificação e descrição das características dos com portam entos de in
teresse (chamadas pela autora de efeitos comportamentais) - a duração, a freqüência com que ocorrem e seus graus de intensidade;
c) identificação das relações entre eventos ambientais (estímulos) e os com- portam entos-problem a (respostas do cliente) - condições antecedentes e conseqüentes relacionadas a cada com portam ento-problem a (respos ta). Dc form a resumida, as condições conseqüentes (conseqüências), são eventos subseqüentes e contingentes a um a resposta. Já os eventos ante cedentes são condições sob controle das quais a resposta ocorre.
G eralm ente, o processo de avaliação funcional é feito através de,entrevis tas. Segundo De Rose (1997), a entrevista é a fonte de dados mais am plam ente utilizada em psicologia e, durante sua condução, o olhar do psicólogo deverá éstar voltado para as relações estabelecidas entre eventos am bientais e as ações do organismo.
A realização da entrevista é fundamental para se estabelecer a relação com o cliente, obter informações e influenciar e dirigir esforços para a m udança do com portam ento-problem a (Keefe, Kopel & Gordon, 1980). Além disso, a entrevista é um a im portante fonte para a seleção das variáveis a serem observadas e manipu ladas em um a análise funcional, pois ela propicia um prim eiro levantam ento de comportamentos-problem a a serem avaliados e perm ite identificar algumas de suas prováveis variáveis de controle (Garr, Langdon & Yarbrough, 1999).
Entretanto, a entrevista pode se m ostrar insuficiente com o ferram enta para formulação da avaliação funcional, já que o relato verbal está sujeito a limita ções, que podem ser decorrentes de falhas no processo de atenção ou memória, de problemas com relação à acessibilidade do falante aos estím ulos relevantes ou de distorções - deliberadas ou não - p o r parte do cliente (De Rose, 1997).
Nos casos em que a entrevista é insuficiente para a form ulação da avalia ção funcional, é recom endada a utilização da observação em ambiente natural, ferram enta que pode suplem entar a entrevista na obtenção de dados para a formulação da avaliação funcional.
OBSERVAÇÃO EM AMBIENTE NATURAL COMO FERRAMENTA PARA A FORMULAÇÃO DA AVALIAÇÃO FUNCIONAL
A observação em am biente natural pode suplantar a entrevista clínica na obtenção de dados. Através dela é possível levantar dados relativam ente mais
confiáveis sobre o com portam ento de interesse. O registro dos eventos na or dem em que eles acontecem pode impedir algumas das distorções que tipica m ente envolvem o levantam ento de dados por m eio de entrevista. As informa ções produzidas a partir da observação, quando somadas àquelas previam ente obtidas num a entrevista, perm item a formulação de um a avaliação funcional mais precisa, a qual proporcionará ao terapeuta um a maior clareza na escolha da intervenção aser feita.
De acordo com Danna & Matos (1999), o uso da observação como forma de coleta de informações aum enta a probabilidade de que o observador fique sob influência do que acontece na realidade, ao invés de se pautar em suposi ções, interpretações e preconceitos.
O m étodo de observação em am biente natural consiste no registro de eventos po r amostragem ou na obtenção de exemplos diretos de ocorrência dos com portam entos-problem a.
Através da observação em ambiente natural é possível acessar diretam en te os com portam entos-problem a que são o foco da queixa do cliente, as carac terísticas deste com portam ento problem a, e as relações entre os com porta m entos-problem a e as variáveis ambientais. Por essas razões, Carr, Langdon ÕC Yarbrough (1999) elegem a observação com o um a ferramenta com plem entar im portante para a elaboração da avaliação funcional.
O que ocorre tipicamente é que durante a entrevista são identificados os com portam entos-problem a e suas interações com o ambiente, para posterior m ente serem definidas as estratégias das sessões de observação de m aneira mais sistem ática2, perm itindo a coleta de dados em relação aos com portam entos- problem a que serão utilizados na avaliação funcional.
D e acordo com D anna 8C Matos (1999), a observação perm ite identifi car as deficiências existentes, as variáveis que afetam o com portam ento e os recursos disponíveis no ambiente para que eventuais mudanças sejam im ple m entadas. Esses recursos facilitam a escolha das técnicas e dos procedim entos
2 Segundo Danna & Matos (1999), uma observação é chamada de sistemática por ser planejada e conduzida de acordo com o objetivo anteriormente definido. De acordo com as autoras, planejar as observações significa estabelecer onde, quando, quem, o que e com o elas serão conduzidas.
mais adequados para atingir os objetivos pretendidos. Além disso, ressaltam as autoras, a observação é im portante para avaliar a eficácia das técnicas e os procedim entos adotados.
Se, por u m lado, a observação em am biente natural é eleita com o ferram en ta im portante na formulação da avaliação funcional, por outro, ela traz consigo u m problem a: seu custo. Uma observação em am biente natural exige m aior disponibilidade de tem po do terapeuta (não só para a observação, que deve acon tecer algumas vezes na semana, com o tam bém para o deslocamento até o local no qual o cliente convive), o que é revertido em maiores custos para o cliente.
i Por se tratar de u m procedim ento m uitas vezes essencial para u m a ava liação funcional eficiente, alguns recursos são utilizados de m odo a dim inuir os custos. Um dos recursos utilizados po r equipes de saúde m ental é o trabalho de
acompanhantes terapêuticos (AT), em geral realizado por estudantes de psicologia
ou psicólogos recém-formados. C om o o AT é u m profissional com m aior dispo nibilidade e cujos honorários tendem a ser mais acessíveis em função de sua m e no r experiência, sua inserção em um a equipe pode viabilizar a observação em am biente natural para um a gama m aior de casos para os quais ela é necessária.
Hoje há cursos especializados para a formação desse profissional. A con tratação de u m AT que tenha feito cursos específicos aum enta a probabilidade de um serviço de m elhor qualidade. O u tro fator que pode garantir o sucesso de um a observação em ambiente natural é a boa relação entre o AT e o profissional responsável pela condução do caso (psicólogos e psiquiatras), pois esse profissio nal poderá orientar o AT sobre com o as observações deverão ser conduzidas.
A observação em am biente natural, em geral, interfere n o c o m p o rta m en to dos observados (cliente e seus pares), o que pode influenciar a qualida de dos dados registrados. E ntretanto, esse problem a pode ser m inim izado p o r m eio da extensão da duração da observação. Segundo H art & Risley (1995), para a obtenção de inform ações mais fidedignas, a observação deveria durar n o m ín im o u m a hora, pois é m ais difícil que as pessoas m an te n h am co m p ortam entos diferentes de seu responder em situação natural p o r um tem po prolongado. Além disso, a observação deveria se iniciar depois de o observa do r conversar com os observados (ropport), e esses se en v olverem em suas atividades cotidianas.
ICONDUZINDO A OBSERVAÇÃO
É im portante que o registro dos dados obtidos por meio da observação seja o mais com pleto e preciso possível, devendo refletir o que de feto ocorreu e re- Ipresentar todas as instâncias do com portamento-problema ocorrido no período
de observação (Johnston & Pennypacker, 1993). Os dados registrados devem in fluendar o com portam ento do terapeuta e /o u do acompanhante terapêutico, . Servindo com o estímulos que levam o terapeuta e o AT a agirem enquanto o tra balho progride. Esses estímulos modelam as decisões de intervenção anteriores e influenciam as interpretações a serem desenvolvidas pela equipe.
Vale ressaltar que a exigência apresentada p o r Johnston & Pennypacker (1993) de que a observação seja com pleta é inviável em um contexto de apli- . cação clínica, pois para isso seria necessário que a observação fosse contínua, ou seja, feita o tem po todo - o que dificilmente ocorrerá. As observações na- J turais que fazemos são descontínuas, todavia, artifícios podem ser utilizados ,, para sanar (pelo m enos em boa parte) esse problem a. As observações podem ■ ser divididas em períodos que garantam a representatividade dos comporta- m entos-problem a. Por exemplo, observações em períodos diferentes do dia poderiam possibilitar maior representatividade desse com portam ento.
A estratégia de observação e o registro do com portam ento do cliente de- v vem ser definidos anteriorm ente entre o AT e o profissional responsável pelo caso, que juntos tom arão a decisão de como conduzi-los baseando-se nas infor m ações levantadas na entrevista e, em alguns casos, num a revisão bibliográfica sobre o assunto. Com base nesses achados, os profissionais delimitarão quais inform ações sobre o com portam ento-problem a podem ser im portantes e o | que deve ser observado e registrado.
Um relato de observação precisa ser objetivo. Para tanto o observador deve evitar:
a) term os que designem estados subjetivos: o observador deve descrever aquilo que observou;
b) atribuição de intenções ao sujeito: ao invés de interpretar o observador deve descrever as ações;
c) atribuição de finalidades à ação observada: o observador deve descre ver o com portam ento e as circunstâncias em que ela ocorre (Danna & Matos, 1999).
Vejamos dois exemplos de relato;
Exemplo 1 - correto
João pega o controle da m ão d o pai e m uda de canal, o p ai pega o con trole da m ão de Jo ão e coloca n o canal anterior. João pega o controle, desliga a televisão e sai correndo com ele p ara o quarto. Seu pai vai atrás e com eça a 'conversar, diz em to m de voz mais alta do que as an teriorm ente observadas: “papai não gosta q u e você faça isso, isso é feio e deixa o papai m u ito triste, dessa m aneira o papai n ão vai gostar m ais de você” . O pai pega o controle e volta para a sala.
Exemplo 2 - incorreto
João, po r sentir-se sozinho e querendo atenção, pega o controle da m ão do pai e m uda de canal. O pai bravo pega o controle e coloca no canal anterior. João, querendo brincar, pega o controle e corre para o quarto. O pai não agüen ta mais o m au com portam ento d ejo ão , briga com ele, pega o controle e volta para a sala.
N ote que no prim eiro exem plo há u m a descrição das ações n a ordem de seu acontecim ento; é um a observação m ais "pura", pois relata com o os fatos aconteceram , sem atribuir a eles intenção, finalidade, qualificações ou esta dos subjetivos. N o segundo exem plo, o observador com ete dois erros: supõe as intenções q u e levaram às ações ("querendo atenção”) e faz ju lg am en to s ou registros não-descritivos (o pai “briga com ele”). O registro dos com porta m entos observados deve ser feito de form a clara e precisa, registrando-se as ações e evitando term os amplos, indefinidos ou vagos e expressões ambíguas. Só depois de se observar o registro ju n ta m e n te com o profissional respon sável pelo caso é q u e serão form uladas hipóteses funcionais a respeito das situações registradas.
Para um a observação ser objetiva, clara e precisa, o observador deve uti- jtlizar verbos que descrevam a ação observada e term os que identifiquem os H objetos ou pessoas presentes e referenciais físicos (Danna ôí Matos, 1999).
O utra decisão a ser tomada, antes de iniciar as observações, é se o registro ||$ a s observações será feito de forma cursiva ou p o r categorias. O registro cur- ilfiv o consiste em anotar as observações exatam ente como elas acontecem e na |ójrdem que acontecem, de forma seqüencial, sem preocupação com categorias ||> ü funções das respostas. O prim eiro exemplo descrito anteriorm ente caracte
r iz a um registro cursivo (outro exemplo pode ser observado no Anexo I). No registro p o r categorias, o observador registrará comportam entos es p ecífico s, já anteriorm ente definidos (geralmente nas primeiras sessões de ob- lliervação). Dessa forma, antes de começar a observar e registrar, o observador Hprecisará agrupar esses com portam entos em categorias que devem ser m utua lm e n te exclusivas (um com portam ento só pode se enquadrar em um a das cate- )rias); após essa definição, o observador registrará a ocorrência de respostas ^ de cada categoria no tem po determinado, sem precisar descrevê-las.
Independentem ente da escolha pelo registro cursivo ou por categorias, |f aconselha-se levar folhas de registro (protocolo de observação) para garantir ! um a observação mais producente. Especificamente para o registro por catego- I rias, o observador deve levar um a folha de registro com as categorias já definidas
; anteriorm ente e com a forma e o tem po de registro das categorias já estabele cidos. Esse registro pode ser realizado de diferentes maneiras, dependendo do objetivo da observação.
N a Figura 1 apresentamos um exemplo de folha de registro, na qual é pri vilegiada a freqüência de emissão de cada com portam entoalvo3 (categoria) no tem po para observação de alguns comportam entos de um a criança ao interagir com um familiar.
’ O termo "comportamento alvo" está sendo utilizado aqui e m detrimento do termo “cora- portamento-problema”, pois numa observação muitas vezes podem os querer registrar não só comportamentos-problema com o com portam entos adequados.
Ohsprvarãn n°- _ nata- Período.- n h w varia (0- C nntpxtrt- Categoria Período (minutos) 0-5 6-10 11-15 16-20 21-25 26-30 31-40 4V45 46-50 Nomear Descrever Perguntar Repetir Observarnpsr
FIGURA 1 - Modelo de folha de registro utilizada em coleta de dados tom observação sistemática através do registro de categorias, privilegiando a freqüência óos romportamentos-problema.
Uma outra forma de registro pode ser desenvolvida quando o objetivo, além de registrar freqüência, é obter informações sobre a seqüência com que esses comportamentos-alvo (categoria) ocorrem. Conforme pode ser observa do na Figura 2.
Para efetuar um registro de categorias adequado, o observador (terapeuta ou acompanhante terapêutico) deve ter claro o objetivo do trabalho, pois ele norteará a decisão do tipo de registro escolhido.
Outra variável importante para garantir uma boa observação é a familiari zação com as categorias registradas e com a folha de registro. Para garantir que essa variável não intervenha na observação, aconselha-se que treinos-piloto sejam feitos ames da observação, pois assim será menor a probabilidade de ocorrência de problemas no andamento da observação.
Um outro método utilizado para garantir ou pelo menos para minimizar os problemas de interpretação de categorias é o teste de concordância entre
observadores. Esse método consiste na utilização de dois observadores no am biente natural, cada um fazendo seu registro de forma independente do outro, c o m posterior comparação entre os registros. Esse procedimento nem sempre é possível num processo terapêutico, devido principalmente ao seu custo.
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Categorias: A - Nomear; D - Descrever; P - Perguntar; 7 - Repetir
Período Categorias 0-5 A - P - 0 - A - T - D - P - T - A - D - D - P - A - T . . . 6-10 11-15 16-20 21-25 26-30 31-35 36-40 41-45 46-50 Observações.-
: FIGURA 2 - Modelo de folha <Je registro utilizada em coleta de dados com observação sistemática através do registro ;<le categorias, privilegiando a freqüência e a ordem dos comportamentos.
Após a observação, deve-se sistematização os dados obtidos. Segundo Keefe, Kopel & Gordon (1980), a apresentação dos dados em forma de gráficos e quadros podem facilitar a visualização das informações obtidas para o enten dimento, a análise e a tomada de decisão pelas pessoas envolvidas (terapeuta, acompanhante terapêutico, cliente e pessoas de sua relação, tais como profes sora e pais no caso de atendimento infantil). Dados apresnetados em forma de figura resumem as informações e tomam-nas mais visíveis, demonstrando, por exemplo, o aumento ou a diminuição na freqüência de determinada resposta. Além disso, quadros que demonstrem relações funcionais entre a resposta e os estímulos ambientais envolvidos num determinado comportamento podem ser mais precisos do que um relato cursivo do episódio.
No caso relatado a seguir, a o b s e r v a ç ã o em ambiente natural foi essencial
para a condução do processo terapêutico. A observação descrita foi feita por um dos autores e realizada tanto para a elaboração da avaliação inicial como para a avaliação de resultados.