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ARQUITETURA DE SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS: ESSENCIAL À CONFORMAÇÃO DE INDICADORES DE DESEMPENHO

CRITÉRIOS DESCRIÇÃO

2.5 ARQUITETURA DE SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS: ESSENCIAL À CONFORMAÇÃO DE INDICADORES DE DESEMPENHO

QUALI-QUANTITATIVO.

Inegavelmente, a principal matéria prima do segmento vigilância sanitária é a informação. Esta requer tratamento compatível com a sua importância, haja vista a intensa influência que exerce sobre o planejamento, a programação, a avaliação e o controle das ações em qualquer esfera de governo, com especial atenção para o âmbito municipal.

Com esse entendimento, também, se torna notório a essencialidade dessa matéria prima para a conformação de indicadores de desempenho quali-quantitativo, bem como, em relação a dinâmica dos mesmos na prática cotidiana do segmento para indicar possíveis caminhos em busca da auto-organização do respectivo espaço organizacional em estudo.

A administração bem sucedida dessa matéria prima exige, num primeiro momento, o desenho arquitetônico de um sistema básico de informações gerenciais, de forma que sejam estabelecidos fatores capazes de proporcionar um mapeamento do segmento, envolvendo as dimensões - organização, negócios, sistemas, tecnologias e usuários internos e externos.

Tende-se a acreditar, que importância da arquitetura de sistemas de informações gerenciais para o segmento municipal da vigilância sanitária de Florianópolis, repousa sobre alguns aspectos, assim estabelecidos:

1. fornecer um mecanismo e uma estrutura que permita mostrar interfaces necessárias, compatibilidade, integração e interação intra e inter segmento; 2. fornecer uma estrutura para que seja possível implementar as necessidades

de sistemas de informações e aprimoramento do negócio do Sistema Municipal de Vigilância Sanitária de Florianópolis;

3. servir continuadamente à necessidade de relacionamentos entre as estratégias adotadas com a tecnologia de informação necessária;

4. dar suporte à tomada de decisão com enfoque estratégico gerencial.

Com base em Zachman (1987, p.23), a arquitetura de sistemas de informações gerenciais apresenta como desdobramentos:

• estruturar a visão da organização por meio da definição das necessidades, especificações do projeto e descrição da implementação para dados, controle, função e decisão.

Diante desse referencial, descortina-se a necessidade de definição do objetivo da arquitetura de sistemas de informações gerenciais, adaptada a partir de Ein-Dor & Segev (1983, p.53-71). O seu objetivo primário constitui-se pelo delineamento da estratégia de desenvolvimento, finalidade, prioridade, funções, metas e documentação.

A estratégia de desenvolvimento requer a sua representatividade como a expressão da vontade coletiva dos elementos humanos da organização, na ordem que imprime a dinâmica contextual e abrangente do segmento nas instâncias corporativa/estratégica, competitiva/gerencial e operacional/transacional. Para Ein- Dor & Segev (1983, p.53),

Qualquer organização que se proponha a desenvolver um sistema de informações gerenciais deverá possuir uma estratégia de desenvolvimento consciente e estabelecida. Embora as estratégias de desenvolvimento possa variar de forma ampla, a escolha final deve ser o produto de decisões abertas e não a delegação por omissão a níveis inferiores da organização.

A estratégia, por sua vez, corresponde a três dimensões tal como se estabelecem:

1. a direção do ataque, que determina o grau de abrangência do plano de desenvolvimento;

2. o grau de integração, que especifica o quanto a integração é ramificada entre os diversos sistemas de informações à administração dentro da organização; 3. a propensão ao pioneirismo, que estabelece o grau de inovação desejado no

seu desenvolvimento.

A finalidade da arquitetura de sistemas de informações gerenciais, consiste da expressão explícita do papel destinado a ela dentro da organização. Esse papel se relaciona a decisões, planejamento, informações e identificação de problemas.

A prioridade se constitui das linhas-mestras para a escolha das áreas a serem abordadas em potencial, a fim de manter o curso principal dos objetivos da organização. Em outras palavras, o esquema de prioridades requer que as mesmas convirjam para as áreas de sustentação das ações de proteção e promoção da saúde coletiva, em decorrência do maior ou menor risco epidemiológico.

As funções são aplicações específicas a serem utilizadas pelos gerentes da organização. Como a gama de funções pode assumir grandes proporções, torna-se imperativo que sejam definidas em primeira ordem aquelas funções de essência estratégica para a tomada de decisão, a fim de permitir que sejam combatidos os pontos fracos internos à organização e as ameaças advindas do ambiente externo.

As metas representam as bases da importância e da qualidade da arquitetura estabelecida, tendo como parâmetros a finalidade, a prioridade e as funções definidas.

A documentação é o processo que deve acompanhar todas as fases mencionadas na definição do objetivo. É a forma pela qual os objetivos da arquitetura de sistemas de informações gerenciais, são apresentados à alta administração para apreciação, acompanhamento e controle. O detalhamento e a riqueza de informações expressas na documentação, são preponderantes para a consistência da arquitetura desejada.

A arquitetura de sistemas de informações gerenciais se torna fundamental na medida em que "a evolução das organizações em sistemas de informações é, então, capaz de transformá-las estrutural e espacialmente" (MORGAN, 1996, p.88).

Parece sacramentada a necessidade da existência de consistente sistema de informações gerenciais no segmento da vigilância sanitária, objeto do estudo em proposta. Em vista disso, surge a questão: como se pode chegar a essa consistência?

A partir dessa inquirição, será explorada uma intenção simplificada, no sentido de apresentar elementos gerais que possam contribuir para o desenho de arquiteturas de sistemas de informações gerenciais para o respectivo sistema, sendo que tais elementos mantém relação direta com a conformação de indicadores de desempenho quali-quantitativo.

Conforme expressado, em momento anterior, a conformação de arquiterura de sistemas de informações gerenciais, de forma basal e elementar, requer que seja contemplado o inter-relacionamento dos componentes assim determinados - organização, negócios, sistemas, tecnologia e usuários.

Antes mesmo do desmembramento teórico de cada componente, emergem alguns questionamentos de enfoque estratégicos, assim formulados:

1. os resultados desejados por toda e qualquer organização enseja uma relação bastante estreita entre os níveis estratégicos estabelecidos (corporativo, competitivo e operacional)?;

2. nessa direção está contemplada a intensa participação dos seres humanos, com envolvimento e comprometimento, na medida de seus aspectos comportamentais, como fator de imperiosa importância para o alcance da arquitetura desejada?;

3. em outras palavras, as pessoas, em processo interativo, quando não basta estarem juntas, mas caminharem juntas, configuram-se como as molas propulsoras do processo de tomada de decisão, desenvolvimento do projeto, implementação e operação do sistema de informação gerencial adotado, compartilhando em proporções justas os resultados auferidos?;

4. considerando as possibilidades de sucesso e fracasso para sistemas de informações gerenciais, a falta de visão e aceitação das questões formuladas, bem como, erros estratégicos na gestão do processo como um todo, habita a consciência coletiva de que pode representar situações inusitadas que convirjam ao fracasso?

Esses questionamentos, como pode ser percebido, apresentam ênfase ao caráter sócio-técnico a ser considerado quando da estruturação de arquiteturas de sistemas de informações gerenciais. Assim sendo, merecem reflexão continuada em todos os momentos na proporção da intensidade de relação quando da conformação das respectiva arquitetura básica.

O desmembramento de cada um dos componentes da arquitetura simplificada para sistemas de informações gerencias, nos sistemas municipais de vigilância sanitária, torna possível a visão geral de como se configuram os elementos de cada um dos componentes. Esse desmembramento tem base referencial teórica em Zachman (1987); Inmon, Zachman & Geiger (1997) e Cruz (1998).

Componente 1 - Organização

A estruturação da arquitetura, em relação ao componente organização, considera os elementos assim elencados:

1. estrutura administrativa existente e necessária, contemplando fluxo hierárquico; organização funcional, abordando processos, serviços, localização geográfica, quantidades, clientes, contingências ambientais, tempo, projetos; formas de orientação para estruturas: para processos, para a

flexibilidade, para a virtualidade, para a terceirização, para consórcios, para grupos de interesse, para funções;

2. definição da missão, estratégia e metas, isto é, definir a razão de ser (missão), o que pretende alcançar (metas) e os caminhos para alcançar (estratégias);

3. definição do escopo de negócios em escala de generalizações e especificidades;

4. diagnóstico do ambiente das organizações, ressaltando culturas organizacionais e políticas organizacionais voltadas para pessoas, processos, sistemas, serviços e meio ambiente;

5. integração de sistemas organizacionais entre municípios, em escala estadual, nacional e internacional inerente ao MERCOSUL.

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