• Nenhum resultado encontrado

As drogas na Contempora neidade

No documento Legislação e Políticas Antidrogas (páginas 43-47)

Atividades de aprendizagem

Aula 6 As drogas na Contempora neidade

As drogas sempre estiveram presentes na sociedade e sempre es- tarão por diversas razões, por exemplo: por questões culturais, econômicas ou políticas. Assim sendo, nessa aula abordaremos a necessidade aprendermos a conviver e a intervir para minorar o impacto social, e isso é feito incentivando a sociedade a criação de uma ação permanente de prevenção e educação para uma vida saudável.

6.1 Dados do Escritório das Nações Unidas

sobre Drogas e Crime

O consumo de substâncias psicoativas - (SPAs) – “Drogas Ilegais”, é sem dúvida, um fenômeno de preocupação sociopolítica que afeta os mais diver- sos sistemas, a família, a escola e o governo, representado pelos diferentes órgãos que atuam na execução da política instituída pelo Sistema Nacional de Políticas Públicas Sobre Drogas – SISNAD.

Figura: 6.1: Gráfico Fonte: http://www.unodc.org

Estes usos de drogas sejam elas lícitas e ou ilícitas e suas consequências tem sido uma preocupação mundial, dado o número de usuários existentes e o impacto que elas causam no indivíduo, família e sociedade. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 10% da população residente em

Para o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), exis- tem cerca de 200 milhões de usuários de drogas ilícitas em todo o mundo o que corresponde a 4,8% da população mundial. Destes 26 milhões tem problemas com o uso, mas o que é preocupante é que apenas 18% tiveram acesso a algum tipo de tratamento. Estas drogas respondem por 0,8% dos problemas de saúde no mundo. (veja quadro acima)

6.2 As drogas na espiral dos tempos

Os Relatórios Mundiais sobre Drogas do (UNODC), têm mostrado também, que o consumo de drogas vem mudando em direção a novas drogas (sinté- ticas) e de novos mercados. Entretanto, há sinais de aumento no consumo das mesmas nos países em desenvolvimento, além de um aumento no con- sumo de substâncias do tipo anfetamina e no abuso de medicamentos sob prescrição em todo o mundo.

Porem, é de se considerar o fato, que as drogas sempre estiveram presentes na sociedade.

Encontramos inúmeros registros na história, do uso de algum tipo de subs- tancia ao longo dos tempos. Da bebedeira de Noé relatada na Bíblia em Gênesis 10.000 a.C., das evidências existentes de que no início da agricultu- ra já se cultivavam plantas como tabaco, café e maconha em 7.000 a.C., que folhas de um tipo de pimenta mascada por seus efeitos estimulantes foram encontradas em sítios arqueológicos na Ásia, do jarro de barro com resíduos de vinho resinado datado de 5.400 – 5.000 a. C. do registro do uso de maconha pelos chineses em 4.000 a.C., em 1.492 d.C., Cristóvão Colombo nas Américas descobre índios usando tabaco, em 1.850 d.C., a coca é usada como anestésico, em 1.938 d.C., o LSD é descoberto e usado acidentalmente. Já na atualidade na década de 80 surge o crack a cocaína em pedra.

É evidente e preocupante, que nos dias atuais mu- danças drásticas ocorreram na forma, intensidade e frequência, com que as pessoas usam drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas. As substancias estão cada vez mais acessíveis em maior número e toxicidade e os valores sociais e a aceitação social vem se alterando.

Figura 6.2: Espiral

Também é possível observar, principalmente pelas pessoas que estão a mais tempo lidando com as questões relacionadas às drogas no Brasil, como esse assunto vem sendo tratado e não apenas pelas autoridades, mas pela popu- lação em geral. A 30 ou 35 anos atrás nós discutíamos o problema do uso e abuso da maconha, depois a 20 ou 30 anos atrás, assustados discutíamos os problemas advindos do uso e abuso da cocaína. Hoje estupefatos assistimos nos telejornais falarem da epidemia de crack.

O discurso se repete, com a mesma forma e força, com as mesmas propostas e ações, buscando resultados diferentes. Abordamos as questões relativas às dro- gas dando ênfase na substância, esquecendo-nos dos indivíduos, das pessoas.

6.3 Dados do Centro Brasileiro de informações

sobre drogas psicotrópicas - CEBRID

Hoje as pesquisas feitas no Brasil pela CEBRID, demonstram que o maior consumo de drogas ilícitas é feito por adolescentes ou adultos jovens, e caso as atuais tendências de seu consumo sejam mantidas haverá um número crescente de pessoas em idade produtiva que apresentarão graves consequ- ências sociais e de saúde.

Os censos populacionais têm produzido informações que permitem conhe- cer as principais características das pessoas e dos domicílios, acompanhar sua evolução ao longo do tempo, e planejar adequadamente o uso sustentável dos recursos, sendo imprescindíveis para a definição de políticas públicas e a tomada de decisões de investimento, sejam eles provenientes da iniciativa privada ou de qualquer nível de governo.

A execução de um levantamento dessa natureza representa o desafio em um país de dimensões continentais como o Brasil, com 8.514.876,60 km2, composto por 27 Unidades da Federação e 5.565 municípios, abrangendo, aproximadamente, 67,2 milhões de domicílios. A população do Brasil hoje é de 190.732.694 pessoas, conforme o Censo 2010 do IBGE.

No relatório mundial sobre drogas WDR de 2010 do (UNODC) a taxa anual de prevalência de uso no Brasil e Cone Sul, os dados apresentados são pre- ocupantes.

bom/ruim, bonito/feio, doce/amargo, esta ‘evolução’ que tantos benefícios proporcionaram à humanidade, trouxe de arrasto seus custos.

O plantio de drogas se alimenta da instabilidade, da corrupção e de “gover- nança ruim”. Portanto, é necessário restaurar e fortalecer o Estado de Direito, pois a produção de droga se alimenta da demanda por essas substâncias. Portanto é preciso trabalhar mais a prevenção, bem como, os cuidados com tratamento e, eventualmente a detecção de possíveis epidemias emergentes.

Para conter a questão das drogas é preciso compromisso internacional. O conceito de “responsabilidade compartilhada” teria que ser universalmente aceita e implementada entre países que produzem e países que consomem. Também é necessário trabalhar regionalmente, entre países vizinhos; e na- cionalmente – entre todos os setores da sociedade. Todos nós teremos que assumir responsabilidades para melhorar a saúde pública e a segurança co- letiva em todo o mundo. Talvez aquelas velhas perguntas sirvam novamente, por que as pessoas usam drogas? O que lhes falta? E o mais importante Como posso ajudar? Saiba, que a sociedade mais do que vitima das drogas, é a solução.

Resumo

Nesta aula conhecemos a espiral do tempo que mostrou que as drogas sempre estiveram presentes na sociedade, mas, perecebemos tambem, que é uma pequena parcela de pessoas que faz uso das drogas ilegais no mundo.

Atividades de aprendizagem

• Aproveitando os dados do CEBRID e da UNODOC, faça uma estimativa de quantas pessoas moram na sua cidade, quantas destas fazem uso de drogas, quantas teriam problemas com este uso e quantas teriam acesso a tratamento.

Aula 7 – Os Institutos que formulam

No documento Legislação e Políticas Antidrogas (páginas 43-47)