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Pré-atividade: É constantemente observado na prática da prof2 um planejamento das suas atividades, pensando em todo o processo de execução.

PPLLI5 Interpretação textual

1) Pré-atividade: É constantemente observado na prática da prof2 um planejamento das suas atividades, pensando em todo o processo de execução.

Assim, como a organização e acompanhamento: as pautas das aulas demonstraram isso e a execução de todas as etapas do processo. As pautas foram expostas para que os alunos acompanhassem e tivessem conhecimento do que será realizado desde o conteúdo, capítulos, atividades, livros lidos.

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Os livros da PPLLI1 e da PPLLI4 foram indicados desde o início da unidade, assim como o filme para que os alunos tivessem acesso anteriormente. A professora perguntava constantemente como estava a leitura do livro, quando o aluno mencionava que a leitura era chata ela concordava, mas salientou que, no decorrer da leitura, ficaria melhor. Essa atitude responsiva da professora permitia com que o aluno/leitor tivesse autonomia para se manifestar em qualquer situação.

Na PPLLI5 a professora faz toda uma preparação para organizar o júri simulado com antecedência, inclusive mencionou a atividade semelhante que fez no ano anterior, referindo-se ao posicionamento dos alunos:

Foi a atividade mais interessante que eles participaram porque discutiu o comportamento delas (referindo as personagens femininas), a atitudes delas na história, precisava que eles tivessem lido, e pela argumentação dos grupos que tava fazendo defesa ou acusação, dava pra ver que eles tinham lido e que ele sabia se posicionar em relação às personagens, tanto que no dia da avaliação, na jornada pedagógica, você estava no dia, não tava? uma aluna citou como referência esse júri, né? esse debate, porque certamente foi uma atividade que envolveu não só pra ter nota, fez porque achou que era prazeroso, significativo, interessante. (PROF2/Entrevista).

A pauta da aula apresentada foi: Realismo, capítulos 19 e 22; Naturalismo, cap. 25;

Livros: O Cortiço; Dom Casmurro e O Primo Basílio.

Foram três livros indicados: “Dom Casmurro”, de Machado de Assis; “O cortiço”, de Aluísio de Azevedo; e o “Primo Basílio” de Eça de Queiroz. A professora comentou que, no início da unidade, três livros foram indicados e levou comentários e fragmentos do livro que estava no LD, questionando e comentando sobre o livro Dom Casmurro: “Sobre o trecho do velório. Todos choraram (homens, mulheres), mas ele não chorou” e questionou: “E em O Cortiço? Quem já leu? É Rita que é responsável pelo comportamento” (PROF/Obs.). O quadro abaixo é registrado na lousa para anotar quem do grupo ia representar a acusação ou a defesa. A professora começou a incentivar a participação dos alunos: “Não sei quem vai ser advogado de defesa” (PROF2/Obs.) Os papéis foram enumerados e a professora oportunizou a troca dos papéis.

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Quadro 16: Indicação dos advogados do Júri simulado

1 - Acusação de Capitu 2 - Defesa de Capitu

3 - Acusação de Juliana 4 - Defesa de Juliana

5 - Acusação de Rita 6 - Defesa de Rita

ACUSAÇÃO DEFESA

Fonte: Registro do professor na lousa

O júri foi explicado e a professora informou: “Pode trazer prova no livro. Podem trazer testemunhas. Se quiser caracterizar, fique à vontade. Pode encenar” (PROF/Obs.). Em outra aula os livros foram agendados na pauta diária, marcando quando seria a atividade. Uma atividade do LD foi indicada e verificou-se a proposição de questões sobre textos já trabalhados ou mencionados, como “Missa do Galo” e a “A Moreninha”. Esses foram interpretados e motivados, assim como comparados com outros romances. O livro “O Cortiço” foi mencionado e associado com questões históricas. Os alunos foram indagados e participaram, indicando o nome de uma novela que a professora desconhecia: “O tempo não para”. Voltou a discussão sobre o velório de Escobar e os alunos eufóricos: “Bentinho matou Escobar” (ALUNO/Obs.) A professora enfatizou: “Eu não sei por que Dom Casmurro agita tanto vocês” (PROF/Obs.). E diante de um comentário de um aluno sobre o fato de Escobar não ter morrido, ela disse: “Acho que você vai escrever o próximo volume”. (PROF/Obs.)

Mesmo com: comentário sobre a avalição, anotação de características sobre realismo x naturalismo, a professora retomou os livros: “Algumas questões são sobre os livros que vocês leram” (PROF/Obs.) O livro “O Ateneu” foi comentado e a professora perguntou se os alunos já tinham lido. Fragmentos de o Cortiço foram lidos no LD e comparados com a realidade local, assim como uma bebida que é citada no livro e de que ela gosta: caipirinha, e a planta Flamboyant, seguida de uma lenda da roça do tio: “Quando ela dorme, o dono morre” (PROF/Obs.). Perguntas do LD foram lidas, atitudes dos personagens são explicadas, trechos do livro relembrados. Ela trouxe um fragmento para os alunos identificarem características dos personagens. Mencionou o livro “Vidas secas” e indagou se o trecho era semelhante a realidade que eles conheciam. O livro “O Xangô de Baker Street” foi citado novamente. Ela comentou a respeito de um aluno do 3º ano que é escritor e dos escritores da época que morreram novos.

O que se observou foi que a atividade com leitura não se restringiu a um momento conclusivo da unidade. Houve todo um desenvolvimento que contribuiu

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para o incentivo à leitura, para o diálogo entre texto, autor, educador e aluno. E nesse percurso os fragmentos literários dos livros lidos, que estavam no LD, foram um sustentáculo para essa prática. Não era apenas mais um fragmento para introduzir uma escola literária (embora isso também acontecesse), mas na maioria foram condizentes para um diálogo preciso e compacto para as discussões. Nesse momento foi perceptível o estímulo da docente, promovendo curiosidade, realizando inferências, incentivando a apresentação artística dos personagens. A atividade foi descrita detalhadamente, os papeis distribuídos e a busca de indícios no livro era um incentivo à leitura e à pesquisa do aluno/leitor. O contexto se evidenciou, associando aos aspectos históricos e memorialísticos referidos pela docente. Os fragmentos eram usados com uma manifestação inicial da literatura, dando ao leitor um prenúncio do que seria lido.

2) Realização da atividade: O que se verificou como uma das regularidades

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