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Realização da atividade: A primeira PPLLI foi o documentário sobre o livro ‘Os Bruzundangas’ A apresentação foi dividida por temáticas: políticas e religião;

PPLLI8 Dialógica e reflexiva

2) Realização da atividade: A primeira PPLLI foi o documentário sobre o livro ‘Os Bruzundangas’ A apresentação foi dividida por temáticas: políticas e religião;

riquezas naturais; economia; exército. Inicialmente realizou-se a montagem dos equipamentos, apresentação do autor, da temática. Foi apresentado um jornal em forma de documentário. Uma das particularidades foi um comentário da docente sobre uma escola literária: “Não cobrarei Simbolismo, aquele negócio lá bem chato” (PROF3/Observação). Isso demonstra uma relação de liberdade da professora com os alunos. Não é porque ela é professora que precisa criar no aluno/leitor a visão de que aprecia os momentos históricos da literatura, os livros trabalhados. Ser um educador livre é apresentar suas preferências, contrapondo com as preferências dos outros e refletindo sobre as construções conjuntas de aprendizagens.

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A PPLLI2 foi do livro ‘A Revolução dos Bichos’ seguida de alguns questionamentos sobre a sociedade igualitária, ao passo que o professor solicitou aos alunos que observassem as temáticas abordadas por outros professores e a possibilidade de uma prática interdisciplinar, ainda mencionou como essa prática contribuiria para a leitura. A professora leu de forma performática, fazendo uso de mudança de voz, gestos, e aproveitou para solicitar que os alunos começassem a ler. No decorrer da atividade o professor parabenizou os alunos pela participação; comentou as falhas ocorridas recorrentes à questão histórica e ideológica; mudou as regras do jogo de acordo com solicitação dos alunos frente ao interesse em participarem novamente; solicitou melhor complementação de algumas respostas; fez a leitura de um fragmento do livro; questionou os alunos: “Quem vai falar aí, gente?” e diante da fala de uma aluna ela prosseguiu: “Você não leu o livro não, né?” (PROF3/Observação). O educador organizou a turma em grupo para olhar para o livro de diversos ângulos, oportunizando uma variedade de discussões.

Para a organização da atividade seguiu a seguinte estrutura metodológica: Divisão da turma em círculos;

Informação sobre regras da atividade e processo avaliativo;

Apresentação das questões divididas por temática abordadas no livro; Monitoramento do tempo de resolução da pergunta;

Divisão dos grupos de acordo com os nomes dos personagens do livro: Bola de Neve e Napoleão;

Uso de réplica inviabiliza a manifestação do membro do grupo na atividade.

A PPLLI3 foi baseada na apresentação do dominó, dramatização e autódromo35 dos seguintes livros: ‘Vidas Secas’, de Graciliano Ramos, ‘O Quinze’,

de Raquel de Queiroz, ‘Capitães da Areia’ e ‘Tenda dos Milagres’, de Jorge Amado, ‘Meninos de Engenho’, de José Lins do Rego, ‘Essa Terra’, de Érico Veríssimo. A apresentação do dominó foi feita com os alunos, expondo as peças com imagens e fragmentos no chão da sala, enquanto eles expuseram sobre os autores, resumos, personagens, posicionamentos críticos e a escola literária. No final da apresentação as peças foram entregues ao professor para análise. A dramatização foi feita através de vídeos produzidos no espaço extraclasse. No decorrer da apresentação os

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alunos expuseram os vídeos no data show, enquanto a professora, sentada na cadeira ao lado, assistia juntamente com toda a turma. Foram apresentadas as cenas mais importantes do livro de acordo com cada grupo. Os grupos iniciaram o vídeo com imagem da capa do livro e o nome dos membros da equipe, juntamente com suas personagens correspondentes.

Na PPLLI3 a professora informou que não gostou, pois não colocaram a palavra-chave ou um capítulo por peça, informou aos alunos que eles estavam apresentando apenas para ela, fez questionamentos. Não houve participação da professora durante a apresentação dos alunos, simplesmente uma orientação na ordem dos grupos e um encaminhamento para cada início de apresentação das equipes.

Para complementar as atividades, foi realizada outra prática substitutiva do autódromo baseado nas histórias dos familiares que viveram no século XX. Foi solicitado aos alunos que trouxessem depoimento escrito do contexto da zona rural que seus familiares vivenciaram. A professora informou que o que estavam estudando fez parte do contexto de cada um: o antes e o depois. No dia da apresentação a professora chegou e pediu: “Vambora ver os depoimentos” (PROF3/Observação), perguntou quem queria começar, se seria aleatoriamente ou por ordem alfabética. Os alunos indicavam um ao outro. A professora direcionou-se para um aluno, estipulou o tempo da exposição, comentou temáticas sociais surgidas. Os alunos expuseram suas histórias e a professora solicitou que as relacionassem com alguma obra lida e com personagens do livro.

A proposta da atividade anterior foi tão interessante, que ela se encaminhou para os depoimentos, sendo que o comentário do livro foi deixado de lado. Essa prática foi percebida e mencionada por um aluno: “E a relação com o livro?” (ALUNO/Observação). Embora a professora o tenha retomado, o livro não teve o significado dialógico com a prática abordada, ficando nesse sentido a prática pedagógica sobressaindo à leitura. Isso não foi uma negativa da proposta, mas sim uma resposta de que atividades com memórias dá ao leitor o poder de contar a sua história, de trazer a sua leitura de vida. Essa prática deu a docente a possibilidade de conhecer o aluno/leitor/agente. As histórias contadas tomaram uma proporção gigantesca, direcionando para o emocional, as personalidades e idiossincrasias de alguns alunos que debruçaram em contar a sua história. Essa atividade deixou muitos alunos à vontade para comentarem sobre a sua história, assim como a

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professora, que mencionou: “Uma das coisas que lamento da minha profissão é não saber de todas as histórias. Cada um tem uma história.” (PROF3/Observação). Ela trouxe um pouco da sua história também, mantendo um mosaico cultural no espaço pedagógico e fazendo perceber que a literatura é esse encontro de sujeitos que têm histórias diversas e que as compartilham, construindo novas realidades.

A PPLLI4 diferenciou-se das anteriores, sendo um complemento e ao mesmo tempo um diálogo promissor para a leitura dos livros da 3ª fase do Modernismo, especificamente a obra de Clarice Lispector: a entrevista com um professor de Filosofia e escritor com o intuito de comentar sobre o existencialismo, a fim de discutir sobre a psicanálise na literatura.

Cita filmes, séries, canais do youtube, músicas, novela e relata sua história de vida;

Associa a filosofia a sua história de vida, ao problema de saúde que teve; Comenta sobre a vida e a importância dos relacionamentos;

Apresentação de vídeos; Cita filósofos.

Verificou-se que essa prática da entrevista de duas horas e vinte minutos teria o intuito de discutir a temática do existencialismo na literatura, mas percebeu-se que isso não ocorreu, visto que o direcionamento foi abordar aspectos mais filosóficos. A literatura e a obra da escritora proposta foram mencionadas de forma sucinta pelo entrevistado, deixando de lado o objetivo que a professora desejava; a relação entre psicanálise e literatura não se processou. A prática teve seu significado, mas não houve um diálogo literário.

A PPLLI5 referiu-se à leitura do conto ‘A Terceira Margem do Rio’, de João Guimarães Rosa. De acordo com a mediação da prática realizada, foi organizada sua ordenação conforme a atuação dos alunos/leitores - alunos e professor. A professora iniciou a prática questionando se o conto foi lido e solicitando que os alunos tivessem acesso, e disse: “Para começar, uma pessoa lê um parágrafo” e começa realizando inferências: “Por que terceira margem do rio?”; “O que é terceira margem?’’; Já viu rio ter margem?” e comparou com outros autores: “O sertão para Guimarães é diferente do de Clarice, Raquel, Graciliano, é o mundo dele, relação do sujeito que habita o sertão” (PROF3/observação). Assim prosseguiu com indagação e solicitou aos alunos que lessem e relacionassem o lido

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com a vida. O quadro 18 foi organizado para melhor apreciação da prática realizada, sendo diferenciadas as atuações dos leitores (professores e alunos).

Quadro 18: Esquema de leitura do conto

Fonte: Elaborado pelo autor36

A mediação dessa prática e das anteriores demonstrou um ciclo de diálogo no processo da leitura. Uma construção de sentido entre todos os leitores, um letramento literário. Não foi uma atividade avaliativa e finalizadora da unidade, mas houve um envolvimento intenso dos alunos tanto na leitura de cada parágrafo do texto, quanto nas indagações e considerações realizadas. Uma leitura literária que promoveu uma construção de sentidos por todos os que se dedicaram a dialogar conjuntamente.

Outra prática, a PPLLI6 foi direcionada para o uso de um outro gênero discursivo: os poemas contemporâneos. A atividade desenvolvida - autódromo - tinha sido marcada para uma avaliação do romance, embora o planejamento docente tenha sido modificado. A atividade seguiu com a seguinte proposta:

Organização em grupos;

Distribuição de fichas (a, b, c, d, e);

Slide intitulado: Literatura contemporânea, juntamente com todos os poemas e as questões a serem desenvolvidas;

36 Esquema criado a partir da aula observada no dia 03/10 do 3º ano com o conto A Terceira Margem

do Rio, de Guimarães Rosa.

PROFESSOR

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