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CAPÍTULO 3. METODOLOGIA

3.4. Atores sociais da pesquisa e amostra

3.4.1. Atores sociais

Segundo a Lei Estadual 3.870, Art. 40, os Comitês de Bacia Hidrográfica são compostos por representantes de órgãos e entidades públicas com interesses na gestão, oferta, controle, proteção e uso dos recursos hídricos, bem como representantes dos municípios contidos na Bacia Hidrográfica correspondente e dos usuários das águas, através das entidades associativas.

Sendo assim, os atores sociais da pesquisa são representados segundo a Lei Estadual 3.870 e o Regimento Interno do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe aprovado em 09 de abril de 2002, Título II, Capítulo I e Artigo 3º. De acordo a composição, durante a gestão 2008-2010 fizeram parte do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe as instituições descritas no Quadro 3.3. Pode ser observado que o número de membros suplentes e titulares são em 24, totalizando em 48 pessoas para a composição do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe.

Nos incisos 1º e 2º do Regimento Interno do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe, aprovado em 09 de abril de 2002, cada membro titular terá um membro suplente, sendo que o membro suplente pode ser de uma mesma ou entidades distintas, sendo assim, o Quadro 3.3 não totaliza os 48 membros, pois em algumas instituições o membro suplente e titular faz parte da mesma instituição.

COMITÊ DA BACIA DO RIO SERGIPE - GESTÃO 2008 A 2010 Poder Público Estadual e Federal SEMARH / SRH SEMARH / ADEMA SEPLAN / SE SEINFRA / DESO SEAGRI / SE SEAGRI / COHIDRO IND / CODISE IBAMA / SE Poder Público Municipal – Executivo e Legislativo

Pref. Municipal de Aracaju Pref. Municipal de Laranjeiras Pref. Municipal de Graccho Cardoso

Pref. Municipal de Nossa Senhora do Socorro Pref. Municipal de Itaporanga

Câmara de Vereadores de Aracaju

Câmara de Vereadores de Barra dos Coqueiros Câmara de Vereadores de Areia Branca

Usuários – empresas e indústrias Petrobrás / UM / SEAL Tavex Corporation Votorantin Cimento FAFEN / SE Porto / Vale ASMANA / SOC. ASAS / SE SAAE / SC APPP / Jacarecica ACPR-STOS Isidoro Sociedade Civil UFS / Itabaiana CEFET / Aracaju Sociedade Semear ABES / SE OSCATMA / BC AJAMAM / MAL CREA / SE

Quadro 3.3: Instituições que fazem parte do Comitê da Bacia do Rio Sergipe na gestão 2008 a 2010.

A partir, do Artigo 7º, do Regimento Interno do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe a estrutura deste compreende: plenário, presidência, secretaria, secretaria executiva e as câmaras técnicas. Quanto às atribuições dos membros do Comitê, são descritas as do plenário e do presidente (Quadro 3.4) já que estes foram os escolhidos para serem entrevistados.

A partir, do Quadro 3.4 observa-se a importância e significância de um trabalho de percepção ambiental com o grupo, já que constitui em um órgão colegiado, com atribuições consultivas e deliberativas e competência normativa, no âmbito da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe, instituído através do Decreto Estadual nº 20.778 de 21 de junho de 2002.

Atribuições dos membros do Comitê

Atribuições do plenário Atribuições da presidência

Atender às convocações das reuniões ou transmitir as convocações aos respectivos representantes e suplentes nos casos de seus impedimentos eventuais;

Fazer cumprir as decisões do Plenário;

Agir de forma cooperativa, para que os objetivos do Comitê sejam alcançados;

Convocar e dirigir as reuniões ordinárias e extraordinárias;

Convidar técnicos dos respectivos órgãos ou entidades, para participarem dos trabalhos de interesse do Comitê;

Encaminhar a votação das matérias submetidas à apreciação do Plenário;

Emprestar colaboração e apoio aos trabalhos do Comitê;

Assinar as Atas de reunião depois de lidas e aprovadas;

Implantar, no âmbito de seus órgãos ou entidades, os planos, programas e medidas aprovados pelo Comitê;

Assinar Atas e Resoluções aprovadas em Plenário, juntamente com o Secretário Executivo;

Requerer, ao Presidente, informações, providências, esclarecimentos e vistas dos processos;

Decidir os casos de urgência ou inadiáveis, submetendo sua decisão à apreciação deste, na reunião seguinte;

Discutir e votar todas as matérias que lhe são submetidas;

Adotar providências administrativas necessárias ao andamento dos processos;

Apresentar propostas e sugerir matérias para apreciação do Comitê;

Propor ao Plenário, no início de cada ano, o calendário anual de reuniões;

Pedir vistas de documentos; Representar o Comitê em todos os atos a que deva estar presente ou designar representante;

Solicitar ao Presidente a convocação de reuniões extraordinárias;

Promover articulações entre os Comitês dos tributários da Bacia;

Propor inclusão de matéria na Ordem do Dia, bem como prioridade de assuntos dela constante;

Submeter ao Conselho Estadual de Recursos Hídricos os assuntos dependentes de sua decisão ou aprovação;

Requerer votação nominal; Designar relatores para assuntos específicos; Fazer constar em Ata o ponto de vista discordante do

órgão que representa, quando julgar relevante;

Exercer as demais competências constantes neste Regimento Interno;

Propor o convite, quando necessário, de pessoas ou representantes de entidades públicas ou privadas, para trazer subsídios às decisões do Comitê;

Fazer cumprir o Regimento Interno. Propor a estrutura da Agência da Bacia;

Propor a criação de Câmaras Técnicas;

Votar e ser votado para os cargos previstos neste Regimento Interno.

Quadro 3.4: Atribuições dos membros do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Sergipe.

Do ponto de vista político, a organização e o funcionamento do Comitê tem como objetivo principal a tentativa de descentralização das decisões, implante a operacionalização de políticas públicas a partir de interesses e problemas vivenciados e levantados pela população. Ele também busca estimular a organização da sociedade civil, a partir, da situação conjuntural em questões de recursos hídricos, permitindo a participação e envolvimento na busca de soluções que afetam a coletividade. A importância do Comitê manifesta-se pelas responsabilidades de caráter normativo e deliberativo que lhe são atribuídas. Em primeira instância, ainda lhe cabem solucionar problemas apresentados e arbitrar os conflitos sobre o uso da água (SERGIPE. SEPLANTEC, SRH, 2002).