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PARTE II – ENQUADRAMENTO CONCETUAL

2.1 AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIA – AT

O século XX notabilizou-se, entre outros, pelos inúmeros avanços científicos e tecnológicos alguns deles nem sempre usados para os melhores fins. Pode salientar-se o motor a jato, os satélites geoestacionários, o cinema, a rádio, a televisão, os circuitos integrados, os computadores, os pesticidas, bem como a teoria da relatividade que levaria ao desenvolvimento de armas nucleares, o contracetivo oral, os antibióticos, o aparecimento da biologia molecular e da engenharia genética, a descoberta das moléculas de ADN, os avanços da farmacologia e da medicina como ex. o transplante de órgãos, e tantas outras descobertas e avanços que melhoraram a qualidade de vida a uma imensidão de pessoas. O mesmo progresso prossegue no século XXI levando igualmente a grandes mudanças no cenário político global.

Atualmente a sociedade vive sobre a proteção e o domínio da ciência e da tecnologia, de forma tão intensa e marcante que faz com que muitos confiem nelas, religiosamente. Tudo gira à volta dos seus atributos, e é natural que as crianças pensem já assim regendo-se pela lógica da eficácia tecnológica e pelas razões da ciência.

No entanto, todos os avanços científicos e tecnológicos não estão isentos de repercussões na sociedade, sendo fundamental não só avaliar os possíveis impactos que inevitavelmente causam e causarão na vida de todos nós, mas também, e principalmente descobrir o irreversível a que as suas aplicações nos conduzirão.

Para contextualizar o problema investigado nesta tese de doutoramento na temática condutora do Programa Doutoral em Avaliação de Tecnologia (AT), adotou-se a definição de Grunwald, bem como a implementação da sua institucionalização e evolução na Europa segundo o ponto de vista de vários investigadores.

Ao definir Avaliação de Tecnologia, como surgiu e evoluiu, o cientista Armin Grunwald cujas áreas principais de trabalho incluem a teoria e a metodologia da avaliação de tecnologia, a ética da tecnologia, a filosofia da ciência e abordagens para o desenvolvimento sustentável. Mostra que as ideias básicas de AT se desenvolveram nas décadas de 60 e 70 do século passado, edificadas com base em experiências anteriores com análise de sistemas onde a vertente metodológica contou com o planeamento e previsão, e a vertente prática com as experiências de assessoria política, desde a década de 50. Ao citar Bimber (1996) salientou que a criação do Office of Technology Assessment (OTA) no Congresso dos EUA em 1972 é frequentemente considerado como o primeiro e o mais importante na implementação institucional de AT.

Segundo Vig e Paschen (2000) citados por Grunwald (2007b) nas décadas seguintes, em muitos países europeus, implantaram-se diversas instalações de AT parlamentares com objetivos semelhantes, mas de diferentes formas institucionais. Segundo Decker e Ladikas (2004) citados no mesmo documento, outras formas de AT correspondentes a diferentes contextos institucionais tinham-se realizado, baseadas em pesquisa para aconselhamento de administrações e autoridades.

Para Grunwald independentemente das diferenças da implementação da AT, esta em geral pode ser caracterizada por uma combinação de diversas contribuições, nomeadamente da pesquisa empírica, do pensamento prospetivo, da produção de conhecimento por meio da inter e transdisciplinaridade, de como lidar com a incerteza, da avaliação racional em questões normativas, dos conselhos aos políticos e da tensão entre a independência científica e as expectativas dos clientes (Grunwald, 2006).

Segundo o mesmo autor, AT mostra de acordo com o seu foco estratégico o conhecimento para a tomada de decisão, estando as suas formas de realização e implementação dependentes da evolução da sociedade, e das suas transformações, como no caso da mudança de regimes de governança.

Citando autores como Joss e Belluci (2002), Rip, Misa e Schot (1995) e Grin, Van Graaf e Hoppe (1997) o autor explicou como as diferentes abordagens de AT têm sido propostas e praticadas para responder às mudanças do contexto social, por ex. A AT participatória, a AT construtiva, a AT interativa e a AT baseada na análise de sistemas ou na inovação e na pesquisa tecnológica. Esta diferenciação nasce da necessidade de dar resposta adequada a diferentes questões, e a diferentes distinções e hipóteses que se relacionam diretamente com as imagens e com os modelos da evolução tecnológica. Esta situação de concorrência teria levado a debates ao vivo entre as várias direções de investigação (inovação tecnológica, sociologia da tecnologia, ética, etc.). Podendo a história da AT ser considerada como uma série de processos de aprendizagem para responder às mudanças da sociedade, e os desenvolvimentos que estariam a ocorrer na interface da tecnologia e da sociedade constituiriam um enorme desafio e impacto sobre as abordagens e sobre as formas como a AT deveria e poderia atuar com sucesso. Considerando que o papel do Estado ou do mercado nas sociedades modernas, e como a formação de AT deveria funcionar em democracia (Grunwald, 2007b).

Ainda, no mesmo documento, Grunwald baseado em opiniões de autores como Stehr (2004), Gibbons et al. (1994), Voss, Bauknecht e Kemp (2006), Martin (1995), Brune et al. (2006), Grunwald e Kopfmüller (2006), Castells (1997), Fukuyama (2002) e Habermas (2001) referiu que mudanças mais específicas relativas à interface entre ciência, tecnologia e sociedade, teriam forte impacto sobre a AT em especial:

Na globalização da economia e na diminuição da capacidade dos sistemas nacionais tradicionais políticos para governar a mudança tecnológica, em comparação com um papel crescente de empresas globais e instituições supranacionais;

Na sociedade do conhecimento, com uma importância cada vez maior do mesmo e uma procura para a sua governança;

Nas novas formas concorrentes de consultoria política, bem como nos novos instrumentos e instituições de governança;

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Nas agendas de pesquisa e estratégias de desenvolvimento tecnológico, bem como na influência das estratégias de desenvolvimento das regiões;

Nas novas tecnologias emergentes com características transversais como as nanotecnologias e tecnologias convergentes;

No imperativo internacionalmente reconhecido do desenvolvimento sustentável, que leva a desafios de maior complexidade e interligação das decisões a serem tomadas;

Na sociedade de redes e na crescente necessidade de envolver as partes interessadas, isto é: as pessoas interessadas e os cidadãos em plena deliberação relativamente aos desenvolvimentos futuros dos processos;

Nos desafios éticos decorrentes das ciências biomédicas.

Atualmente a AT prende-se com áreas como: Informação, energia nuclear, nanotecnologia, genética, transplante de órgãos e inteligência artificial entre tantas outras. Para além dos desafios atrás descritos é facilmente percetível que os impactos das novas tecnologias são difíceis de prever até que a tecnologia seja amplamente desenvolvida, difundida e aplicada, e que após a sua difusão é deveras difícil o seu controle ou alteração. Este é um problema com que a AT tem também de lutar e que se designa dilema de Collingridge.

Relativamente à AT em Portugal salienta-se o Grupo de Estudos sobre Avaliação de Tecnologia

(GrEAT) que surge em 2010, tem o seu campo de atuação localizado neste país e representa

atualmente a rede nacional de especialistas em avaliação de tecnologia com atividades nos seguintes domínios:

Investigação científica e tecnológica;

Prestação de serviços para entidades públicas (Parlamento, instituições governamentais, organismos públicos) e privadas (empresas, associações, fundações);

Cooperação com entidades internacionais (Comissão Europeia, Parlamento Europeu, instituições internacionais de investigação e de Avaliação de Tecnologia).

O GrEAT surge a partir da articulação de atividades de colaboração do Programa Doutoral em Avaliação de Tecnologia iniciado em 2009 na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT – UNL) e do Instituto de Avaliação de Tecnologia e Análise de Sistemas do Karlsruhe Institute of Technology (ITAS – Alemanha). Este último começou a colaborar com o Programa Doutoral desde o seu início. Em 2013, a rede foi reconhecida com o estatuto de “observador” nas reuniões da European Parliamentary Technology Assessment (EPTA).

O grupo pretende ser uma plataforma para a promoção da reflexão em torno do conceito de “Avaliação de Tecnologia” e agregar todos os interessados na temática.

Na sua página da Web, o GrEAT – Avaliação de Tecnologia (Portugal) apresenta de forma sistematizada os Tipos e Conceitos de AT. Aí refere-se também a existência de conceitos de AT apenas propostos na literatura científica ou que refletem nomes atribuídos por determinadas instituições particulares, e apresentam-se como mais visíveis e utilizados os seguintes:

Avaliação de Tecnologia por Peritos, ou AT clássica ou tradicional – As atividades de AT são realizadas por (uma equipa de) peritos em AT e peritos técnicos. Neste tipo de avaliação, os contributos das partes interessadas ou de outros atores é incluída só através de declarações escritas, documentos e entrevistas, mas não como na AT Participatória;

Avaliação de Tecnologia Parlamentar (ATP) – Quando o desenvolvimento de diversos tipos de atividades de AT tem como destinatário um Parlamento. Este tipo de avaliação pode ser realizada diretamente pelos parlamentares (ex. França ou Finlândia), em seu nome por adjudicação a instituições de AT (ex. Reino Unido, Alemanha e Dinamarca) ou por organizações não diretamente relacionadas com o Parlamento (ex. Holanda e Suíça);

Avaliação de Tecnologia Participatória (ATp) – Este tipo de avaliação consiste em atividades de AT que ativam, sistematizam e envolvem metodologicamente vários tipos de atores sociais como assessores e participantes, bem como diferentes tipos de organizações civis, representantes dos sistemas do estado, e também indivíduos interessados e cidadãos (leigos), cientistas, técnicos e peritos técnicos. As suas metodologias padrão incluem conferências de consensos, grupos especializados, workshop de cenários etc. A ATp pode ser dividida entre ATp peritos-partes interessadas, e se inclui leigos ATp pública;

Avaliação de Tecnologia Construtiva (ATC) – Este conceito de AT foi desenvolvido na Holanda mas foi também aplicado e discutido noutros países, tenta alargar o desenvolvimento de novas tecnologias introduzindo o feedback das atividades de AT no processo atual de construção das tecnologias. Ao contrário de outras formas de AT, a ATC não está vocacionada para influenciar a prática reguladora através da avaliação de impactos da tecnologia, pretende sim envolver assuntos sociais da tecnologia no seu desenvolvimento; Avaliação de Tecnologia Discursiva ou Argumentativa – Este é o tipo de avaliação que

pretende aprofundar o debate político e normativo relativo à ciência, tecnologia e sociedade, e que pretende clarificar e trazer para o escrutínio público e político os pressupostos normativos e visões que motivam os atores que estão a definir socialmente a ciência e a tecnologia. Aborda os efeitos colaterais da mudança tecnológica e lida com os vastos impactos da ciência e tecnologia, e com a questão normativa fundamental: – É legítimo e desejável desenvolver uma determinada tecnologia?

Avaliação de Tecnologia em Saúde (ATS) – Este é um tipo de avaliação especializada que pretende informar os decisores políticos da eficácia, segurança e custos efetivos dos

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produtos farmacêuticos e dos tratamentos médicos (Grupo de Estudo sobre Avaliação de Tecnologia – GrEAT, 2011).

Sobre a situação atual da AT na europa no estudo muito recente de Hennen e Nierling salienta-se o projeto Parliaments and Civil Society in TA (PACITA) subsidiado pela União Europeia que visa explorar as estruturas de oportunidades e barreiras para reforçar o conceito de AT em contextos políticos nacionais nos países europeus, onde as infraestruturas não estão até há data estabelecidas para a formulação de políticas, seja em Parlamentos nacionais ou noutro lugar da sociedade.

O estudo incidiu sobre as oportunidades e barreiras para elaboração de políticas para a implementação de AT como um suporte para a ciência e a tecnologia em sete países europeus, muitos dos quais não têm quaisquer atividades significativas ou instituições neste domínio.

A tabela 2.1 mostra uma visão geral da situação atual face à AT nos sete países do estudo, Bélgica/Valónia, Bulgária, Hungria, Irlanda, Lituânia, Republica Checa e Portugal.

Tabela 2.1 - Atividades de AT nos 7 países europeus.

País Atividades de AT

Bélgica/Valónia Processos de reforma e modernização em curso; alguns cientistas implicados na pesquisa orientada e aplicada, em campos como a ciência na sociedade, estudos de Ciência e Tecnologia (C&T), estudos ambientais; programas de doutoramento; uma série de institutos que trabalham nesta área; história anterior de debate no seu sistema político. Várias iniciativas, para estabelecer competências de AT relacionadas com o governo e o Parlamento; decisão oficial de criar um instituto de AT no momento em que se iniciaram as atividades de investigação; Parlamento e governo apontados como os principais endereços; decreto parlamentar para AT em 2008; estudos aconselham o uso das instituições existentes para futuras atividades de AT, a fim de beneficiar da competência académica nacional em C&T, interesse especial expresso para incluir aspetos de participação numa futura unidade de AT, seja para criar a primeira, ou para melhorar os da experiência nacional com os métodos de participação, ou para incluir as partes interessadas e do público na tomada de decisões políticas em C&T no futuro.

Bulgária Pouca influência das Academias de Ciência, pouca experiência com a interdisciplinaridade e com a investigação orientada para o problema, associadas à falta de pessoal treinado é problemática; recomendações nacionais apresentam o “modelo de rede”, cuja principal função é aumentar a consciência de C&T na sociedade e nos decisores em campos políticos relevantes. Considera útil começar com um projeto piloto (como na fase inicial de algumas instituições de AT europeias instituídas nas década de 80 e 90 do século passado).

Hungria Influência das Academias de Ciência nacionais que têm sido o contacto com AT ou com atividades relacionadas, tradições de pesquisa orientada para o problema e aplicação de metodologias relevantes para AT (ex. prospetiva, cenários futuros e indicadores para o desenvolvimento sustentável); são as decisoras em matéria de C&T; pessimismo no contexto político atual sobre o desenvolvimento e viabilização de uma unidade de AT no futuro, a existir, o melhor será construir uma instituição de AT integrada em instituições já existentes, que atuam ao nível governamental com responsabilidades de acompanhamento e avaliação de C&T.

Tabela 2.1 – Continuação.

País Atividades de AT

Irlanda Processos de reforma e modernização em curso; alguns cientistas implicados na pesquisa orientada e aplicada, em campos como a ciência na sociedade, estudos de C&T, estudos ambientais; programas de doutoramento; uma série de institutos que trabalham nesta área; perceção de AT como algo existente em termos de planeamento estratégico e avaliação de medidas políticas, e da necessidade de abrir as estruturas existentes a grupos existentes e ao público em geral, atividades e estruturas existentes não ligadas à AT europeia; iniciativas do Parlamento para explorar a necessidade e opções de AT como instituição parlamentar; início de processo para lançamento de decreto parlamentar; estudos aconselham o uso das instituições existentes para futuras atividades de AT, a fim de beneficiar da competência académica nacional em C&T, interesse especial expressa para incluir aspetos de participação numa futura unidade de AT, seja para criar a primeira, ou para melhorar os da experiência nacional com os métodos de participação, ou para incluir as partes interessadas e do público na tomada de decisões políticas em C&T no futuro.

Lituânia Pouca influência das Academias de Ciência, pouca experiência com a interdisciplinaridade e a investigação orientada para o problema, associada à falta de pessoal treinado é problemática; é fornecida assessoria política ao Parlamento e aos ministérios; recomendações nacionais apresentam o “modelo de rede”, cuja principal função é aumentar a consciência de C&T na sociedade e nos decisores em campos políticos relevantes. Considera útil começar com um projeto piloto (como na fase inicial de algumas instituições de AT europeias instituídas nas década de 80 e 90 do século passado).

Portugal Tem havido algum debate no Parlamento sobre AT; o Parlamento é o principal destinatário das atividades de AT; as instituições mais ativas são as académicas; programa doutoral internacional focado especificamente em AT; duas redes com foco académico forte relacionadas com AT (GrEAT, Biociência); início de processo para lançamento de decreto parlamentar; estudos aconselham o uso das instituições existentes para futuras atividades de AT, a fim de beneficiar da competência académica nacional em C&T, interesse especial expresso para incluir aspetos de participação numa futura unidade de AT, seja para criar a primeira, ou para melhorar os da experiência nacional com os métodos de participação, ou para incluir as partes interessadas e do público na tomada de decisões políticas em C&T no futuro.

Republica Checa Influência das Academias de Ciência nacionais que têm sido o contacto com AT ou atividades relacionadas, são as decisoras em matéria de C&T, tradições de pesquisa orientada para o problema, pesquisa interdisciplinar e aplicação de metodologias relevantes para AT (ex. prospetiva, cenários futuros e indicadores para o desenvolvimento sustentável); participação da Academia de Ciências em projetos financiados pela UE sobre conceitos e metodologias de AT; estabelecimento do Conselho Checo de AT em Saúde; participação em várias atividades europeias de prospetiva; pessimismo no contexto político atual sobre o desenvolvimento e viabilização de uma unidade de AT no futuro, a existir, a melhor será construir uma instituição de AT integrada em instituições já existentes, que atuam ao nível governamental com responsabilidades de acompanhamento e avaliação de C&T.

Fonte: Traduzido e adaptado de Hennen e Nierling (2014).

Segundo os autores qualquer tentativa de promover e estabelecer AT tem de ter em conta as situações dos países em causa, que diferem em muitos aspetos da situação em 1980 e 1990, quando a primeira onda de institucionalização de AT ocorreu em Parlamentos nacionais na europa. Mostram que faltam debates públicos sobre políticas de Ciência e Tecnologia em alguns desses países e que a formulação de políticas assenta essencialmente na modernização do sistema de Investigação e Desenvolvimento a fim de manter-se ao nível da concorrência global (Hennen & Nierling, 2014). O estudo mostrou relativamente a Portugal que o Parlamento é o principal destinatário das atividades de AT, onde tem havido algum debate e já se deu início ao processo para lançamento de decreto

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parlamentar. As instituições mais ativas são as académicas que contam com um programa doutoral internacional focado especificamente em AT. Existem duas redes com foco académico forte relacionadas com AT: o GrEAT e a Biociência. Os estudos aconselham o uso das instituições existentes para futuras atividades de AT, a fim de beneficiar da competência académica nacional em C&T. Há interesse especial expresso para incluir aspetos de participação numa futura unidade de AT, seja para criar a primeira, ou para melhorar os da experiência nacional com os métodos de participação, ou para incluir as partes interessadas e do público na tomada de decisões políticas em C&T no futuro.

Atualmente o GrEAT conta com 4 grupos de trabalho: GT1 – AT em Saúde; GT2 – Indicadores de AT; GT3 – Transportes e Mobilidade; GT4 – Análise Prospetiva. Entre as diversas participações em atividades, salientam-se as mais recentes, tal como a primeira vez em que foi ouvido na Audição Parlamentar da Comissão de Educação Ciência e Cultura (CECC) da Assembleia da República, em fevereiro de 2014. O convite foi endossado para conhecer a rede e as atividades onde tem estado envolvida ou que tenha coordenado. Aí evidenciou-se que as informações sobre as atividades realizadas em Portugal no âmbito da AT eram ainda muito limitadas. A rede foi considerada como interlocutor fundamental no processo de criação de uma unidade de avaliação de tecnologia no Parlamento português.

Em Julho de 2014 decorreu em Tóquio um workshop sobre AT organizado em conjunto pelo Research Institute of Science and Technology for Society – RISTEX, pertencente à Agência Japonesa de Ciência e Tecnologia – JST, pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa – FCT – UNL e pelo Institut für Technikfolgenabschätzung und Systemanalyse – ITAS, (Karlsruhe Institute of Technology).

Em Outubro de 2014 teve a primeira participação presencial na reunião de diretores e na conferência do European Parliamentary Technology Assessment (EPTA) em Oslo, representado por Brandão Moniz1. Ambas as participações decorreram no Parlamento norueguês. O tema da conferência

“Productivity and New Technologies – Consequences for Work and Welfare” levou à abordagem de temáticas como: Productivity and Technology; Policies and Trends; Advanced Manufacturing in High- Cost Countries; 21st Century Skills e Will Robots Create Unemployment or Welfare?

De 25 a 27 de Fevereiro de 2015 realizou-se em Berlim a 2ª Conferência Europeia de Avaliação de Tecnologia organizada pelo projeto europeu PACITA com o tema geral proposto “Próximo Horizonte de Avaliação de Tecnologia” que contou com a participação de alguns membros do GrEAT.

Desde a constituição da rede que os seus membros têm estado envolvidos passiva ou ativamente em eventos académicos como as escolas de inverno, as conferências doutorais, reading labs e outras