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Banisteriopsis caapi Termos Indígenas.

No documento Psycodelia Tem Objetivos _ Chaves Do Universo (páginas 146-154)

Yajé, yojé e variantes, nas partes média e alta dos afluentes do Amazonas, do Caquetá ao Marañón.

Cabí, capí ou caapi, no Amazonas brasileiro (Ducke, 1946). A última forma seria puramente literária, e não usada pela gente da região que

nunca duplica o "a" (Ducke, 1958). |Kapij

pertenceria ao dialeto tariana (Barbosa Rodrigues, 1893).

Natema, em jívaro .

Ayahuasca; ayawáskha; hayahuasca;

hayaguasca; hayacwaska, do quíchua. Nos quatro primeiros casos equivaleria a cipó de morto; no último, a cipó amargo, que parece ser o mais acertado (Tessmann, 1930; Espinosa Pérez, 1935, 1955; Lira, 1945).

Nepi, nepe, em campaz ou colorado (costa

equatoriana) (Jijón y Caamaño, 1941). Talvez daí que tenha se derivadou |dapa, nome que dão a tal cipó os camponeses do Saija, na costa colombiana.

Pildé, pindé, na costa do Pacífico na Colômbia e em parte da do Equador (ver adiante) por Victor Manuel Patiño.

O ca api

Planta do elemento fogo, muito seca e de natureza grave (masculina). Ela é a cobra de fogo que anda no meio do fogo, mas que necessita da umidade para multiplicar-se. Essa umidade e frieza de que carece é a finalidade da sua natureza, pois com ela se completa e se nutre: “é como o ventre e a matriz contendo o verdadeiro calor natural para animar o nosso jovem Rei” (Nicholas Flamel O Livro das Figuras Hieroglíficas). Não é por outra razão que constatamos nos rituais mágicos do santo daime diversas alusões próprias da alquimia: Sol e Lua — o masculino e o feminino — naturezas opostas que se completam no propósito de gerar a vida. E como diz Flamel em suas Figuras Hieroglíficas: “São o sol e a lua de fonte mercurial e origem sulfurosa que pelo fogo continuado ornam-se de hábitos reais para vencer toda coisa metálica, sólida, dura e forte assim que estiverem unidos num só (Sol-Lua) e mudados em quintessência.”

O Banisteriopsis é um vegetal ígneo e se une à Psychotria viridis (do elemento água) num ritual mágico. O fogo é um elemento misterioso e ninguém conhece a sua composição química. O fogo anima toda a vida, mas não pode, segundo os alquimistas, viver sem a água, pois é nela que ele habita e é dela que obtém a sua potência. “E o espírito de Deus se movia sobre a superfície das águas. E disse Deus, seja feita a luz e a luz se fez”. O fogo do espírito fecunda as águas da vida. No entanto o fogo não pode unir-se à água bruta e necessita então transmutá-la em vapores. Exemplos dessa alquimia encontramos na natureza as águas evaporando e transformando-se em núvens que a seguir se transmutam em fogo (raios), precipitando-se então para baixo como chuva e novamente as águas libertam o fogo que há em toda semente. Dessa maneira, afirma o sábio alquimista: “Tens, portanto, duas naturezas casadas onde uma concebeu a outra, e por essa concepção está convertida em corpo de macho e o macho no de fêmea, isto é, foram feitos um SÓ corpo que é o andrógino dos antigos... Desta maneira represento-te que tens duas naturezas reconciliadas que (se forem conduzidas e regidas sabiamente) podem formar um embrião na matriz do vaso e depois dar-te a

luz um Rei poderosíssimo, invencível e incorruptível, porque será uma quintessência admirável.”

A magia vegetal, ao utilizar o Banisteriopsis c. e a Psychotria v., reproduz todos os processos da alquimia interior — a gênese mediante a sábia transmutação dos elementos. Casando ambas as naturezas vegetais fogo e água; masculina e feminina o fogo fecundando a água, convertendo-se em um só corpo e dando origem a uma terceira força — obtemos isto que, com tanta propriedade, os seguidores da doutrina do santo daime dizem em seus hinos: “Eu não me chamo daime, eu sou um Ser Divino.” Um ser originado das naturezas divinas de duas espécies vegetais, com as qualidades do fogo e da água, que é fogo e água ao mesmo tempo.

Este é um segredo que somente os alquimistas profundos conhecedores das transmutações dos elementos poderiam conceber.A planta caapi, membro da família Malpighiaceae, é considerada uma das mais importantes “planta professora”.

Segundo a maior parte dos índios ayahuasqueros (consumidores frequentes da ayahuasca) os efeitos da planta B. caapi são a sua principal fonte de conhecimento botânico. (Retirado de http://www.aguiadourada.com)

Medicina

A maior parte dos que escreveram sobre o iagé se referem somente às propriedades narcóticas e alucinantes da bebida. Como sempre, os costumes indígenas são muito mais complexos do que se supõe. O iagé se usa também como remédio, principalmente como vomitivo (Karsten, 1935), mas também contra as febres, neste caso misturado com tabaco (Ibid.). Já se disse que os macaguajes em mediados do século XIX o usavam para curar "dores de ossos" (Albis, 1936). Era o principal remédio ao pé dos Andes (Spruce, 1908). A um viajante lhe informaram em Umbría, Putumayo, que o iagé sózinho se utilizava contra a malária, com resultados seguros (Morton, 1931). Outros informes sobre este aspecto se deram atrás (Maroni: J. de la Espada, 1889).

Química

São encontrados compostos derivados beta-carbolínicos: harmina, harmalina e tetrahidroharmina, melhor discutidos em Peganum armala, agem como inibidores de MAO.

Cultivo.

A planta é cultivada, normalmente através de cortes. Coloca-se um ramo novo ou a ponta de um ramo em água, e depois deste criar raízes planta-se na terra e rega-se bem.

Para o Jagube ir legal mesmo é necessário fazer uma cova de no mínimo 60cmX60cmX60cm. O ideal mesmo é uma cova de 1mX1mX1m.

Vale ressaltar que ele precisa de algo pra subir, se não ele pode ficar anos do mesmo tamanho. Por isso, é recomendável amarrar uma cordinha nele, e levar essa cordinha até uma árvore, au algo q ele possa subir.

Depois que ele subir, tire a corda, não amarre ele com um nó muito justo, poque se não quando ele engordar a parte do nó vai ficar fininha, dai quando for tirar vai estar com, tipo um anél fino.

O enraizador também vale pro jagube, assim se consegue um número maior de mudas. Da pra fazer ayahuasca com o cipó quando ainda não tá bem grosso mesmo, porém o ideal é esperar que ele atinja uns 7 anos de idade, pra dar uma boa quantidade e uma boa força.

Por cabelo fórum PE Definições locais

A princípio se acreditou que o iagé se obtinha de uma única espécie de planta, ainda que vaga e indeterminada. À medida que se avançou no conhecimento do cenário geográfico e dos costumes indígenas, se foi fazendo evidente que várias plantas se utilizam na área amazônica para preparar uma bebida narcótica com a característica de suscitar clarividência ou antecipação de acontecimentos.

Nem a identidade botânica de algumas é conhecida ainda; mas já se tem falado de efeitos diferentes ou complementares, segundo a espécie utilizada ou as plantas com que se faça mistura.

Destas, é um pouco melhor conhecida - ainda que não de todo, a classificada como Banisteriopsis rusbyana (4), que já se suspeitou fosse a que produz a cor azul nas visões, e se denomina em certa área do Putumayo como OCO-YAGÉ ou CHAGRO-PANGA (Morton, 1931; USNH: C. Klug, 1971, 1931, Umbría, Putumayo). Com o nome de YAGEÚCO foi coletada por Cuatrecasas (N° 10597) em 1940, cultivada pelos cofanes em Puerto Porvenir, acima de Puerto Ospina, até La Loma, também no Putumayo (USNH). As folhas se adicionam ao iagé para preparar a bebida. Note-se a semelhança dos nomes OCO-YAGÉ e YAGEÚCO, pois só há uma transposição de prefixos.

Talvez não seja outra coisa o IAHI que misturavam os jívaros ao natema, quando se tratava de fazer uma curação (Karsten, 1935). Mas do próprio iagé os canelos distinguem três classes: puma-ayahuasca, ahuiringri ayahuasca e tunchi ayahuasca; esta última é a especialmente utilizada pelos bruxos (Ibid.). Infelizmente, estas informações não foram acompanhadas com as coleções botânicas pertinentes, e assim, não se conhece sua identidade.

Também usam uma mescla os sibundoyes, que obtém o material necessário para fazê-la nas partes mais cálidas adjacentes, e chamam BIAJÚ ou BIAJA a bebida (Bristol: BML, 1966).

Poucas notícias fidedignas existem sobre o PILDÉ que haveriam usado os chocoes da costa colombiana do Pacífico (Wassén, 1935). Quando o autor levou troncos do iagé cultivado no Vale do Cauca à Estação Agroflorestal do Calima, Buenaventura em 1945-46 (Patiño, 1947), lhe informou que essa planta era conhecida pelos nativos com os nomes de PILDÉ ou PINDÉ. Enquanto se revisavam os originais deste volume, o autor teve oportunidade de entrar em contato com indígenas chocoes do rio Saija, entre os quais a planta é cultivada e parcialmente usada, sob o nome de DADA. Esses informes conduziram ao achado, com caráter espontâneo, de um Banisteriopsis sp. na bacia do rio Daqua, Vale do Cauca, que às vezes se usa como narcótico. ( Ref 7 + Notas)

Identificando o caap i

Recomendamos o uso de um glossário de dendrologia:

Possuímos duas variedades, a caupurí, onde apresenta os nós bem mais evidenciados que a varieda tucunacá.

Apresentam folhas com disposição oposta cruzada que chegam em média até 15-20 cm de comprimento e 7-11 de largura, limbo simples e inteiro de formato oval, afinandonas pontas, liso na parte superior, piloso ( possui estruturas semelhantes a pelos) na parte inferior, nervação em forma de pena, presença de pecíolo e sem bainha, na face debaixo apresentam nectários.

Face superior Face inferior

Ident. Ref 7 A inflorescência é paniculada nas axilas superiores ou terminais com

pedicelos pilosos e flores vistosas de coloração rosada, diclamídeas, monoclinas de simetria actinomorfa, cálice pentâmero e diassépalo, dialipétala com 5 pétalas longas e afinadas, diplostêmone com 10 estames heterodínamos, anteras arredondadas com 3 estiletes, estigmas captados e com ovário súpero. Os frutículos samaroídeos com a semente localizada na base da sâmara.

Testes cromatológicos quantificarão que variedade Caupuri é a que possui mais efeito como IMAO, por possuir mais alcalóides.

Uso

O uso de somente um IMAO ou DMT não possui efeitos alucinógenos, logo ocorre a junção de duas plantas que os possuem individualmente (sendo que existe relatos de possuírem ambos mas algum deles em pequena quantidade).

O vinho de Caapi com Psychotri viridis é chamada de Ayahuasca. Já a de Mimosa hostiles o mais correto é vinho de Jurema.

Rece itas

Ayahuasca Para Toda A Vila Equipamento de cozinha:

Tambor de Inox (com tampa) com capacidade de 55 galões (aproximadamente 208 litros);

Panela (com tampa) com capacidade de 30 galões (aproximadamente 113 litros);

Fogareiro grande (nota: precisa ser mais que simplesmente “grande”). Itens para mexer com as plantas:

Marreta de cozinha de madeira (batedor de carne); Tábuas com os lados lisos;

Baldes para lavar as folhas. Plantas utilizadas:

Banisteriopsis Caapi: 18 kilos de vinhas frescas; Psychotria viridis: 6 kilos de folhas frescas. Preparação da planta

A vinha foi cortada de uma planta que tem aproximadamente 6 anos de idade. O diâmetro das “peças” variam de 1/4 a 1 palmo (+- 6 a 25cm). As “peças” foram cortadas no comprimento de aproximadamente dois pés (+- 60 cm). Essas “peças” então foram trituradas numa tábua com o batedor de carne.

As folhas foram pegas e lavadas em água. Cozimento

As vinhas trituradas foram jogadas alternadamente com as folhas na panela grande, preenchendo ela acerca de 3/4 da capacidade. Foi adicionada água suficiente para cobrir as plantas, aproximadamente 40 galões (+- 148 litros). A tampa foi colocada na panela e o fogareiro ligado na potência alta.

Ele veio a ferver completamente em cerca de duas horas.

O fogareiro foi ajustado para manter a mistura a uma boa fervura média com a panela tampada. Depois de cozinhar a noite toda, cerca de 10 horas, a tampa foi removida. Levou mais 6 horas de cozimento para reduzir a água para cerca de metade do volume original. Esses 20 galões (+- 124 litros) de líquido foram colocados na panela menor para uma redução adicional, e ferveram em potência alta por três horas até serem reduzidos para cerca de 1 galão e meio (cerca de 5,5 litros). Foi então deixado para esfriar.

Para uma lavagem final, 30 galões (cerca de 111 litros) de água foram adicionados na panela grande com as plantas que foram cozidas. Isso foi novamente fervido durante toda a noite com a panela tampada e cozido até o dia seguinte.

O resultado final foi cerca de 3/4 de um galão (cerca de 2,7 litros) de líquido. Este foi adicionado à primeira leva dando cerca de 2 e 1/4 galões (cerca de 8,3 litros) de líquido.

A mistura foi fervida novamente, colocada em vidros de conserva esterilizados e tampados.

Dosagem

Os resultados podem variar:

50 ml: Euforia, vivacidade de cores, sem náuseas.

100 ml: Euforia, efeitos visuais de formas geométricas com os olhos fechados, náusea leve.

150 ml: Viajem total, efeitos visuais de formas geométricas com os olhos abertos, com os olhos fechados efeitos visuais levando a visões coerentes, alguma náusea. É melhor se consumir dividido em doses de 50 ml tomados em algumas horas. Isso ajuda a reduzir a náusea e reações “brutas”.

Nota: A yahuasca é medicina poderosa e não deve ser consumida em combinação com outras drogas. Ayahuasca contém inibidor de MAO, e nunca deve ser tomada com um SSRI ou qualquer outra medicação prescrita. A potência relativa das plantas da ayahuasca pode variar, então queira começar com doses pequenas com fim de teste para obter os resultados desejados. Use ayahuasca por risco próprio. Essas receitas são apenas guias, seus resultados podem variar.

(©Copyright Resonant Media, 1998. Todos os direitos reservados. Fonte: http://www.erowid.org/chemicals/ayah...ca_info1.shtml)

No documento Psycodelia Tem Objetivos _ Chaves Do Universo (páginas 146-154)