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ORGANIZAÇÃO COM AVALIAÇÃO ENTRE POTENCIALMENTE INSUSTENTÁVEL E INTERMEDIÁRIA

FIGURA 6.23. APLICAÇÃO PARA A ORGANIZAÇÃO Gin

BARÔMETRO DE SUSTENTABILIDADE 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0,00 ÍN D IC E A S O o rg a n iz a ç à o ÍNDICE CSM

6.9. Conclusões do Capítulo

Os recursos disponibilizados pelas Organizações selecionadas foram avaliados pelo Método – Índice CSM – apresentando Níveis ‘Críticos de Sustentabilidade’ [em geral recursos NATIVOS], Níveis ‘Baixos de sustentabilidade’ [recursos NATIVOS e EXÓTICOS] e, para o caso de um recurso EXÓTICO certificado, um Nível de ‘Média Sustentabilidade’. Ao considerar as Organizações pesquisadas em sua totalidade, e as variedades comercializadas no Mercado Regional, os escores registrados são semelhantes.

A análise das práticas organizacionais verifica-se, segundo o Modelo, através da avaliação da sustentabilidade a partir dos Índices ASO. A performance atingida pelas Organizações selecionadas, e pelo conjunto total pesquisado, conforme observado [Tabela da Figura 6.15], situam-se entre um patamar intermediário da faixa de ‘Baixa Sustentabilidade’ e o terço inicial da faixa de ‘Média Sustentabilidade’. A convergência dos valores para uma certa uniformidade, já detectada por ocasião das entrevistas, é resultado da forma homogênea que a atividade trata seus abastecimentos. Não poderiam ser obtidos índices diferentes, dentro do enfoque da sustentabilidade, num setor onde a visão empresarial atual centra-se em estratégias de sobrevivência a partir de resultados econômicos imediatos. Durante a pesquisa observou-se que poucas empresas realizam investimentos, e, se ocorrem, eles se destinam a processos dentro da visão atual de abastecimento.

Os desempenhos individuais das Organizações pesquisadas compõem o que se denominou de Mercado Regional de madeiras, para a execução de estruturas no campo da Construção Civil. A atividade recebe uma análise, pelo Método, através dos escores obtidos por recursos e Organizações. Sua avaliação, obtida com o emprego do Barômetro da Sustentabilidade, visa detectar o estágio do setor e seu mercado correlacionando os escores obtidos pelos recursos (Índice CSM) e pelas Organizações (Índice ASO).

As Organizações selecionadas, aplicando-se o Modelo, [ver pg. 156/158] registram um estágio POTENCIALMENTE INSUSTENTÁVEL, coincidindo, de certa forma, com a percepção colhida ao longo das entrevistas. A avaliação obtida pode ser expandida ao conjunto das empresas pesquisadas. A Organização Gg, única exceção, registra um estágio INTERMEDIÁRIO, ao disponibilizar recursos EXÓTICOS e certificados por exigência de um mercado externo, que também é abastecido pela empresa.

O que se percebeu na prática, a partir das Organizações pesquisadas, são registros de pequenos avanços que podem ser atribuídos aos seguintes fatores; para

O que se percebeu na prática, a partir das Organizações pesquisadas, são registros de pequenos avanços que podem ser atribuídos aos seguintes fatores; para atendimento à legislação, questões de sobrevivência e acompanhamento às exigências (principalmente da qualidade), por razões de concorrências, e, por necessidade de suporte econômico (mesmo que momentâneo) do negócio. Essas melhorias, per si, não são suficientes, como demonstra o Modelo, para conduzir a atividade para um estágio

INTERMEDIÁRIO de Sustentabilidade.

Os avanços nas questões ambientais e estratégicas, que levem a sustentabilidade dos recursos e da própria organização, são as grandes lacunas percebidas, e que ficam evidenciadas nos resultados da pesquisa de campo. O setor ao manufaturar madeiras, de um modo geral, além de ser considerado crítico é alvo da preocupação de toda a sociedade. O meio ambiente globalizado, os ecossistemas percebidos dentro de uma visão sistêmica, a correlação das florestas [fontes de abastecimentos] com as mudanças climáticas, são apenas alguns dos argumentos a exigirem mudanças para o setor.

O resultado vislumbrado, ao aplicar-se o REFERENCIAL, e sua extrapolação da amostra de campo ao Mercado Regional, é a exposição e constatação da necessidade premente, deste importante segmento econômico da sociedade, de melhorar suas ações em direção a Sustentabilidade e aos ideais do Desenvolvimento Sustentável.

C A P I T U L O 7 -- CONCLUSÕES

“O Desenvolvimento Sustentável é a chave de um progresso que possibilita o uso dos recursos naturais com bom senso, sem promover seu esgotamento.” (José Carlos Mello)

As atividades de pesquisa desenvolvidas ao longo do presente trabalho, o contato com a problemática através dos meios disponíveis e a experiência prática, em especial a adquirida durante a fase de campo, onde foi testado o REFERENCIAL proposto, serviram de suporte para a elaboração das conclusões apresentadas a seguir.

7.1. Os Propósitos da Pesquisa

De forma a tornarem mais didáticos os conceitos e abordagens apresentadas nas conclusões, estas serão iniciadas com uma reflexão sobre a problemática da pesquisa.

A percepção das questões ambientais tem avançado no sentido da sustentabilidade e do Desenvolvimento Sustentável. Estabelece a Constituição do País que, todos tem direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem considerado de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se à sociedade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as gerações futuras.

O extrativismo simples e equilibrado, promovido durante séculos pelas populações primitivas, permitiu o uso da natureza sem destruí-la. Nada é explorado a exaustão ou ao extermínio, o sustento vem da natureza de maneira perfeitamente harmônica, sugerindo a idéia de que o Desenvolvimento Sustentado é natural e inerente ao próprio homem (MELLO, 1996, p.23. grifo do autor).

Se o conhecimento atual tem uma visão clara de que os ecossistemas trabalham em sincronismo, sob a forma de imensas redes interdependentes, por outro lado, a sustentabilidade industrial e as próprias atividades de suporte econômico da vida, trabalham em outra direção.

Se é tão evidente que as Organizações madeireiras dependem da sustentabilidade no abastecimento de recursos do extrativismo florestal, para desempenharem suas

no abastecimento de recursos do extrativismo florestal, para desempenharem suas atividades e dela necessitam para sua sobrevivência, impõem-se a pergunta; Por que tais organizações produtivas ainda não incorporaram tal princípio?

Cabe constitucionalmente a sociedade, num necessário envolvimento com as Organizações madeireiras que se utilizam de recursos florestais, vislumbrar iniciativas que promovam alternativas e uma melhor percepção, acerca dos recursos que processam e disponibilizam. Elas devem ser amplas e contemplar orientações em favor de novas práticas que venham de encontro ao Desenvolvimento Sustentável. A Academia, por ser considerada o sustentáculo intelectual da sociedade, deve exercer seu papel de catalisadora de idéias, fornecendo à sociedade os instrumentos que se fazem necessários.

Durante a pesquisa o autor observou que muitos dirigentes de Organizações entrevistadas estão atentos ao momento, percebendo os enfoques tratados na atualidade, que lhes chegam pelos meios de divulgação. O emprego de madeiras em construções e a disponibilização do recurso, desde a reserva florestal até o consumidor final seguem, entretanto, modelos arraigados em nossa cultura. A necessidade de alterar tais padrões, para modelos mais sintonizados com o Desenvolvimento Sustentável implica, segundo Guimarães (1995, p.1), “[...]numa mudança cultural do próprio modelo de civilização, particularmente no que se refere ao padrão de articulação sociedade-natureza.” A sociedade, como articuladora das ações que se direcionam rumo à SUSTENTABILIDADE, deve perseguir na busca de instrumentos adequados que facilitem a implementação de tal percepção, e, que em seu meio, sejam trabalhados. A iniciativa da presente pesquisa é de oferecer um modelo para que, de alguma forma, se possa contribuir com este importante setor da Construção Civil na busca dos tão sonhados caminhos, que levem aos novos paradigmas da ‘Sustentabilidade’ e do ‘Desenvolvimento Sustentável’.

7.1. Objetivos Propostos

O problema proposto foi o de encontrar alternativas, entre as madeiras NATIVAS ou EXÓTICAS encontradas no Mercado regional, e onde se leve em conta condições de disponibilidade ou melhorias tecnológicas, que possam ser recomendadas em substituição às espécies nobres utilizadas pela Construção Civil, setor de estruturas, e que atendam ao Desenvolvimento Sustentável.

Indicar caminhos para uma melhor avaliação dos recursos utilizados pelo setor, possibilitando o uso de produtos obtidos de uma forma harmônica e compatível com a capacidade de regeneração dos ecossistemas, é o objetivo a ser alcançado. A inserção no mercado atual de uma nova visão que incorpore indicadores técnicos, ambientais, sociais e econômicos em sua análise, sem perder as referências do Desenvolvimento Sustentável, deve ser perseguida.

possibilitando o uso de produtos obtidos de uma forma harmônica e compatível com a capacidade de regeneração dos ecossistemas, é o objetivo a ser alcançado. A inserção no mercado atual de uma nova visão que incorpore indicadores técnicos, ambientais, sociais e econômicos em sua análise, sem perder as referências do Desenvolvimento Sustentável, deve ser perseguida.

Como objetivo geral foi proposto o desenvolvimento de uma metodologia de avaliação de espécies de madeiras encontradas no Mercado regional destinadas a abastecer o setor de estruturas da Construção Civil, e que atendam ao Desenvolvimento Sustentável.

7.1. Objetivos Alcançados

O objetivo geral do trabalho, através das aplicações do método proposto nas Organizações madeireiras pesquisadas, e particularmente nas escolhidas para demonstração dos resultados, mostrou-se eficaz possibilitando sua verificação em empresas de diferentes portes.

Os recursos foram classificados de forma a viabilizar sua escolha, através de uma análise qualitativa das espécies existentes no Mercado Regional de madeiras, destinadas a elaboração de estruturas na Construção Civil.

Encontra-se esquematizado na Tabela 7.1 uma relação contendo os objetivos específicos iniciais, e a citação de instrumentos e componentes do REFERENCIAL onde os resultados foram alcançados.

TABELA 7.1. CORRELAÇÃO ENTRE OBJETIVOS ESPECÍFICOS E INSTRUMENTOS ALCANÇADOS